Os funcionários públicos municipais parecem agora terem juntado a panela e a tampa, a corda e a caçamba, os alhos e os bugalhos deste governo. Não à toa decidiram que a contraproposta salarial feita pelo Executivo não corresponde aos anseios da categoria.

Junte-se a isso -e esta é uma ilação deste que vos escreve -, os desaforos ditos pelo prefeito Fernando Cunha recentemente, quando, entre outras coisas, sugeriu que o funcionário que não estiver satisfeito, que peça as contas, “que há uma fila esperando lá fora”.

Além disso, suprema heresia das heresias, disse que dar aumento para os funcionários, era “jogar dinheiro fora”. Sem contar as acusações de “boicotes” que estariam sendo promovidos por muitos deles, atrapalhando o andamento de sua administração.

Pois bem, juntando tudo isso, ou considerando apenas a proposta em si, fato é que em assembleia realizada ontem, 12 de março, na Casa de Cultura, os servidores presentes rejeitaram as propostas de 3,75% de reposição, e 0,25% de reajuste nos vencimentos, com 10% de reajuste no Auxilio Alimentação.

E não só isso: decidiram reenviar a proposta anterior na íntegra (reposição de 6%, R$ 100 a mais para o Auxilio Alimentação -indo de R$ 200 para R$ 300, etc.).

Decidiram também realizar uma mobilização no dia 23 de março, às 9 horas, partindo da sede do Sindicato, na Rua Sete de Setembro, até a Praça da Matriz. “Servidores, contamos e precisamos de sua participação”, conclama a diretoria.