Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: agosto 2022

No ‘curral eleitoral’ de prefeitos Garcia está bem, mas, cadê seus eleitores?

Em termos de apoio entre a prefeitaiada da Região Metropolitana de São José do Rio Preto, o governador candidato à reeleição pelo PSDB, Rodrigo Garcia, “é o bicho”, como se diz. Estes são os cabos eleitorais sempre cobiçados por postulantes aos governos estadual e federal. E seriam, em tese, os donos de mais de 750 mil votos que a região comporta.

E desta vez, como pontua reportagem do jornal “Diário da Região”, de Rio Preto, esta trupe de gestores foi colocada à prova na corrida ao Palácio dos Bandeirantes.

Porém, quando o comando da campanha de Garcia “enche a boca” para falar que o tucano conta com apoio da maioria esmagadora dos prefeitos paulistas, cria um contrassenso: porque ao mesmo tempo, este mesmo comando manifesta a preocupação com o fato dele ser “pouco conhecido” neste mesmo estado, a ponto de estar, neste início de campanha eleitoral via TV e rádio, fazendo sua apresentações, no estilho “olá, sou Rodrigo Garcia”.

Não é segredo para ninguém que Garcia gastou os tubos na pré-campanha, liberando dinheiro a torto e a direito para a prefeitaiada. Porém, até o momento ainda não se pode sentir o peso deste apoio na posição do governador na corrida pelos votos.

Porque, com apenas um apoio de prefeito, no caso a “entusiasmada” prefeita de Potirendaba, Gi Franzotti, do PTB, que também defende a reeleição de Jair Bolsonaro, do PL, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, está na segunda posição, e Fernando Haddad, do PT, que tem apoio zero de prefeitos deste mesma vasta região, está disparado na frente.

Então, será que é algo para se comemorar, ou para se preocupar? Última pesquisa Datafolha divulgada no dia 18 de agosto mostra o ex-prefeito Fernando Haddad com 38% das intenções de voto, seguido pelo ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas com 16%, e o governador candidato à reeleição com 11%.

Este resultado já abarca a repercussão e o trabalho de apoio maciço dos prefeitos ou tudo vai começar agora? Os prefeitos ainda não se empenharam na campanha, não arregaçaram as mangas, ou se empenharam e se empenham, mas precisam trabalhar mais efetivamente se querem a reeleição do chefe-em-turno?

Porque já disse aqui e repito. No momento, o adversário de Garcia é Tarcísio. Ele precisa galgar o degrau que o levará ao segundo turno. A menos que Haddad dê sinais de fraqueza, de definhamento na preferência do eleitor, assim facilitando uma artilharia mais pesada, possibilitando ir ao segundo turno com Tarcísio, Garcia tem endereço certo para seus ataques.

Há outras pesquisas que a assessoria do candidato distribui nas redes sociais para seguidores e incautos, onde o governador é colocado em situação de empate, e com 20% das intenções de votos, por exemplo, mas com certeza esta trupe reconhece que o Datafolha é o que inspira maior confiança.

E terá uma nova rodada na semana que vem, com o Horário Eleitoral já bombando. E faltando 32 dias para o eleitor digitar os números de sua preferência nas revolucionárias urnas eletrônicas. Se a situação não tiver mudado nada em favor de Garcia, ou se mudada, Tarcísio apresentar uma melhora, mantendo o distanciamento, e Haddad der sinais de consolidação, haverá tempo para uma disparada?

Talvez uma das maiores dificuldades de Garcia no PSDB até então hegemônico no Estado, seja a falta de “aderência” ao tucanato. Ou seja, o governador não conseguiu introjetar em si o espirito tucano, os trejeitos, a mensagem que fale direto ao coração tucano de modo geral. Ainda é tido como “um estranho no ninho”. Talvez até mesmo como um “usurpador” desta simbologia. E sabemos que não é fácil esta tarefa da conquista de tão diversificada fauna.

Mas, talvez Garcia tenha já abocanhado os “tucanos possíveis” e agora precise “caçar” em outras paragens onde tucanos não habitam. E aí que estaria o nó górdio da questão. Ou ainda faltem tucanos a conquistar e estes poderão fazer a diferença em seu favor (uma hipótese).

Lembrando que fazemos aqui um retrato do momento, do visto até aqui. Amanhã será outro dia, e os outros amanhãs, dias seguidos de trabalho. Garcia não é bobo. Seu vice, Geninho (União Brasil), o mais improvável dos políticos de nossa região (numa remissão ao passado nada remoto), de ascensão meteórica, muito menos. Ambos se entendem perfeitamente, e ambos sabem como jogar nos campos do interior.

E a bola está em jogo. O campeonato é curto, na verdade um torneio onde o adversário mais ferrenho de Garcia e Geninho está posto, jogando o jogo de seu treinador, o presidente Jair Bolsonaro. Lembrando que Garcia não tem um treinador de peso na área reservada, a “puxar” a equipe. Todos os caciques tucanos o abandonaram.

E ele atualmente representa o mais demista dos tucanos em plena campanha. Ou seria o mais uniãobrasilista dos tucanos. Aí está. Pode ser apenas uma questão de falta de identidade. Fazendo o tucanato-raiz manter um pé atrás. Veremos no correr dos dias…

Sobre ‘cartilha’ do Fefol e o ‘frio na barriga’ de Geninho

Clamando por especiais desculpas por ter me ausentado deste espaço por um breve período, volto a ter com os senhores e senhoras. A razão do meu afastamento foi, claro, o advento do Festival do Folclore, que em sua 58ª edição, infelizmente nos mostrou um plano nada animador.

Foi possível ver então que há uma “cartilha” a ser rasgada e outra por ser elaborada, se pretendemos que a nossa festa, que já foi “maior”, volte a ser cenário de descobertas do conhecimento e da troca verdadeira de impressões, da valorização entre diferentes passadismos.

Estamos, perigosamente, mergulhando no mais do mesmo, no que pode ser facilitado, viabilizado tecnicamente e menos no que pode despertar emoções verdadeiras, despertar a curiosidade intelectual e daí o fascínio às almas mortais.

Que seja então, no mais tardar a partir da nossa 60ª edição, em 2024, a grande partida para algo renovado, revigorado, com nova força e destemor, em síntese, que saiamos do curso “natural” no qual nos enredamos, mas sem apelarmos para a facilidade da tal “modernização”, projeto execrável que já rascunham e escondem nos escaninhos aqui e ali, porque este conceito implica em “atualizar” aparências ou comportamentos, transformando completamente a cena histórico-folclórica buscada. Espero que tenham me entendido. Ou, melhor, espero que tenha me feito entender.

Mas, vamos ao tema da semana:

O ‘FRIO NA BARRIGA’ QUE PERPASSOU
GENINHO E A CAMPANHA
A semana começou na Estância com um tremendo solavanco político-eleitoral. Na tarde de terça-feira, caiu sobre as terras de Curupira a notícia de que a candidatura do deputado federal Geninho Zuliani, do União Brasil, a vice-governador na chapa com Rodrigo Garcia, do PSDB, que tenta a reeleição à cadeira principal do Palácio dos Bandeirantes, estava sob pedido de impugnação.

Surpresa geral, o próprio candidato, sua assessoria e apaniguados trataram logo de vir a público apaziguar as almas em desalento, garantindo, da parte do candidato, que tudo não passava de “mera formalidade”, “atos burocráticos” e que em poucas horas tudo estaria esclarecido.

Temia-se, claro, que isso pudesse vir a “contaminar” a candidatura Garcia, que já não anda bem das pernas (a saber se não teve alguma influência no Datafolha coletado na quarta e na quinta-feira). Dito e feito, na quinta-feira, final do dia, começa a correr a informação de que o procurador regional eleitoral auxiliar Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, havia emitido parecer no qual pedia que a impugnação apresentada por ele mesmo contra a candidatura de Zuliani, seja julgada improcedente.

O procurador citou a defesa apresentada por Geninho e apontou “erro material” na impugnação. O pedido ainda está por ser julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), mas não há a menor nuvem de pressentimento ruim sobre o que decidirá a corte eleitoral. Bom, o resto da história todo mundo conhece e os motivos pelos quais idem. Pode-se creditar o fato a um excesso de zelo do magistrado? Acreditamos que sim.

Mas, o nó górdio da candidatura tucana de Garcia não está desfeito. Está em outro ponto. Como fazer para derrubar o candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas do segundo lugar, almejando aí um segundo turno presumivelmente com Fernando Haddad, do PT?

Pela lógica, o seu alvo tem que ser o Tarcísio, seu adversário mais próximo. Porque se tentar tirar Haddad de sua posição aparentemente consolidada, ignorando Tarcísio, vai perder tempo e, como consequência, a eleição.

A turma do governador diz estar apostando muito no horário eleitoral gratuito da TV, onde tudo muda, sempre. Sei não, mas vejo excesso de otimismo aí. Simplismo eleitoral. Garcia não terá nada mais a mostrar ao público televisivo, do que vem mostrando já nas redes sociais. E a repetir esse mote de campanha na TV só terá a repetição do mais do mesmo, porque a marquetagem anda muito insossa.

Por exemplo, essa de “paulista raiz” não cola, porque Haddad também é “paulista raiz”. Da mesma forma o petista nasceu no interior paulista e migrou para a capital. Portanto, presume-se que seu alvo seja Tarcísio, “carioca da gema”, como se diz. E que assim seja, mas percebem a ineficácia disso? Só fará lembrar, acreditamos, a situação análoga de Haddad.

Um segundo ponto é o mote “Nem direita, nem esquerda, é pra frente”, numa evidente postura de “candidato isentão”. E esperamos que seja evidente também para o núcleo da campanha, ou seja, que estejam fazendo isso de propósito, não por lapso, eis que ali está um grupo de notáveis marqueteiros.

O eleitor ficará na dúvida sobre a posição ideológica e política de Garcia? Uma certa parcela deles, sim. Porque é do entendimento político que todo candidato deve ter um lado, uma linha ideológica política, seja de extrema-direita, direita, centro-direita, extrema-esquerda, esquerda, centro-esquerda, trabalhista, socialista, comunista, para ficarmos nos formatos mais palatáveis. E Garcia o que é? Ele não diz. Ninguém sabe.

Com postura de não ser nada disso, apenas “para a frente”, Garcia se isola ideologicamente, num formato “caixa vazia”, não entusiasmando o eleitorado. Haja vista os resultados das recentes pesquisas (Datafolha, 11%, IPEC, 9%). Só que Tarcísio, na mesma ordem, teve 16% e 12%. Se crescimento houve e não fora apenas diferenças por metodologia, o governador cresceu de uma para outra, dois pontos, margem de erro. O bolsonarista teria crescido dois para fora da margem de erro.

Vão dizer “cresceram igual”. Nada disso. O carioca cresceu quatro pontos, dois seguros em termos de crescimento, dois dentro da margem de erro. E, vejam bem, dentro da margem de erro seria, então, 9% por 14%. O fato é que Garcia precisa, urgentemente, frear a subida do carioca. De que maneira? Seu “staff” deve estar com tudo definido e seguro para tanto.

Mas depositar todas as fichas no horário da TV acho bastante temerário. Até porque, como governador em exercício, ele vai apanhar bastante nos debates.

E o “paulista-raiz”, não cola, o “isentão” não empolga eleitores e, sejamos sinceros, exibir um Fusquinha de estimação é passadista demais. Sem contar que, como definiu matéria do jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, Geninho vice de Garcia forma um sanduíche de “pão com pão”.

A ver.

Geninho vice de Garcia, ‘jogada de mestre’ ou ‘tiro no pé’?

“Um tiro no pé”, como classificou uma alta figura da política local? Ou “uma jogada de mestre”, conforme classificou um correligionário do alto comando? O fato é que foi uma decisão que pegou a todos de surpresa aqui na localidade. Até seus mais próximos correligionário em nível local. A autoridade máxima da política na cidade, prefeito Fernando Cunha, comemorou, mas só depois de digerir o novo prato que lhe era servido sem que pedira.

Estavam todos, afinal, preparados para mais um embate de Geninho Zuliani na busca pela reeleição, num estágio em que até adesivaço fora feito na cidade, Garcia candidato à reeleição ao governo paulista, Geninho à cadeira na Câmara Federal.

“Dobradinha” oficializada na regiões políticas de seu alcance, tudo voltou à estaca zero. Pode-se dizer que o ex-prefeito de Olímpia, hoje representante rio-pretense no Congresso, deixou seus parceiros “com as calças nas mãos”, para usar expressão chula.

Sim, porque, como consertar isso? Em cada uma dessas localidades ele virá com um novo nome a federal e, sob sua “unção”, será capaz de impulsionar votos aos que nele confiaram de princípio como forte aliado eleitoral?

“A decisão costurada por Rodrigo ao longo da última semana e sacramentada numa reunião na noite de quarta-feira, dia 3, aconteceu depois de uma semana de intensa disputa entre o União Brasil e o MDB pela prerrogativa de indicar quem ocuparia o posto.

Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo pelo MDB, cobrava do governador tucano uma fatura de 2020, quando ficou acordado que os emedebistas indicariam o vice da chapa tucana na disputa pelo governo paulista em 2022.

De lá para cá, no entanto, o DEM de Geninho Zuliani, e também ex-partido de Rodrigo Garcia, se juntou ao PSL formando o União Brasil, que já nasceu com o maior repasse de recursos dos fundos partidário e eleitoral, e também com o maior tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão, quase dois minutos.

O tempo de TV e rádio se tornou o ativo mais preciso da legenda no caso da negociação com o governador, que tem como uma de suas principais dificuldades a ser driblada ao longo da campanha o desconhecimento do eleitorado do Estado.

Diante do risco de perder o apoio do União, uma vez que a cúpula do partido afirmava que não desembarcaria do barco do tucano de jeito nenhum, mas ao mesmo tempo alguns de seus integrantes mantinham conversas com os petistas Lula e Fernando Haddad, o tucano perseverou até convencer o MDB a ficar com a vaga para disputar o Senado, que será, agora, de Edson Aparecido.

A condição do MDB, no entanto, foi de que União Brasil e PSDB declarem apoio à tentativa de reeleição de Ricardo Nunes à Prefeitura da Capital em 2024.

Ao fim e ao cabo, a peleja de Rodrigo Garcia para arrumar uma solução que tirasse do seu pescoço as facas colocadas pelos dois partidos parece que teve um resultado melhor que o esperado. Ele fica com o MDB no palanque, com os minutos preciosos do União e com o amigo de longa dada como vice. Ou seja, não terá, em tese, que temer um “adversário” sob o mesmo teto em seus planos futuros.

Como nada é perfeito, a dupla Rodrigo e Geninho é vista como um sanduíche de pão com pão, uma vez que o vice pouco agrega em termos de capilaridade política ao tucano.

Geninho foi prefeito de Olímpia por dois mandatos, entre 2009 a 2016, e teve como principal padrinho político para a corrida eleitoral de 2018 justamente Rodrigo Garcia, que deixou a reeleição à Câmara Federal para se tornar o candidato a vice de João Doria (PSDB).

Geninho recebeu 89.378 votos para deputado federal. A direção estadual do União Brasil chegou a registrar sua candidatura à reeleição para a Câmara dos Deputados. O próprio parlamentar disse nesta quarta, antes de Rodrigo Garcia bater o martelo no acordo que garantiu sua candidatura como vice, que a ata da convenção pode ser alterada até esta sexta, 5.” (Texto capturado do “Diário da Região”, Rio Preto)

Portanto, o caminho perseguido nos bastidores para que essa união se concretizasse foi árduo e cheio de nuances. Concordam?

É claro que a grande mídia correu atrás dos “pormenores”, como sempre faz. E o que contaram a respeito do ainda pré-candidato a vice que já não soubéssemos? Que ele acumula ações judiciais por improbidade administrativa? Que triplicou seu patrimônio na última década, saltando de R$ 321 mil em 2012, em valores corrigidos, para R$ 1 milhão nestas eleições?

Que os processos judiciais se referem à atuação de Geninho como prefeito de Olímpia, entre 2009 e 2016? E o que poderia responder o talvez futuro vice-governador? Claro, que ele “é transparente em relação a seus bens”, e que “não há nenhuma condenação criminal”.

Mas, a mídia insiste em que “Geninho tem uma condenação pela nomeação, enquanto prefeito, de advogados em cargos de confiança, mas que não faziam parte do quadro de servidores públicos para defender interesses do município”, do que sabemos de cor. E também que “o acórdão em segunda instância manteve sanções da condenação como perda de direitos políticos, mas ainda cabe recurso da decisão”. Esse andamento é que seria a novidade.

Citam outra ação em que foi condenado em primeira instância, aquela da nomeação de pessoas sem concurso público para cargos que formalmente seriam qualificados pela lei como cargos em comissão, mas que, na prática, exerciam funções típicas de cargos efetivos? Quem não se lembra desses temas na mídia local?

Conta ainda a grande mídia que Geninho foi incluído em uma lista da ONG Transparência Brasil com parlamentares com influência no projeto que alterou a lei de improbidade administrativa no país. E que o material lista sete processos em nome dele.

“Um deles versa sobre suspeita de direcionamento de licitação para contratar uma empresa investigada por fraude em concursos públicos”.

Sobre sua trajetória financeira, esta mesma grande mídia diz que “na eleição de 2004, quando se reelegeu vereador, ele não declarou nenhum centavo de bens ao TSE. Já no pleito municipal seguinte, apresentou uma lista totalizando R$ 118 mil em valores corrigidos”. E que “a sua declaração de bens hoje é de R$ 1,031 milhão, conforme informado no registro de sua candidatura ao TSE”.

Impressiona também a arrecadação de sua última campanha, a de deputado federal, em 2018: R$ 617 mil somente com pessoas físicas e R$ 660 mil em doações de partidos”. E, um pouco menos surpreendente é saber quem foi um dos seus patrocinadores-master: Wilson de Almeida Junior, um dos sócios da construtora Pacaembu.

A empreiteira que tornou-se gigante a partir dos núcleos habitacionais implantados por ele quando prefeito de Olímpia. Pode-se dizer que Olímpia foi o “laboratório” da Pacaembu em termos de grandes empreendimentos, uma vez que aqui construiu, salvo engano, perto de duas mil habitações. E o outro, que foi o empresário bilionário Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do conselho de administração da Cosan, grupo que dispensa apresentações.

No âmbito interno da campanha, apoiadores de Rodrigo dizem que Geninho não agrega em termos eleitorais e tem perfil muito semelhante ao do governador, o que não seria o ideal, dado que o tucano está empatado com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ameaçado de não ir ao segundo turno. Governista de carteirinha, de acordo com o Congresso em Foco, Geninho votou a favor do governo em 89% das propostas.

“Toda a minha evolução patrimonial consta não só no portal do Tribunal Superior Eleitoral, como também no meu Imposto de Renda e é compatível com meus rendimentos como empresário e como parlamentar”, afirmou Geninho por meio da assessoria.

Em relação aos processos por improbidade, Geninho declarou não possuir nenhuma condenação criminal. “Nos processos cíveis, não fui condenado em nenhuma ação com pena de enriquecimento ilícito, dano ou prejuízo ao erário”, completa.

Sobre o processo relacionado à nomeação de advogados em cargos de confiança, a nota afirma que o processo ainda está em julgamento e que “comprovou-se que os serviços foram prestados, sem qualquer condenação por lesão ao erário ou perda patrimonial”.

Em relação à condenação relacionada à contratação de pessoas em cargos de confiança, a nota admite a sentença, mas diz que “foi afastado ressarcimento de danos ou prejuízo ao erário” e ressalta que o processo está “em fase de apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça”.

A respeito da suspeita de direcionamento de licitação, a assessoria afirma ter pedido que o caso fosse julgado improcedente “em virtude do reconhecimento da prescrição da acusação e impossibilidade de condenação” e aguarda decisão.

Enfim, tal decisão de Garcia e Zuliani, por ora, passa a impressão de ser uma decisão que atende aos interesses mais imediatos de ambos. Resta saber se será “uma jogada de mestre” ou “um tiro no pé”.

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