Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: fevereiro 2015

CONSIDERAÇÕES SOBRE A INVEJA…

I – “Quando usamos a palavra inveja, estamos nos referindo a ter inveja de alguém por ter algo que não temos. Esso tipo de inveja é um pecado e não é uma característica de um Cristão – isso só mostra que ainda estamos sendo controlados pelos nossos próprios desejos (1 Coríntios 3:3). Gálatas 5:26 diz: “Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros”. (http://www.gotquestions.org/Portugues/Biblia-inveja.html#ixzz3RN280J1L)

II – Inveja ou invídia, é um sentimento de tristeza perante o que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materias como qualidades inerentes ao ser). A inveja é originária desde tempos antigos, escritos em textos, que foi acentuado no capitalismo e no darwinismo social, na auto-preservação e auto-afirmação.

A inveja pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual. A inveja é um dos sete pecados capitais na tradição católica (CIC, n. 1866). (Wikipedia)

III – De acordo com o psicoterapeuta e escritor José Luis Cano, a inveja nada mais é do que “um fenômenopsicológico muito comum que causa um grande sofrimento para muitas pessoas, tanto para os invejosos como para suas vítimas. Ela pode ser explícita e transparente, ou formar parte da psicodinâmica de alguns sintomas neuróticos. Em todos os casos, a inveja é um sentimento de frustração insuportável perante algum bem de outra pessoa, causando o desejo inconsciente de danificá-lo”.

Cano também afirma que um indivíduo invejoso é um ser insatisfeito, seja por imaturidade, repressão, frustração, etc. No geral, essas pessoas sentem, consciente ou inconscientemente, muito rancor contra outros que possuem algo que elas também desejam, mas que não podem obter ou não querem desenvolver (beleza, dinheiro, sexo, sucesso, poder, liberdade, amor, personalidade, experiência, felicidade).

É por isso que o invejoso, ao invés de aceitar suas carências ou perceber seus desejos e capacidades e assim desenvolvê-los, odeia e deseja destruir todas as pessoas que, como um espelho, lembrem-no da sua privação. Em outras palavras, a inveja é a raiva vingadora do impotente que, em vez de lutar por seus anseios, prefere eliminar a concorrência.

IV – Inveja é o desejo de possuir um bem que pertence ao outro. É um sentimento de inferioridade e de desgosto diante da felicidade do outro. É um sentimento de cobiça da riqueza, do brilho e da prosperidade alheia.

A inveja é o desejo constante que algumas pessoas sentem ao almejar a todo custo as conquistas da vida alheia, é desejar o que o outro possui ou realiza.

A inveja está intimamente ligada ao ciúme, no momento que produz desgosto ou tormento ao indivíduo que almeja possuir algo que pertence a outro indivíduo.

A expressão popular dor de cotovelo é usada para indicar que alguém está com inveja ou ciúme do outro, pois perdeu algo ou alguém para outra pessoa.

DICA IMPORTANTE: Alguns objetos são usados como amuleto ou talismã contra a inveja e o mau olhado, entre eles, o olho grego, o pé de coelho, a figa, a ferradura etc. Acredita-se que eles podem trazer sorte e proteger as pessoas de qualquer energia negativa direcionada pela inveja e mau olhado.

Até.

HÁ TRINTA ANOS, NASCIA A SEDE PRÓPRIA DA CÂMARA DE VEREADORES DE OLÍMPIA

Há trinta anos, em cerimônia que contou com a participação de autoridades e personalidades da época, era lançada a pedra fundamental da atual sede da Câmara Municipal de Olímpia.

Era 1985 e o Legislativo não tinha sede própria, tendo mudado de endereço várias vezes. Quando do lançamento da  pedra fundamental, verdadeira e rica “caixa de pandora”, a Câmara Municipal realizava sessões na Biblioteca instalada na Casa da Cultura, em instalações bem acanhadas que não exprimiam a importância do Legislativo.

As tratativas para a construção da atual sede da Câmara Municipal foram iniciadas tão logo o então prefeito Wilson Zangirolami tomou posse, em janeiro de 1983, quando o Legislativo era presidido pelo vereador Silvio Roberto Mathias Netto, de janeiro de 1983 a dezembro de 1984.

A pedra fundamental, com a preciosa e histórica documentação, foi lançada em 1985, após decisão pelo melhor projeto e quando o Legislativo era presidido pelo vereador José Carlos Moreira, com o aval indispensável do prefeito Wilson Zangirolami, que disponibilizou os recursos necessários à edificação da sede atual do Legislativo local.

O cronograma da edificação da sede própria ocupou todo o ano de 1986 e parte do exercício de 1987, já sob a presidência do vereador Wanderley Dario Forti, que presidiu a inauguração em 22 de junho de 1987. Como curiosidade, a placa inaugural indica que o 1º secretário era Silvio Roberto Mathias Netto, o que é correto. A adição judicial da alcunha (Bibi) ao nome foi feita em 1988.

Trinta anos depois, algumas personalidades que testemunharam o lançamento da pedra fundamental aguardam ansiosamente que o atual presidente da Casa determine a abertura da caixa que guarda um pedaço importante da historia da cidade.

UM POUCO DA HISTÓRIA
O atual prédio da Câmara Municipal de Olímpia é a segunda sede própria do Legislativo. A primeira estava instalada no “Paço Municipal”, em prédio construído pelo então prefeito Geremia Lunardelli com recursos pessoais, inaugurado no dia 21 de novembro de 1921 e doado ao município. Trata-se do majestoso prédio que atualmente  abriga a Secretaria Municipal da Saúde.

Mais tarde, na gestão do prefeito José Clemêncio da Silva, o prédio foi vendido à Colônia Portuguesa de Olímpia para pagamento de dívidas do município. Por muitos anos ali esteve instalado o Hospital da Sociedade de Beneficência Portuguesa que, após a desativação passou a pertencer à Santa Casa de Misericórdia.

Desalojada, a Câmara Municipal andou errante por vários endereços, até a construção da atual sede. Para citar alguns desses endereços, o Legislativo já esteve instalado na Rua Coronel Francisco Nogueira em prédio que preserva a mesma arquitetura, ao lado do Banco Santander. Em seguida, ocupou a parte superior do prédio existente na esquina da Praça da Matriz com a Rua David de Oliveira.

Mais tarde mudou-se para a Rua Américo Brasiliense, antiga sede da União dos Empregados do Comércio e Indústria de Olímpia-UECIO de onde saiu para ocupar, temporariamente, as acanhadas instalações da Biblioteca “Fernando de Barros Furquim”, na Casa da Cultura. (Do Planeta News)

Até.

COMO FOI, DE FATO, A 1ª SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DE VEREADORES LOCAL

A sessão inaugural desta nova Mesa da Câmara de Vereadores, tinha tudo para dar certo, mas não deu. E por culpa da instabilidade emocional reinante entres os senhores edis. Instabilidade essa que remonta exatamente à eleição da própria Mesa, vide os acontecimentos do final do ano passado.

É claro que não se esperava que tudo estivesse bem, mas também não se esperava que tudo fosse aflorar tão facilmente. O vereador Paulo Poleselli de Souza já havia dado o tom do seu estado de espírito quando de sua fala nos três minutos regimentais. Marcão Coca não explicitou sua mágoa, mas seu espírito solidário foi catalisado pelas memórias do passado recente.

Pastor Leonardo, tratado com pouca cerimônia pelo presidente, irritou-se e o presidente, a quem caberia hormonizar almas em desalinho, atiçou a fogueira, com sua postura pouco afável e cortês. “Peitou” vereadores naquilo que poderia ceder sem que lhe chamuscasse o brilho de um início de gestão tão positivo até ali. Prefeito presente, discurso positivista, conciliador, etecetera e tal.

Bom, começa a sessão propriamente dita, e Salata (PP) faz anunciar por meio da 1ª secretária da Mesa, os nomes dos integrantes das Comissões Permanentes da Câmara, que ficara assim:

Justiça e Redação, efetivos: Paulo Roberto Poleselli de Souza (PR); Marco Aurélio Martins Rodrigues (PSDB), Marcos Antonio dos Santos (PSC). Suplentes, Izabel Cristina Reale Tereza (PR), Luis Antonio Ribeiro (DEM) e Marcelo Leandro dos Santos (PSL).

Finanças e Orçamento, efetivos: Cristina Reale, Leandro Marcelo dos Santos e Leonardo Simões (SD). Suplentes, Paulo Roberto Poleselili de Souza, Marco Antonio dos Santos, Marco Aurélio Martins Rodrigues.

Urbanismo, Obras, Viação e Transporte, efetivos: Marco Antonio Parolim de Carvalho (PPS), Luís Antonio Ribeiro e Marco Aurélio Martins Rodrigues. Suplentes: Leonardo Simões, Marcelo Leandro dos Santos, Cristina Reale.

Ação Social e Econômica: Cristina Reale, Luiz Antonio Ribeiro, Leonardo Simões. Suplentes, Paulo Poleselli de Souza, Marco Aurélio Rodrigues e Hilário Ruiz (PT).

Educação, Esportes e Turismo, efetivos: Paulo Poleselli, Marcos Santos e Marcelo Leandro dos Santos. Suplentes: Leonardo Simões, Luiz Antonio Ribeiro e Marcão Coca.

Legislação Participativa, efetivos: Marco Coca, Cristina Reale, Hilário Ruiz. Suplentes: Marcos Santos, Paulo Poleselli de Souza e Marcão Aurélio Rodrigues.

Foi o que bastou.

Paulo Poleselli pediu palavra de ordem e criticou o Ato da Mesa, dizendo entender que tratava-se de prerrogativa da presidência escolher quem entre os pares integrará qual Comissão, mas observou o artigo 46* do Regimento Interno-RI prevê consultas às lideranças antes do Ato final. “Ou seja, não havendo acordo entre lideranças, a presidência tem autoridade para nomear as Comissões”. Disse que fazia esta observação “como guardião do regimento”, porque a liderança do PR agora é da colega Cristina Reale, por revezamento acordado entre eles, do PR. “Houve essa consulta às lideranças, ou já é Ato definitivo?”, perguntou.

O presidente, então, lançou a faísca incendiária: “É um ato definitivo, conforme o artigo 46, que diz assegurar o tanto quanto possível a representação proporcional dos partidos. Se tiver reparo a fazer, encaminhe por escrito e esta Mesa Diretora deve analisar juntamente com o presidente.”

Ao que Poleselli ponderou: “Não tive consulta sobre a Comissão de Justiça e Redação, que este ano, em razão de meus afazeres profissionais, declino desta nomeação. Porém, quero saber de Hilário e Marcão Coca, se houve consulta.”

Antes de responder, Salata apenas disse que iria substituir o vereador pela colega Cristina Reale.

Foi a vez de Marcão Coca entrar no debate. Disse que ficava receoso com a questão, e perguntou se não seria prudente parar a sessão, e o presidente explicar como nomeou. “Sei que se não houver acordo, o presidente fixará a representação proporcional, mas devia fazer esta comunicação, porque eu não fui convocado para formação desta Comissão”.

O presidente Salata observou que o critério de proporcionalidade, “parece objetivo, mas se torna subjetivo, quando não se encontra de forma assídua nesta Casa, os senhores vereadores”. Depois alfinetou Marcão: “Os critérios utilizados foram os mesmos quando o senhor foi vice da Mesa”, acusando o ex-presidente, Beto Puttini (PTB), de também nomear à revelia.

Mas, logo em seguida o presidente se contradisse, ao lembrar que sim, foi consultado, “mas deixei ele à vontade para seguir o critério da proporcionalidade”. Depois pediu a todos os vereadores que fizessem por escrito a proposta de nova formação. Já sem paciência, Marcão retrucou: “Forme o senhor mesmo”.

Depois lembrou que, sim, também foi convocado pelo ex-presidente. Salata disse que, além do critério de proporcionalidade, também levou em conta a aptidão de cada um. Ele, que na gestão passada foi presidente da Comissão de Finanças e Orçamento.

“Eu deixo os senhores à vontade, podemos até rever, mas temos que trabalhar com estas Comissões para dar vazão ao número grande de projetos que estão aqui. Os critérios foram cumpridos pelo Regimento, tanto que editamos o Ato do presidente número 01/2015.”

Então foi a vez do vereador Leonardo Simões pedir a palavra em questão de ordem. Salata perguntou sob qual Artigo do Regimento Interno. Ele não disse, e acusou o presidente de estar cerceando suas palavras. O presidente insistiu que não o deixaria falar se ele não dissesse o Artigo. “Não temos o Regimento Interno na ponta de língua. Mas o senhor está dizendo que não é possível (falar), então me abstenho da palavra”, respondeu Simões.

Já Hilário Ruiz entrou na conversa, primeiramente para agradecer a inclusão de seu nome na Comissão de Legislação Participativa, que queria integrar, e depois para reconhecer que os colegas tinham razão. “Esperava que houvesse uma reunião para, de forma tranquila, definir a Comissão, escolher os presidentes e relatores. Acho que eles têm razão em argüir a falta de reunião com as lideranças”, ponderou o petista.

E Salata: “Certo, vamos pedir que dentro do prazo regimental, procedam à escolha dos presidentes das Comissões. Quem não quer participar, como o Paulo, que tem ocupação já declarada, não participe. Respeitamos a solidariedade do vereador petista aos demais vereadores. Sou responsável pelos destinos desta Casa junto com os membros da Mesa, e temos que tocar porque temos muitos projetos”, pediu.

Paulo Poleselli insistiu numa observação fundamentada no artigo 46, mas Salata objetou, e mesmo assim ele continuou. Pediu para o presidente “virar a página da eleição”, fez uma “proposta amigável”, a de suspender a sessão. “Vamos superar os episódios de dezembro”, pediu. “Acho que quem não superou os episódios de dezembro foi o senhor”, respondeu Salata. Poleselli, então, arrematou: “Com fundamento no artigo 46, por não ter sido consultado, nas votações já digo que vou me abster em todas”.

Foi quando ganhou a solidariedade de Marcão Coca, de Leonardo Simões e de Hilário Ruiz. “Vou considerar o comportamento dos senhores, não querem participar, não tem problema nenhum”, desdenhou o presidente. “Ouví quem frequenta esta casa de forma rotineira”, disse, criticanbdo os vereadores por não irem à Câmara.

“Vou considerar toda esta manifestação, protelatória, porque não há argumentação palpável”, sentenciou o presidente. E encerrou a discussão. Fez prevalecer o inteiro teor do Ato 01. Mas, a “forra” veio em seguida. Dois projetos que precisavam de seis votos (maioria absoluta) para sua aprovação – projeto de Lei Complementar 187, criando cargo de monitor de creche, e Projeto de Lei Complementar 189, tratando do “FIC Azul”, de desconto no IPTU -, foram rejeitados no pedido de urgência.

Salata disse que ambos estavam indo para o arquivo, mas Hilário Ruiz lembrou que haviam sido rejeitados na urgência e, portanto, devem voltar na próxima sessão, dia 16, para tramitação normal, em dois dois turnos e redação final. Outros dez projetos de Lei foram aprovados naquela noite, porém com as quatro abstenções. Todos eles necessitavam de maioria simples, ou seja, da maioria dos votantes. Obtiveram cinco votos cada um.

*Artigo 46 – A composição das Comissões Permanentes será feita pelo Presidente da Câmara, de comum acordo com as lideranças, assegurando-se, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos representados na Câmara.

Parágrafo 1º – Não havendo acordo, o Presidente, de ofício, fixará a representação proporcional dos partidos nas Comissões, solicitando aos líderes os nomes dos respectivos representantes partidários.

Parágrafo 2º – Na omissão das lideranças, o Presidente designará os representantes partidários.

Parágrafo 3º – Na constituição das Comissões Permanentes, para efeito de composição, figurará sempre o nome do Vereador efetivo, ainda que licenciado.

Até.

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