Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: janeiro 2019 (Página 1 de 2)

QUANTO CUSTA O ‘STAFF’ DE CUNHA?

Tomo a liberdade de trazer a público, material informativo organizado pelo site “O Transparente”, cujos dados nos chegaram, sem maiores referências, por e-mail, já pela segunda vez. Este site, segundo o histórico encaminhado, tem por objetivo apurar, por meio dos mecanismos de transparência do governo, detalhes acerca principalmente dos gastos públicos.

O material recebido na data de hoje tem por título “O custo do staff  do governo municipal”, onde é feito um comparativo de quanto custaram os funcionários comissionados do governo anterior, a partir de 2009 até o ano passado e, pasmem, embora detenha hoje um número pouco menor de funcionários não concursados, o Governo Cunha gasta mais com este quadro que seu antecessor.

Bom frisar que o atual prefeito usou e abusou, nas eleições para o cargo, que iria praticamente acabar com os cargos comissionados que, segundo ele, “inchavam” a folha do município.

Agora vê-se que, além de não acabar com a prática, Fernando Cunha (PR) consegue a proeza de gastar bem mais que seu antecessor, com um número pouca coisa menor que antes. Veja, abaixo, na íntegra, o trabalho de “O Transparente”.

“Caros leitores, no terceiro post da série que trata da simplificação de dados da transparência pública do município de Olímpia-SP apresento a vocês um dos pontos mais delicados para qualquer governo, seja municipal, estadual ou federal; o custo do seu staff governamental, ou seja, aqueles que os governantes dizem “tocar” a prefeitura a contento do governante.

O primeiro dado importante demonstra a evolução da última década de contratações que iniciam os governos discretamente e com o passar dos anos tomam corpo, ou seja, ganham uma série de novos adeptos.

O segundo dado não menos importante é a quantidade de demitidos, que tem seus picos em anos eleitorais por motivos os quais não vamos comentar hoje, mas traremos novas informações no futuro. Há também anos atípicos que por força judicial demandam o governo à demitir, como ocorreu em 2018.

O terceiro dado que trata do staff que entra ano e saí ano e ainda fica aderente ao governo como “carrapato” é aquele que consideramos para compor a média de custo por comissionado/ano.

Em resumo, foi o parâmetro escolhido por nós do blog ‘O Transparente’ para demonstrar ao contribuinte quanto o município desembolsa por ano com o profissional ‘hiper mega blaster’ qualificado que o governo escolhe sem critério algum, a não ser o ‘QI’ de ‘Quem Indica?’ para resolver os problemas que você cidadão enfrenta no dia a dia.

O quarto dado é o tal custo médio por comissionado/ano a qual falamos, que por sinal ficou mais caro com a entrada dos últimos profissionais ‘hiper mega blaster’ escolhidos pelo atual governo.

O quinto e último dado é o ‘ARROMBO’ que o excesso de cargos comissionados provoca nas contas públicas e o impacto que essas contratações provocam nos serviços que chegam até você cidadão.

É contestável a necessidade ou não dos cargos comissionados, com frentes que os defendem e outras que os criticam, mas verdade seja dita, qualquer tipo de extremo é ruim para qualquer instituição. Agora cabe ao escolhido do povo encontrar o ponto de equilíbrio.

O que o cidadão não pode admitir é o aumento indiscriminado dos gastos com o ‘staff’ governamental enquanto outras áreas prioritárias são comprimidas sem critérios claros, ou ainda, com ajuste de tributos aos cidadãos que sofrem com o aumento significativo do custo de vida que a retração da economia nos trouxe nos últimos anos.

Vamos mais uma vez refletir sobre o quanto e como os impostos pagos por você contribuinte estão sendo utilizados! Até o próximo post. O Transparente”.

Reproduzimos o link do site para que vocês mesmos analisem. Nele vocês vão encontrar, também, os valores gastos pelos governos municipais com a contratação de empresas de softwares de controle, ou seja, custo de serviços com equipamentos de informática, além de valores relacionados a alugueis de imóveis, todos acompanhados com gráficos explicativos: https://medium.com/@otransparente




CUNHA E NIQUINHA SERÃO ‘SACO DE PANCADAS’ NA CÂMARA?

A Câmara Municipal da Estância Turística de Olímpia reabre as sessões legislativas a partir desta segunda-feira, 4 de fevereiro, sob a incógnita de Antonio Delomodarme, o Niquinha (Avante), como presidente. Cabe à figura central da Mesa Diretora manter as rédeas dos trabalhos firmes nas mãos, sem no entanto ser ditatorial, absolutista, antirregimentalista ou antidemocrático.

Não se sabe, pois, se Niquinha conseguirá o intento. Inexperiente como mandante legislativo, o que se ouve aqui e ali é que na Casa de Leis, o dia a dia tem sido de desassossego desde 1º de janeiro, quando mudou-se para o Gabinete presidencial.

Niquinha, pelo que se pode ver, é até agora o mais desarticulado político a assumir a Mesa da Câmara. Sequer tem um nome para chamar de seu Chefe de Gabinete. O cargo está vago. Sequer tem uma base política de confiança ali. Segue só.

Há temor de que acabe se tornando presa fácil do Poder Executivo, que inclusive formaria uma base de apoio para ele no Legislativo. Com gente da confiança do prefeito Fernando Cunha (PR). Então, ele, que tanto renega ser alguém sob o domínio do grupo genista, seria então alguém sob o domínio do grupo cunhista.

Aliás, o prefeito Cunha não é um caso à parte. Haja vista que o alcaide terá, nestes próximos dois anos, uma Câmara bem mais oposicionista que a que teve nos dois anos passados, e da qual reclamava tanto.

Até aliados de primeira hora o prefeito perdeu, ao que tudo indica, para esta próxima legislatura. Sua bancada fiel diminuiu, aliás, tornou-se minoria, contando que o presidente só vota em casos de empates.

Votos fieis, portanto, quatro. Votos, digamos, “flutuantes”, do outro lado, cinco. É esse o quadro político que caberá a Niquinha administrar. É essa delicada configuração política que caberá a Niquinha “reconfigurar”.

Numa situação como essa, primeiro o prefeito ou quem de direito em seu nome deve manter-se feito quem caminha sobre ovos (sem nenhuma alusão), fazendo o meio-de-campo político. Depois, cabe ao presidente, como é o caso de Niquinha ligado a ele, fazer o meio-de-campo legislativo quando a necessidade do voto for mais específica, de maioria absoluta ou dois terços.

Porque na verdade o alcaide não terá sequer maioria simples. Veja bem, falamos aqui considerando as informações que nos chegam e o comportamento observado em certos edis nos dias passados, quando inclusive se falou abertamente em abandonar o barco cunhista.

Além disso, vamos lembrar, em sua mais recente bravata, o prefeito foi enfático ao afirmar que, para a Mesa da Câmara, não apoiaria, em hipótese alguma, candidato de sua base que fosse lhe pedir aval “com votos do Geninho”.

E que, ao final, não só aceitou os “votos do Geninho”, como aceitou o próprio deputado federal estar representado na Mesa diretora nas figuras de Luiz Gustavo Pimenta (PSDB) e Luiz Antonio Ribeiro, o Luiz do Ovo (DEM).

E, mais ainda, Cunha tem nesta Mesa Diretora “o melhor dos mundos”, por incrível que pareça, sorte idêntica a do deputado federal eleito de Olímpia.

E se falamos lá em cima sobre bancada reduzida, lembramos agora que quem se sentiu traído nesta negociação foi o vereador Hélio Lisse Júnior (PSD), que articulava sua candidatura, e na impossibilidade articulou com Flávio Augusto Olmos (DEM), mas ambos foram barrados por Cunha.

Em menor escala, também Fernando Roberto da Silva, o Fernandinho (PSD), outro da base de Cunha, foi barrado pelo prefeito, estranhamente, entre outras coisas, por dizer a ele que contaria com “votos do Geninho”. Mas Fernandinho permanece fiel, até porque seu mentor político, Hilário Ruiz, assim o quer.

VOTOS ‘NA MEDIDA’
Na eleição para a Mesa, Niquinha recebeu seis dos 10 votos possíveis, uma vez que seu colega Hélio Lisse Júnior (PSD) votou em si mesmo e recebeu votos de Fernando Roberto da Silva, o Fernandinho (PSD) e Flávio Augusto Olmos (DEM) para presidente. E José Elias de Morais, o Zé das Pedras (PR), votou também em si mesmo para o cargo principal da Mesa Diretora.

Perceberam que nem o presidente é consenso? Dá pra perceber ainda que seriam quatro os desafetos declarados de Niquinha, fora aqueles dos quais recebeu os votos, mais por composição de grupo que por afinidade política.

Ou seja, para 2019-2020, teremos uma Câmara bem mais oposicionista a Cunha que nos dois anos anteriores, que contará com um presidente instável emocionalmente e da mesma forma preterido pela maioria. Preparemo-nos, pois, para os dois anos mais turbulentos que a história política recente da cidade viverá.

Oxalá esteja errado!

VEREADORES, JORNALISMO E SEUS PECADOS

Olímpia é uma cidade pródiga em criações próprias acerca de comportamentos, sejam eles de que espécies forem. Mas nenhuma destas criações supera a mais contundente delas, que é a chamada picuinha jornalística.

Esta situação se revela quando você se depara com um veículo de comunicação que, ao invés de dar a informação o mais abrangente possível a respeito de determinados assuntos, parte para o ataque e a contestação do que diz uma fonte ou o que dizem várias, já que o dito não coaduna com o pensamento do redator e, pior ainda, quando do editor do veículo.

Estamos vendo isso agora, no tocante às cadeiras da Câmara de Vereadores. Enquanto um dos veículos impressos local, que aliás foi o que levantou o tema, empresta a razão e dá ampla margem para o entendimento do que se passa neste aspecto a seus leitores, o outro entra na guerra sangrenta da não-verdade, do escamoteamento dos fatos, enfim, da picuinha.

Tudo isso por ver naquela Casa de Leis um ambiente que não lhe agrada, e seus ocupantes serem tidos como inimigos públicos, eis que sempre lhes reputou má-índole em tudo que pensam, formulam, projetam ou fazem.

A Câmara de Vereadores não é uma casa de santos. Não é o melhor exemplo de instituição política a zelar pelas questões do cidadão. Reconheçamos. Não é. Porém, o jornalismo não pode jamais ser a caixa de ressonância de ódios introjetados em almas perdidas sabe-se lá por quais razões.

Então, quando se coloca uma discussão delicada como é a das cadeiras na Casa de Leis, é preciso ter cuidado, muito cuidado no trato do tema. O principal e incontestável a ser dito sobre o assunto já o fora feito por aquele primeiro jornal: a discussão terá que ser feita. Ponto.

O que vai derivar desta discussão, só a própria discussão revelará. Vai aumentar cadeiras? Não vai? Vai aumentar salários? Não vai? Essa resposta só poderá vir quando a Casa e seus integrantes eleitos para serem representantes do povo junto ao poder, tiverem um consenso, após debate maduro e consequente.

O que não pode é os nobres edis tentarem “tapar o sol com a peneira” da problemática nos próximos dias, fazerem reuniões às escondidas até mesmo para decidirem pelo não, e certo veículo de imprensa e seus responsáveis “baterem o bumbo” para a falta de cognição dos senhores edís, em termos fracionários, e, basicamente, de grande parcela de cidadãos-leitores do próprio meio, que assim é levada a achar que estão ali dez demônios diuturnamente praticando o pecado capital da preguiça, e por isso são assacados por outro pecador, o senhor editor, com seu pecadinho-mor, a soberba, quando não a inveja.

Ruim. Porque isso provoca uma espécie de guerra infinita.

NOVAS CADEIRAS: TEMA ESPINHOSO, MAS A CÂMARA TERÁ QUE ENFRENTÁ-LO

Repercutiu intensamente esta semana, e ainda continua a “fazer barulho” nas redes sociais a notícia de que a Câmara de vereadores terá que discutir este ano ou no ano que vem, a quantidade de cadeiras que comporá o Legislativo a partir de 2021. Poderão ter, também, que discutir os valores salariais de cada vereador.

O modo de fazer isso, competirá a eles escolherem. Mas que terão que se debruçarem sobre este espinhoso assunto, isso terão. É claro que o tema provoca urticárias naqueles edis mais preocupados com a opinião pública e com seu nome estar associado a tudo aquilo que esta mesma opinião pública abomina.

Mas é da obrigação de uma Casa Legislativa tratar também de temas espinhosos. Agora, o fato de terem que tratar do tema, não quer dizer que vão aumentar as cadeiras ou mesmo os próprios salários. Tudo pode continuar como está.

O presidente Antonio Delomodarme, o Niquinha (Avante), disse em seu Facebook que por sua vontade a Casa de Leis passaria a ter, na verdade, nove vereadores, já que haveria uma exigência para que se tenha número ímpar na composição cameral. Falácia. Diminuir, jamais. Aumentar então para onze? Talvez.

Mas os dez representantes do povo não poderão se furtar a discutir o tema, até por obrigação de ofício. Como levar isso à opinião pública de forma que ela entenda dos preceitos que regem a matéria, é coisa para a presidência, e a Mesa como um todo, decidir.

O que não podem é ficar escamoteando e tentando se livrar da “batata quente” que é o assunto. Porque se dizem uma coisa hoje, que sabem que vão ter que desdizer amanhã, é pior para a imagem de cada um. Melhor que assumam de uma vez a necessidade de debater o tema e tranquilizem os cidadãos quanto ao porvir.

“Bater panelas”, gargantear em videozinhos ou postisinhos pretensamente simpáticos, ou mesmo antecipar votos no caso de uma futura discussão sobre o tema, em nada contribui para o debate. E é até antirregimental.

Esta é a hora da verdade. E verdades, devem ser ditas e jamais escamoteadas para agradar a plateia. Jogar para a torcida nem sempre garante o bom resultado esperado.

CONSIDERAÇÕES SOBRE CORTE DE VERBA E O CHORORÔ DAS CARPIDEIRAS

O prefeito Fernando Cunha (PR) acaba de perder mais um convênio que viria sustentar mais um dos seus, digamos, projetos supérfluos. Desta vez foi a verba pleiteada para a obra de cobertura do Recinto do Folclore, conforme ele anunciara ao final do 53º Festival, em agosto de 2017.

A decisão é do dia 18 de janeiro, por meio da Resolução 03. O processo era o de número 106/2018, convênio 324/2018. Observem que desde 2017 o prefeito vem tratando deste assunto. Passaram pelo Bandeirantes dois governadores.

E só um ano e meio depois, na última semana de dezembro do ano eleitoral de 2018, é que obtém a autorização?

Cunha já havia “perdido” outra verba anteriormente, esta de cerca de R$ 5 milhões, que usaria para a não tão urgente e necessária duplicação da Vicinal Wilquem Manoel Neves, partindo do Hot Beach até o Trevo da Cutrale. Da mesma forma, convênio assinado no “apagar das luzes” de 2018.

Embora as carpideiras de plantão tenham difundido seus chororôs nas redes sociais nas últimas horas, o governador João Dória (PSDB) procedeu ao corte de convênios de mais de 160 cidades, turísticas (cerca de 70) ou de Interesse Turístico. Não foi, portanto, somente Olímpia.

E embora ainda tais carpideiras venham tentando fazer crer que se trata de perseguição política, porque Cunha pediu votos para Márcio França ao governo do Estado, nas eleições passadas, tratou-se, segundo justificativa da Secretaria do Turismo, de uma decisão técnica.

Decisão lastreada na intenção visível do ex-governador de impulsionar sua candidatura ao Bandeirantes assinando convênios “a torto e a direito” no “apagar das luzes” do ano passado, distribuindo sem nenhum critério e embasamento técnico, dinheiro público.

Haja vista que o convênio com o DADETUR, no valor de exatos R$ 3.890.233,37, foi assinado no dia 19 de dezembro, já praticamente no “escuro” da sala de um administrador que saía do cargo. O mesmo se deu com o convênio anterior, de cerca de R$ 5 milhões. O atual governo contestou a “urgência” de ambos os projetos.

O detalhe desta verba de agora, que o prefeito e suas carpideiras tratam como retaliação, é que ela foi anunciada pelo alcaide em 2017, no encerramento da edição do Fefol daquele ano, o primeiro sob a “regência” de Cunha e sua trupe.

De onde o mandante de turno tirou esta ideia não se sabe. O recinto do Folclore existe há mais de 30 anos na cidade e sempre foi sem a cobertura que Cunha agora quer impor a ele. decisão unilateral e totalitária que dividiu opiniões. Ou nem as suscitou, tamanha a estranheza.

Não foi possível detectar os primórdios dos trabalhos em torno do Recinto, desde o projeto original, coisa que data de 32 anos atrás, no mínimo. Mas segundo as parcas informações, uma arquiteta de origem nipônica teria sido a autora do projeto, naturalmente com base na proposta de José Sant’anna, criador e principal mantenedor dos festivais, até sua morte.

A profissional fazia parte de um programa de auxílio técnico a projetos, do Governo do Estado, salvo engano denominado “Somando Verde”. Quando de sua inauguração, foram estas as palavras do mestre:

“Olímpia dá uma contribuição elevadíssima ao estudo e à preservação do folclore nacional. A Praça, de construção moderna, é elegante e espaçosa, e merece especial menção entre as principais obras do gosto de nossa gente. Nela, o povo se reanima e sente-se valorizado, pois apresenta um aspecto pitoresco e muito agradável em meio a músicas, danças, folguedos, flores, comidas e ao geral e entusiástico contentamento da povoação inteira”.

O Recinto foi imaginado por Sant’anna, desenhado por profissionais zelosos e construído com muito sacrifício, para ser uma homenagem aos primórdios da civilização, com seu desenho e estrutura ao estilo greco-romano, ou seja, um projeto no qual não cabe jamais, cobertura, seja de que espécie for, ainda que modernosa e “futurista” como a que foi apresentada.

Seria, ali, um “elefante branco” suspenso. Por sorte a caneta de Dória pelo menos adiou a concretização desta ideia “luminosa”, a dar tempo para que o mandatário reflita sobre estas e outras questões atinentes àquele local, propriedade do povo.

Por exemplo, concluindo-o e assim realizando o sonho da vida de Sant’anna, que era a construção de alojamentos no local, onde já por décadas estão plantados os alicerces, e o estacionamento urbanizado para os ônibus de grupos e de turistas (neste caso, hoje tão rarefeitos).

Podia também fechar uma daquelas barracas, dota-la de ar condicionado, piso mais nobre, paredes idem, sistema de som, etc., para conferências, encontros, debates e até apresentações musicais de caráter regional e de raízes folclóricas, ou mesmo de grupos. São exemplos.

Exemplos de investimentos racionais e que agregariam valor àquela localidade que, com arquibancadas mais confortáveis e um pouco mais de acessibilidade, estaria perfeito para o seu propósito.

Se ao invés disso a proposta é cobrir a arena, calçar seu solo e impor ali outras “modernidades”, terá sido mera materialização da visão burguesa da qual nosso Fefol tem sido vítima ao longo dos muitos últimos anos.

O PROBLEMÁTICO POÇO DE R$ 3 MILHÕES DA DAEMO….

Qual o grande mistério que cerca o poço profundo perfurado nas dependências da Daemo Ambiental? Pode ser nenhum, mas que o silêncio em seu entorno dá o que pensar, isso dá. Sabe aquela impressão de que se fala baixo, em sussurros, “na roda”? Então…

Não se viu em nenhum lugar a exibição do momento em que a água jorra abundante assim que o veio é alcançado, como de praxe nestas situações.

Se a Administração Pública optou propositalmente pelo silêncio, é de duvidosa eficácia político-administrativa. A obra foi anunciada com pompas e circunstâncias, até reuniões foram feitas com moradores das imediações, a fim de prepará-los para o inferno intermitente que viveriam do início ao fim dos trabalhos.

Ao que parece, os trabalhos chegaram ao fim. Mas o governo municipal não disse nada a ninguém. Não disse se tem água ali ou não, e se tiver água, qual sua vazão. Um dado parece certo: a vazão que houver, se houver, não será a esperada. A expectativa é de que saia dali metade dos 350 metros cúbicos por hora estimados quando da elaboração do projeto.

O governo garante que a empresa executora dos serviços, do ramo de engenharia de perfuração de poços, “é idônea e com ampla experiência comprovada, inclusive por acervos técnicos reconhecidos pelo CREA Confea”. Diz ainda o governo que a tal empresa “já perfurou vários poços pelo Brasil, inclusive dois poços no município”.

Houve a preocupação primeira em explicar a empresa, sabe-se lá por qual razão.

Mas as complicações não foram poucas para a perfuração do tal poço redentor, conforme se verá abaixo, em nota encaminhada ao site Diário de Olímpia, de quem tomamos emprestado o texto, uma vez que o questionário deste blog, encaminhado pela caixa de mensagem da página ofical da Superintendência, não foi respondido até hoje, dois dias depois.

Segundo a Daemo Ambiental, “desde o início do processo de perfuração do poço em questão, a obra foi acompanhada pela equipe técnica da Daemo Ambiental diariamente e pelo geólogo responsável pelo projeto”.

A Superintendência reconhece ter havido “adversidades” durante a execução da perfuração do poço, “que não condiziam com o projeto executivo, pois não é possível saber a composição geológica exata do local” (o que deixa no ar a questão da exatidão do processo de perscrutação do veio aquífero, certo?)”.

Segundo ainda a Daemo Ambiental, houve problemas com o tempo de perfuração, “devido à presença de basalto homogêneo, compacto e extremamente duro, ocasionando problemas com travamento de ferramental e até quebra de brocas, devido à alta densidade do basalto, ocasionando lentidão e parada da execução (Mais um dado a corroborar a suspeita de que as análises de solo podem ter sido subestimadas)”.

“Além desses fatos -prossegue a nota-, na etapa da perfuração dos arenitos da formação Piramboia e Botucatu ocorreu a presença de uma rocha Sill de Diabásio (comum nas regiões Sudoeste de SP e Norte do Paraná) com espessura em torno de 36 metros (o que corresponderia mais ou menos a um prédio de 12 andares), sendo imprevisível a presença deste material, pois não há relatos dele nos outros poços da região (Idem o grifo acima)”.

A nota diz ainda que a obra de perfuração terminou, e que até a tubulação de encamisamento da coluna do poço foi instalada e iniciou-se a limpeza total, conforme previsto, “tendo sucesso total na limpeza e teste preliminar de vazão com acompanhamento de nossos químicos e técnicos em química para atestar a qualidade da água, faltando agora o teste de vazão oficial, que será realizado no próximo mês”.

Mas, a própria nota revela que nem tudo são flores: “Vale-se ressaltar que na limpeza e teste preliminar de vazão a água sai com turbidez alta, devido aos resíduos da lama do processo de perfuração, e que neste processo é utilizado compressores de alta pressão justamente para fazer a limpeza e desinfecção do poço”.

Ou seja, um poço problemático, que teve início “em meados de janeiro de 2018, com cronograma de 90 até 120 dias”, nos períodos diurno e noturno, intermitente, até a sua conclusão.

O novo poço teria a profundidade prevista de aproximadamente 1.100 metros (a nota não diz se foi alcançada esta profundidade) e vazão estimada em 350 metros cúbicos de água por hora (da mesma forma, a nota não diz se esta vazão foi confirmada).

Porém, parece haver expectativa de sair dele metade ou menos da metade da vazão prevista. Assim, o propósito de ampliar “em mais de 100% a captação de água para fornecimento à população” fica comprometido.

Além do quê, vai ficar faltando, depois, saber se com todos estes senões, o orçamento inicial de R$ 3 milhões foi mantido e consumido, se precisou de mais dinheiro, ou houve redução em seus valores, já que a vazão seria a metade da prevista.

Como se vê, esperam-se novos esclarecimentos.

COM QUANTAS CADEIRAS SE FARÁ A CÂMARA EM 2021?

A Câmara de Vereadores da Estância Turística de Olímpia estudará, até obrigatoriamente, a partir de fevereiro, quando do retorno às atividades parlamentares, com quantas cadeiras se fará um Legislativo a partir de 2021. Assunto espinhoso, mas que terá que ser levado a debate entre os pares, até mesmo por exigência legal.

É claro que a decisão sobre quantos legisladores a Casa terá cabe aos próprios decidirem, mas da forma como está, com 10 cadeiras, segundo informações a Câmara olimpiense estaria de certa forma ferindo a Legislação Eleitoral. Por isso a discussão do aumento a ser inserida na pauta logo neste início de 2019.

A dúvida está em quantas cadeiras, dentro das três possibilidades: 11, 13 ou 15? Claro que as opiniões entre eles divergem, mas uma maioria segura entende que 15 seria o ideal. O ex-presidente Gustavo Pimenta (PSDB), por exemplo, tem se manifestado favorável a 13, que no seu entender seriam suficientes. “Porém, a decisão é do colegiado”, diz.

Os argumentos para o aumento de cadeiras são basicamente no tocante à representatividade e à maior oportunidade de outros nomes serem alçados à condição de legislador na cidade, saindo daquele círculo onde estariam praticamente sempre os mesmos nomes.

Nesta última eleição houve a renovação de seis nomes – Fernando Roberto da Silva, o Fernadinho, do PSD, Fávio Augusto Olmos, do DEM, Gustavo Pimenta, do PSDB, Hélio Lisse Júnior, também do PSD, Luiz Antonio Ribeiro, o Luiz do Ovo, do DEM e Selim Jamil Murad, do PTB. Os demais ou eram suplentes ou já ocuparam cadeiras em gestões passadas.

Além dos citados acima, completam a Câmara de Vereadores os edis José Elias de Morais, o Zé das Pedras, do PR, Antonio Delomodarme, o Niquinha, do Avante, Luiz Antonio Moreira Salata, do PP.

Cristina Reale, do PR, eleita após um período na suplência na legislatura passada, deixou a Casa e ocupa a Secretaria de Assistência, enquanto Murad é o secretário de Turismo e Cultura.

Marco Antonio Parolim de Carvalho, o Marcão Coca, do PPS, ocupa a vaga de suplente de Selim Murad -lembrando que ele seria o 11º eleito, caso a Casa de Leis já contasse com esse número de cadeiras. Porém, se fossem 13 as vagas, estariam por lá também João Luis Stellari, do PSDB, e Amaral, também tucano, como o 13° eleito.

Caso a Câmara de Olímpia fosse composta por 15 cadeiras, estariam legislando também o Pastor Leonardo, do DEM, e Guto Zanette, do PSB, atual secretário de Gabinete de Cunha.

João Magalhães, do PMDB, hoje suplente de Cristina Reale, poderia estar na Câmara, mas nas mesmas condições atuais, já que na classificação geral é o 16º mais votado.

Este assunto deve estar na pauta dos trabalhos legislativos logo no início, quando também se discutirá a nova remuneração dos senhores edis, hoje na casa dos R$ 5 mil brutos.

E, mais uma vez, esta questão dos vencimentos ganha foros de acirrada disputa de bastidores, já que há edis que querem o aumento, mas para consumo externo dizem que não querem.

Haverá aquele que numa eventual votação irá bradar por moralidade financeira, economicidade, mas depois não irá abdicar de receber o contracheque no final do mês.

Agora, quanto ao número de cadeiras, há unanimidade enquanto o assunto é aumento no número, como dito acima, até por força de lei, mas há divisões quanto ao número delas.

Vai pesar na decisão, com certeza, as possibilidades de cada edil no próximo pleito, embora seja certo que com 15 cadeiras, todos ali têm chances maiores de voltar.

Até porque analistas dão como certa a mudança de pelo menos metade da atual Casa de Leis, permanecendo o número de dez cadeiras. Ou 11.

De 13 a 15 a situação mudaria um pouco. As chances dos “não-retornáveis’ melhorariam bastante. E isso vai pesar na hora de decidirem quantas novas salas o prédio da Câmara ganhará.

744 DIAS JÁ E, CADÊ GOVERNO?

Terminado o primeiro ano de governo de Fernando Cunha (PR), em 2017, publicamos neste blog um texto intitulado “E lá se vai o primeiro ano de ‘varejinho’ e ‘miudezas’ de Cunha” , baseado, claro, no fato de que o prefeito havia recebido um município forte, pujante e com inúmeras ramificações políticas por aí afora, e não estava conseguindo manejá-lo.

E também no fato de que, naquele momento, a impressão mais forte era a de que a cidade tinha perdido a pulsação. Falávamos que Fernando Cunha deveria primar sua administração pela gestão ou, caso contrário, poderia ficar com nada.

Alertávamos sobre o ano eleitoral que viria a seguir e os perigos que isto representava, sempre, política e administrativamente. Sendo assim, que o alcaide medisse bem seus passos, raciocinasse com olhos voltados ao futuro, à política de longo prazo.

Isto por que a cidade contaria com um candidato próprio à Câmara Federal, candidato este, exatamente o ex-prefeito que lhe entregara a cidade pulsante dita acima. E não só isso, Geninho Zuliani (DEM) integraria o “bonde” do candidato mais forte na disputa, João Dória (PSDB) e, mais ainda, que tinha como vice seu patrono político Rodrigo Garcia (DEM).

Qualquer político de província de maior juízo, no mínimo refletiria por alguns segundos antes de desprezar tríade tão poderosa politicamente falando, em nível de Estado.

Mas este não é Cunha. O prefeito desta Estância Turística é de temperamento teimoso e exclusivista. Opinião nenhuma lhe serve, companheirismo nenhum lhe serve, mão amiga nenhuma lhe serve, eis que se alimenta no dia-a-dia de sua impertinência, embora não no sentido amplo, substantivo, mas naquilo que lhe cabe.

Falávamos dos perigos que rondava seu governo em 2019, com a entrada de novas figuras no jogo em nível estadual, e já tivemos a primeira amostra disso, com o corte de verba considerada eleitoreira que havia sido destinada a Olímpia.

E podem dizer o que quiserem os prepostos do governo pelas redes sociais da vida ou pelos veículos “de bolso” que mal disfarçam seus engajamentos, mas Cunha apostou errado, movido pelo rancor que nutre pelo então candidato a deputado federal hoje eleito, Geninho Zuliani.

Não é crível que nenhum de seus “acólitos” lhe tenha sussurrado aos ouvidos que o caminho a seguir era outro, digamos, mais político. Que o ideal seria usar o cérebro, a intuição e não o fígado. Talvez até tenham tentado. Mas, como se disse acima, o mandante de turno sofre da chamada síndrome da impertinência.

Cunha não só se aliou ao adversário majoritário, como trabalhou para candidatos à Câmara cujos nomes sequer tinham algo a ver com a cidade e suas necessidades prementes. E alinhou tantos destes nomes ao seu redor, que teve que recorrer a parceiros políticos, mais especificamente vereadores, para trabalhar alguns deles.

Abraçar a candidatura Geninho era impensável para ele, conforme muitos defendiam nas rodas políticas. E a agravante foi que, além de não levar a bandeira do candidato olimpiense, Cunha ainda “apedrejou-o” em todas as oportunidades que teve, bem como aos candidatos a governador e vice, seus parceiros políticos.

Arriscou seu futuro administrativo, jogou pesado e confiante numa derrocada de seus desafetos. Perdeu. E feio. Porque seus “inimigos” estão no poder, como diz a canção, e seus amigos “morreram todos”, politicamente falando. O prefeito, pasmem, não elegeu nenhum dos nomes que apoiara.

Mas isto não quer dizer que ele ficará à deriva perante o grupo que está no poder. Geninho ainda é alguém a quem ele pode cobrar de forma efusiva e efetiva, respostas às demandas populares locais.

O deputado federal eleito ainda é alguém que ele pode “encostar na parede” na busca por soluções administrativas. E se esse alguém é quem já demonstrou ter amor incondicional pela cidade que ele, Cunha, governa, tanto melhor.

Basta que o alcaide abandone a figura de “velho general-de-exército” e se poste como um administrador disposto a ceder, por um lado, e ganhar politicamente de outro. Vê-se, sem a menor sombra de dúvidas, que atualmente há mais disposição de aproximação por parte do deputado eleito que de Cunha.

Caso contrário, o futuro legislador não teria facilitado a eleição para a Mesa Diretora da Câmara de vereadores como facilitou, empenhando votos de seus correligionários para que o prefeito pudesse colocar na presidência, um nome de sua preferência, no caso Antonio Delomodarme (Voltaremos a este assunto).

Até porque, se não for assim, Cunha corre o risco de ver aumentada a sua “solidão” política, como ora vemos, já que 2018 se foi e Olímpia não viu nada acontecer, a não ser tentativas de levar adiante obras deixadas iniciadas ou no projeto, todas com verbas alocadas ou liberadas pelo seu antecessor.

Detalhe: nenhuma foi cortada, o que derruba por terra certos “argumentos” esdrúxulos de perseguição política.

E Cunha recebeu um município forte, pujante e com inúmeras ramificações políticas por aí afora. Triste ver que, por hora, tenhamos perdido esta pulsação em nível administrativo e o que se vê são as efervescências de uma Estância Turística (título que também Geninho almejou e conseguiu), que caminha por si só, fazendo com que, na verdade, o Poder Público corra atrás e não que seja seu impulsionador-mor.

O governo Cunha, conforme todos veem, compôs-se, nestes 744 dias, apenas de conclusão de pequenas obras ou “reforminhas”, ainda assim em nível mínimo, e do chamado “varejinho” (Nada mudou, portanto, neste tempo todo).

As obras mais complexas e portanto, que demandam articulação política e prestígio nas “altas rodas”, ainda estão estagnadas, quando não simplesmente abandonadas.

E um discurso constante do alcaide é que em algumas delas, as maiores, teve que “refazer” os projetos. Mas, sabe-se que, o “refazer os projetos” nada mais é que tirar a chancela do seu antecessor e dar uma “cara” cunhista a eles.

Em alguns casos a careta, porque ou ficaram pior ou foram totalmente desfigurados, como é o caso da Avenida dos Olimpienses, antes um “boulevard”, hoje um mero espaço com dois banheiros, uma avenida no meio e uma ponte em cima (Cunha tem fixação por pontes e viadutos). Que uso se fará desta avenida é mistério.

O marco desta administração, todos dizem, foi a contratação do Instituto Áquila, por uma fábula financeira para fazer a mesma coisa que funcionários concursados ou pequena empresa, mais em conta, faziam com resultados hoje comprovados até mesmo por este governo que os persegue.

Enfim, o mandatário de turno terá que atacar 2019 acelerado e resoluto, para não correr o risco da “calcificação”, no imaginário coletivo, como mau administrador.

Ou de receber o “carimbo” de “prefeito das miudezas”. O detalhe é que Cunha Está exposto, sendo vigiado por milhares de cidadãos e, por hora muito, mas muito criticado. E para quem pretende um segundo mandato, conforme já disse publicamente (uma gritante falha de assessoria, na verdade) isso não é nada bom.

EIS A LISTA DOS JORNALISTAS, SR. EDITOR!

Como outro dia mostramos aqui ponto a ponto as mentiras pregadas pelo editor daquele jornalzinho de “bolso” do Cunha a respeito de nosso contrato com a Câmara de Vereadores da Estância, que disse não ter o ex-presidente Gustavo Pimenta (PSDB) realizado concurso para jornalista, e que este era o único ponto considerado por ele “ilegal” na contratação de minha empresa, então vai aqui a lista de concursados para a vaga de jornalista, função para a qual ele tanto disse que não havia sido feito concurso.

Aproveite e a imprima, sr. editor, e coloque sob seu travesseiro quando for dormir. Assim não terá mais necessidade de falar asneiras, contar mentiras para seus leitores e, basicamente, não passar a vergonha de ser tido como um jornalista mal-informado.

Aqui estão, pois, os jornalistas habilitados e classificados no concurso público realizado pela Câmara Municipal da Estância Turística de Olímpia no mês de dezembro. A lista é prévia, não definitiva, carecendo de ajustes, mas basicamente é este o resultado.

A lista está em ordem alfabética, mas após a nota vem a classificação do candidato. Nesta postagem não reproduzimos a classificação, mas pelas notas dá para se ter ideia até mesmo de quem está aprovado, embora ainda restem outras questões a serem apuradas.

ALISSON BATISTA LINS WANDERLEY, nota 85, ANA CAROLINA SOARES DOS REIS, nota 56,667, ANDRE LUIS SOUZA SANTOS, nota 71,667, BEATRIZ DE CAMPOS SANTORO, nota 70, CAROLINA SEIKO MACHADO, nota 66,667, CINTIA SERASUELA PAPILE, nota 71,667, DANIELA FERNANDA TEIXEIRA, nota 81,667, DIOGO RONDON DA ROCHA, nota 58,333, ELCIO THENORIO, nota 75, ISABELA FRUSHIO FELICIANO, nota 65, LEANDRO RIBEIRO DO PRADO DILON, nota 78,333, MARCELO PINOTI ROCA, nota 53,333, MARIZA APARECIDA VAZ MARZARI, nota 58,333, MILADY LEILA TRAVA, nota 60, MONIQUE RIBEIRO MANGUSSI, nota 63,333, MONISE PEREIRA CENTURION FERRARI, nota 53,333, NATALIA FERNANDA SPOLAOR, nota 50, PALOMA MARCELA CARVALHO DE CASTILHO, nota 56,667, RINALDO BATISTA JORGE FILHO, nota 65, RODRIGO DA SILVA RAMOS GERPE, nota 53,333, ROSELI CRISTINA OLIVEIRA ALVES, nota 68,333, SIMONE TEREZINHA MACHADO, nota 73,333, THOMAS SHIKIDA, nota 53,333, VINICIUS FALCAO DE SOUZA, nota 55 e WELINTON FERNANDO DE OLIVEIRA, nota 71,667.

CUNHA TENTA REVERTER CORTE DE R$ 5 MILHÕES DE ‘CONVÊNIO ELEITORAL’

O prefeito Fernando Cunha, do alto da sua “inocência política”, acreditou que uma promessa de candidato em campanha tinha valor de ofício, e agora reclama que ficou a ver navios. Ocorre que o então candidato à reeleição, Márcio França (PSB), havia prometido a ele, em troca de votos, R$ 5 milhões para realização de obras na cidade.

Este dinheiro Cunha decidiu usar na duplicação da Via de Acesso Wilquem Manoel Neves, construindo naquele trecho do Hot Beach até o trevo, uma terceira faixa de rolamento.

Acontece que, impaciente, Cunha deu inicio à obra, contratou empresa e tudo o mais, tendo o dinheiro sido apenas prometido em uma lista de outras cidades que no total somariam R$ 143 milhões em convênios assinados no fim da gestão de França.

No entanto, o governador João Doria (PSDB) cancelou estes R$ 143 milhões de uma canetada só. Eram 58 convênios assinados de 18 a 28 de dezembro, portanto, no “apagar das luzes” de 2018, e no “escuro”.

Os cancelamentos de Doria foram publicados da edição do Diário Oficial do estado de sábado, dia 5. O governador disse, por meio do seu secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi (PSDB), que foi identificado um “recorte político nos convênios”.

Como se sabe, Cunha trabalhou na campanha de França na cidade, inclusive “apedrejando” Doria e seu parceiro político local, o ex-prefeito Geninho Zuliani, então candidato, hoje deputado federal eleito. Assim, concluiu que a “grana” viria como pagamento pela “mão-de-obra eleitoral”.

Mas o secretário afirma que, nos cancelamentos, não há nenhuma escolha política, uma vez que foram cancelados 100% dos convênios feitos no final da gestão. “Há até cidades governadas por tucanos, como Itanhaém e Jacareí”, disse.

De acordo com ele, agora os projetos serão reavaliados, e os que forem necessários para os municípios poderão voltar aos planos do governo Doria.

O prefeito Cunha, segundo sua assessoria, vai insistir em retomar o convênio, até porque se não o fizer, terá que arcar com a obra pagando dos cofres públicos, ou paralisá-las e arcar com os prejuízos da contrapartida de mais de R$ 1 milhão, que terá sido jogado no vento.

CONCORRÊNCIA FEITA, OBRA INICIADA
Com relação à duplicação da vicinal, tratou-se da Concorrência nº 02/2018, com o objeto “contratação de empresa especializada com fornecimento de materiais, mão de obra e equipamentos, para execução de duplicação da Via de Acesso Wilquem Manoel Neves, do KM 0,00 ao 3,50. Até a SPA 137/425 – Rodovia Assis Chateaubriand, no município de Olímpia/SP”.

Participaram do certame as empresas Mattaraia Engenharia Indústria e Comércio Ltda, CMB Construtora Moraes Brasil Ltda, ETC Empreendimentos e Tecnologia em Construções Ltda, TCL – Tecnologia e Construções Ltda, Concergi Construção, Máquinas e Serviços Eireli, e a Datec Pavimentação e Terraplanagem Ltda, sendo inabilitada a TSP Construtora, E engenharia e Soluções Ambientais Ltda-EPP.

As propostas foram as seguintes: 1º lugar a empresa Concergi Construção, Máquinas e Serviços Eireli, com o valor total de R$ 5.541.633,12; 2º lugar a empresa TCL – Tecnologia e Construções Ltda com o valor total de R$ 6.056.685,36; 3º lugar a empresa DATEC Pavimentação e Terraplanagem Ltda, com valor total de R$ 6.526.329,21, em 4º lugar a empresa Mattaraia Engenharia Indústria e Comércio Ltda, com o valor total de R$ 7.240.113,36 e 5º lugar a empresa ETC Empreendimentos e Tecnologia em Construções Ltda. com o valor total de R$ 7.919.126,60.

Foi declarada vencedora, então, a Concergi, que deu início aos trabalhos de abertura de uma terceira via naquela vicinal, vindo do trevo da Cutrale até exatamente a porta de entrada do Hot Beach, facilitando o acesso aos turistas.

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