Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

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AS MENTIRAS DO SENHOR EDITOR

Niquinha cancela o ato de Pimenta que renovou contrato de jornalista sem concurso na Câmara

“Folha da Região”, 5 de janeiro de 2019

O enunciado acima, é título de uma das matérias do jornal citado, aquele mesmo que é do “bolso” do Cunha, e parte de um pressuposto perigoso: a mentira. Ou, pelo menos, a falta de verdade absoluta, conjugada com a intenção espúria de enganar seus próprios leitores, induzi-los a erro na avaliação do fato.

E a isso dou o nome de canalhice jornalística, na falta de uma classificação ainda pior. Vejam o que diz parte do texto entregue aos leitores como fato verdadeiro:

“O presidente da Câmara Municipal da Estância Turística de Olímpia, Antônio Delomo­darme, Niqui­nha, cancelou o termo a­ditivo publicado pelo ex-presidente da mesa diretora, Luiz Gustavo Pimenta (suprimo trecho em que ele faz uma ilação sem nexo com o contexto), que, dias antes de deixar o cargo, ignorou a lei que obriga a realização de concurso para o cargo e fez um aditivo em um contrato para recontratar o jor­nalista Or­lan­do Ro­dri­gues da Costa (suprimo outra ilação sem nexo com o contexto).

A mentira está expressa no trecho “ignorou a lei que obriga a realização de concurso”, eis que o concurso já foi realizado e basta agora o resultado final a ser divulgado pela VUNESP, para convocar o jornalista aprovado.

Quem sou eu para dar lição de moral ou profissional a jornalista calejado, formado na lida, como o editor em questão, mas o pressuposto de não dizer o que sabe jornalisticamente a seus leitores é má-fé pura. E caso, apesar de toda divulgação, ainda não soubesse da verdade, então é hora deste leitor mudar de semanário.

Prossegue o inominável editor: “Como se recorda (Quem se recorda? O leitor não é obrigado a se recordar de nada, lembra?), no apagar das luzes e quase no escuro, Luiz Gustavo Pimenta fez um aditivo em um contrato para re­contratar o jornalista Or­lando Rodrigues da Costa (suprimo ilação fora de contexto).

Comete outro erro primário ou usa de novo da má-fé. O contrato não foi aditivado “no apagar das luzes”, nem “quase no escuro” porque, ao que se saiba, não houve corte de energia na Casa de Leis. E, também, porque o contrato original venceu no dia 11 de dezembro e naquela data ele foi aditivado. As razões, já expliquei num post anterior (Covardes Detratores, Não Passarão, de 4 de janeiro último).

No trecho que vem a seguir, o editor daquele semanário que antes urrava feito leão e agora mia feito gatinho, principalmente quando diante de seu “dono”, dá mostras do que, na verdade, o incomoda.

Demonstra ser uma postura política de defesa do atual alcaide seus ataques à minha pessoa, quando me critica por publicar textos não ofensivos contra o ex-prefeito e agora deputado federal Geninho Zuliani. Como se isso justificasse sua sanha. Nem vale a pena reproduzir.

Mas vejam logo depois o que vem: “A recontratação de Or­lando Rodrigues da Costa se deu através do Termo Aditivo número 17/2018, do dia 11 de dezembro próximo passado, adi­tando o contrato número 26/2017, que foi assinado no dia 11 de dezembro de 2017, passando a valer entre os dias 12 de dezembro de 2018 e 11 de dezembro de 2019.”

Portanto, o aditamento foi assinado no dia 11 de dezembro, bem longe do “apagar das luzes” citado pelo indigitado editor, em seu texto pobre. A publicação no Diário oficial Eletrônico é que foi feita no último dia útil do ano e, aí, já foge de nossa compreensão a razão disso. Mas, com certeza, ele recebeu cópia do contrato antes mesmo da publicação.

Então, como fait divers, mas na verdade como fator de indução a erro dos seus próprios leitores, ou para justificar o ataque gratuito e sem sentido à minha pessoa, ele manda ver ao final da matéria caluniosa, a mais escancarada mentira ou má-fé, o complemento com subtítulo “LEI OBRIGA CONCURSO”.

Trata-se da Lei Municipal que foi aprovada pela Câmara no dia 12 de fevereiro de 2016, ainda no governo Eugênio José Zuliani, que obriga a realização de concurso público para a contratação de jornalista.

E saca essa: “Seria esta, possivelmente, a principal situação de irregularidade encontrada pela reportagem na contrata­ção do jornalista Orlando Ro­dri­gues da Costa (…)”.

E aí você tem uma sensação de estar diante do mais baixo nível de jornalismo de que já se ouviu falar, uma vez que o próprio semanário publicou em data recente, material oriundo da Câmara de Vereadores, relatando, passo a passo, as ações em torno da realização de concurso para oito cargos e sete vagas para a Casa de Leis, entre as quais a de jornalista.

Ele publicou a contração da Fuvest, ele publicou a data de realização do concurso, ele publicou o número de candidatos inscritos em cada modalidade e publicou a provável data de divulgação dos classificados.

Então, como pode omitir isso de seus leitores? Como pode imaginar que eles sequer se lembrariam destas matérias, já que lá em cima ele abre um texto de forma primária dizendo “Como se recorda”? Ora, ora, ele acredita ou não na memória de seus leitores?

É de dar pena. Porque sequer original ele consegue ser ao dar vazão a seu sentimento de sei lá o quê, são tantas coisas… Mas nenhuma delas sãs, acreditem. A mais visível, no entanto, é a sociopatia latente e manifesta neste panfleto pró-Cunha a cada semana, ou naquela emissora on line onde, juntamente com sua “cria” melancólica, destila sua prepotência diária.

Em ambos os meios, não esconde sua visão paranoica de tudo e a respeito de todos, que a seu ver são os inimigos a serem derrotados, para não impedir seu “tutor” de “se reeleger para deixar seu nome inserido na história da cidade em que nasceu”.

PS: Para quem já disse que o ex-prefeito agora deputado federal Geninho Zuliani “era o melhor prefeito que Olímpia já teve”, vê-se que a coerência e firmeza de opinião não são o seu forte. Forte deve ser o seu “caixa”.

NIQUINHA X CRISTINA REALE: ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA?

O vereador Antonio Delomodarme, o Niquinha (PTdoB), “engrossou” a rusga esta semana com a secretária municipal de Assistência Social, Cristina Reale, que teria espalhado a informação de que não teria entregado o carro doado pela Câmara à prefeitura ao Conselho Tutelar, porque teve que manda-lo à revisão mecânica.

Esta informação também contrariou o presidente da Câmara, Gustavo Pimenta (PSDB), que garantiu ter autorizado uma revisão completa no veículo antes da doação. “Só se eu estiver louco para entregar um carro a alguém sem saber primeiro qual o seu estado mecânico”, criticou Pimenta.

Niquinha, por sua vez, protocolou requerimento na Câmara onde questiona a secretária sobre tais afirmações, principalmente a de que o carro “teria sido repassado pelo Legislativo com vários problemas mecânicos e os serviços realizados teriam sido empenhados na referida Pasta”.

Assim, ele enumera no Requerimento, cinco questões para serem respondidas por Reale, como, por exemplo, se o carro passou mesmo por revisão mecânica a pedido de sua Secretaria antes de ser repassado ao CT, quais os valores gastos na revisão, quais foram os serviços realizados, qual oficina os realizou, e que apresente, dentro do prazo legal, cópia da nota fiscal do serviço realizado.

Na semana passada, da Tribuna da Câmara, Niquinha já tinha atacado fortemente a secretária, desta feita por outros motivos também, como a tentativa de “adotar” programa de atendimento a famílias de conjuntos habitacionais que queiram reformar ou ampliar seus imóveis, para as quais Niquinha conseguiu, por meio da Engenharia, colocar um engenheiro à disposição, gratuitamente. “Quer fazer política, fica na Câmara”, disse ele.

“Isso é uma piada, é um absurdo, nós temos que alertar o (prefeito) Cunha, que tem secretários e secretária, que não estão lá para resolver os problemas da cidade, estão lá para fazer politica. Então, se quer fazer politica, fica aqui na Câmara. Querem ir para a Secretaria para ganharem dobrado, e ficam fazendo politica”, disse na ocasião.

Reale ficou com o carro a ser doado ao Conselho Tutelar por cerca de 25 dias, segundo o vereador. As informações era as de que ela queria tirar uma foto entregando a chave aos conselheiros, e estes não se dispuseram a fazê-lo.

QUANTOS VEREADORES TEREMOS EM 2021: 11, 13 OU 15? CÂMARA JÁ SE MOBILIZA

A Câmara de Vereadores da Estância Turística de Olímpia estudará, a partir de fevereiro, quando do retorno às atividades parlamentares, com quantas cadeiras se fará um Legislativo a partir de 2021.

Assunto espinhoso, mas que terá que ser levado a debate entre os pares, até mesmo por exigência legal. É claro que a decisão sobre quantos legisladores a Casa terá cabe aos próprios decidirem, mas da forma como está, com 10 cadeiras, segundo informações a Câmara olimpiense estaria de certa forma ferindo a Legislação Eleitoral. Por isso a discussão do aumento a ser inserida na pauta logo no início de 2018.

A dúvida está em quantas cadeiras, dentro das três possibilidades: 11, 13 ou 15? Claro que as opiniões entre eles divergem, mas uma maioria segura entende que 15 seria o ideal. O presidente Gustavo Pimenta (PSDB), por exemplo, acha que 13 seriam suficientes. “Porém, a decisão é do colegiado”, diz.

Os argumentos para o aumento de cadeiras são basicamente no tocante à representatividade e à maior oportunidade de outros nomes serem alçados à condição de legislador na cidade, saindo daquele círculo onde estariam praticamente sempre os mesmos nomes -nesta última eleição houve a renovação de cinco nomes. Os demais ou eram suplentes ou já ocuparam cadeiras em gestões passadas.

Como se sabe, hoje os eleitos são, por ordem de número de votos, Gustavo Pimenta (PSDB), José Elias de Morais (PR), Luiz do Ovo (DEM), Fernandinho (PSD), Niquinha (PTdoB), Cristina Reale (PR), Flávio Olmos (DEM), Selim Jamil Murad (PTB), Salata (PP) e Hélio Lisse Júnior (PSD).

Marcão Coca (PPS), hoje ocupando uma cadeira na suplência de Selim Murad, secretário de Turismo, seria o 11º eleito, caso a Casa já contasse com esse número de cadeiras. Porém, se fossem 13 as vagas, estariam por lá também João Luis Stellari (PSDB) e Amaral, também tucano, como o 13° eleito.

Caso a Câmara de Olímpia fosse composta por 15 cadeiras, estariam legislando também Pastor Leonardo (DEM) e Guto Zanette (PSB). João Magalhães (PMDB), hoje suplente de Cristina Reale, secretária de Assistência Social, poderia estar na Câmara, mas nas mesmas condições atuais, já que na classificação geral é o 16º mais votado.

O presidente Pimenta quer este assunto na pauta logo no início dos trabalhos para 2018, quando também se discutirá a nova remuneração dos senhores edis, hoje na casa dos R$ 5 mil brutos. Há vereadores que já queriam iniciar a discussão ainda este ano, mas como só faltam mais duas sessões para encerrar o ano legislativo, Pimenta entendeu ser perda de tempo e um desgaste antecipado e desnecessário.

EPISÓDIO DE VEREADOR E VIGIA PODE ‘AZEDAR’ DE VEZ RELAÇÃO CÂMARA-EXECUTIVO

Está na edição de hoje do semanário Planeta News: “Câmara põe diretor da UPA sob suspeição”. O que significa isso? Para simplificar, basta explicar que, a partir de agora, e a menos que o prefeito Cunha (PR) tome as rédeas da coisa e evite o leite derramar, o confronto está declarado. Estar sob suspeição significa estar sob dúvida, desconfiança, suspeita.

O incidente já foi narrado aqui na quarta-feira assim, por alto, mas o texto do jornal trás os pormenores, contados pelo próprio vereador envolvido no “imbróglio” e os seus desdobramentos. Vale a pena ler o texto que segue publicado abaixo.

. Um incidente aparentemente sem importância registrado na semana passada na Unidade de Pronto Atendimento-UPA, entre o vereador Antonio Delomodarme, o Niquinha (PTdoB) e um vigia de portaria não identificado na denúncia, acaba de respingar no próprio prefeito Fernando Cunha (PR), no presidente da Câmara de Vereadores, Gustavo Pimenta (PSDB), colocando os dois poderes em confronto ainda não declarado, e fez com que o novo diretor da Unidade, médico Lúcio Flávio Barbour Fernandes, fosse colocado, a princípio, sob suspeição pela Casa de Leis.

O que Niquinha quer, e para isso pediu e recebeu o apoio dos colegas na sessão de segunda-feira, 8, é que aquele vigia que, segundo ele, o “peitou”, seja transferido de lá e passe por uma reciclagem, “para aprender a lidar com o ser humano”.

A maioria absoluta da Casa de Leis ratificou a intenção de Niquinha, que disse ainda que o vigia agiu a mando do diretor da Unidade. Por essa razão, outro pleito a ser feito ao Executivo é o de tomar medidas contra o profissional, ameaçado de ter revelados problemas vividos em outros municípios onde atuou.

Barbour Fernandes, que consta ter vindo para Olímpia a convite do vice-prefeito, Fábio Martinez, teria sido o responsável pelo acirramento dos ânimos da Câmara Municipal contra ele. Segundo a assessoria da presidência, houve um contato preliminar com o médico no dia seguinte ao episódio do vereador com o vigia, mas dissociado do fato.

O assessor de Cerimonial, Márcio Matheus Gonçales, junto com o chefe de Gabinete da presidência, Rui Rodrigues de Castro Filho, foram à UPA em visita de cortesia, onde foram recebidos pelo médico. Conversaram, os dois funcionários, com a anuência do presidente, colocou a Câmara e as bancadas de vereadores à disposição dos interesses da direção da UPA, mas houve divergência quando o assunto chegou à vereança.

Gonçales propunha tratamento diferenciado a vereadores, quando não em visita formal, mas o médico não concordou, dizendo, segundo ele, que vereador tinha que ter o mesmo tratamento de cidadãos comuns. E quando tocou no assunto do vigia, Barbour Fernandes teria se negado a admitir qualquer possibilidade de transferência.

Não bastasse isso, ainda segundo a narrativa de Gonçales e Castro Filho, o diretor da UPA teria procurado em seguida o prefeito e dito que o assessor cerimonialista havia “metido o dedo em sua cara”, o que o assessor nega. Isso fez com que Cunha ligasse para o presidente Pimenta em tons pouco amistosos, de acordo com a narrativa do próprio presidente.

“Foi um fato lamentável”, disse Niquinha da Tribuna na segunda-feira. Sua sogra estava internada na UPA com problemas de pressão alta desde a noite anterior, contou, e de manhã foi visita-la. Como a esposa entrava e saía a cada 20 minutos somente, ele teria ido até o vigia da portaria e solicitado permissão para entrar “rapidinho”, o que foi negado. O vigia o teria mandado “aguardar lá fora”, nas duas vezes em que pediu a permissão, segundo ele, de “forma imponente”, ao que ele teria obedecido.

Depois, decidiu se identificar como vereador. “Ele disse que sabia que eu era vereador e que, por isso mesmo, aguardasse lá fora”. Da Tribuna da Câmara, Niquinha, que conforme disse “foi eleito para ser agente fiscalizador”, disse que o vigia “ignorou isso”. Disse ainda que à tarde, quando foi buscar sua esposa, este mesmo vigia que conversava com uma das atendentes, “me olhou e riu”, o que considerou “um desrespeito ao vereador”. Além disso, disse, “o assessor e o chefe de Gabinete foram maltratados pelo médico” durante a visita posterior a este fato.

Para o vereador, “é questão de honra” o vigia ser transferido. “Um vigia tem que ter educação para tratar o ser humano”. Quanto ao médico ter dito aos assessores que “se um vereador falar alto aqui nós vamos falar mais alto ainda”, avaliou que ele está “partindo para o lado errado”. Que está há pouco tempo na cidade “e quer ‘peitar’ vereadores? Eu não aceito”, contestou. Niquinha disse ainda que está “levantando a ficha” do médico, que o levará ao “espinhaço” dele, sem especificar a que se referia.

PRESIDENTE
Já o presidente da Casa, Gustavo Pimenta, disse da Tribuna que está elaborando “uma obra literária” para o médico, mas que falaria sobre o assunto somente na próxima sessão, dia 22. “Esta situação precisa ser dirimida entre esta Casa e o Executivo”, sugeriu. “Vou me limitar a estas palavras, mas volto para fazer comentários sobre o que aconteceu”, prometeu.

“O vereadores têm, sim, o direito de fiscalizar. Mas, se numa visita informal é tratado desta forma, imaginem em situação formal. Vai ter que ser escoltado?”, perguntou. “Este vigia precisa passar por uma reciclagem, ele não está preparado”, finalizou.

SEM RESPOSTA
A reportagem do Planeta News encaminhou à assessoria de imprensa do prefeito Fernando Cunha, via e-mail, pedido de manifestação sobre o assunto, tanto dele quanto do médico citado, ou de um dos dois, com o seguinte teor:
“Prezados senhores(as) da assessoria de imprensa: Tem este a finalidade de saber se o prefeito Fernando Cunha, ou o médico Lúcio Flávio Barbour Fernandes têm interesse em se manifestar a respeito do entrevero havido com o vereador Antonio Delomodarme e um vigia não identificado da UPA, na semana passada, já que o caso chegou até o prefeito, ele se manifestou em privado com o presidente da Câmara, e a Casa de Leis está exigindo que o vigia seja transferido. O prefeito tem algum posicionamento a respeito? O médico quer se manifestar, de preferência por escrito?”

No entanto, até às 18h30 de ontem, prazo máximo para o início da paginação eletrônica do jornal, a assessoria não havia dado qualquer satisfação à redação.

EDIS NÃO QUEREM MAIS SESSÕES EXTRAS DURANTE O DIA: ‘PARECE COISA FAJUTA’

A Câmara fez ontem sua segunda sessão extraordinária do ano. Aliás, já bateu o recorde de extraordinária para um início de ano. Deve ser resultado das inconstâncias de um governo iniciante, cheio de novidades. Foi mais uma manhã de trabalho tranquila para os senhores edis.

Três projetos foram votados, dois deles em segundo turno e um deles chegado de última hora, pedindo autorização para repassar dotação em caixa para três entidades assistenciais. Aprovados todos, por unanimidade.

Falei aqui na quarta-feira sobre a emenda dos vereadores Helio Lisse e Fernandinho, ambos do PSD, e de Sargento Tarcísio (PRP). Coloquei em dúvida a aprovação mas, não houve surpresas. A de Lisse e Fernandinho foi aprovada unanimemente, e Tarcísio retirou a dele por motivo justificável.

Ainda não da para saber exatamente qual peso esta Câmara terá, com somente duas sessões “fáceis” realizadas. Mas já dá para saber quais figuras se destacarão dentre os dez edis. Algumas, espera-se, não pelo histrionismo, outras por adotar uma postura mais rígida em relação às matérias do executivo, sem no entanto se portar como emissário de algum “anjo vingador”.

De qualquer forma, a maioria não quer mais sessões extras no período da manhã. Conforme Helio Lisse, “a população não pode comparecer para acompanhar o trabalho”, das galerias. E isso é importante porque “o que aprovamos é do interesse direto dela”. Ele se disse “incomodado” com o horário.

Mas ele não devia se preocupar. O povo não vai à Câmara de livre e espontânea vontade. Aliás, não vai nem quando é necessário.

Niquinha também foi no mesmo caminho, dizendo que, ao fazer sessões pela manhã, dá a impressão de que estão ali para votar “coisas fajutas”, ou seja, fazendo “mutretagens” escondidos dos olhos do povão. Sargento Tarcísio, vice-líder do Governo, rebateu de pronto. “Mas esta sessão não é fajuta”. E todos concordaram, inclusive Niquinha.

O presidente Gustavo Pimenta (PSDB) disse que as sessões são convocadas por consenso, ou seja, com a concordância de todos. Mas que vai ficar atento doravante.

Niquinha, aliás, reivindicou ao presidente, vagas no estacionamento da Câmara com exclusividade para os senhores vereadores. “Está parecendo o estacionamento do Thermas, isso aqui”, disse ele, condenando o uso público daquela área. “A gente chega e não sabe se vai encontrar lugar para por o carro. Se chega em cima da hora da sessão então, é muito mais problemático”, argumentou.

O presidente Gustavo Pimenta não disse se vai tomar providências neste sentido. Afinal, a Casa de Leis é do povo, como o estacionamento é parcialmente dos vereadores.

Presidente que, aliás, pelo menos enquanto sessões “fáceis”, não tem decepcionado. A ver nas sessões futuras.

Mais um pouco e a pecha de neófitos não poderá mais ser usada. Mas ainda falta um pouco mais de traquejo.

UMA QUASE ELUCUBRAÇÃO…

Embora tenha desconversado, a impressão que dá é a de que o vereador e presidente da Câmara olimpiense, Gustavo Pimenta (PSDB), pode vir a ser secretário municipal daqui dois anos. O blog não vai afirmar que tenha havido algum compromisso do prefeito Fernando Cunha (PR) com ele neste sentido, mas também não vai dizer que não.

Exemplo de sua tentativa de negação está publicado na edição de sexta-feira passada, 13, do semanário Planeta News, bem como em sua versão eletrônica (www.planetanews.com.br). A saber:

PN: Chegou a ser cogitado para compor alguma secretaria?
Pimenta: Sim, nós conversamos muito sobre isso, mas eu vejo que em vez de uma secretaria agora, nesse momento, numa administração nova, me sinto mais útil para a sociedade como vereador, até para adquirir mais experiência na vida pública. Então, essa opção eu fiz, de estar como vereador.”

Bom, fica claro no início da resposta que conversa houve, certo? Na entrevista ao jornal também foi perguntado se Pimenta ficou na Câmara, como presidente, para atender conveniência política de Cunha. Não vai aqui reproduzida a resposta, mas ele negou que assumir a Mesa Diretora fosse diretriz traçada pelo prefeito.

A reportagem do jornal perguntou então se daqui dois anos ele pode deixar a Casa de Leis e assumir uma secretaria. A saber:

PN: E a presidência são dois anos, 2017 e 2018. E para 2019/2020, existe a possibilidade de trocar a Câmara por uma secretaria, e se teria qual seria a preferência?”
Pimenta: Eu não posso negar que, inclusive, nesse meio tempo entre outubro e dezembro, eu tive duas reuniões com o Bruno Covas e também surgiu a possibilidade de ir para são Paulo. Surgiu o convite. Se esse convite voltar até lá, ele será bem analisado, com muito mais carinho.

E que outro convite se vier será bem analisado? Pimenta não disse. Mas em nível local esta possibilidade talvez seja até maior do que a de Covas. E isso vai depender muito do desempenho dos que hoje ocupam estas funções.

Mas é sabido que Pimenta não tem especialidades que o possibilitaria assumir determinadas Pastas, mas uma especificamente ele já dirigiu, e não foi dos piores dirigentes, pegou o setor numa fase de mudanças bruscas em níveis federal e estadual.

Montou uma equipe de técnicos que veio depois a dar suporte para que sua sucessora mantivesse e até ampliasse um pouco mais o nível de excelência que até agora a Assistência Social do município desfruta.

E com certeza é para lá que Pimenta tem seus olhos voltados. Mas aí entra a questão chamada conflito de interesses. Tirar um vereador, no caso uma vereadora, para por outro? Em que base esta decisão do alcaide poderá se apoiar? Talvez na do desempenho.

Algo no reino cunhista nos diz que Cristina Reale vai caminhar, pelo menos nestes próximos dois anos, sobre fina lâmina. Não vamos dizer “corda bamba” porque ainda não houve tempo para que ela sequer amarasse suas pontas. Depois que o fizer, saberemos o quão firme, ou frouxa esta corda se comportará.

 

ALEA JACTA EST!

Não há definição melhor para o dia que se inicia neste 2017 que a frase de Júlio César, já que teria sido dita em momento de firme decisão, a qual não poderia dar errada de maneira nenhuma.

Assim, a sorte está lançada para aqueles que tomaram posse na tarde-noite de ontem (noite, porque, marcada para às 17h30, a cerimônia só teve início às 18h07).

Após “escaldantes” duas horas de espera e cerimônia (o ar condicionado não funcionou, enquanto o já ex-presidente Salata se gabava de ter devolvido sobra do duodécimo ao Executivo), restou um manto de esperança atirado sobre tantos quantos ali estavam, em última análise, representando a população olimpiense.

Pela segunda vez nos últimos 20 anos, um presidente de Câmara é eleito por unanimidade, embora mal disfarçadamente, um ou outro tenha “engolido o choro”. Aliás, todos os integrantes da Mesa diretora foram eleitos por unanimidade.

Até a eleição de Beto Puttini (PTB) por unanimidade, na gestão 2013-2014, as demais eram sempre divididas entre favoráveis e contrários. A Mesa anterior, por exemplo, com Salata na presidência, foi eleita por seis votos a quatro.

No mais, a cerimônia foi tranquila, bastante concorrida e com pequenas doses de emoção. Nenhum discurso contundente, nenhum sinal claro de possíveis dissidências futuras. O prefeito Cunha até viu um “desapego político” naquilo que os vereadores falaram.

. Um detalhe que chamou a atenção de alguns presentes foi o prefeito Cunha estar lendo a letra do Hino a Olímpia quando foi executado no sistema de som da casa. Mas, nada há de absurdo nisso. “Pelo menos ele mostrou interesse em cantar o Hino”, acudiu um correligionário. No quem tem razão. Porque, tirando uns gatos pingados, ninguém canta.

. Na cerimônia de transmissão do cargo, no Gabinete Municipal, o ex-prefeito Geninho anunciou que esta semana mesmo vai para São Paulo, trabalhar na Secretaria de Habitação, com seu mentor político Rodrigo Garcia. Sua esposa, Ana Cláudia, fica por uns tempos mais na cidade, mas deve também se mudar para a capital. Trata-se da primeira decisão do ex-alcaide no entorno de sua candidatura a deputado estadual, em 2018.

. Esqueceram de mim? O prefeito Cunha, ao agradecer sua equipe de transição, na mesma cerimônia de transmissão do cargo, se esqueceu do advogado Edilson César De Nadai, que estava ao seu lado. Lembrou-se de Guto Zanette, Odair José De Nadai e Bruno Guzzo. Mas, a figura mais presente nas reuniões que fazia era a de Edilson, ex-secretário de Assuntos Jurídicos de Geninho, agora secretário de Gestão e Planejamento.

. No seu discurso no Gabinete, Cunha ressaltou que “a vida mansa acabou”. Mas, ironicamente, seu primeiro ato de ofício enquanto prefeito foi decretar ponto facultativo até o meio dia deste 2 de janeiro de 2017.

. Cunha não deixou dúvidas a quantos tantos a tinham, de que a última palavra sempre será a dele. “Eu trabalho delegando poderes. Confio nas pessoas, mas costumo ter comando, a rédea”, disse.

. E para aqueles que insistem no discurso de “terra arrasada” deixada por Geninho ao seu sucessor, ele próprio, o sucessor, desfaz a falácia: “A casa está arrumada, tem saldo em banco, então não vamos precisar ficar fechando portas, fugindo de credores”, disse Cunha em meio ao discurso, provocando risos nos presentes.

. Cunha disse ainda que pretende, “em quatro anos”, deixar a prefeitura de cabeça erguida, como o prefeito Geninho o fazia naquele instante. Ainda tramita no Senado a proposta do fim da reeleição. Tudo indica que deve mesmo vingar. Assim, fica mais curto o tempo das articulações e para “brotarem” nomes em meio à seara política local.

. No mais, a Mesa da Câmara está assim constituída: presidente, Gustavo Pimenta (PSDB); vice-presidente, Selim Jamil Murad (PTB); 1º secretário, José Elias Morais (PR) e 2º secretário, Hélio Lisse Júnior (PSD).

A NOVA CÂMARA DE VEREADORES -UMA ANÁLISE

Esta Câmara que entra será melhor que a que sai, igual ou pior? A Câmara que sai é, de fato, a pior dos últimos tempos, ou sentiremos saudades dela?

Se analisadas estas questões do ponto de vista da submissão às vontades do Executivo, as artimanhas recentes levam a crer que sim, nem melhor nem pior, igual. Quanto a saber se a Câmara que sai foi a pior dos últimos tempos, o recomendado é que se espere o novo tempo passar.

Se na atual legislatura tivemos uma oposição, ainda que “capenga” e titubeante, para a próxima resta saber quem fará este papel. Hilário Ruiz, o ex-petista que alcançou a segunda colocação no pleito eleitoral à prefeitura em outubro passado, pode ser criticado pelos seus “passinhos-pra-frente, passinhos-pra-trás”, mas jamais por não ter postura oposicionista.

Em tese, ele deixa um pupilo, Fernandinho, que desde sempre foi o seu faz-tudo, sendo forjado para este momento que foi coroado de êxito. O blog sabe de certos acontecimentos de bastidores em que Fernandinho já deu mostras de forte posicionamento.

Ele próprio, depois, deu a este escriba, em conversa pessoal, a garantia de que não dará refresco para o alcaide, no que diz respeito a cobranças e vigilância de seus atos e decisões. “Estarei ao lado do prefeito em tudo que for bom para Olímpia, mas nunca para prejudicar o cidadão”, disse.

A ver.

Há personagens ainda incógnitos neste grupo de futuros legisladores municipais. Exemplos, o delegado Hélio Lisse Júnior, o médico Selim  Jamil Murad, o sargento Tarcísio (suplente na cadeira de Salata) e Flavinho Olmos. São todos novatos na política.

Pode se colocar na lista Luis do Ovo, mas com menos ênfase, já que passou os últimos meses naquela Casa, como suplente. Honesto em sua postura política, Ovo não esconde de ninguém que quer “paz” e “amor” com o Executivo.

Flavinho Olmos tem futuro. Mas o que ele vai caminhar em direção a este futuro de forma a consolida-lo, vai depender muito mais do seu comportamento político, do que propriamente do seu trabalho na Câmara. O cidadão-eleitor preza muito isso.

Político titubeante, “flácido”, sem energia nas veias tendem a ser menosprezados por estes cidadãos. A capacidade de articulação e de convencimento de seus pares também conta muito.

E até onde o blog está sabendo, Olmos já demonstrou enorme desenvoltura. Se tem maiores aspirações políticas, pois, seu comportamento proativo, enquanto vereador deve ser a tônica.

Esperar para ver.

Zé das Pedras, Magalhães, e o próprio Niquinha são figuras já bastante conhecidas nos meios políticos ao longo dos últimos anos. O primeiro, é sempre quase anódino, exceto quando seus interesses políticos estão em questão. Pouco questionador, costuma caminhar ao lado dos executivos, buscando respostas fáceis para suas reivindicações.

O segundo, já nomeado líder do prefeito na Casa de Leis, não será outra coisa a não ser…líder do prefeito na Casa de Leis. Magalhães é político fiel a seus compromissos. Não os trai jamais. “Apanha”, “sofre”, mas cumpre com sua missão condignamente. Se Cunha queria segurança na Câmara, não poderia ter escolhido líder melhor.

E o que dizer de Niquinha? Talvez que já na posse, quando da votação para a Mesa, solte algumas “pérolas” encrustradas no “lodaçal” dos bastidores. Talvez não. Talvez prefira guardar “munição” para momentos mais propícios.

Mas certos acontecimentos recentes já o teriam tirado do sério. Deste, enquanto vereador, mais cedo ou mais tarde, para o bem ou para o mal, pode se apostar no barulho.

Os outros três iniciantes (aliás, de dez vereadores, nada menos que seis são inciantes), até agora são expectativas. Lisse Júnior insinua que terá postura de independência, embora 2º secretário da Mesa (cargo que lhe tolhe, de certa forma, a liberdade de decisões, uma vez que é sempre fruto de negociações), Tarcisinho fala em “trabalhar em prol da comunidade”, seja lá o que isso signifique.

Selim Murad, por sua vez, de comportamento político-eleitoral, dizem, pouco recomendável durante a campanha, parece que já teria protagonizado, em data recente, situação de constrangimento entre os pares. Será o vice-presidente da Mesa Diretora….(Mais não diremos, pois não nos foi perguntado).

Os três, de qualquer maneira, são apostas.

Deixei Pimenta para o fim, de propósito. O vereador eleito, e até às últimas horas de sábado, vice-prefeito, é um caso a ser estudado pela “academia” de política. Ele, que poderia ser hoje o homem a ostentar o título de prefeito eleito, ostenta o de vereador eleito, e o de presidente da Câmara a ser eleito (não se espera uma nova “cristianização” tão ao gosto das últimas votações).

É que os caminhos percorridos para tanto talvez imponham uma mácula sobre o “manto” da articulação. Ao contrário de Flavinho Olmos, Pimenta já não é mais uma promessa. Ele teve seu momento, aquela coisa do cavalo arreado à sua frente, titubeou e foi ser vereador.

Cuidou, ele próprio, de diluir sua força eleitoral que era incontestável. E neste caso, nem precisaria por a prova sua capacidade de articulação, pois uma extensa rede já se formara espontaneamente sob ele. Mas, mesmo assim titubeou.

A Mesa da Câmara, o Plenário desta mesma Câmara, vão exigir coragem e determinação de Pimenta. Acima de tudo, espírito de liderança. Na pior das hipóteses, será um bom teste de aptidão ao ainda vice-prefeito. Pode até ser uma escola.

E, quem sabe, se deixar seus poros e veias absorverem a seiva farta em lições de jogo de cintura político, até pode vir a fazer sombra aos grandes em um futuro próximo. Afinal, a vida é luta. E a vida política, uma guerra para fortes.

Pelo sim, pelo não, Pimenta sabe disso.

CUNHA CONFESSA: PRESIDENTE TINHA QUE SAIR DOS ‘SEUS’ ELEITOS

O prefeito eleito Fernando Cunha (PR) quase chega a ser convincente quando diz que não tem nada a ver com a movimentação em torno da composição da Mesa da Câmara, a ser eleita domingo à noite, após a posse dos edis eleitos em 2 de outubro.

Falando nesta quarta-feira, 28, à Rádio Espaço Livre, foi didático ao dizer que por ter elegido cinco dos dez próximos vereadores, entendeu que “devia sair dali” (do grupo situacionista) o nome do presidente da Casa de Leis. E saiu: Gustavo Pimenta (PSDB), o mais votado entre os dez, com a preferência de 1.419 eleitores.

Disse que foi só até aí. Que depois a articulação ficou por conta do próprio Pimenta que, sabemos, não tem a menor aptidão para tanto. Cunha relatou depois que a tal articulação pimentista contou, entre outras “cositas más”, com a oferta de cargos para os vereadores eleitos pelas outras coligações, casos de Selim Murad (PTB), da coligação de Beto Puttini, para vice-presidente, e Hélio Lisse Júnior, da coligação de Hilário Ruiz, como 2º secretário.

O 1º secretário, por sua vez, será Zé das Pedras (PR), partido que era do vereador licenciado Dirceu Bertoco (atual secretário de Agricultura) e pelo qual Cunha se candidatou para em seguida defenestrá-lo do grupo.

De resto, o prefeito eleito nega que tenha ou terá qualquer tipo de ingerência sobre a Câmara de Vereadores da Estância Turística, embora fazer o que já fez seja o símbolo máximo da ação de um Executivo sobre o corpo Legislativo de qualquer urbe.

Porque se o prefeito eleito consegue “nomear” um presidente -que sai por aí “articulando” nomes “oposicionistas”, o que mais não conseguirá dos nobres edis?

Aparentemente, Cunha não gostou que dissessem que a Câmara estará a seu dispor doravante, mesmo ele próprio fazendo anunciar que a Mesa formada tem seu apoio. Das duas uma: ou anunciou apoio para marcar território, parametrizar a Casa de Leis, ou cometeu sua assessoria, ato falho.

Porque não é normal, com certeza, tal situação. Os poderes devem sempre primar pela independência, embora nada impeça que sejam coesos. Porém, coesão não é ponte para submissão. Aliás, não existe nada mais patético no âmbito da política que Câmara submissa ao Executivo. O que não implica, também, que ambos tenham que viver às turras.

Só para reforçar, pois todo mundo já sabe, a principal função de uma Câmara é fiscalizar e questionar os atos do Executivo. O resto é perfumaria, ou legislar em proveito próprio. E ninguém pode negar que Cunha eleger a Mesa do seu agrado (caso não haja “trairagem”, como se diz), é garantir tranquilidade para os próximos quatro anos.

E Cunha articulou até mesmo para mudar inclusive a composição da Câmara, colocando dois vereadores eleitos em duas secretarias, fazendo subir dois vereadores suplentes “do seu agrado”. Um deles, aliás, será seu líder naquela Casa.

PS: O semanário Planeta News tem interessante texto sobre esta questão publicado em sua edição impressa da última sexta-feira, dia 23.

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