O vereador Antonio Delomodarme, o Niquinha (PTdoB), “engrossou” a rusga esta semana com a secretária municipal de Assistência Social, Cristina Reale, que teria espalhado a informação de que não teria entregado o carro doado pela Câmara à prefeitura ao Conselho Tutelar, porque teve que manda-lo à revisão mecânica.

Esta informação também contrariou o presidente da Câmara, Gustavo Pimenta (PSDB), que garantiu ter autorizado uma revisão completa no veículo antes da doação. “Só se eu estiver louco para entregar um carro a alguém sem saber primeiro qual o seu estado mecânico”, criticou Pimenta.

Niquinha, por sua vez, protocolou requerimento na Câmara onde questiona a secretária sobre tais afirmações, principalmente a de que o carro “teria sido repassado pelo Legislativo com vários problemas mecânicos e os serviços realizados teriam sido empenhados na referida Pasta”.

Assim, ele enumera no Requerimento, cinco questões para serem respondidas por Reale, como, por exemplo, se o carro passou mesmo por revisão mecânica a pedido de sua Secretaria antes de ser repassado ao CT, quais os valores gastos na revisão, quais foram os serviços realizados, qual oficina os realizou, e que apresente, dentro do prazo legal, cópia da nota fiscal do serviço realizado.

Na semana passada, da Tribuna da Câmara, Niquinha já tinha atacado fortemente a secretária, desta feita por outros motivos também, como a tentativa de “adotar” programa de atendimento a famílias de conjuntos habitacionais que queiram reformar ou ampliar seus imóveis, para as quais Niquinha conseguiu, por meio da Engenharia, colocar um engenheiro à disposição, gratuitamente. “Quer fazer política, fica na Câmara”, disse ele.

“Isso é uma piada, é um absurdo, nós temos que alertar o (prefeito) Cunha, que tem secretários e secretária, que não estão lá para resolver os problemas da cidade, estão lá para fazer politica. Então, se quer fazer politica, fica aqui na Câmara. Querem ir para a Secretaria para ganharem dobrado, e ficam fazendo politica”, disse na ocasião.

Reale ficou com o carro a ser doado ao Conselho Tutelar por cerca de 25 dias, segundo o vereador. As informações era as de que ela queria tirar uma foto entregando a chave aos conselheiros, e estes não se dispuseram a fazê-lo.