Representatividade, quero uma para sobreviver.

Comecemos assim o texto de hoje, apenas para lembrar que força política ou se tem, ou não se tem. Não é o marketing que vai ditar esta norma. Não são as bravatas. São os resultados práticos e verdadeiros de uma empreitada.

Não é com imensa alegria que escrevemos hoje estas mal traçadas linhas. É com o pesar de constatarmos que a voz da comunidade desta urbe turística soa fraca e não impositiva alhures.

Estramos falando de uma “força” atrelada aos mandatários maiores do Estado que, mesmo assim, resultou infrutífera.

Este episódio da regressão de fase de Olímpia do amarelo para o laranja, seria o ponto “G” para quem tem gana de se mostrar influente em escala superior mas, vê-se, não há influência, talvez haja só companheirismo político-eleitoral.

Sendo assim, a urbe turística está órfã, ainda que tenha um representante eleito na mais alta corte legislativa do país.

Convenhamos que o alcaide não goza de prestígio considerável junto ao menestrel da paulistada. Fez campanha para seu adversário, criticou-o, depois criticou-o de novo quando suspendeu os convênios todos firmados pelo antecessor, impropérios que sobraram até para o tucanato local.

Bom, considerando que em política tudo é superável conforme os interesses contidos em cada virada de mesa -vide o representante legislativo e o próprio alcaide-, então estão fazendo pouco ou não estão sendo capazes de fazer o essencial para dissipar do coração ferido do superior executivo todas as mágoas que por ventura lá morem.

Mas, é pueril apelar para corações e almas em política, certo?, alguém já disse um dia. Política é a arte, não só de “engolir sapos” mas, também, com muita propriedade, de saber pensar para o amanhã bem à frente e não somente para a próxima hora.

É também a arte de saber que quem planta erva daninha pelo caminho, além de não formar um belo jardim, não colherá multicoloridas hortênsias quando retornar por ele.

Liderança é algo nato. Às vezes nos deparamos com alguns arroubos dela em certas pessoas, que nos decepcionam pouco depois. Descobre-se que foram apenas truques da imaginação.

Assim, a representatividade, que decorre da liderança, passa a ter escala zero. E esse nível percebemos agora, quando o alcaide teve que chamar para si uma responsabilidade de peso tamanho, que só o tempo dirá qual será também o tamanho de suas consequências políticas.

Nisso não há nobreza, como alguns querem impingir ao senso comum. Antes, há temor, e muito, de um desastre antecipado definitivo.

A alternativa seria acocorar-se sob um arco de incompetências e contar os dias antes da tempestade desabar.