A certeza cabal de que a contagem regressiva já começou para o prefeito Geninho (DEM), eleitoralmente falando, são as andanças e as conversações que já tiveram início tão logo raiou 2011. Este ano é ano de convenções partidárias. Também é ano em que se abrem as “janelas” para troca-troca de partido. Por isso a pressa. Os candidatos a vereadores serão em número infinitamente maior que da eleição passada, isto é certo, devido ao aumento de cadeiras na Câmara – de 10 para 15. Porque todos eles acham mais “fácil” chegar lá.

Já para prefeito o número de pretendentes é reduzido mas, a julgar pelas circunstâncias, se todos os nomes vingarem, Geninho já pode deixar o terno para a reposse no jeito. Já foi tema deste blog o cenário político-eleitoral que se apresenta para o ano que vem. E ele é fácil de ser resumido: mais de um candidato de oposição e o atual mandatário terá mais quatro anos – ou melhor, mais dois, que a partir daí tentará vôo mais alto. Por isso, o que se vislumbra para o pleito de outubro de 2012, pelos lados da oposição, é uma espécie de todos por (contra) um.

Porque do contrário, a oposição fica chupando o dedo. Sabe-se que não será nada fácil a conversa, porque há muita vaidade em jogo. Há muitos pseudo-líderes que na hora “h” vão engrossar, bater no peito e dizerem-se os todos poderosos. Uns vão olhar outros de cara feia. Haverá aquele que, de maneira alguma, se sentará à mesma mesa que outro. Haverá aquele que, por teimosia, poderá até se furtar ao conversê e se lançar numa campanha suicida. Haverá de tudo. Mas, se no final das contas, os que sobrarem constituírem uma força viva política, aí as chances serão enormes, quase absolutas.

É sabido que quem está no governo, se não está bem na fita, como parece ser o caso do nobre alcaide local, pelo menos navega tranquilamente pela faixa dos 30% a 35%, índice que a máquina sempre garante. Numa contenda ‘mano-a-mano’, pressupõe-se que o adversário, sendo único, parta de um patamar bem superior ao do prefeito de turno, haja vista que serão aqueles votos teoricamente “soltos” no ar. Para fazer um paralelo, lembramos que o ex-prefeito Carneiro, na entrada de 2003 estava numa situação política parecidíssima com a de Geninho agora, na entrada de 2011.

Ou seja, começando o seu terceiro ano de mandato, Carneiro desfrutava de um índice sofrível de aprovação popular e tendência de voto. Foi para a reeleição, em outubro de 2004, contra três outros candidatos – Celso Mazitelli, José Rizzatti e Guilerme Kiil Jr – e foi beneficiado por isso, elegendo-se na faixa dos 35%. Ainda é cedo para dizer que Geninho chegará lá em baixa. Pelo menos ele tem corrido ao máximo para mudar este quadro e para nas portas das eleições estar em patamar mais confortável ante a opinião pública.

Se ele conseguir mudar este quadro, pode tornar-se imbatível e aí os pretendentes poderão cair a zero, terão que ser gerado a fórceps. Alguém iria, então, para o sacrifício somente. Não mudando este quadro, então restará ao prefeito torcer para que a fogueira de vaidades política queime, queime, queime, a cada tempo com chamas ainda mais altas. Porque dois outros candidatos na rua e a cadeira da 9 de Julho continuará sob seu domínio, como já disse, por mais dois anos.

Geninho sabe que sua carreira política depende de uma reeleição à prefeitura. Por isso vai mover céus e terras. Se perder a eleição, perderá também a oportunidade de ouro de buscar algo mais acima deste patamar, que é uma cadeira na Assembléia Legislativa – se não votaram nele pela reeleição para prefeito, votarão para deputado? Ele seria novamente candidato a vereador na eleição seguinte? Ou a prefeito? Sendo rechaçado uma vez, o povo lhe daria outra oportunidade? Dificilmente. Mais fácil imaginar sua carreira política finda.

Por isso, vencer as eleições em 2012 para Geninho é tudo e mais um pouco que tudo. É vencer e vencer. Portanto, as oposições não terão “refresco” como imaginam. Animal eminentemente político que é, o prefeito não está marcando passo, deve lá já estar tramando nos bastidores sua reeleição. Portanto, este caminho íngreme que terá que ser trilhado, precisa tornar-se sereno e fácil de atravessar, o que só depende do alcaide, de mais ninguém.

Já o candidato oposicionista – falam em Bira da Ki-Box, Gustavo Pimenta, Walter Gonzalis, Guegué, Helena Pereira, João Magalhães, Hilário Ruiz,  Dirceu Bertoco, e até em Flavito Fioravante – alguns com mais, outros com menos chance, independentemente do nome, terá que sair deste “balaio” político. Como resultado de um amplo entendimento. Algo, pelo menos por enquanto, inimaginável nestas terras de Curupira, quando a questão em jogo é candidaturas majoritárias. Mas, é isso ou nada. É isso ou Geninho. De novo.

Até.