Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Tag: Marcão Coca

MURAD DE VOLTA À CÂMARA É O ‘TSUNAMI’ POLÍTICO DE NIQUINHA

Com a saída de Selim Jamil Murad da Secretaria de Turismo,m Cultura, Esporte e Lazer, está criado um imbróglio desesperador, na verdade, para o presidente da Câmara de Vereadores, Antonio Delomodarrme, o Niquinha (Avante).
isso porque, Murad volta para a Câmara, ocupando a cadeira que até então era ocupada por Marcão Coca (PPS), como seu suplente
Coca, como todos sabem, é vice-presidente da Mesa Diretora da Casa de Leis. Ele sai, e é preciso realizar nova eleição para o posto.
Todos sabem, também, que Niquinha já perdeu seu primeiro-secretário, Gustavo Pimenta (PSDB), que pediu renúncia. Há que se fazer nova eleição também para esta função à Mesa.
Se não bastasse isso, o segundo-secretário da Mesa, Luiz do Ovo (DEM), já antecipou que até o dia 20 próximo, protocolará sua renúncia à função. Uma terceira eleição será necessária.
A questão é: quem se disporá a ocupar estas funções sabendo ser o presidente como é? E principalmente diante de tantas e graves acusações que pesam contra ele?
O mínimo que pode acontecer é Niquinha ter que engolir três novos membros da Mesa que não sejam alinhado com ele, politicamente, fazendo de sua gestão à Mesa um inferno
E o máximo que pode acontecer é ele renunciar à presidência, dada a impossibilidade de conseguir apoio político a estas alturas.
Há quem diga que o vereador está colhendo o que plantou.

Advogado questiona legalidade dos lotes de Niquinha e Marcão Coca


Os vereadores podem estar incorrendo em ilegalidade, ao promoverem a venda de área sem os devidos registros em cartório e, principalmente, sem o número do Graphoab

“A grande oportunidade chegou! Se você sonhava em ter um terreno na cidade de Olimpia para construir sua casa para escapar do aluguel, a hora é essa! Terreno de 200 metros quadrados, com toda infraestrutura, por apenas 48 parcelas de R$ 399 iguais e sem juros”.

Essa é a principal chamada de um vídeo postado nas páginas pessoais e de vereadores, de Antonio Delomodarme, o Niquinha (Avante), presidente da Câmara, e Marco Antonio Parolim de Carvalho, o Marcão Coca (PPS), vice-presidente.

Com centenas de curtidas, compartilhamentos e comentários por meio dos quais se percebe a grande expectativa das pessoas por uma casa. Porém a maioria delas se esquecendo do longo tempo que terão pela frente para tomar posse da área e começar a construir.

Isso, caso não haja nenhum empecilho de ordem legal. E eles parecem latentes, a partir do questionamento feito por um renomado advogado olimpiense, Florentino Sachetim Júnior, que em comentário quis saber do estado legal do empreendimento.

“O loteamento está registrado no Cartório de Registro de imóveis?”, perguntou inicialmente. “Qual o número do certificado Graprohab?”, complementou. “ Onde está localizado o empreendimento?”, concluiu. O vereador Niquinha respondeu que “primeiro tem que pagar a terra, depois é passada a escritura para todos os participantes e, aí sim, dá-se entrada no pedido do Graprohab”.

Sachetim Júnior insiste: “Como fica a artigo 50 da Lei 6.766?. É legal a venda de lotes em parcelamento do solo não registrado ou aprovado?”. Desta vez o vereador nada respondeu. Fato é que todos os dias há duas funcionárias não se sabe se dos próprios vereadores ou da empresa mantenedora do projeto, no refeitório do Estádio Teresa Breda, tirando as dúvidas e assinando contratos com interessados.

Porém, ao arguir a Lei Federal, o advogado faz menção a um texto que explicita quais são as responsabilidades de quem lida com esta questão.

Esta Lei prevê uma série de procedimentos a serem seguidos pelo loteador para aprovação do loteamento perante a Prefeitura Municipal, e posterior registro imobiliário junto ao Registro de Imóveis competente, a fim de lhe conferir legalidade e possibilitar a venda dos lotes a terceiros.

Não tendo o loteador nem mesmo requisitado a aprovação do loteamento perante a Prefeitura Municipal e iniciado mesmo assim a urbanização dele, estar-se-á diante do chamado loteamento clandestino.

Caso tenha dado conhecimento à Prefeitura Municipal do interesse em realizar o loteamento solicitando sua aprovação, mas não tenha atendidos os requisitos para sua aprovação ou até mesmo não realizado o registro do loteamento perante o Registro de Imóveis e executado as obras conforme aprovação municipal, o mesmo pode ser definido como loteamento irregular.

No momento, segundo informações dos próprios vereadores, não existe nenhum documento comprobatório da legalidade do empreendimento, uma vez que nem a área está devidamente comprada, para se pedir a licença municipal e fazer-se o competente registro em Cartório. O vereador Niquinha diz que a área ficaria em frente ao Quinta da Colina, mas não consta ter sido adquirida formalmente.

José dos Santos Carvalho Filho, jurista, em seu “Comentários ao Estatuto da Cidade”, diz claramente que “o parcelamento é clandestino quando o Poder Público competente não tem conhecimento de sua existência, ou quando, levado a seu conhecimento não adquire a aprovação, sendo consequência de indeferimento do pedido ou da própria ausência dessa solicitação”. Niquinha já disse anteriormente que o prefeito Fernando Cunha (Sem partido) tem conhecimento do loteamento.

“Ressaltamos que no primeiro caso houve o pedido, mas o empreendedor não preencheu os requisitos legais, ensejando a não aprovação do loteamento; no segundo caso não ocorreu o pedido, mas em ambos ocorreram a urbanização.

[…]o parcelamento torna-se irregular na medida em que o Poder Público competente o aprova, podendo ser registrado ou não, mas o parcelador deixa de executá-lo ou o executa em desconformidade com o ato de aprovação ou com a legislação vigente, ou ainda, após a aprovação e execução regular, não o registra”.

Seja qual for o caso, se clandestino ou irregular, as vendas dos lotes são vedadas legalmente. A Lei de Parcelamento do Solo Urbano já alerta em seu artigo 37, que “É vedado vender ou prometer vender parcela de loteamento ou desmembramento não registrado”.

No mesmo diploma legal, há previsão que aludida prática também constituí crime contra a administração pública, punido com penas que variam de 1 a 4 anos, em sua forma simples, e se praticado na forma qualificada podendo variar de 1 a 5 anos, conforme o Artigo 50 citado pelo advogado olimpiense.

O que farão os vereadores da ‘lei da puxação de saco’?

No final de março houve sessão de críticas à decisão do prefeito de não conceder o benefício a uns e conceder a outros, e agora a Casa de Leis volta à carga, ameaçando revoga-la

Chamada de “lei da puxação de saco” pelo vereador Marco Antonio Parolim de Carvalho (PPS), a lei da avaliação funcional do Executivo Municipal foi alvo de duras críticas na sessão de segunda-feira passada, 7, da Câmara de Vereadores.

A acusação dos vereadores é a de que, entre outras situações, ela só alcançaria o primeiro escalão, “os amigos do secretário”. O “coitadim” (sic), conforme disse Antonio Delomodarme, o Niquinha (Avante), não consegue os 6% a mais nos vencimentos e nem a evolução funcional. “Ou se inventa outro critério, ou acaba com isso”, pediu ele.

O vereador prossegue nos ataques: “Tem funcionário que já recebeu quatro vezes e outros nenhuma. Então, o prefeito que mude o critério, porque beneficiar só os amigos do rei não dá”.

Para o vereador Hélio Lisse Júnior (PSD), a Lei 138/2014 (dispõe sobre a Estruturação do Plano de Classificação de Cargos da prefeitura e institui nova tabela de remuneração) “veio passar por cima, como um rolo compressor, dos princípios gerais do Direito. E todos são iguais perante a Lei”.

Para o vereador, “não se pode fazer nenhuma distinção entre pessoas que estão na mesma situação”. Esta Lei é a que prevê a bonificação de 6% ao funcionário que se destacar na avaliação de desempenho.

“Mas, ela foi distorcida de tal maneira que virou a lei do puxassaquismo”, criticou. Lisse ainda usou de uma frase feita para ilustrar a situação: “Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas ela (a lei) tem feito o raio cair sempre em cima dos mesmos servidores puxa-sacos da chefia imediata”.

O vereador ainda garantiu que “80% dos funcionários não estão satisfeitos com essa legislação”, porque ela “não está prestigiando o funcionário público. Tem funcionário com três bonificações. Isso porque tem um interstício de dois anos”, observou Lisse, que quer “mudar ou revogar em definitivo” a lei.

SINDICATO NA ‘BRIGA’
Desde quando publicou a Portaria nº 49.616, de 30 de julho de 2019, dispondo sobre a promoção horizontal, o prefeito Fernando Cunha (Sem partido) vem sendo alvo de críticas de uma parcela muito grande do funcionalismo municipal, que não consegue vislumbrar justiça no que foi feito.

Inclusive o Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Olímpia entrou na briga. A instituição, que no dia 2 de julho encaminhou ao Executivo Municipal ofício cobrando o cumprimento da medida por parte do governo municipal, diz que acionou o seu Departamento Jurídico para apurar os reais critérios desta promoção.

Por parte do Executivo, há a alegação de que “foram levados a efeito os procedimentos concernentes à avaliação dos servidores públicos municipais visando à respectiva promoção horizontal”, conforme prevê a Lei Complementar Municipal nº 138, de 11 de março de 2014.

Nas listas publicadas na edição de 31 de março do Diário Oficial Eletrônico, constam 118 nomes, dos quais quase metade é de professores. Mas não é por isso que houve a reclamação. A categoria está cobrando a razão pela qual não teria havido maior abrangência na contemplação, e quais foram os critérios de seleção.

NIQUINHA INVENTA ‘REEXONERAÇÕES’ DE FUNCIONÁRIOS NA CÂMARA

Insistindo em sua sanha de vingança contra o vereador, ex-presidente da Câmara e atual 1º secretário da Mesa Diretora, Luiz Gustavo Pimenta (PSDB), o presidente Antonio Delomodarme, o Niquinha (Avante), acaba de exonerar novamente três funcionários comissionados da Casa de Leis, todos integrantes do estafe de Pimenta.

Alguns até poderiam dizer que o presidente agiu bem, “enxugando” os quadros funcionais de comissionados, não fosse a atitude mero ato de retaliação por Pimenta não levar desaforos para casa quando o presidente perde as estribeiras.

E, também, se não fosse pelo fato de que estes funcionários já haviam sido exonerados no início deste mês e nem sequer haviam sido reintegrados às funções. Ou seja, foram exonerados estando gozando de plenas exonerações.

Já publicamos aqui recentemente que em decisão datada do dia 17 de junho, a juíza de Direito da 1ª Vara Cível da Estância Turística de Olímpia, Marina de Almeida Gama Matioli, havia concedido medida liminar para Pimenta, anulando portarias de exonerações de dois advogados e um assessor legislativo.

Os advogados Gustavo Matias Perroni e Ricardo José Ferreira Perrone, bem como o assessor legislativo Rui Rodrigues de Castro Filho, fora exonerados pelas portarias 935/19, 936/19 e 938/19, que não foram suspensas pelo presidente da Câmara. Mediante a suspensão por liminar destas portarias, esperava-se que Niquinha reintegrasse os funcionários, até decisão final.

Ao deferir a liminar a juíza determinou a “suspensão dos efeitos das Portarias, ante a possível existência de vícios, por ilegalidade, em sua origem, até que a questão reste melhor apurada, evitando-se, com isso, maiores prejuízos às pessoas direta e indiretamente afetadas pela produção dos efeitos de tais atos”.

No entanto, quando se esperava o cumprimento da determinação judicial, o presidente da Câmara expediu e mandou publicar as portarias 944/2019, dispondo sobre a exoneração, a partir de 25 de junho, de Ricardo José Ferreira Perroni, então chefe do Departamento Jurídico; 945/2019, dispondo sobre a exoneração do servidor Gustavo Matias Perroni do cargo de Assessor da Mesa Diretora, ambos advogados, e portaria 946/2019, dispondo sobre a exoneração do servidor Rui Rodrigues de Castro Filho, do cargo de Assessor de Vereador.

Como também já foi dito aqui, as exonerações se revestiam de ilegalidade por que as portarias haviam sido assinadas pelo presidente e seu vice, Marco Antonio Parolim de Carvalho, o Marcão Coca (PPS), o que é vedado pelo Regimento Interno da Casa.

Estes tipos de portarias só podem ser validadas com as assinaturas do presidente e do 1º secretário, ou do 2º secretário, na ausência do primeiro, ou ainda pelo vice-presidente, na ausência do presidente, mas junto com um dos seus imediatos. Nunca presidente e vice podem assiná-las.

E qual foi a justificativa encontrada por Niquinha para “reexonerar” estes funcionários? Elaborou uma ata de reunião onde fez constar as exonerações e desta vez recebeu também a assinatura de Luiz Antonio Ribeiro, o Luiz do Ovo (DEM), o que tornaria as portarias legais, no entender, provavelmente, da assessoria jurídica da Câmara.
CORREÇÃO
(Neste trecho acima da matéria, onde consta que Luiz do Ovo assinou, quer dizer que ele assinou a ata da reunião, não as portarias de exoneração. O vereador, aliás, disse que frisou ao presidente e testemunhas, na reunião, que era contra a exoneração dos funcionários)

O blog encaminhou questionamentos ao 1º secretário, que disse estranhar a exoneração, já que eles nem foram reempossados. “Tenta perguntar para o presidente para ver o que ele fala”, sugeriu Pimenta. Já o presidente não havia sido encontrado até o fechamento deste texto.

DECISÕES ARBITRÁRIAS E ILEGAIS DE NIQUINHA SÃO ANULADAS PELA JUSTIÇA

Muitos têm visto que o presidente da Câmara de vereadores da Estância Turística de Olímpia, Antônio Delomodarme, o Niquinha (Avante) e o 1º secretário da Mesa Diretora, Luis Gustavo Pimenta (PSDB), não estão no maior dos amores.

Todas as sessões, desde que Niquinha assumiu a presidência, diga-se, com a articulação de Pimenta, há bate-bocas que chegam às raias do decoro.

Mas, o que pouca gente sabe é que em virtude destes mesmos entreveros, Niquinha recentemente, usando de suas aptidões absolutistas e de sua prepotência, tomou da caneta e exonerou nada menos que dois advogados e um assessor que faziam parte do estafe do 1º secretário e ex-presidente da Mesa Diretora.

Acontece que esta prerrogativa cabe ao presidente, mas com a assinatura do 1º ou do 2º secretário, e como de forma alguma teria uma destas assinaturas, recorreu a um expediente que se lhe fora orientado por qualquer assessor jurídico da Casa, este necessitaria de uma bela reciclagem: pegou a assinatura do vice-presidente, Marcão Coca (PPS) para tanto.

Da mesma forma o presidente tem agido em quaisquer outras decisões que venha a tomar na Casa de Leis, ou seja, conta sempre com a assinatura do vice-presidente e nunca com a do 1 ou 2º secretários.

E a hierarquia na Câmara prevê que as expedições de caráter administrativo necessitam, na verdade, da assinatura de todos os quatro da Mesa. Mas, é legítima a expedição, se contar com a assinatura do 1º secretário e, na ausência deste, do 2º secretário. Nunca com a assinatura do presidente e do vice.

Da mesma forma que, na ausência do presidente, o vice assumindo, ao tomar uma decisão esta deve vir assinada por um dos dois imediatos. Nunca, em hipótese alguma, presidente e vice podem assinar qualquer expedição, fato que torna os atos nulos de direito.

Mas, adivinhem o que Delomodarme andou fazendo? Expedindo atos com sua assinatura e a do vice, que agora a Justiça está pedindo a anulação das existentes e proibindo novas expedições de atos e decisões onde é necessária a assinatura do 1º secretário, sob pena de multa de R$ 500 por novas assinaturas que vierem só com os nomes do presidente e de seu “vição”.

Também por meio desta arguição, Pimenta conseguiu que a Justiça tornasse sem efeito as portarias de exoneração dos advogados Gustavo Perroni e Ricardo Perrone, bem como do assessor legislativo Rui Castro, reintegrando-os aos quadros do Legislativo.

A exoneração dos três foi um ato de vingança de Niquinha, quando da primeira rusga entre ele e Pimenta durante sessão ordinária da Casa de Leis. a Justiça, assim, estaria reconhecendo terem sido os atos, abusivos.

Todos da Mesa já foram, inclusive, intimados da decisão e os três funcionários devem retornar ao trabalho já na terça-feira da semana que vem. E quanto aos atos administrativos, a partir de agora passarão a ter a assinatura do 1º secretário, ou não poderão ser expedidos.

Porém, é bom frisar que esta decisão ainda está em caráter liminar, e como toda liminar, ela pode ser modificada, ao final o juiz responsável pode julgar a ação improcedente ou mesmo pode ser reformada no Tribunal, embora se acredite seja um tanto difícil. Mas, como se trata de ação judicial, tudo é possível.

COM MUDANÇAS À VISTA, CUNHA PODE DAR UM ‘SACODE’ EM SEU GOVERNO; OU NÃO?

E o pré-roteiro elaborado neste espaço em publicação do dia 4 de agosto, começa a se definir exatamente como foi tratado aqui. Alguém poderá imaginar que foi o próprio prefeito Cunha (PR) quem nos deu as linhas mestras do que viria a fazer dias depois, como é praxe sua comunicação com o semanário “gatinho-que mia” e seu poderoso editor, mas não.

Isso tudo é resultado do nosso incansável labor diário na busca pela informação em primeira mão, aquela que ainda está fervilhando nos bastidores. Bom, como se sabe (ou não?), Cunha está recriando a Secretaria de Agricultura, desmembrando a de Turismo, blá,blá, blá…

E assim, confirmando roteiro traçado neste blog, sem por nem tirar. A menos que resolva contrariar e mude tudo, embora a esta altura seja um tanto quanto difícil, uma vez que as peças no tabuleiro de xadrez já foram mexidas, e uma delas, pelo menos, já tenha mudado de lugar. Mas, vamos aos fatos.

O prefeito Cunha encaminhou à Câmara de Vereadores na sessão de segunda-feira da semana passada, dia 14, o projeto de Lei 5.262/2017, recriando a Secretaria Municipal de Agricultura, Comércio e Indústria, que no início do ano havia desativado alegando economia de recursos.

Com esta nova Secretaria, já aprovada em primeira discussão e votação de primeiro turno em Urgência, o prefeito teve que recriar também três novos cargos, o do próprio secretário e de dois assessores de Secretaria (Divisão de Agricultura e de Comércio e Indústria). Os três consumirão mais de R$ 17,2 mil por mês (o assessor percebe R$ 4.122,30 mensais e o secretário, R$ 9.005,79).

A medida foi necessária, entre outras coisas, para acomodar Tarcísio Cândido de Aguiar, o Sargento Tarcísio, que até a semana retrasada era suplente de vereador, exatamente em lugar de Luiz Antonio Moreira Salata (PP), que se desentendeu com o prefeito, a quem chamou de “neurótico”, e cujo governo tachou de “pornografia política”, e voltou para a Câmara.

Por enquanto, Aguiar ocupa o lugar de Salata em Turismo, mas deverá ceder a Pasta a outro vereador, Selim Jamil Murad (PTB), tão logo a Agricultura, Comércio e Indústria estiver consolidada.

A Secretaria de Agricultura estava atrelada a Turismo, e tinha se transformado em uma Diretoria. Agora volta a ter status de Secretaria e Turismo volta a ficar independente. Assim, Olímpia passará a ter 11 secretarias, não computando a Controladoria Geral do Município, cujo titular tem nível hierárquico de secretário.

A mudança obrigou também o encaminhamento do projeto de Lei Complementar 238/2017, este criando o cargo de secretário de Agricultura, Comércio e Indústria, revogando a LC 189, que em dezembro de 2016 extinguiu-a. Ambas as proposituras tiveram os votos contrários de Flávio Olmos (DEM) e Salata. Os projetos voltam para segunda discussão e votação na sessão do dia 28 de agosto.

O blog relatou tudo isso em primeira mão no dia 4 de agosto, especulando sobre a saída iminente de Salata, a volta dele à Câmara, a ida de Tarcísio Aguiar para Agricultura e a de Selim Murad para Turismo, abrindo vaga para Marcão Coca (PPS) na Casa de Leis.

Até este exato momento é este o desenho político para os próximos dias se concretizar. Se houver a mudança de alguma peça neste tabuleiro, terá sido meramente para contradizer o que aqui vem sendo narrado há dias. Ou por ter o alcaide vislumbrado um diferente ponto de “costura”.

Mas, dada a sua pouca habilidade política, talvez até por comodismo, ou para não correr o risco de apostar ainda mais em mediocridades, o que aqui foi dado, assim será cumprido. Oxalá!

…E SALATA SAIU….

Sexta-feira ele estava lá. Mas, desde ontem à tarde, não está mais. O vereador Luiz Antonio Moreira Salata, que ocupava a Pasta do Turismo, Agricultura e Desenvolvimento Econômico, pediu exoneração do cargo na tarde de ontem, e agora pela manhã já deverá voltar à Casa de Leis.

Como sabem nossos leitores, esta decisão de Salata, ou mesmo este afastamento das hostes cunhistas, já era favas contadas, embora aqui e ali tentassem disfarçadamente dizerem que não era bem assim.

O blog já adiantou todo o roteiro (leiam as publicações da última sexta-feira, 4, “Afinal, Salata Sai, ou Salata fica?”, e segunda-feira, 7, “Secretário Salata leva ‘bola nas costas’ de Cunha”, para entenderem o que se prenunciava e o que ainda tem por acontecer nas próximas horas).

Havia, é certo, uma insatisfação de ambos os lados, que se diziam contrariados um com as atitudes do outro, e o prefeito Cunha saiu-se com um “ato de desobediência” de Salata para endurecer a relação. Mas Salata já vinha reclamando de falta de apoio ao seu trabalho há muito mais tempo, até externa-lo em declarações ao semanário Planeta News na sexta-feira da semana passada.

A partir daí, Cunha apressou-se em colocar para fora, também, suas intenções quanto àquela Secretaria, e quanto a Salata. Mas, como de praxe, o fez de forma estabanada, antecipando e tumultuando as coisas, uma vez que, aqueles que lhe prestam assessoria disfarçada de jornalismo não concatenam situações, expressões e narrativas. Tornam pior a emenda que o soneto. Entornam o caldo.

Agora, resta saber como a situação se desenrolará com Salata e seu “sangue nos olhos” na Câmara. Como a própria Câmara se comportará doravante. E se o alcaide estará sujeito a ventos e tempestades oriundos da Casa de Leis.

Casa esta que, também em função desta exoneração, sofrerá profundas mudanças. Sai o suplente Tarcísio Aguiar, do PRTB, fiel defensor de Cunha, para entrar Salata. E deve sair Selim Jamil Murad, do PTB, para a entrada de Marcão Coca, do PPS, já que tudo indica ser o vereador petebista o nome a ser escolhido para ocupar a vaga de Salata em seu estafe. Não sendo ele, teremos surpresas. E, espera-se, não seja mais uma decepção.

Para Tarcísio, talvez esteja reservada a Secretaria de Agricultura, que Cunha deverá recriar, aquela mesma que nunca deveria ter desativado, embora pareça não ter lá muitos amores pelo setor. Se não for ele, nova surpresa teremos. E, da mesma forma, espera-se não ser mais uma decepção.

Sim, os dados estavam rolando. Aliás, ainda continuam rolando. Aguardemos.

AFINAL, SALATA FICA, OU SALATA SAI?

“Hoje estou aqui!”

Foi assim que o secretário municipal de Turismo, Luis Antônio Moreira Salata, vereador licenciado do PP se manifestou a respeito do intenso zum-zum-zum que correu pelos bastidores esta semana. Chegou-se a dar como favas contadas a sua volta para a Câmara, desalojando de lá seu suplente, Tarcísio Cândido de Aguiar, o Sargento Tarcísio (PRB).

Sabe-se que o secretário conversou na tarde de ontem com a reportagem do semanário Planeta News, quado foi questionado sobre tais rumores. Salata classificou de “fofoquinha” o que tem circulado sobre sua saída da Pasta, observando que “ela vem de muito tempo”. Diz estar lá “cumprindo agenda, apesar das dificuldades de pessoal”, pois foi uma Secretaria fundida, juntando três outras pastas.

No início de seu Governo, o prefeito Fernando Cunha (PR) extinguiu a Secretaria de Agricultura, formando assim uma Secretaria conjunta: Turismo, Agricultura e Indústria e Comércio. Agricultura tornou-se apenas um Departamento, malgrada a importância do setor para a cidade. E aí está um ponto a ser ponderado já, já.

Salata não demonstra estar preocupado com sua permanência ou saída da Secretaria. Pelo menos não deixa transparecer, se de fato estiver. “Não tenho apego a cargo, aliás, tenho uma vida simples, quase Franciscana, e estou aqui a convite do prefeito. Mas, se for da vontade dele e tiver que voltar para a Câmara, o farei também, pois estou a serviço de Olímpia”, discursa.

Mas, não é segredo para os mais próximos e os da política, a insatisfação latente do vereador-secretário frente à Pasta, conforme deixa antever na frase: “Só preciso de instrumentos para trabalhar cada vez mais por Olímpia”. Ou seja, faltam-lhe instrumentos, ainda, após sete meses? Estes instrumentos podem ser traduzidos por recursos humanos, estrutura, apoio político e, sobretudo, financeiros.

 

TABULEIRO DE XADREZ
A saída ou permanência de Salata e sua consequente volta para a Câmara, mexe inteiramente no tabuleiro do Legislativo e na composição da base política do prefeito Fernando Cunha (PR).

Sim, porque Salata, uma vez retornando à vereança, dada as circunstâncias relatadas acima, não estará, como se diz, enquanto vereador, de bons amores com o Executivo, eis que estaria deixando a Pasta por excesso de contrariedades e falta de apoio ao seu trabalho.

Sua volta implicaria na saída de Tarcísio Aguiar, hoje ferrenho defensor de Cunha na Casa. Este, por sua vez, poderia vir a ser “premiado” com um cargo talvez de secretário, ou diretor. Mas, os rumores dão conta de que Cunha estaria propenso a recriar a Secretaria de Agricultura e lá acomodar seu “soldado”.

E, ainda no âmbito dos rumores, o seu “ungido” para ocupar a Secretaria de Turismo, em lugar de Salata, seria o vereador Selim Jamil Murad, do PTB, partido do candidato a prefeito derrotado em outubro, Beto Puttini, de cuja coligação fez parte, mas, digamos, sem lá muita convicção.

Sendo assim, voltaria para ocupar uma cadeira na Casa, o vereador-suplente Marco Antônio Parolim de Carvalho, o Marcão Coca, do PPS, outro que integrou a coligação de Puttini, e continua muito próximo do ex-prefeito Geninho Zuliani, do DEM. Neste caso, Coca terá que fazer a opção: vereador ou prestador de serviços para o município, onde tem contratos com a prefeitura.

Mas, percebam a linha fina que Cunha estaria tecendo, o que lhe exigiria habilidade política e visão macro de futuro administrativo. Porque perderia, em tese, dois fortes componentes de sua base, Tarcísio mais ainda, porque está sempre na defesa incondicional do prefeito.

Coca voltando, como se comportará? Será sempre o suplente à mercê dos humores de Cunha? Terá independência a ponto de garantir espaço político? Ou apenas “cumprirá tabela”, conforme o jargão futebolístico. Mas o alcaide estaria sempre “pagando pra ver” (observem as aspas, portanto não se trata do sentido estrito do termo, certo?).

Brincadeiras à parte, a Casa de Leis, com esta “virada na mexida” ficaria, digamos, um pouco mais agitada? Um pouco mais turbulenta? Um pouco mais problemática para o prefeito? A resposta para todas estas pergunta é: sim.

Basta nos lembrarmos que Salata estaria de volta, defenestrado de um cargo importante, por questões de não afinidades político-administrativas. Basta dizer, ainda, para usar um termo chulo, que ele estaria voltando “com sangue nos olhos”. A Casa de Leis passaria a contar com um debatedor e questionador experiente e que sabe provocar, incendiar, quando preciso.

Seria um inimigo e tanto do governo que, ao mesmo tempo, estaria perdendo uma voz considerável lá dentro, a de Tarcísio, sabedores que somos que seu atual líder, João Magalhães (PMDB), não é dos melhores oradores, embora sua experiência legislativa, nem tampouco forte nos embates. Mormente com Salata, de quem ele perdeu todas, até hoje.

A ver. Estão rolando os dados. (Estão?)

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