Um dos mais antigos e tradicionais imóveis na região do Aeroporto, ou do cemitério, se preferirem, localizado nas esquinas da Harry Giannecchinni com Gastão Vidigal, exatamente onde começa a Conselheiro Antônio Prado, lado direito de quem desce, será inteiramente demolido. O prefeito Cunha quer ampliar a rotatória existente ali, implantada após a duplicação daquela avenida.

O Decreto 6.977, de 20 de novembro 2017, que declara de Utilidade Pública aquele imóvel não dá detalhes da obra, nem que tipo de projeto será desenvolvido ali. Sabe-se que Cunha vai pagar mais de R$ 231,7 mil pela casinha, para pô-la abaixo, tijolo por tijolo (bom, pelo menos é o que se espera, para poder ser reaproveitado o material).

A desapropriação será amigável ou judicial. Por ora o imóvel foi declarado de utilidade pública, e tem como endereço a Rua Conselheiro Antonio Prado, 1.365, e consta pertencer a Antonio Boscon e a quem mais de direito, com as seguintes características:

Um prédio de tijolos, coberto de telhas, com diversos cômodos, e seu respectivo lote de terrenos que mede 18 (dezoito) metros de frente para a Rua Conselheiro Antonio Prado, por 22 (vinte e dois) metros para a Avenida Seis (que deve ser a Gastão Vidigal) , com a qual faz esquina confrontando-se por um lado com o remanescente do lote n.º 4, e pelos fundos com o lote n.º 6.

Diz o Decreto em seu § 1º que:

O imóvel será destinado à demolição para ampliação de “rotatória”, e otimização do sistema viário local, conforme projeto da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Olímpia.

Já no seu § 2º, o Decreto reza que:

O valor do imóvel ora declarado de utilidade pública é de R$ 231.796,39, conforme certidão negativa de débitos imobiliários nº 167.291/2017, emitida em 26 de setembro de 2017, pela Secretaria Municipal de Finanças.

Ou seja, trata-se de uma situação em que o proprietário nada pode fazer, além de, se quiser, tocar uma demanda por anos a fio, o que lhe seria muito dispendioso e contraproducente. Por isso, com certeza já deve ter havido um acordo prévio entre município e proprietário, batendo o martelo neste valor acima.

E aquela casinha de muitas décadas (até antes do malfadado acidente ali, quando um teco-teco caiu no quintal do vizinho, fazendo vítimas), irá ao chão. Talvez a construção da casinha remonte aos primórdios do aeródromo.

Fazer o quê? Nos dias que correm, o trânsito fluir melhor acaba sendo muito mais importante que a história ou prosaicos laivos de nostalgia.