O prefeito Geninho (DEM), ao que parece, com a sua indiscutível capacidade de conquistar homens e mentes, acaba de agregar ao seu “exército” de defensores, mais um “soldadinho”. Trata-se do cidadão Júlio de Oliveira que, um pouco diferente de outros tantos “guerreiros” genistas, opta por ser provocador, ao invés de crítico azedo. Afinal, um pouco de mordacidade não faz mal a ninguém.
Pois bem, o fato é que Júlio Oliveira (julio.oliveira23@gmail.com | 187.88.105.235) quer por que quer que eu elogie o prefeito que ele tanto admira. Mais ainda, chegou a pedir que eu reconheça que Geninho “é o melhor prefeito que Olímpia já teve”.
A “militância” do Júlio começou no dia 24 passado, véspera do Natal, com o seguinte comentário ao post “Espera-se que esta não EMPAC”, sobre verba de R$ 13,3 milhões a ser liberada pelo Governo Federal, para obras no setor de abastecimento de água. O teor é o seguinte:
“Voce não deve ter entendido, voce não deve ter lido, ou fingiu que não ouviu ou fingiu que não leu, mas as 3 obras atrasadas 1 é por culpa da contrutora, outra atraso no repasse federal e outra mudança de projeto. Acorda, vamos escrever algo que some!!!”
A este comentário, respondi o que segue, na caixa de comentários mesmo, na mesma noite do dia 24:
“Querido Júlio, acho que quem entendeu, quem leu, mas quem está fingindo que ouviu ou que não leu é você. Não existe “culpa da empreiteira”. O prefeito acaba sendo o responsável indireto pelo problema, porque foi ele quem contratou. Ou você contrata um pedreiro ou pintor problemático para sua obra e a culpa é de quem você contrata sem apurar detalhadamente a capacidade de tal profissional? Atraso no repasse? A obra deveria ser casada com a disponibilidade da liberação do dinheiro, e não conforme os interesses ou prazos eleitorais estipulados pelo prefeito. E que projeto foi mudado? E Por quê? Acorda, vamos comentar algo que some!!! Ou que não soe a mero puxasaquismo!”
Com data de hoje, 26, constando que às 13h08, Júlio Oliveira voltou à carga: “Você já deveria ter conhecimento sobre a lei de licitações, o prefeito não contrata quem ele quer e sim quem está habilitado (juridicamente e tecnicamente) e ter o melhor preço. Vamos estudar mais.”
Ao que, pergunto, sem pestanejar: onde estava, então, a habilitação técnica da empresa que, primeiro, estava a erigir uma obra cheia de problemas e de qualidade duvidosa, conforme atestaram profissionais técnicos conhecedores do ramo, ambos opinando que a maneira como o prédio estava sendo erigido fugia totalmente às mais primárias exigências da engenharia civil.
Onde estava, então, a habilitação jurídica de empresa que, responsável por duas obras – a outra era a da Praça da Matriz – não concluiu nenhuma. Quem pesquisou a idoneidade desta empresa? Quem deu garantias de que ela era economicamente saudável? Quem avalizou os atestados?
O secretário de Obras e Meio Ambiente, Gilberto Toneli Cunha, disse em entrevista radiofônica que “o prefeito de Ribeirão Corrente garantiu que a empresa era idônea”. E agora, prefeito? Lembrando que prefeitos são as piores fontes de avaliação quando o assunto é empreiteira. Por razões sobejamente conhecidas.
E a você, pessoa “estudada”, creio ser dispensável detalhes. Na ponta deste ‘imbróglio” todo está, sim, mesmo que você não queira, o prefeito, que em última análise é o ordenador de obras e despesas. Neste aspecto, Júlio, vou mais longe: faltou Câmara Municipal aí. Se é que me entende.
Depois, usando de sua mordacidade ímpar, o novo “soldadinho” soltou mais este comentário, também com data de hoje, 26, constando ser na madrugada, 3h58:
“Olá, Orlando, você pode divulgar mais uma, agora saiu o convênio da reforma do CRAS da Vila São josé, mais uma busca e conquista do prefeito Geninho, junto à deputada Rita Passos. Será que vc vai elogiar? ou teus patrões não permitem.”
Primeiro, Júlio, não tenho que elogiar nada, a partir do momento em que vejo nas ações de qualquer prefeito quando consegue verbas para obras, reformas, ou adequações, o que seja, estar ele apenas cumprindo com sua mais básica obrigação. E não vale dizer que os outros ou o “outro” como vocês sempre gostam de lembrar, não fazia(m).
Não é isso que está em discussão aqui. No mais, este blog é meu, não dependo de ninguém, a não ser de mim, para mantê-lo ou eliminá-lo, se for o caso (ou ser eliminado, como pretende o seu prefeito). Repare que nem propaganda publico nele, para não prender meu rabo a quem quer que seja.
Mais ainda, o “soldado” Júlio Oliveira, que parece também ser acometido da “sindrome zumbinista”, na mesma madrugada de 26, constando ser às 3h56, tascou essa:
“Em 22 de dezembro de 2008, vc disse que seria o primeiro a reconhecer que o Geninho seria o melhor prefeito que Olímpia já teve, pois é, você demorou e o Arantes disse isso sábado na sua coluna na ‘Folha da Região’.”
Pois é, percebam que o mais novo “soldadinho” está bem amparado cronologicamente. Pois bem, fui lá ver do que se tratava e ali estava bem claro, em resposta a uma dupla de defensores precoces do alcaide, que àquela altura alimentavam a expectativa de Geninho ser “o melhor prefeito que Olímpia já teve”, que caso isso se confirmasse, que não se preocupassem, pois seria o primeiro a reconhecer e, aí sim, “elogiar vosso ‘mestre'”. Pois bem, passados dois anos depois daquilo que manifestei, ainda não vejo, sinceramente, em Geninho, “o melhor prefeito que Olímpia já teve’.
(E não sei que interesses movem Arantes para que ele já tenha fechado seu prognóstico, ele que sempre foi tão cioso do exercício do pensar e analisar críticos. Aliás, vejo-o hoje com estes sentidos um tanto quanto “frouxos”, as razões ele as deve ter, o que não é do nosso interesse saber)
Acredito, Júlio, que na verdade Arantes possa estar avaliando Geninho pelo “volume da obra”, quer dizer, pelo “quantum”, ou seja, pelo que tem trazido em termos de recursos, projetos avalizados pelo Estado ou União, obras implantadas – as menores concluídas, as maiores “enroscadas”.
E se você andou “passeando” pelo meu arquivo, deve ter tomado conhecimento que lá atrás, já havia observado que não apreciava muito o “fundamentalismo político” do prefeito, na má acepção do termo, no sentido não-ideológico, talvez metodológico, naquilo que seja “fundamental” para se passar por alguém que não se é, ou forjar uma realidade que não resiste à mais rasa análise desapaixonada.
Como você deve saber, prefeito corresponde a uma pessoa que ocupa um cargo no poder Executivo em um determinado município e a prefeitura é o local onde são desenvolvidas as atividades. O prefeito é o chefe do Poder Executivo na esfera municipal. Ele deve, primordialmente, governar a cidade de forma conjunta com os vereadores. Representar seu povo na busca por melhoria do município, oferecendo boa qualidade de vida aos habitantes. Reivindicar convênios, benefícios, auxílios para o município que representa.
Ainda, intermediar politicamente com outras esferas do poder, sempre com intuito de beneficiar o município. Atender a comunidade, ouvindo suas reivindicações e anseios. Quanto às funções executivas, cabe ao prefeito planejar, comandar, coordenar, controlar entre outras atividades relacionadas com o cargo. Zelar pela limpeza da cidade, manter postos de saúde, escolas e creches, transporte público entre outras atribuições. Administrar os impostos (IPVA, IPTU, ITU, ITBI) e aplicá-los da melhor forma.
Ao povo governado por ele, resta atuar efetivamente em conjunto com a administração pública e cobrar, fazer valer os seus direitos. Em uma sociedade democrática, há espaço para cobranças, sugestões, críticas e o bom entendimento. Juntando todas as idéias dos cidadãos do município, sejam elas pró ou contra a atual Administração, espera-se sempre que o poder público leve-as em consideração.
Seria interessante, então, Júlio Ribeiro, que você analisasse bem estas obrigações e delas tirasse os exemplos em que o prefeito não está indo bem. Aposto que sobrarão bem poucas coisas a justificar o “melhor prefeito que Olímpia já teve”. No meu ponto de vista, falta muito destes requisitos ainda.
Mas, faltam dois anos. Quem sabe ele chega lá. (PS: Se você entender que os trechos grifados estão sendo cumpridos à risca pelo alcaide, fundamente-os e use este espaço à vontade. Ele é democrático)
Até.
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