JOGUE O LIXO NO LIXO

JOGUE O LIXO NO LIXO

Amigos do blog, o burburinho da semana foi, de longe, o contrato de emergência do prefeito Geninho para a coleta do lixo. Tudo ficou em suspenso, com as pessoas não sabendo o que pensar, o que achar desta decisão. A impressão que dá é a de que as pessoas estão preferindo esperar acontecer, para ver como é que vai ficar. Isso no tocante aos serviços, porque no tocante à decisão em si, há mais opiniões formadas do que pessoas sem opinião a respeito. Da parte do blog, ressalto uma dúvida: porque contratar todo o serviço do lixo, se a Cetesb só interditou o “lixão”? Não poderia o município continuar fazendo a coleta e somente terceirizar o depósito, o aterro sanitário? O secretário Gilberto Cunha, de Obras, diz que não, que encareceria mais, que teria que comprar caminhões, que a viagem seria longa, etecetera e tal. (Ilustração de Ila Fox – http://www.ilafox.com)

FON-FON
Os caminhões, comprar quem há de. Custariam algo em torno de R$ 500 mil os três, iguais a estes que estão circulando por aí. Mas, será que a taxa de coleta de lixo, reajustada em quase 130% no começo do ano, não sustentaria esta despesa? O secretário disse que não há dotação, que ela é de apenas R$ 1,5 milhão para o ano, dinheiro ‘contado’. Mas, se faz tantos remanejamentos de verbas neste Governo, será que não dava para arrumar um pouquinho mais de grana para o lixo? Principalmente neste Governo, onde, querendo, tudo dá, tudo é posível?

JÁ REPARARAM?
Que neste Governo Geninho Zuliani, tudo o que ele quer, ele faz? E o que ele não quer fazer, ele diz que não dá, não tem dinheiro ou coisa que o valha? Quer fazer um carnaval para os amigos? Dá. Quer fazer festa do aniversário? Dá. Quer fazer festa do peão? Dá. Quer contratar agência de publicidade? Dá. E assim por diante. Mas, aquilo que é essencial, extremamente necessário, já repararam que nunca dá?

TRIÂNGULO?
Bom, neste contexto, claro, não está incluída a terceirização do lixo, que começou com a ‘emergência’. Há quem afirme ter sido todo este movimento engendrado pelo prefeito Geninho, apenas uma, digamos, triangulação para possibilitar que o seu primo, lá de Catanduva, pudesse contar com um pouco dos recursos púiblicos da prefeitura na qual seu parente é chefe. Estas mesmas cabeças pensantes, avaliam que, não sendo assim, não haveria como mandar o lixo para aquela cidade, uma vez que o parentesco entre ambos seria um determinante impeditivo. Então, vamos terceirizar tudo, teria decidido o alcaide.

TRIÂNGULO? II
O raciocínio deste pessoal não está fora da realidade, não. Se não, vejamos. Eles dizem que, se fosse terceirizar somente o aterro, o Executivo teria que fazer licitação, ou concorrência, que seja. Parentes não podem prestar serviços a prefeituras ou câmaras municipais. Portanto, o primo estaria fora. Mas, fazendo da maneira que foi feito, tudo se torna legal. Ou seja, o primo é contratado por “tabela”, por meio da empresa que contratou os serviços. Estaria aí a razão pela ‘emergência’ de todo serviço do lixo, e não somente a do aterro sanitário? Eita, povo falador!

DETALHE
A reportagem do jornal Planeta News apurou que a empresa em questão, a Mult Ambiental Engenharia, que é sim de Votuporanga, só tem seis meses de existência. Foi fundada em 2 de maio de 2009. Tem como sócios, membros de uma mesma família, a Scarmatt, cujo acionista majoritário é Edson Scarmatt, que detém 60% da empresa. Mas, faz parte de uma rede de outras empresas, que atuam em vários setores, incluindo a pavimentação.

QUANTO TEMPO?
O prefeito Geninho e seu secretário Gilberto Cunha, de Obras, enfatizaram bem esta semana que, tão logo o TCE liberasse a concorrência da terceirização do lixo, o contrato com a Mult Ambiental seria cancelado, e os serviços entregues à empresa vencedora, que seria a Leão&Leão. Porém, o TCE se manifestou de forma diferente da esperada. Os ministros julgaram parcialmente procedente a representação da Constroeste e determinaram que sejam feitas modificações no edital, para depois ser republicado. Ou seja, aquele órgão determinou que se faça uma nova concorrência. Sem estipular prazo. Alguém quer apostar um réis que esta nova publicação ou a própria concorrência não sai antes do meio do ano que vem? A menos que….Bom, deixa o tempo mostrar.

AGORA, UMA NOTICIA
BOA, EMBORA TRISTE
A provedora da Santa Casa, Helena de Souza Pereira, me encaminhou e-mail esta semana, relatando um fato bastante curioso, embora triste, acontecido dias atrás. Serve para mostrar o quanto a gratidão das pessoas ainda está em voga. Estou tomando a liberdade de publicar, sem pedir autorização para ela. Mas, entendo ser o fato tão relevante, que não resisto a correr o risco de tomar um ‘puxão de orelhas’ depois. Vou começar pelo e-mail que ela me encaminhou.

“Oi, Lando! Estou reencaminhando esta mensagem para você para ver só como é bom contar com pessoas gratas. Isto é que me anima um pouco diante de tantos entraves pelos quais estou passando. Esta senhora que me passou este e-mail, é mãe de um garoto de 8 anos, são de Curitiba e estavam em Olímpia para comemorar o aniversário do garoto (que era gêmeo) no Thermas. O garoto teve um problema cerebral e veio para a UTI, onde logo foi constatada a morte cerebral, mas mesmo assim transferiram para Rio Preto, onde ficou uma semana e depois faleceu. Para você ver como eu não me ligo em política, mas uso sempre o coração, fiquei ligando todos os dias para o pai e saber notícias, até que um dia ele disse-me que o Arthur havia falecido. Peguei o endereço e mandei uma daquelas mensagens que você conhece. Ficamos amigos e agora, recebo este e-mail. Fiquei muito emocionada e quis compartilhar com você. Que interesse teria eu numas pessoas que moram lá longe?
beijos
Helena

O E-MAIL DA
FAMÍLIA
Agora, amigos prestem bem atenção ao que segue:

“De: andrezaconsuelo – Data: 03/11/2009 13:57:00
Para: stacasaolimpia@terra.com.br – Assunto: Obrigada pelo Carinho
À Provedora da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, Sra. Helena de Souza Pereira
Querida Helena,
Gostaríamos de agradecer pelo carinho demonstrado por vocês, tanto no período, pequeno, que estivemos com o Arthur internado, como pelas diversas demonstrações recebidas após a partida de nosso anjinho.

Estamos em um período de reaprendizado. Reaprender a viver sem a alegria do Arthur a nos contagiar, mesmo sabendo que ele está sempre ao nosso lado. Reaprender a procurar e encontrar Deus, em todos os momentos de nossa vida, para nos suportar. Reaprender o valor dos relacionamentos que temos em nossas vidas, muito mais imporantes que qualquer bem material. Reaprender a valorizar cada momento, com alegria e resignação, como o Arthur sempre nos ensinou. E também estamos em um período de aprendizado. Aprender a conviver com a dor.

Aprender que não podemos resolver tudo em nossas vidas, aliás, que não podemos resolver nada por nós mesmos. Aprender a enxergar o mundo maravilhoso que temos à nossa volta, que por muitas vezes, nos afazeres do dia a dia, passa desapercebido. Ontem foi um dia muito difícil para nós todos aqui de casa. Ao nos deparar com um cemitério todo florido, e agitado pelas visitas dos familiares, encontramos a nossa triste realidade, e confesso que ainda é difícil de acreditar que tudo isto realmente aconteceu. A presença do Arthur é muito forte entre nós, e as lembranças, boas e tristes, ainda são um desafio para não chorar. O que nos consola muito, é saber que tudo o que pudemos fazer por ele, fizemos, e com todo o carinho possível. Ele é uma criança muito amada, por todos os que um dia tiveram contato com ele. E sempre deve ser lembrado pela alegria que demonstrava em cada segundo de sua vida, aproveitada ao máximo.

Dos dois livros que você nos aconselhou, um eu achei facilmente, “A arte de morrer”, e o outro, “Creio na Ressurreição do corpo”, só achei em um sebo, mas não tive a oportunidade de lê-los ainda. Estão em minha lista de prioridades. Queria te pedir uma gentileza. O Arthur tinha umas economias, bem pequenas, mas que eram para realizar um sonho que ele tinha de ir para a Disney, assim que completasse 10 anos, ou que atingisse 1,40m (para poder ir em todos os brinquedos…). Eram as mesadas economizadas, e os presentes eventuais que ganhava em dinheiro, que ele me pedia para depositar na poupança. Gostaria muito de doar este pequeno valor para vocês, pois tenho certeza que ele gostaria muito que eu assim o fizesse. Você poderia, então, me passar os dados da Santa Casa (banco, agência, conta, CNPJ, etc), para eu poder passar o valor? Repito, é um valor pequeno, mas de grande significado para nós, e com grande alegria que pensamos em vocês para a destinação do mesmo. Nosso abraço a todos vocês. E, mais uma vez, obrigada por tudo. Jamur, Andreza e Affonso. Curitiba-PR, novembro de 2009.”
NR: Coisas assim não nos fazem acreditar cada vez mais nas pessoas e na vida?

E AGORA, UMA
NOTICIA RUIM
Neste caso, reproduzo aqui e-mail encaminhado por um amigo (que me reservo o direito de não revelar o nome, porque da mesma forma estou reproduzindo no blog por conta própria), que ficou preocupado com a manifestação de um turista que viajou 850 quilômetros, do Rio de Janeiro até Olímpia, para curtir as águas termais e…Bem, leiam o que ele escreveu. O meu amigo daqui, observou no seu e-mail: “E ainda dizem que é a “OPOSIÇÃO” que “atrapalha” o Thermas. Isto é ou não é MATAR a galinha dos ovos de ouro?!?” Abaixo, reproduzo, na íntegra, a ‘missiva’ eletrônica.

“De: Helio – Saens Pena Medical Center [mailto:helio.spmc@rjnet.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 6 de novembro de 2009 14:53

‘O sábado foi maravilhoso! aproveitamos bem o parque e ficamos na expectativa do último dia! Foi uma decepção! Chegamos na portaria do parque antes dás 08:00h, para obter um bom lugar e nos abrigarmos do sol. Fomos liberados às 08:00h e, quando chegamos no parque já havia centenas de pessoas! Todos os quiosques estavam ocupados, quase não consigo uma barraca. Tivemos, ainda, que alojar um casal com um bebê de colo, vindos em excursão.

Foi uma loucura! Filas enormes para tudo! Para tomar um sorvete enfrentamos uma fila com 50 pessoas! Desistimos! Retornamos ao hotel, aguardamos o almoço e fomos dormir! Chato né?! No final da tarde voltamos (17:00h) e a situação estva pior! E mais, na piscina do primeiro toboágua, exalava um forte cheiro de urina que merecia a visita da fiscalização sanitária!

Outras pessoas retornavam e foram várias as reclamações, sem respostas convincentes! Há … o parque não nos pertence!… blá, blá, blá! Pergunto e gostaria de ter uma resposta! É justo, é legal pagar um diária de R$ 800,00 para usufruir de um parque (única razão da nossa viagem de 850 km) e passar o que passamos? Ninguém nos falou que domingo o parque fica impraticável! Isto não está no site!Seremos ressarcidos deste valor? Aguardo as suas considerações,”
Grato
Hélio Machado'”