Amigos, leio e-mail recebido da assessoria de imprensa do prefeito Geninho Zuliani (DEM), dando conta de que ontem começaram a ser pagas algumas parcelas dos precatórios do município, “proporcionalmente”.
Ouvi também, ontem, do secretário de Obras, Gilberto Cunha, que mais de R$ 870 mil estão no caixa da prefeitura, para obras de infra-estrutura por toda a cidade. E que tal montante será investido, prioritariamente, no chamado “corredor do turismo”, ou seja, as vias principais de acesso ou urbanas da cidade.
Vi fotos hoje de manhã do prefeito e Cunha “fiscalizando” obras de recapeamento na região do recinto do Folclore (reproduzida acima). E tantas outras coisas, como a liberação de verba para UBS, recuperação de parte do Ginásio de Esportes e quejandos.
Ouvi, ainda, que já está “bastante adiantado” o projeto de transferência da estação elevatória e lagoa de tratamento de esgoto para o outro lado da Assis Chateaubriand, com a visita de representante da Cetesb, dando o “aval” informal à obra.
E, mais ainda, me ocorre agora ter recebido e-mail, dias atrás, da assessoria, dando conta da filiação do prefeito Zuliani ao Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais, com direito a foto ao lado do presidente de entidade, Jesus Buzzo, empunhando a ficha de inscrição do alcaide.
Alguns dos relatos acima tem a finalidade de apenas registrar o “fat-diver” do prefeito, que continua incansavelmente buscando seu espaço na midia – bom de midia que é – e assim se fazendo passar pelo faz-tudo que a cidade não teve até hoje.
Nada contra, é do direito dele agir da forma que julgar melhor, desde que dentro dos trâmites que prevê a lei. Quer midia, que tenha a midia – aliás, diga-se de passagem, os jornais deste final de semana pouco ou nada tiveram para noticiar que fosse negativo à sua imagem – embora os bastidores já estejam pululando….
No restante do aqui registrado, fica a lembrança de que trata-se de uma “herança bendita”, em contraposição àquela que seu antecessor recebeu nos idos de 2001. Malgradas suas reclamações quanto à falta de Governo de Transição, o que encontrou pela frente não foram dificuldades insanáveis.
E, o mais importante, encontrou dinheiro. Dinheiro para obras – quase R$ 8 milhões viabilizados!, recursos em caixa para pagar o funcionalismo dentro do mês, evitando qualquer atropelo e dinheiro até para pagar as primeiras parcelas dos precatórios – reserva de R$ 1,2 milhão no Orçamento/2009.
É claro que Governo nenhum gosta de ficar dando crédito a quem o antecedeu – vide Lula frente a FHC, de quem diz ter herdado uma “herança maldita”. Mas há méritos, sim, naquilo que o tucano fez e nas diretrizes que deixou.
Os governantes só gostam de evidenciar aquilo que lhe restou como “herança maldita”, mas o oposto disso não se propala, a não ser em situações onde não dá para desconversar. Mas, fiquem atentos, observem bem. Por hora o prefeito está contando com o que já estava à sua disposição, e no passar dos dias com um tanto de sorte – afinal, político azarado não chega a lugar algum.
Espera-se que o prefeito já esteja se cacifando, juntando benesses para quando “secar” a fonte jubilosa na qual mergulhou seu ânimus politicus, na qual refresca e revigora seu entusiasmo. Porque ao oposto de tudo isso dá-se o nome de depressão.
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