A pergunta que não quer calar. E à qual ninguém quer (ou pode) responder. Pelo menos não de forma esclarecedora, verdadeira e definitiva. Não se sabe, efetivamente, qual a melhor solução para a Santa Casa de Misericórdia de Olímpia. Até agora só especulações de todo gênero e ordem, na busca por um caminho. E nenhuma certeza de chegada. Só uma coisa não deixa dúvidas: da forma como está não pode ficar. E esta certeza é uma certeza comum.

Muito bem, não pode ficar assim, mas vai então ficar de que jeito? O viés político dado à Santa Casa, já se disse neste espaço, pode estar sendo um entrave para a busca de cooperação. Pois onde está o político, o cidadão fica temeroso ou prefere não entrar. E como se sabe, o grupo que hoje administra ali tem forte ligação com o Executivo Municipal.

Aliás, mais que isso, foi formado e imposto pelo prefeito Geninho (DEM), por mais que se tente passar à opinião pública a idéia de que se estaria também, com estas decisões drásticas de fechar o Pronto Socorro, a UTI, e acabar com as cirugias eletivas, “peitando” o prefeito.

Há quem proponha a saída deste grupo e a assunção da direção do hospital por um outro, apolítico, formado pelos diferentes segmentos da sociedade civil, aos modos do Grupo de Apoio ao Olímpia Futebol Clube-Gapo, do qual fazem parte as mais diferentes personalidades, dos mais diferentes sergmentos sociais e profissionais.

Um grupo de abnegados que daria um pouco do seu tempo para buscar junto aos olimpienses aquilo que falta ao hospital: recursos financeiros e materiais. Junto aos políticos, sem que estes tenham qualquer ingerência sobre a instituição, buscaria o devido apoio logístico e, porque não, financeiro. Mas sem assinar nenhuma “fatura” política ou deixar que eles a cobrem em períodos eleitorais. Isso tem que lhes ficar bem claro.

Surgiu nesta semana, na internet, por meio da página social Facebook, alguém propondo umabaixo-assinado visando obter do clube Thermas dos Laranjais, a cobrança de uma taxa de R$ 5 de cada turista para destinar à Santa Casa. Seja R$ 5, seja menos que isso, claro que seria uma boa medida, se os turistas concordassem em pagar. Poderia se tornar isso compulsório, por meio de lei municipal. Se a Constituição permitisse. Aí se englobaria, também pousadas, hotéis. Mas seria bitributação. Caso a Constituição permitisse.

A diretoria do Thermas se nega a fazar tal cobrança, ou mesmo repassar do próprio caixa qualquer valor além daquele já despendido em impostos. No que tem razão. Para não ser, também, bitributado. É claro que um gesto de boa vontade poderia vir daquela diretoria, que contribuía mensalmente e depois “congelou” este auxilio-extra. Mas se não vem, então outros caminhos são necessários percorrer.

Mas, quais? Do seio do hospital não surge nenhuma idéia salvadora, ou pelo menos que indique uma direção. O que se houve ali é que “não há tempo”, entre seus dirigentes, além do já disponibilizado, para se dedicar às coisas da Santa Casa. Todos têm seus afazeres. E aí é que está. Quem, então, vai ter tempo para encarar a situação em regime “fulltime”?

Porque sem esforço concentrado, e não de um, mas de muitos, de todos, nada se resolverá. E este jogo de gato e rato entre o hospital e seus usuários vai persistir indefinidamente. Ou pelo menos até que o “nosocômio” feche, enfim, suas pesadas portas.

Até.