EXPECTRUM, O FANTASMA DA NATUREZA

EXPECTRUM, O FANTASMA DA NATUREZA

Amigos do blog, recentemente ouvi de um amigo enfronhado nas coisas das administrações públicas, que “não existe progresso com ordem”. Ou seja, esta figura política me colocava que, ou a opção se faz pelo progresso, ou pela ordem. As duas coisas juntas, impossível. Pensei na hora, então, que a frase estampada em nossa Bandeira, “Ordem e Progresso”, fora pensada por alguém que não conhecia este meu amigo, nem tinha a menor noção de que uma coisa é ordem, outra coisa é progresso, ou vice-versa. E que um estado de coisas vai sempre existir em contraposição ao outro. Se é para ter ordem, tudo arrumadinho, é deixar como está. Se é para transformar, construir, rearranjar, tudo o que está aí corre o riso de sofrer intervenções, bruscas, definitivas e, muitas vezes, até radicais e contrariando o senso comum. Esta colocação daquele amigo – que até tem razão, se levarmos em conta aquilo que se pode observar por aí – me ocorreu por ocasião do episódio do ‘esquartejamento’ da quase centenária Figueira (que as pessoas chamavam de seringueira, também) que conviveu com os moradores, transeuntes e frequentadores da região ou do próprio campo de aviação todo este tempo. Que era frondosa, vistosa, proporcionava uma boa sombra e, acima de tudo, dava uma força enorme, com a sua fotossíntese, aos instintos preservacionistas e de combate ao aquecimento global. É o progresso alterando a ordem, ou a desdordem progressista falando mais alto? Levando-se em conta que a obra em questão de nada servirá – “Irá do nada a lugar nenhum”, segundo o vereador João Magalhães (PMDB)-, atestam tantos quantos dela tem conhecimento, imagina-se estar o Executivo apenas tomado pela sua sanha desenvolvimentista que na assência pode ser traduzida por “obreirista”, já que um projeto de desenvolvimento engloba outras tantas coisas que não estão, seguramente, incluídas nos muitos feitos deste Governo. Assim, fica aqui o repto do blog ao Executivo: que prove a urgente necessidade daquela obra, a justificar tamanha falta de apreço e cuidado com o que é da natureza, tamanha desumanidade quando investe contra o meio ambiente local. Lembrando que o repto está lançado a quem se elegeu presidente do Comitê da Bacia Turvo/Grande, com um discurso pró-verde, pró-natureza, pró-preservação do meio ambiente… Fica este texto, também, como uma espécie de elegia à Figueira quase centenária….

ELA É FEDERAL
Amigos do blog, quado postei aqui informações sobre a pequerrucha Bruna Furlan, filha daquele prefeito da TV com GPS, lá de Barueri, lembram?, disse que ela é candidata a deputada estadual. Mas, na verdade, ela é candidata a deputada federal pelo PSDB, o que vem então justificar a ira desmedida do prefeito Geninho (DEM) contra ela, e principalmente contra quem, em Olímpia, estará batalhando votos para ela. Como já revelei, seu QG e seu ‘staff’ eleitoral na cidade serão capitaneados pelo vice-prefeito Gustavo Pimenta, que apesar dos arroubos zulianistas não arredou pé, fincou bandeira e já está arregimentando quem queira se unir a ele nesta luta. Consta que o prefeito não está – mas não está mesmo! – engolindo esta movimentação do seu vice.

ESTÁ ASSIM, MESMO?
Ninguém confirma, mas circula à boca pequena, por aí, que o alcaide andou espumando dia desses, em uma reunião com seu “staff” de primeito, segundo e terceiro escalões, quando tentou impor o nome de Rodrigo Garcia, como condição sine-qua-non de parmanecerem, muitos deles, mantidos em seus cargos. “Espumou” e teria até proferido palavrões e improbérios contra seus desafetos, no entanto, quando foi ‘peitado’ por alguns subordinados. Será que os candidatos a federal que aportarem por aqui terão que usar armadura? Ou só aquela “ungida” pelo seu imediato mais imediato, o vice-prefeito? Aguardem novos ‘rounds’ desta contenda.

TEMPO ESGOTADO?
No início de fevereiro, caiu como uma bomba na cidade, a informação de que o Frigorífico Minerva poderia deixar Olímpia, e cerca de 280 pessoas sem emprego. Foi um corre-corre danado, levando o prefeíto Geninho (DEM) a interferir na questão, buscando resolver o impasse, caso contrário em abril, ou seja, daqui a três dias, a ameaça se consumaria. A direção do Minerva alegou falta de operacionalidade e má adequação do local para a atividade que desenvolve, e reclamou do aluguel do imóvel pedido, R$ 95 mil, contra os atuais R$ 80 mil por mês pagos para usar aquelas dependências. O prefeito se reuniu com o diretor da empresa, Luiz Ricardo Alves Luz, no início de fevereiro, na busca do entendimento. Mas o fez de maneira atabalhoada, com ameaças de desapropiação daquela área, comprada pela Friovale, o que provocou uma reação irada da empresa contra a postura do Executivo olimpiense. E não sem razão. Para quem não se lembra, a Friovale comprou aquela área de 7,21 alqueires do município em 2002, por R$ 398 mil. E a realocou para o Minerva que transformou o local em um centro de distribuição, por conta da enorme câmara fria ali existente. Agora, como parece que nada se resolveu, a empresa hoje está prestes a bater em retirada. Atualmente não está armazenando mais nada, só ‘desovando’ o que tem lá. O momento é de inteira expectativa. Virá a desapropriação? Ou foi só – mais uma – bravata do alcaide?

ABRIL ABONADO
O Sindicato dos Servidores Municipais de Olímpia anuncia os detalhes da contraproposta feita pela comissão de negociação do Executivo à categoria por ele representada, que num primeiro momento parece vantajosa, mas que no médio e longo prazos não se sabe se será assim tão vantajosa. As vantagens existem principalmente porque a categoria receberia no mês de abril uns tostões a mais, que virão engrossar seus ‘soldos’. Mas, não se trata de nenhuma benesse do alcaide à categoria, mas esta diferença viria a título de retroatividade. Assim, vamos ao ponto: o prefeito mandou um índice de 4% de reajuste – contra os 15% pedidos pela assembléia de municipais, mais R$ 30 como vale-refeição, ou abono se preferirem. Assim, com os 4% (R$ 21,80), o piso passaria a ser de R$ R$ 566,80 (hoje é de R$ 545). Com os R$ 30, cada funcionário receberia, a partir de abril, R$ 596,80, até o final do ano, pelo menos (não se sabe se o valor será incorporado ou não depois). De acordo com o Sindicato, no mês de abril a categoria receberia, também, a diferença desde janeiro do reajuste (total de R$ 65,40), mais os vales-refeição desde janeiro (R$ 90). Assim, em abril, o montante a ser percebido por cada um que ganha o piso, seria de R$ 722,20 que, somados aos R$ 30 e aos R$ 21.80, o total geral ficaria em R$ 774,20.

O MAIOR DOS TRÊS
Fazendo uma comparação com o piso nacional de salário e com o novo mínimo regional do Estado, o piso dos municipais olimpienses ganha em qualquer cenário. Sem os R$ 30, fica 11% acima do piso nacional, e R$ 15.6% acima do regional paulista. Se somados os R$ 30, então fica 17% acima do mínimo nacional e 22% acima do regional paulista. Mas, aviso aos navegantes: a partir de abril, ou seja, no pagamento de maio, a bolada “murchará” para os R$ 596,80 somente, somados os R$ 30. O prefeito, por meio de sua comissão de negociação diz que os 4% estão de bom tamanho, porque o índice inflacionário tido como parâmetro deu negativo, menos 1.5% ano passado, e assim, então, o índice oferecido seria “ganho real”. A categoria é que vai decidir em assembléia, marcada para dia 7, uma quarta-feira, às 20 horas, na Câmara Municipal. Não sei por que, mas o blog tem a nítida impressão de que os funcionários vão pegar com as duas mãos a oferta.

RINDO À TOA
Quem está rindo à toa e não hesitaria em aceitar tal contraproposta, com certeza são os altos-vencimentos, aqueles funcionários comissionados, para os quais 4% mais R$ 30 “são lucro”. Por exemplo, tomando como base o vencimento de um secretário ou função correspondente – R$ 5.340 -, os 4% vão representar reajuste de R$ 213,60, que somados janeiro, fevereiro e março, significarão diferença a receber retroativamente, de R$ 640,80. Somados aos R$ 90 – acumulados dos três meses, a diferença passará a ser de R$ 730,80, que somada ao percentual e aos R$ 30 de abril, receberão, a título de reajuste-diferença, R$ 974,40. A remuneração destes felizardos, a partir de abril, para receber em maio, passaria a ser então de R$ 5.553,60.

TENDÊNCIA AO EFÊMERO
Quando é que o povo brasileiro vai aprender que atos de contestação, clamor público, reivindição em massa, só tem valor real quando praticados em benefício de uma coletividade e, por conseguinte, em benefício de cada um daqueles que formam a massa popular? Situações como a do Caso Nardoni são ridículas, um circo somente. De que adiantou tudo aquilo? O resultado era previsível, o casal já estava condenado, o povo, ali, em nada ajudou, a não ser a encorpar o cínico circo televisivo, midiático. Se esta mesma força, esta mesma coesão popular fosse usada em torno de um tema mais, digamos, político-social, com resultados positivos para quem por ele brigasse, o país começaria a andar melhor, já que com a força popular nos calcanhares, nossa politicalha iria pensar duas vezes antes de meter a mão no que é nosso, povo. Mas, infelizmente, estão aí os casos Nardoni da vida para desviar o foco dos verdadeiros problemas do país.

ATÉ ISSO
Em torno deste assunto houve um “desdobramento” em Olímpia. Jornais como “Folha da Região” e “Tablóide da Nova Paulista” publicaram com destaque – o primeiro em meia página interna, o segundo com manchete de capa, ambos com fotos – que “a delegada do 9.º Distrito Policial de São Paulo, Renata Helena da Silva Pontes, responsável pelo inquérito policial que investigou a morte da menina Isabella, de apenas cinco anos de idade, atuou nas delegacias da cidade de Olímpia e da comarca, principalmente, em Guaraci”. Segundo noticiou a “Folha”, “isso aconteceu pelo menos no período entre os anos de 1999 e 2002”. A “FR” ainda destaca que a delegada, no período em que trabalhou em Olímpia, presidiu um inquérito que apurava uma briga durante uma festa do peão acontecida na cidade, em 1998, que acabou gerando uma representação ao Ministério Público de Olímpia, apontando irregularidades que teriam sido praticadas pelo ex-prefeito José Fernando Rizzatti, tucano hoje secretário municipal de Agricultura de Geninho (DEM). “A festa aconteceu no Recinto de Exposições e Atividades Folclóricas Professor José Sant’anna, no período de 23 a 28 de junho de 1998, dentro das comemorações do Dia do Padroeiro da cidade, São João Batista, que teria sido idealizada pelo filho do ex-prefeito, Gustavo Rizzatti”, conclui o semanário. O blog pergunta: qual a importância disso no contexto do cotidiano olimpiense?

FESTA NO NINHO
A tucanada respirou aliviada com a nova pesquisa Datafolha de sábado, que dá Serra com nove pontos à frente de Dilma, a candidata do Lula – ele com 36%, ela com 27%. Até então, a situação era de quase empate técnico, com previsões de subida de Dilma com provável ultrapassagem de Serra. Os Demos, por exemplo, já até ensaiavam um pas-du-deux com parceiro diferente se isso se confirmasse. Mas, não resta dúvidas de que a exposição forçada a que a grande imprensa – ‘Folha de S.Paulo’ e ‘Estadão’ à frente – submeteram Serra, tão logo souberam do panorama desfavorável ao tucanato, foi responsável por esta subida. E é bom lembrar, também, que Serra voltou aos seus patamares de dezembro, portanto, recuperou votos que havia perdido. O que isso pode significar? E Dilma, por sua vez, tinha 17% em dezembro, e manteve-se nos 27% agora. O que isso pode significar? Lula será o expoente máximo da candidata, transferirá a ela os votos necessários para levar esta e deixar os tucanos ‘mortos na praia’ mais uma vez? Lembrando, também, que uma nova derrota do tucanato em nível federal será o fim da agremiação que, de resto, tem seu berço em São Paulo. Destroçado o PSDB, levará junto, por inércia, o insosso DEM, que até hoje não mostrou a que veio?

PAULISTANADA
Porém, no que depender de São Paulo, os tucanos terão sobrevida, ainda que seja regionalmente. O paulista, conservador como ele só, parece decidido a reconduzir ao Palácio dos Bandeirantes, o ‘picolé de chuchu’, o igualmente insosso Alckmin. A última pesquisa Datafolha dá a ele 53% das intenções de voto. Na alternância de nomes entre Eduardo Suplicy e Aloizio Mercadante como candidatos do PT, os índices são de 19% e 13%, respectivamente. Celso – “Está bom para você?” – Russomano (PP) tem 10%, Fábio Feldmann (PV), 3%, e Ivan Valente (PSOL), 1%. Paulo Skaf (PSB) tem 2% se for candidato. O atual secretário estadual do Desenvolvimento, deve deixar o Governo na quarta-feira.