As ruas de paralelepípedos de Olímpia, as poucas que ainda restam, estão incomodando bastante motoristas, que nos últimos dias começaram a “fazer carga” para cima do Legislativo e do Executivo afim de que sejam removidas e em seus lugares, colocado asfalto.
No meio deste converseiro todo, surgiu a informação de que este tipo de calçamento de ruas não poderia ser removido, porque tratava-se de “patrimônio histórico-cultural” da cidade. Porém, isso não corresponde à verdade, pois não existe decreto ou lei nenhuma tratando disso.
Alguns vereadores se mobilizaram em torno do assunto, visando atender à gritaria dos contribuintes, extremamente incomodados com tal calçamento, pois estão totalmente irregulares, a ponto de causar até mesmo estragos em seus veículos.
O caso, por envolver a opinião pública, claro não poderia ficar imune a demagogias de vários tipos ouvidas no entorno da situação. Nunca se viu tamanho empenho em torno da simples retirada de paralelepípedos de algumas ruas e o asfaltamento destas.
Lembrando que em Olímpia, especificamente, estas ruas chegaram a este ponto por falta de manutenção e cuidado, uma vez que há, sim, possibilidades de conservá-las como patrimônio-histórico cultural, quando se quer. No caso da Estância, a estas alturas, é impossível.
Lembrando que na administração do prefeito Luiz Fernando Carneiro (2001-2004/2005-2008), dois quarteirões da São João, partindo da Dr. Andrade e Silva, e um quarteirão da Sete de Setembro, partindo da Coronel Francisco Nogueira até a São João, tiveram seus paralelepípedos retirados, para obra contra enchente.
Este material foi posteriormente leiloado, após ficar um bom tempo jogado no terreno do antigo campo de aviação. Era muita pedra.
Agora, restam trechos no Jardim São José, Jardim Garcês, centro da cidade, mais exatamente três quarteirões que passam em frente ao Tereza Breda, e também na Dr. Antonio Olímpio, a partir da Deputado e até à Ramon Ayres Monteiro, na Américo Brasiliense, 9 de Julho, David de Oliveira e Bernardino de Campos, acima da Rua Síria, e tantas outras.
Não se trata, portanto, de um trabalho pequeno. Não é qualquer devolução de duodécimo que vai resolver. Porque não existe, no momento, trecho empedrado que incomoda mais ou incomoda menos.
Se botarem a mão na massa, terão que fazer a coisa por inteiro, numa tacada só. Até porque vai ser difícil priorizar. Porque todas as ruas de pedra da cidade estão em situação precária e problemática. Com a palavra (e sem demagogia), o Executivo.