Apesar de todo peso colocado pelo prefeito Geninho (DEM) na campanha do demista Rodrigo Garcia, já por duas vezes campeão de votos em Olímpia, desta vez o deputado federal teve que amargar queda na sua votação na cidade. Se em 2010 ele surpreendeu ao receber 11.064 votos, ou 40,62%, agora surpreende de novo, ao receber 9.395 votos, ou 36,25%, volume 4.37% abaixo daquele de quatro anos atrás.

O volume de votos está sendo considerado “pouco” pelos desafetos, mas comemorado como “satisfatório” pelo prefeito e seus correligionários. O prefeito usou de toda a máquina administrativa na campanha de Garcia, cujo resultado era considerado ponto de honra, já que o vice-prefeito Gustavo Pimenta, seu atual desafeto, trabalhava para outro federal, Bruno Covas, do PSDB.

Ele próprio não soube explicar bem a queda nos votos de Garcia, uma vez que a estrutura montada nesta eleição não diferiu em nada da passada. Os desafetos do prefeito consideram que a queda na votação é reflexo de certo desgaste que o prefeito estaria sofrendo nos últimos tempos. Mas Geninho considerou até natural, alegando que houve muitos candidatos trabalhados na cidade, o que provoca uma diluição de votos. “Ainda assim tivemos numa concentração fantástica”, afirmou.

BRUNO COVAS
Enquanto isso, o vice-prefeito Gustavo Pimenta, do PSDB, empenhou-se na campanha do candidato à reeleição tucano Bruno Covas. Nesta eleição evidenciou-se um distanciamento entre ele e o prefeito, após sua saída forçada da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Exatamente por sua ligação com Covas, em detrimento de Garcia.

Auxiliado pelo vereador Marco Aurélio Martins Rodrigues, o Marcão do Gazeta, Pimenta arregimentou um grupo de pessoas próximas e alcançou 3.038 votos para o neto do ex-governador de São Paulo já falecido, Mário Covas. Da mesma forma, os desafetos do vice também consideraram “poucos” os votos, com o que Pimenta não concorda.

“Não dispúnhamos de uma estrutura muito grande, nem com dinheiro sobrando. Foi um trabalho de um grupo de amigos que conseguiu um resultado extremamente positivo”, disse Pimenta.

MÁRCIO ALVINO
A novidade em Olímpia nestas eleições foi a presença do candidato a deputado federal Márcio Alvino de Souza, do PR, marinheiro de primeira viagem nesta função para a qual se elegeu, mas não na política, já que foi prefeito por duas vezes de Guararema, onde a família mantém um reduto político-eleitoral.

Ele foi “trabalhado” na cidade pelo secretário municipal de Agricultura, vereador licenciado Dirceu Bertoco (PR), em dobradinha com André do Prado (PR), reeleito deputado estadual e também daquela cidade, da qual foi prefeito. A eleição de ambos os candidatos era a “luta” maior de Bertoco, segundo suas próprias palavras. Alvino recebeu em Olímpia, 854 votos.

A Câmara de Deputados teve também um candidato olimpiense. Tarcísio Aguiar, do PHS. Com uma campanha “invisível”, obteve apenas 448 votos. Número superior ao obtido por Edinho Araújo (PMDB), por exemplo (424 votos), e Zé Mentor, do PT (370 votos), mas abaixo de figuras como Tiririca (PR), que recebeu 964 votos, e Celso Russomano (PRB), com seus 784 votos. Até o controvertido pastor Marco Feliciano (PSC) foi melhor votado, com 563 votos.

Até.