Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: novembro 2008 (Página 4 de 4)

cadê a catraca?

Amigos, acabei de chegar do cemitério municipal de Olímpia. Sabem como é, né, Finados, dia de render homenagens aos entes queridos mortos e enterrados. Muita gente, talvez umas dez mil pessoas ou mais passarão por lá no dia de hoje e nos dias imediatamente antes de hoje, domingo.
Amigos, confesso que o que vi lá foram somente coisas positivas. Até música ambiente – uma inovação inpensável antes!
Vi muita gente chorando seus mortos, depositando flores, acendendo velas, lembrando momentos bons, felizes ou mesmo tristes passados ao lado daquele ou daqueles homenageados naquele momento.
Mas, sabem o que eu não vi lá? CATRACAS NO PORTÃO DE ENTRADA! NEM COBRANÇA DE INGRESSOS DOS POBRES OU RICOS!
Mas tive o prazer de entreouvir num grupo de familiares a seguinte constatação de um visitante: “Falaram tanto do cemitério, criticaram tanto e olha que beleza que está!”. Juro que ouvi. E não tenho dúvidas de que esta será a opinião de tantos quantos por lá passaram ou passarão.
Em resumo: as mentiras são fortalezas enquanto persistem. Mas elas acabam tombando sempre à menor brisa da verdade.
Amigos, até mais….

Curtas

Todo político é, na essência, um vendedor de ilusões. Um fazedor de cabeças. Um conquistador de homens. Se aquele que pretende chegar a um cargo público de expressão – como mandatário ou legislador – não reunir estas características, nem tente. Ainda mais se elas não vierem acrescidas de outras “qualidades” secundárias, mas nem por isso dispensáveis: a vontade, o desejo e a necessidade de chegar lá
Sim, porque a vontade derruba todos os obstáculos, o desejo dá forças ao coração e a necessidade entorpece alma e mente, quando passa a valer tudo, todos os métodos – dizem até que pisar no pescoço da mãe também vale.
Junte tudo isso e saia por aí conquistando corações e mentes, transformando mentiras em verdades. Se, ainda a isso tudo for somado o sentimento de opressão de um povo, as chances de se chegar lá são quase totais. Principalmente se o político for cara-de-pau ao extremo, e não tem pudores de se comparar a Jesus.
O povo sempre acredita.
***

Queridos amigos, acabamos de sair de uma campanha eleitoral agora. No caso de Olímpia houve uma característica jamais observada em pleitos anteriores. O candidato eleito concorreu com seu registro na Justiça Eleitoral indeferido. Disputou, como se diz, por sua conta e risco. No finam, acabou ganhando – aliás, deixou claro que caso vencesse as eleições, ninguém teria coragem de lhe tirar a cadeira de prefeito. Ou seja, jogou com o poder político sobre o poder da justiça.
No entender de alguns conhecedores de leis e eleições, o candidato vencedor foi privilegiado pela Justiça Eleitoral, na medida em que participou de um pleito onde os seus concorrentes fizeram tudo como manda a lei. E foram “punidos” por isso, porque se permitiu que alguém sem registro concorresse. E, depois de eleito, os doutos ministros do TSE “afinaram” e não cancelaram seus votos (ou seja, o candidato estava certo qanto à tibieza da nossa JE). É assim no país da impunidade. Agora, quem sabe, também se possa prestar concurso público sem a devida inscrição. Se passar em primeiro lugar, o candidato pode exigir que o cargo lhe seja atribuido, afinal, passou. Eita Brasil!!!!
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Estes mesmos conhecedores do Direito Eleitoral dizem também terem visto na sessão de julgamento, talvez uma das mais vergonhosas falta de convicção ou coragem num ministro que, após tomada uma decisão baseado em jusrisprudência da Corte (ou seja, naquilo que não se muda na lei), voltou atrás com base apenas na opinião de um colega de Corte que sequer conhecia o processo. E o comparou a outro totalmente diferente.
Dizem estes conhecedores do Direito Eleitoral que o correto seria aquele ministro pedir vistas do processo para estudá-lo e depois sim, emitir sua decisão. Ora, como pode um ministro opinar sobre decisão jurisprudencial sem ao menos se inteirar do porque houve aquela decisão?, é o que perguntam, e todos se calam.
Estes dizem preferir acreditar que ali, naquele momento, houve uma atitude de clara tibieza do ministro que decidiu e depois desdecidiu o que tinha decidido, com uma argumentação, acrescente-se, irrefutável. Preferem acreditar nisso, a acreditar num ato de esperteza e matreirice de um ministro, este que opinou às cegas, perecendo mais preocupado com sua atividade de advogado fora da Corte que propriamente com a função de julgador – aliás, as duas funções não são incompatíveis?
Até porque, quem garante que ali não estaria a “porta da percepção” para os políticos mais, digamos, “antenados” sobre como funcionam as cabeças de certos fazedores de Justiça neste país?
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Enfim, e assim e deu o “fechamento” das eleições 2008 por estas terras de Olímpia/sp, onde tudo é mais dificil, mesmo. Foram dias de agonia para toda uma população, independentemente de ter votado ou não para ele – aliás, este é outro detalhe: a cidade se dividiu em quatro partes distintas, em percentuais praticamente idênticos de votos no vencedor, no segundo lugar, no terceiro colocados e nas abstenções, brancos e nulos.
Conclusão: faltou candidato à altura, sobrou má vontade para o voto.
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Falô, amigos, por hora é só. Segunda-feira (ou a qualquer momento, em caráter extraordinário) tem novos posts. Bom domingo a todos.

saudações

salve, salve, meu povo daqui e de outros mundos!!! estou aderindo agora a mais esta ferramenta eletrônica de largo alcance. Espero que vocês me acompanhem dia a dia, porque aqui terá de tudo, e vocês saberão sempre em primeira mão coisas que até deus duvida… prometo…. e vou contar tudo, tudo mesmo!!!!!

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