Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: julho 2010 (Página 1 de 2)

CONECTANDO FATOS E PERSONAGEM

Amigos do blog, hoje abro este espaço com uma iniciativa que a princípio julgo louvável do vereador Salata (PP), líder do prefeito na Câmara, com a esperança de que seja uma iniciativa que venha para vingar, para realmente se tornar um instrumento de defesa do cidadão que sofre as aflições cada vez maiores de ter que depender de um sistema de saúde cada vez mais estapafúrdio, e não que seja apenas mais um PL para “marcar presença”.

Conforme o blog (que prefiro chamar de site de notícias – enviezadas, mas notícias!) do escudeiro-mor Leonardo Concon, “Líder do governo quer placas nos Postos, UBS e até na futura UPA, sobre horário médico”. E mais: “Com as placas informativas, ficará fácil para o usuário saber quais os médicos que ali trabalham, qual o horário de entrada e saída, e até telefones para reclamações.”

A intenção é boa mas, como de boas intenções o inferno está cheio, gostaria de saber se haverá respaldo, por parte do Executivo Municipal, à iniciativa do vereador, ou se será apenas mais uma lei inócua, daquelas que existem pró-forma, ninguém cumpre, ninguém obedece, ninguém faz uso dela e fica o dito pelo não dito. E, se não houver cumprimento da tal lei por parte do Executivo ou de quem de direito, qual será a atitude do edil. A Câmara volta às atividades normais na segunda-feira, 2 de agosto, quando o projeto de Lei de Salata será deliberado.

O projeto pede placas informativas nos postos e nas Unidades Básicas de Saúde-UBS informando o nome completo dos médicos e suas especialidades, o horário de atendimento (quando começa, e quando termina), e telefones para eventuais reclamações. O que valerá também para a futura Unidade de Pronto Atendimento-UPA, aquela obra que insiste em não sair do alicerce, no antigo pátio da prefeitura municipal. Mas este é outro assunto.

O projeto de Lei quer a colocação dessas placas informativas “nas entradas e no interior dos estabelecimentos a que se refere o artigo anterior, sempre em local visível”. Adendum: o projeto não especifica que tipos de placas, se permanentes ou temporárias – afinal médicos e dentistas vão e vêm – e para quem ligar para fazer a denúncia. E, uma vez feita a denúncia, qual a penalidade a ser aplicada ao profissional faltoso.

E mais: seria bom que constasse do projeto algum parágrafo que tornasse obrigatório o atendimento em todas as especialidades, e o dia todo nas UBS, para que o paciente não fique na dependência de “dar a sorte” de encontrar vaga e, mais que isso, o médico lá para atendê-lo. Enfim, espera-se que, de fato, o vereador líder do prefeito na Casa de Leis esteja retomando a posse de seus arroubos fiscalizatórios porque, neste aspecto, sejamos sinceros, quando ele quer, é imbatível.
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MÁS NOTÍCIAS PARA
OS DEMO-TUCANOS

A candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, abriu cinco pontos de vantagem sobre o presidenciável tucano, José Serra, aponta a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada ontem, sexta-feira, 30, no Jornal Nacional. Dilma aparece com 39% das intenções de voto, contra 34% de Serra. No dia 23 de julho, a pesquisa Vox Populi/Band/iG já colocava a candidata à frente de Serra, com uma vantagem de 8 pontos percentuais e fora da margem de erro. A pesquisa Datafolha, divulgada no dia seguinte, apontava empate técnico entre os dois candidatos, com vantagem de 1 ponto percentual para o tucano. E agora, José?

Não bastasse isso, na simulação de segundo turno, Dilma venceria com diferença de seis pontos percentuais. A petista aparece com 46% das intenções de voto, contra 40% de Serra, de acordo com a pesquisa. Os votos brancos e nulos somam 6%, e 8% se disseram indecisos. Só 8%, ou seja, um contingente, em relação ao eleitorado do país – cerca de 135 milhões-, de 10,8 milhões de eleitores. A diferença de cinco pontos de Dilma para Serra representam 6,35 milhões de votos a mais.

Quando estes indecisos se decidirem, o que pode acontecer a partir dos debates, em qual percentual vão escolher Serra? E Dilma? Observem que se apenas 30% deles optarem por Dilma, a fatura estará liquidada pelo menos no primeiro turno. Interessante notar que o Ibope ouviu 2.506 pessoas entre os dias 26 e 29 de julho. A última pesquisa, do Datafolha, havia sido feita na semana passada, portanto, esta do Ibope teria pegado as oscilações havidas após o desastre do comportamento demo-tucano, o que o Datafolha, seguramente, não captou.

E mais: a vantagem da ex-ministra da Casa Civil chega a oito pontos (27% a 19%) na pesquisa espontânea – modalidade em que os eleitores manifestam suas preferências antes de ler a lista de candidatos. O que demonstra a segurança da decisão do eleitor. E, alvíssaras!, finalmente o mulherio começa a se conscientizar que, independentemente de quem seja, elas devem votar em uma mulher. Por uma questão de coerência. Quem melhor conhece e compartilha de seus anseios?

Neste quesito, aponta o Ibope, agora Dilma empata com Serra (35% a 35%). E no meio dos homens, a ex-ministra tem 11 pontos a mais que Serra (44% a 33%). Detalhe: no levantamento anterior, o tucano tinha uma vantagem de sete pontos no eleitorado feminino.

E, pior para os tucanos, o Sul foi a única área em que Serra cresceu. Com 46% na região, sua vantagem sobre a adversária passou de 7 para 15 pontos. E no segundo turno, o Sul é a única região em que Serra ficaria à frente (50% a 38%) se a votação fosse realizada hoje. Mais notícia ruim: o tucano está à frente no quesito rejeição – 24% dos eleitores afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. No caso de Dilma, 19% dão essa resposta. E uma terceira notícia ruim: o Ibope também mediu a expectativa de vitória.

Quase metade do eleitorado (47%) acha que a petista será a sucessora do presidente Lula. Para 32%, o vencedor será Serra. Esse quesito é um indicador de para onde poderá pender aquele eleitor que vai às urnas “catando santinho”, como se diz. Este costuma votar, na indecisão, “em quem vai ganhar”.

Lembremos que pesquisa é momento. É a amostragem do que pensa o eleitor naquele instante em que é perguntado. Ele pode mudar de opinião? Pode. Pode pender para Serra dependendo das circunstâncias e do que ocorrer daqui por diante? Pode. Pode vir aí mais um Dataserra – ops! – Datafolha e “corrigir” os rumos das “intenções de voto”? Pode. Mas, na visão nua e crua, parece ser uma tendência que dificilmente se inverterá. Seria uma “onda vermelha”, uma “onda Dilma”? Isso seria catastrófico para o tucano. Mas, é esperar para ver. O blog não aposta em nenhum dos dois candidatos. Apenas torce por um deles.
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TELESP
Nota inserida na “Coluna do Arantes”, edição de hoje do semanário “Folha da Região”: …E O GOVERNO…do grande El Gênio vai ficando marcado pela falta de credibilidade com que lida com as informações, já que tem mostrado, não só neste caso (o Fefol é o tema), mas em outros passados, que a distância entre a verdade e o que oficialmente se divulga é tamanha, que se chega a conclusão de que a verdade não é um compromisso deste governo. e o que é pior, ainda não apredendeu também a planejar. Tudo é feito de afogadilho, sem estruturação, às vezes até inconsequentemente”. Pois é, feito os orelhões da antiga Telesp, a ficha às vezes demorava uma eternidade para cair, mas sempre acabava caindo. Se a ligação se completava ou não é outra estória.
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SÓ PARA FECHAR
Una pregunta: por que o Leonardo Concon tem tanta raiva asssim do Uebe Rezeck? É próprio de suas entranhas ou ele reverbera sensações emocionais de outrem? Se for próprio de suas entranhas, pode ser patológico. Só porque não “negritei” o nome do deputado no post de ontem falando sobre os impugnados com ligação com Olímpia, o blogueiro provinciano nos encaminhou o seguinte comentário: “O amigo esqueceu de colocar em negrito e bem grande o nome do amigo de vocês, da emissora, da ex-provedora e da emissora (sic), do ficha sujíssima com mais de 70 Ações Civis Públicas registradas na capivara do dito cujo…UEBE REZECK . Agora, sim… todos estão sujos…rs.. Abs Leonardo Concon, blogueiro esforçado da Província.” É mole?

Até.

OS PRÉ ‘FICHAS SUJAS’ E A CARA-DE-PAU DO SERRA

Amigos do blog, vocês acreditam no processo impeditivo apelidado de “ficha limpa” para que candidatos que não estão bem na fita possam tentar uma cadeira nas Assembléias Legislativas ou no Congresso Nacional? Até o momento esta tal da lei da “ficha limpa” tem causado furor no meio político-eleitoral. Mas será que não acabará sendo muito barulho por nada? A Justiça Eleitoral, que sempre foi tão “flexivel”, tão relativista, terá agora mudado de fato de postura, visando barrar quem não devia nem estar solto nas ruas, muito menos se candidatando a um cargo eletivo?

Claro que não é todo mundo que está sendo impugnado previamente, que o está sendo por crimes ou faltas graves. Alguns o estão sendo por detalhes formais que, sanados, terão seus pedido aceitos. Mas, o povo está de olho naqueles que têm seus pedidos de impugnação por causa de sujeira da brava e vai cobrar da Justiça. Embora o melhor mesmo continua sendo a justiça das urnas. A massa eleitora deste país poderia ela mesma fazer justiça, sem esperar por ninguém. E esta é a única justiça que não tem retorno, porque não tem recurso nesta ou naquela instância. Não teve votos, está fora! Simples assim.

Mas, aos fatos. O Ministério Público Estadual apresentou 46 pedidos de impugnação até hoje. Esse número pode aumentar, já que três dos quatro editais com as candidaturas foram analisados. Por conta do volume, o órgão acredita que o prazo para impugnações deverá se encerrar até domingo, 1/08. Veja abaixo os nomes dos candidatos impugnados (isto é, contestados) pelo Ministério Público Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. A lista inclui as informações relativas aos nomes de deputados que é ou foram trabalhados na cidade, na eleição passada, e que por isso mantêm relacionamento estreito com as lideranças políticas locais. Lembrando que caberá à Justiça definir se os candidatos poderão disputar as eleições ou não.

Da relação, o peso mais pesado é o ex-tudo neste país, menos presidente, Paulo Salim Maluf, candidato a deputado federal do PP. Tenho comigo que Maluf será a “prova de fogo” da Justiça Eleitoral. Se ele for impugnado, então não restará alternativas aos demais que, diante do “Dr. Paulo”, são bagrinhos políticos.

Outro nome bem difundido por aqui, inclusive envolvido num “imbróglio” político recente na cidade, é o do deputado estadual Edmir José Abi Chedid (DEM), para quem não sabe, sobrinho do Nabi Abi, lembram? Antes próximo de João Magalhães, hoje declarado admirador do prefeito Geninho (DEM), conforme deixou claro em sua recente visita à cidade, sábado passado.

Temos também o Hélio Bastos (PDT), que tenta a primeira vez ser deputado estadual. Entra na lista por ser ex-prefeito de Bebedouro. João Carlos Caramez (PSDB), outro estadual impugnado que busca a reeleição, era próximo do secretário Beto Puttini, que se não estiver sendo trabalhado por ele aqui na urbe, alguém o secretário deve ter designado para tanto.

Uebe Rezeck (PMDB), é outro que está com sua situação complicada perante a Justiça Eleitoral. Na cidade estará sendo trabalhado, se a JE deixar, pelas lideranças do PMDB – vereadores João Magalhães e José Elias de Morais, além da vereadora do PRB, Guegué, tendo também no grupo o ex-prefeito Carneiro. Toto Ferezin, outro peemedebista, parece que será uma dissidência, pois consta que seu candidato a estadual é Itamar Borges, ex-prefeito de Santa Fé do Sul (ainda não impugnado, mas cheio de problemas).

Até a lindinha Vanessa Damo (PMDB), também está complicada com a Justiça Eleitoral. Atual deputada estadual, em Olímpia é próxima do vereador Lelé e, recentemente, em junho, foi agraciada com o título de cidadã olimpiense, por obra e graça do vereador seu cabo eleitoral de luxo na cidade, Lelé. Vitor Sapienza (PPS), também já andou por aqui mantendo comtatos com vereadores e até votos já recebeu na cidade. Sua tentativa de se manter na Assembléia também está por um fio. Por um fio também está a candidatura à releição à Câmara Federal de Renato Fauvel Amary (PSDB), outro “chegado” da casa olimpiense, também votado por estas plagas.

Em primeiro lugar, é importante explicar que impugnações não significam já a decretação da cassação da candidatura. Impugnação é sinônimo de contestação. Ou seja, por entender que determinadas candidaturas estão irregulares, o Ministério Público Eleitoral, ou mesmo outros partidos e cidadãos entraram com ações de impugnação, questionaram as candidaturas. Feitas essas contestações, caberá à Justiça Eleitoral julgá-las e confirmar ou não que tais candidatos estão inelegíveis. Assim, a impugnação é apenas o início de um processo. Entendido? Esperemos até domingo, então.
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CARA DE PAU!

ÊPA, O QUE FHC TÁ FAZENDO AÍ?

ÊPA, O QUE FHC TÁ FAZENDO AÍ?

E essa agora do Serra se enfronhar no meio dos  jogadores e diretoria corintianos com direito a foto e tudo no twitter? Não é um tremendo caradurismo? Pô, o cara é palmeirense, e roxo!, conforme ele mesmo já disse tempos atrás. Como agora, com a maior cara lavada vai aos corintianos, em busca de visibilidade? Pior que isso, são os corintianos engolirem tal façanha, como se fosse a coisa mais normal do mundo! Nada a opor quanto a Ronalducho apoiar Serra, afinal qual o peso (sem trocadilho) político dele para fazer a diferença? Mas levar o representante máximo do arqui-inimigo para dentro das cercanias do timão é falta de respeito com a “nação”. Ou não? Serra é a pior figura política que se conhece neste país. Para se eleger, vale tudo. Até negar suas cores futebolísticas. Se para se eleger, o tucano trai seu time do coração e vai buscar apoio do arqui-inimigo, imaginem em outras questões o que o homem não é capaz de fazer. Salve o Coríntia! 

Até.

FEFOL, IDEB E A DERROCADA DOS DEMO-TUCANALHAS

Amigos do blog, esta semana marca mais um período de aproximação do dia em que a nossa festa maior, o Festival do Folclore, será aberta. As coisas, aos poucos, vai se juntando, se juntando, e no final das contas, “a festa sempre acontece”, conforme disse hoje à tarde a este blogueiro, a coordenadora Maria Aparecida de Araújo Manzoli – Cidinha Manzoli. O que precisa ser feito está sendo feito, ela garante, a organização do evento segue um cronograma lento, gradual, mas seguro.

“Temos pouca gente colaborando, precisamos de todo mundo”, revelou. Manzoli convocou este blogueiro para se integrar ao grupo que pode dar “uma força” para a organização da festa, para que tudo saia a contento. Admite as críticas, sim, “se algo estiver errado”, porque, para ela, “quem critica é porque gosta do Folclore”.

Nesta conversa informal no recinto hoje à tarde, a coordenadora revelou que por meio de um documento conjunto assinado pelo prefeito Geninho (DEM), por ela, coordenadora, pelo presidente da Associação Samba Sem Compromisso, Luiz Fernando Monzani, e pelo presidente da Câmara, Hilário Ruiz, foi feito um convite para que o ator e dramaturgo Sérgio Mamberti, hoje presidente da Fundação Nacional de Artes, a Funarte, a voltar a Olímpia.

Ele esteve aqui em 2008, trazido pelo então presidente da Associação Samba Sem, Paulinho Viana, de quem Manzoli confessou sentir falta, porque era um “agitador” e fazia acontecer. A intenção da coordenadora é trazê-lo de novo, dada a importância de sua figura em nível nacional. Quando veio ao Fefol, em 2008, Mamberti era secretário da Identidade e Diversidade Cultural, no Governo Federal. Veio, fez palestras, visitou o recinto, participou da festa e se empougou bastante.

Há outras muitas atividades sendo desenvolvidas no aspecto das apresentações e organização cultural e festivas do evento, para as quais o pequeno grupo de voluntários e amantes do Fefol está se dedicando. E a festa vai acontecer, mais uma vez. E com a garantia de que será melhor, e mais estruturada, que a do ano passado. “Erros acontecem, e estamos aqui para corrigí-los”, diz Manzoli. Toda força, então!
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O IDEB, QUEM DIRIA, NÃO
REFLETE REALIDADE LOCAL
Ainda bem que este blog – como ensina o bom senso -, não entrou na “grande onda” que se tentou criar em torno dos resultados do Indice de Desenvolvimento da Educação Básica-IDEB relativos à rede municipal de Olímpia. Apontamos que o índice alcançado no ano de 2009 refletia um período de avanço na evolução da alunada, que vinha desde 2005, e não apenas a partir de 2009, conforme tentaram nos fazer crer – prefeito Geninho à frente. Agora, vem a secretária municipal de Educação, Eliana Bertoncelo, na sua elogiável postura de nunca faltar com a verdade e confirma:

Não foi interrompido o processo de evolução na educação da Rede Municipal, daí a nossa alegria”. Merecia um prêmio – se bem que dizer verdades deveria ser uma regra e não exceção às figuras públicas. “Porque é uma responsabilidade muito grande manter este crescimento”, completa a secretária. “Não teríamos como encarar as pessoas se não tivéssemos mantido o crescimento. Por isso consideramos uma vitória manter o crescimento, embora tenhamos consciência plena de que teremos que crescer mais.”

Neste ponto, um adendum: nossas crianças, apesar dos bons índices alcançados – não houve sequer sistema compensatório, que é quando uma escola com índices muito bons, puxa outra com índices ruins – ainda estão carentes de um nível de aprendizado muito melhor do que está tendo. “Embora estejamos crescendo, não vejo ainda isso como uma coisa que possa afirmar de uma forma que gostaria que estivesse acontecendo.

Temos muito o que caminhar. Porque o IDEB não é colocado em função da nota em prova. Há outros fatores para se alcançar o índice. Ele é colocado de forma a que as escolas possam alcançar o índice, se não ninguém consegue alcançar rapidamente. É uma trajetória longa. É bom, estamos crescendo, mas o nosso problema de aprendizagem que é ler, escrever e contar, permanece.”

Sinceridade tamanha merece elogios. E trás para a terra a questão, que já vinha sendo tratada como um dos muitos “milagres” administrativos que este Governo Municipal se auto-atribui. “Avançamos, estamos procurando ajuda em outros segmentos, e com isso tudo podemos melhorar, mas a meninada precisa de muito ainda, para mostrarmos que nossos alunos lêem, escrevem e contam. O caminho ainda está muito distante.” Palavras da secretária de Educação do município.
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EM OLÍMPIA, AINDA SEM MOSTRAR A VERDADEIRA FACE

EM OLÍMPIA, AINDA SEM MOSTRAR A VERDADEIRA FACE

A DEMO-TUCANALHA NÃO TEM LIMITES
Diz o ditado que o uso do cachimbo é que deixa a boca torta. Nada mais apropriado, aliás, para uma coalizão cujo candidato a presidente tem como vice um índio, o da Costa, que tão logo se apoderou do apito, usou-o de forma estridente, farsesca, mentirosa, caluniosa e desavergonhada. O cachimbo serve também para uso do candidato Serra, que parece ter perdido o norte de sua própria campanha, parece ter perdido o discurso, já que até agora só tem dito sandices e feito acusações sem fundamento.

Como uma candidatura sem proposta, poderia ser classificada esta de Serra e seu índio, que quando falam em uníssono, mais parecem o Zorro e seu amigo Tonto, das histórias em quadrinhos e do cinema.

Os demo-tucanalhas, vendo o barco indo para o naufrágio no redemoinho das falsas promessas e acusações criminosas – para cuja repercussão contam sempre com o “auxílio luxuoso” da grande imprensa (FSP, Estadão etc.) -, manifestam seu desespero. E a culpa não é de ninguém mais se não deles mesmos. Essa turma não viu o bonde da evolução da comunicação passar. Se esquecem que já foi o tempo em que a massa formava opinião com base no que via na TV, ouvia no rádio e lia nos grandes jornais.

Hoje a internet é a caixa de ressonância do povo. Ali se sabe de tudo por antecipação de horas, se comenta, se interage. Antes, tudo isso era muito seletivo e demorava horas. E os jornais só publicavam a opinião que lhes interessava. Assim, engambelava a massa a seu mister. Na outra ponta, o patronato fazia a cabeça dos peões, das domésticas, das faxineiras, dos balconistas e assim por diante. O sistema oligárquico, a decisão de cima para baixo.

A internet, felizmente, veio quebrar tudo isso. O povo opina, o povo interage e forma sua própria opinião trocando informação com outro seu igual. E quebrando, também, com isso, a má vontade dos sites ligados à oligarquia da imprensa nacional, com comentários e posts contestadores. Os demo-tucanalhas estão tão “demodê” que lá, na distante Tocantins houve quem dissesse, hoje, que Serra “parou no tempo”. Sim, no tempo do onça.

Até.

PARA QUÊ MP E JUSTIÇA, SE TEMOS CONCON?

Amigos do blog, ou o mundo está muito louco ou o mundo está certo mas deu a louca em todo mundo. Ou, mais reservadamente, alguém, a mando de alguém, está querendo fazer o mundo parecer louco. Ou querer fazer parecer louco quem ainda acredita que as coisas ainda podem, um dia, serem sérias neste mundo.

 

Faço estas ilações porque na manhã e início de tarde de ontem, domingo, debrucei-me na leitura e na posterior transformação em texto interpretativo do relatório da Santa Casa que, acredito, a maioria de vocês já tenham tomado conhecimento, pois postei aqui neste espaço.

 

O que coloquei aqui foi o meu entendimento sobre o que pude apreender de tudo o que estava relatado lá. Um calhamaço de exposições, onde ressaltaram as questões burocráticas, os erros formais, técnico-administrativos e questões mais ligadas à burocracia gerencial de uma entidade do porte daquele hospital. Pensei ter jogado luz sobre a escuridão, trazendo os detalhes do que foi relatado pelos especialistas contratados.

 

Não facilmente aceitarei como coincidência o que veio depois. O blogueiro Leonardo Concon, ao ver postado aqui o tal texto, incomodado não sei com o que, correu a buscar também uma cópia do tal relatório que decerto não tinha (e suponho que tenha sido mesmo iniciativa dele e não em atenção a alguma “ligação”), não sei com quem, mas imagino com quem, para refutar o que aqui foi publicado.

 

Só que ele faz esta contestação em termos chulos, agressivos, desrespeitosos e acusatórios. Jogando no ar insinuações que podem macular a imagem e a honra de pessoas, uma em particular, sem que haja qualquer manifestação ainda por parte do Ministério Público, caso ele resolva instaurar inquérito sobre o que foi  apurado pelo relatório. E, vejam bem, instaurar ou não IC vai da consciência do promotor, se entender que ali há indícios de algo que precise ser apurado.

 

Mas Concon já instaurou ele mesmo o IC, julgou e condenou, ao que parece, já que faz algumas acusações que depois pode ficar difícil serem provadas. Se ele tem alguma informação privilegiada do grupo no poder, do qual ele é bem próximo, de que algo será feito em nível de Justiça é outra coisa mas, ainda assim, seria prudente que esperasse as coisas acontecerem, antes de se arvorar em ave de rapina do grupo, que não raro adora usá-lo para coisas deste tipo.

 

Por exemplo, o post do blog do Concon já parte do título enviesando a informação: “Relatório enviado ao MP acusa que doações à Santa Casa não estão contabilizadas”. Já contei ontem aqui o que diz o relatório neste quesito (voltem ao post de ontem para entender). Depois, no texto de introdução, em negrito, diz, à certa altura: “(…) O relatório enviado ao promotor Gilberto Ramos de Oliveira Júnior, dos Direitos 
Constitucionais do Cidadão, apontam quatro possíveis grandes irregularidades cometidas pela gestão ‘presidencialista’ (…) de Helena Pereira”
.

 

Em seguida vem uma afirmação não verdadeira: “Promotor revela: um novo inquérito civil poderá ser aberto”. “Revela” a quem? Quando? Será que ele comentou em “off” com o prefeito ou os interventores do hospital ou mesmo com a assessoria jurídica da prefeitura e alguém “soprou” a informação para o blogueiro? Porque o que sabemos é que este relatório foi anexado ao Inquérito Civil aberto ainda antes da intervenção, e originado nas denúncias feitas pela própria provedora quanto à situação do hospital, que redundaram, depois, no “estado de exceção” implatado ali.

 

Gilberto Ramos de Oliveira Júnior disse que ainda vai fazer uma visita à Santa Casa, conferir “in loco” o que está narrado no relatório para depois decidir o que fazer, que atitude tomar. Se ele disse que vai abrir um novo inquérito, deve tê-lo feito a alguma alta autoridade, mas agora, de público, não confirmou. A informação de Concon, portanto, seria privilegiadíssima. Daquelas que só um sabe, mais um e ninguém mais.

 

Diz mais, o blogueiro: que “O ex-interventor Pimenta queixa-se, no próprio relatório, de que o trabalho da Junta deveria estar alicerçado numa auditoria e não consultoria, devido aos altos custos”. Não entendi muito bem, mas seja lá o que for isso, me parece picuinha revanchista, porque ninguém foi perguntar à ex-diretoria, como encontrou a Santa Casa quando a “herdou” dos grupos políticos. O máximo que a empresa consultora disse, em seu texto, foi: Recomenda-se a análise de profissionais capacitados para fundamentação de eventuais crimes ou mesmo irregularidades cometidas em administrações anteriores, destacando-se alguns casos”. Indo por aí, um redator atento jamais particularizaria suas insinuações e suspeitas jogadas ao público. Ademais, tão zeloso é (pelo menos com a escrita alheia).

 

Aí passa o blogueiro a “gritar”: CADÊ O INVENTÁRIO? E emenda: O primeiro caso irregular citado no relatório diz respeito ao patrimônio do hospital (…)”:  O tal inventário cobrado é aquele mesmo que a ex-diretoria não recebeu de ninguém quando tomou posse, e a anterior também não havia recebido da anterior, que não recebeu da anterior e assim por diante. Concon reforça seu argumentos com uma mentira: “Quando os membros da Junta foram tomar posse encontraram a porta da Provedoria fechada (o que ele queria? Uma porta escancarada?) e, depois, com cópia (imagino que da chave), encontraram o interior totalmente vazio.”

 

O blogueiro mente descaradamente porque ele bem sabe que tudo o que ali havia quando a provedora ocupava a sala ali estava, exceção ao que era de sua propriedade. Sei disso porque entrei – como ele também entrou – junto com o provedor na sala – como de resto toda a “trupe” de assessores de imprensa mandados para lá pelo prefeito, para dar amplitude ao feito.

 

Outro grito do blogueiro-porrete: “CADÊ AS ATAS ASSINADAS POR TODA A DIRETORIA?”  Se não há, são erros formais. Uma situação como essa é passível de arguição legal, então que tal deixarmos para quem de direito fazer os questionamentos? Para o blogueiro, este foi o “segundo caso irregular”. O terceiro grito do blogueiro: “CADÊ A PRESTAÇÃO DE CONTAS DO TELEMARKETING?”  Este, para ele, é “o terceiro ponto, também considerado irregular”, e “talvez ao mais grave deles”. “Cadê as prestações de contas?”, pergunta, indignado.

 

O trecho abaixo é uma “tradução” do blogueiro sobre o que entendeu a respeito:

“Foi feito o telemarketing, mas não foi registrado o dinheiro e nem se sabe onde foi aplicado. Pelo menos, os consultores vasculharam toda a documentação do hospital e nada foi encontrado neste sentido. Muito grave, já que o telemarketing é arrecadado de doações voluntárias de olimpienses interessados em ajudar o hospital local”. Fica implícita, aí, a acusação de que o dinheiro foi desviado. Ou não? O julgamento está feito. Ou não?

 

O blogueiro chapa-branca ainda questiona, de novo aos gritos: “CADÊ A EX-GESTÃO POSITIVA?” Fala do prejuízo, se esquecendo do resultado final, do que foi “herdado” pelo grupo que ele representa. E os relatórios apontam claramente isso. Quando a ex-diretoria assumiu o hospital, “herdou” uma dívida de quase R$ 2 milhões, e ninguém gritou, naquela época, cadê o que quer que seja.

 

Aí, claro, a vez dos “salvadores da pátria”. O “lado positivo de tudo isso” é mostrado no tópico: “OS PROBLEMAS SOLUCIONADOS”. Nele está tudo o que “foi feito” pela interventoria, pelo menos dito por eles no relatório. Qual seja, a continuidade e a ainda não-conclusão de tudo aquilo que a própria ex-diretoria, por meio da provedora Helena Pereira, estava fazendo, quando foi brutalmente interrompida pelo tal “estado de exceção” implantado ali pelo prefeito.

 

Mas, para o blogueiro, foi o máximo esta interventoria! Quem não presta é a ex-diretoria. Parem o mundo que eu quero descer!

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OUTRA DELE
Outra do blogueiro, agora sobre o Fefol. Concon usou texto inserido no jornal “Diário da Região”, de São José do Rio Preto, edição do dia 21 de julho, para dizer que estava certo e nós, críticos das ações deste Governo em relação ao Fefol, totalmente errados. Leiam abaixo seu texto:

 

“Vejam como são as coisas: enquanto os de casa procuram chifre em cabeça de cavalo, ou querem apressar o ritmo da carruagem, os de fora consideram, corretamente, como ‘espetacular’ o nosso Festival de Folclore. É o que escreveu na edição desta quarta, 21, o Diário da Região, de Rio Preto, o terceiro maior do Estado de São Paulo, e eu aproveitei no meu modesto e esforçado Blog informativo: “O Festival de Folclore de Olímpia, que celebra o folclore brasileiro de modo espetacular, começa só no dia 7… Quer dizer… ou a repórter Francine Moreno exagerou, ou nós é quem exageramos na dose, né mesmo? Como escrevi anteriormente, calma… se o ‘outro’ teve oito anos para fazer melhor, e não fez, sequer atrapalhou as pessoas com poeira de obras, exceto de seu próprio carro, porque ‘este’ deveria fazer pior? E isso se aplica a todos os fatos desta urbe tão politizada…”

 

Comento: Só para dizer que o nobre blogueiro precisa apreender melhor o sentido das palavras. O “espetacular” da colega rio-pretense, como se pode compreender pela leitura mais atenta, e pela prática com o lexico, não é um superlativo (um editor jamais aceitaria termos superlativos em títulos ou textos informativos, faltou nesse dia da aula?). Trata-se de um adjetivo, no sentido de “modo de espetáculo” (palco, luzes, cores, danças etc.). Aliás, na verdade trata-se de uma conceituação perigosa e desvirtuante do nosso Fefol. O “espetacular” da colega é usado no sentido explicativo de que, aqui, o folclore é feito como espetáculo (espetacular). Ela não quis dizer que o Fefol aqui “é um espetáculo” na acepção da palavra. Calma pedimos nós ao blogueiro, porque em texto jornalístico elogio rasgado é heresia, antijornalismo. Exceção para certos veículos locais. Portanto, sim, você é que exagera na dose.

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WALTER GONZALIS

Recebo em casa via “p.o.box” carta-aberta dando conta da candidatura do olimpiense Walter Gonzalis a deputado federal pelo Partido Verde, o PV da Marina Silva. Seu número é 4303. Será esta a segunda vez que Gonzalis se candidata. Quem sabe, a cidade unindo forças, coloca ele lá em Brasília? Conte com toda a nossa torcida, Walter!

 

Até.

SANTA CASA: CALHAMAÇO MOSTRA O ÓBVIO, COM SIGNIFICATIVA EVOLUÇÃO

Amigos do blog, na tarde de ontem chegou às nossas mãos, trazido pela própria ex-provedora Helena de Sousa Pereira, o calhamaço produzido sobre a situação da Santa Casa de Misericória de Olímpia, formado por documentos como relatório produzido pela Junta Interventora, datado de 17 de junho; cópia do acordo feito entre os médicos do plantão à distância, em 19 de março; Relatório de Consultoria – Diagnóstico de Gestão Decisória, elaborado pela empresa CFG-Consultoria em Saúde e Educação, contratada pela Secretaria Municipal de Saúde (em valores não revelados), datado de 28 de maio; e Análise Econômica, Financeira e Patrimonial Sobre as Peças Contábeis – 2001a 2009, elaborado pela empresa Ruiz Consultoria Empresarial, de José Carlos Ruiz, datada de 28 de abril.

Um “catatau” de 65 páginas composto,  ainda, de cópia do decreto 4.742, de 2 de julho de 2010, pondo fim à intervenção, ou ao “estado de exceção” imposto ao hospital. Tudo devidamemte encaminhado ao Ministério Público, na pessoa do promotor dos Direitos Constitucionais e do Cidadão, Gilberto Ramos de Oliveira Júnior, “fiador”  de todo este processo. O documento foi encaminhado a ele no dia 30 de junho, em ofício assinado pelo prefeito Geninho (DEM).

Ressalvando sempre que não se tratou de uma auditoria mas, sim,  de um trabalho de apuração da real situação administrativa e financeira do hospital. O levantamento de dados abrangeu o período de 2001 a 2010, em cujo abril venceria o mandato da diretoria sob a provedoria de Helena Pereira. O período levantado alcança, portanto, o último ano da gestão do grupo político do ex-prefeito José Rizzatti (PSDB), todo o período de gestão do grupo político do ex-prefeito Carneiro (PMDB), e a gestão por inteiro da diretoria não-política encabeçada por Helena Pereira, a única neste gênero que a Santa Casa teve ao longo dos últimos 30 anos.

O relatório da Junta Interventora se apoia naquilo que lhe foi passado pelas empresas consultoras, focando mais nas questões burocráticas, como a UTI, a solução do problema havido com os médicos, eleição da nova diretoria, falta de maior clareza em registros de atas, ou mesmo a falta deles, contabilização em rubricas indevidas para, ao final, concluir que não houve prestação de contas do dinheiro arrecadado com o telemarketing, nem seu destino, embora a empresa CFG deixe bem claro em seu relatório, que dentro do Grupo Receitas Diversas, está especificado “mês a mês, o arrecadado por esse serviço”.

E cita, ainda, o prejuízo havido em 2009, da ordem de R$ 574.346,50, o que não é novidade para ninguém e nem passível de qualquier tipo de cobrança. Porque a Santa Casa, todos sabem, é um poço de dificuldades financeiras.

A CFG segue o caminho das observações de caráter administrativo-burocrático do hospital, como questões relacionadas a atas de reuniões, e interpretações das formas decisórias e de gestão apuradas em livro-ata, e faz, ao final, algumas recomendações neste âmbito, para “assegurar melhores condições decisórias-gestoras” para a Santa Casa, “com repercussão direta sobre o alcance de sua capacidade de atendimento de seus objetivos sociais”. Relatório assinado por Reginaldo Arthus, economista, e professor-doutor Gilson Caleman.

O calhamaço maior, constante de 39 páginas, é o da Ruiz Consultoria Empresarial, que abarca as questões econômica, financeira e patrimonial sobre as peças contábeis. Este trabalho abrangeu o período de 2001 a 2009. Ou seja, pega as gestões do grupo político de Carneiro e a gestão do grupo composto por cidadãos sem vínculos político-partidários que foi impedido de concluir o mandato via intervenção.

O trabalho desta empresa foi minucioso, visando demonstrar a situação econômica, financeira e patrimonial da Santa Casa à nova diretoria, formada com pessoas do grupo político do prefeito Geninho, ou seja, voltando a entidade à mesma situação dos últimos 30 anos, só interrompida por quase quatro anos de gestão não-política. A Ruiz analisou os balanços assinados por quatro responsáveis, desde 2001 – Wilson Roberto Ferreira, contador (em todos os períodos), e os provedores Pedro Antonio Diniz (2001, 2002 e 2003), Mário Augusto Moreira (2004 e 2005), e Helena Pereira (2006, 2007, 2008 e 2009).

Com detalhamento técnico sobre o que significa cada rubrica constante de um balanço e das desmonstrações de resultados dos exercícios, a empresa desce aos números, analizados desde 2001 até o ano passado. Aponta variações em termos de faturamento, valores patrimoniais, dividas ativa e passiva, que de resto não é novidade, já que o hospital nunca foi excelência em termos financeiros. Em minúcias, a empresa conta o que foi feito de forma errrônea na contabilização, e como deveria ser feito (onde colocar determinado valor, por exemplo), portanto erros de contabilização.

Foram analisados o passivo, o ativo circulante, o patrimônio líquido, a demonstração de resultados do exercício, as receitas gerais (vendas, financeiras, diversas, operacionais), as despesas (com pessoal, serviços profissionais, honorários médicos, laboratórios e serviços médicos, telemarketing, unidade de mamografia, despesas financeiras). Levantou-se, também, os indicadores econômicos de controle (participação de capital de terceiros, grau de endividamento, rentabilidade sobre vendas, índice de liquidez).

Na conclusão, a empresa, analisadas as peças contábeis, “confrontadas com alguns documentos explicativos e comprobatórios”, aponta o que foi apurado em todos estes segmentos de atividades da Santa Casa. Foram focados a falta de depreciação dos bens do hospital, o que mudaria o resultado dos balanços; o endividamento que cresceu, provocado pelos prejuízos de 2003, 2004, 2005 e 2007, e “especialmente” em 2009, cujas perdas foram da ordem de R$ 574.346,50, embora a empresa ressalte que em 2007 houve crescimento nas receitas da ordem de R$ 1 milhão.

Também é contabilizada a dívida herdada pela última diretoria, datada de 1999, em valor corrigido de R$ 374.503, e que foi paga por ela, além de ter pagado as diferenças salariais de anos anteriores, em 2009, que montaram a R$ 145.195, “tudo devidamenmte explicado nos referidos tópicos (do levantamento)”, diz a empresa. A ressalva maior foi quanto ao endividamento, considerado “preocupante” pela empresa, já que compromete 77% do patrimônio, e a capacidade de pagamento “está reduzida em R$ 0,57 para cada R$ 1”, diz o relatório.

O relatório, assinado por José Carlos Ruiz em 28 de abril, não traz, portanto, qualquer informação que seja digna de espanto, uma vez que deficitário o hospital sempre foi. Dívidas, maiores ou menores, sempre teve.

O fator positivo é que, interpretando o conjunto das informações constantes dos levantamentos das empresas, o saldo, ressalvado o resultado negativo de 2009, é positivo para o hospital. Porque sua dilapidação física foi interrompida, sua estrutura interna foi fortalecida, houve investimentos de monta, e todo patrimônio da irmandade apresentou crescimento nos últimos anos. Agora resta ao Executivo |Municipal, enquanto gestor do hospital, melhorar ainda mais a nossa Santa Casa e gerir seu futuro rumo a um hospital de excelência. Porque Helena Pereira, mesmo aos trancos e barrancos, estava chegando lá.

‘I GOTTA FELLING’ TOO….

Amigos do blog, é claro que o assunto não poderia ser outro hoje – e com atraso, reconheço – se não o nosso Fefol e os “pecados” inperdoáveis que o grupo no poder vem perpetrando contra ele. Desnecessário dizer aqui do desinteresse que é a força-motriz deste grupo, quando o assunto é a nossa festa maior. Isso ficou claramente demonstrado na quarta-feira, quando do lançamento do cartaz, no Thermas.

Ressaltando que o público presente não era minimamente representativo do ponto de vista do interesse folclórico – com certeza estavam ali por causa do concurso da “rainha”-, há que se ressaltar o “esquecimento’ dos organizadores em providenciar – que coisa mais básica! – uma trilha sonora adequada para a noite. Aliás, o mais apropriado seria ‘criminalizá-los” por isso. A própria coordenadora do evento, professora Cidinha Manzoli, manifestou depois seu descontentamento.

A primeira-dama, disseram também depois, teria ficado preocupada com a “gafe”, temendo ser responsabilizada por isso, após alguém ter feito a ela a observação da necessidade de, pelo menos, manter-se o respeito ao Festival do Folclore em alta conta. Porque, embora se queira pensar assim, agir assim, fazer assim, o Fefol não é um evento como outro qualquer. É diferenciado, por suas características, pelo seu gênero e, neste aspecto, é o maior do Brasil, com muito orgulho, sim, senhor.

O olimpiense, principalmente partindo de seus dirigentes, precisam a aprender, urgentemente, a se orgulhar da festa que tem. Porque ela já dura – aos trancos e barrancos e remando contra a maré – 46 anos. Não é para qualquer um. Fazer festas de peão, ou de outro gênero qualquer, onde cabe de tudo que, argumentam, “o povo gosta”, é fácil. Qualquer obtuso consegue, geralmente com sucesso. Principalmente quando o respaldo financeiro vem dos cofres públicos.

Agora, a lógica que não se explica é a da tal falta de verba. Insisto em cobrar aqui: alguém se lembra de ter lido, ouvido ou tomado conhecimento de alguma declaração do prefeito Geninho (DEM) choramingando tostões para fazer a festa do peão? E de onde veio o dinheiro, então? Não consta ser de empresas privadas, porque a própria coordenadora disse que o prefeito tinha como respostas, quando procurava empresas para pedir dinheiro para a festa do peão, que estas não costumavam investir em evento deste tipo mas, sim, em eventos culturais.

Então, primeiro, saiu recurso dos cofres públicos, e seria com uma generosidade tamanha que é difícil mensurar, já que só os shows custaram cerca de R$ 500 mil. Segundo, cadê estas empresas que só aplicam seus recursos em festas de âmbito cultural? Alguma coisa está mal contada aí. Ou o prefeito usou este argumento para poder jogar dinheiro do povo no evento que é a “menina dos seus olhos”, ou as empresas deram-lhe um “passa-moleque”. Caso contrário não haveria, agora, tanta dificuldade para se fazer a nossa principal festa.

E mais: nunca na história desta cidade aconteceu de se estar a exatos 15 dias para o início do Fefol (começa no dia 7 de agosto) e ainda nem se saber quantos grupos veem a Olímpia e, mais ainda, quais grupos virão. Cerca de 70 estão “convidados” para representarem aqui 19 estados, mas ainda não se sabe se virão todos. Ou seja, chegamos às portas da festa sem sabermos exatamente como ela será.

A professora Cindinha Manzoli disse na quarta-feira que a comissão trabalha com três modelos de Festival: “aquele que é o ideal, maravilhoso”; “o médio”; “e o simplesinho”. Acho que por uma questão de respeito à memória do mestre – cuja alma não descansa faz pelo menos 10 anos – os dois últimos modelos devem ser, sumariamente, descartados. Aliás, não devem, sequer, serem aventados. E que o Curupira nos proteja!
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PARA PENSAR:A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, lidera a disputa presidencial deste ano e aparece com 8 pontos de vantagem sobre o rival José Serra (PSDB) tanto no primeiro como no segundo turno, aponta pesquisa Vox Populi/Band/iG divulgada nesta sexta-feira. Dilma tem 41% das intenções de voto, enquanto Serra tem 33% e Marina Silva (PV) 8%. Segundo o Vox Populi, José Maria Eymael (PSDC) tem 1%. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos. O Vox Populi ouviu 3.000 eleitores entre os dias 17 e 20 de julho.

Vox/Band/iG: Dilma 41%, Serra 33%, Marina 8%

Serra e Dilma continuam empatados na
corrida presidencial, aponta Datafolha
Na terceira semana oficial da campanha, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) seguem empatados na corrida presidencial. O tucano está com 37% contra 36% de Dilma, mostra o Datafolha. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23, com 10.905 entrevistas em todo o país. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

* E agora? Haverá um instituto de pesquisas para cada público? Em qual deles acreditar? Vejam que não se trata de uma diferença pequena entre uma pesquisa e outra, que se poderia dizer resultado de algum tipo de oscilação. Nada menos que cinco pontos  – para baixo – separam Dilma de uma e outra, e quatro pontos  – para cima – separam Serra de uma e de outra. Tudo muito estranho. O que deve se ressaltar é que o Datafolha, mesmo ouvindo mais de 10 mil pessoas, não apurou uma oscilaçãozinha, por menor que fosse, na preferência do eleitorado, em quase trinta dias.

Impossível? Parece que não para o Datafolha. E mesmo com todos estes acontecimentos, mesmo com todo palavrório de um lado e de outro, com todos os xingamentos, acusações infundadas ou não, ações na Justiça, condenações no TSE. Mesmo com tudo isso, o Datafolha disse que a preferência do eleitorado não moveu uma palha. E como classificar, então, o trabalho do Vox Populi, contratado por uma emissora insuspeita, a Band, e pelo site igulamente insuspeito, o IG? O Datafolha, por sua vez, foi contratado, em parceria, com a Globo.

E detalhe importantíssimo: os dois levantamentos foram feitos na mesma semana: o Vox Populi entre sábado e terça-feira, e o Datafolha da terça até sexta-feira. Das duas uma: ou o povo está mentindo para os pesquisadores, ou os institutos estão mentindo para o povo. Vai saber. Com a palavra, os “especialistas”.

Até.

SOBRE O FEFOL E A ARTE NA PRAÇA-II

Amigos do blog, somente para restabelecer algumas verdades, que o nobre blogueiro oficial tenta fazer parecerem mentiras – acredito que por falta de argumentos convincentes (até para si mesmo) e, mesmo, talvez por desconfiar que não dá para defender o indefensável -, replico comentários postados por ele neste blog, por conta do que escrevi sobre o Festival do Folclore. O primeiro comentário:

“Embora não precise, mas já que vc insiste em dar mais audiência ao Blog do Concon, vamos lá então… apenas uma sugestão: por que, ao invés de não ter assunto melhor para levar aos olimpienses que dedicam parte de seu tempo para tentar decifrar o que você especula (e nem é tão difícil assim, já que, se vc não seguir a cartilha, decifrando o que mandam vc escrever, quem será devorado pela esfinge barbuda será você…rs), não arregaça as mangas, desenferruja as articulações e o gravadorzinho, e vai até ao lançamento do cartaz do Fefol na quarta, 21, às 20h, no Thermas, e lá poderá tirar todas suas dúvidas cruéis com a comissão de folclore, com o prefeito… basta trabalhar, quem sabe… Abs Leonardo Concon Blog do Concon”.

Respondo: Caro amigo, em momento algum, se bem leu minhas críticas, elas foram dirigidas à comissão organizadora do festival que, sei, é a que mais “rala” nestas ocasiões, como sempre foi. Não se esqueça que vivi por muitos anos as entranhas da nossa festa maior, e sei bem o peso que quem trabalha na organização da festa em si carrega nas costas. Portanto, não seria nem justo de minha parte criticá-los. Minhas observações foram endereçadas diretamente ao prefeito, enquanto executor, ordenador de despesas e principal responsável por fazer a coisa acontecer de forma a não suscitar críticas, como as que você, sempre tão diligente com o patrão, tenta fazer de conta que não entendeu muito bem. Só peço ao amigo que não torça as coisas. A crítica não é e jamais seria àqueles que “carregam o piano”. Mas observe quem por aí tem muita gente que só fica no lero-tri e depois vai buscar os holofotes, os flashes para a posteridade.

* Depois, o blogueiro assessor de imprensa do Fefol emendou:

Em tempo.. fica chato para a cidade, para o Festival até, levar esse tipo de contra-informação, sem checar, sem conferir, sem ouvir todas as partes, pelo mundo afora, através de sua esforçada blogosfera. Se fosse um ‘furo’ jornalístico, com fundamentos, provas, etc., vá lá, mas ficar falando, falando, falando, escrevendo, escrevendo, escrevendo… é muito chato. E ruim pra Olímpia, se é que vc se importa com ela. Abs de novo. Leonardo.

Respondo II: Ruim para Olímpia, caro assessor, é de repente tratar um evento que há 45 anos faz desta cidade – com a qual me importo, sim, e muito, por isso me mantenho alerta! – a Capital do Folclore, como algo de menor importância como uma festa de peão, por exemplo, para a qual são dispendidos altos recursos que, salvo engano, não vejo ninguém regatear. Se você tiver em seu blog algum texto em que o prefeito diga que está preoupado em como vai bancar a festa do peão, ou que não sabe quanto terá de dinheiro para a tal festa, eu me rendo. Caso contrário, vou continuar dando vazão à minha indignação, se você me permite. Onde está a contra-informação em tudo que disse no post de ontem? Não vi o senhor contestar. Aliás, nada do que posto aqui é contestado com argumentos factiveis, convincentes. Você e os mesmos de sempre buscam desqualificar o que escrevo, a velha tática fascista de quem não tem argumento de defesa, ou dados para esclarecer fatos que desrrubem o que é dito, o que é escrito. A fase segunda, caída a tentativa de desqualificação, é a ameaça ou consumação de processos na Justiça. Para intimidar. Sei o que é ruim para Olímpia. Sempre soube. E acho que estou combatendo o bom combate.

* Um outro cidadão olimpiense, leitor daquele e deste blog, chamado Murilo Esteves, a quem ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente, contumaz defensor do prefeito e seu Governo, também faz comentário sobre o assunto. Diz ele:

“Completando o Leonardo, pode ao invés de você só ficar aí falando e criticando, não vai fazer parte da comissão e ajudar, a todos que só sabem criticar as reuniões estão sendo realizadas todas as quartas lá no recinto na administração, mas essa semana devido ao lançamento do cartaz a reunião será na quinta, sempre as 20hs. Então vocês que adoram criticar, vão lá para ajudar, dar idéias, botar a mão na massa, a Dona Cidinha não vai negar ajuda, quanto mais gente melhor. E você orlando, vai lá no lançamento quarta e na reunião quinta para se informar melhor, já que você acha que está tudo parado. Abraços

Respondo III: Reitero ao Murilo que não fiz e não faria jamais crítica qualquer a quem cuida da organização do evento propriamente dito, porque sei o que “ralam”, vi isso por muitos anos, com a professora Cindinha, sem a professora Cidinha, com a professora Izê e sua irmã Inê, com a professora Edemir Moreira, a professora Zeca Scura, O Celinho, sem o Celinho, o Antônio Clemêncio, sem o Antônio Clemêncio, o André Nakamura – este sempre! -, Carlinhos Schalck, Débora Vicente, Janotão, e nos áureos tempos, “sêo” Gianotto, “sêo” Caputto, Bibi, Zé Leal, Beto, Kiko Madalena e muitos, muitos outros. Gente desprendida, que fazia o que fazia, ou faz o que faz, pelo amor à nossa festa maior. Hoje nem sei quantos são, mas com certeza o apego há de continuar o mesmo, o desprendimento na mesma proporção. A eles não cabe, nem caberia, nunca, qualquer senão. Foram e ainda são a força motora de nossa festa. Sei como agem, sei como fazem e como precisam agir sempre nestas ocasiões. Agora, engraçado, né Murilo, também fiz críticas à festa do peão e ninguém me convidou para ajudar, para ver de perto como as coisas são feitas. Por que será? E quando foi que eu disse que “está tudo parado”?

* E na tarde de hoje, Leo Concon volta à carga, com um adendo. Leiam o que ele disse:

 “Perguntei hoje para o pessoal que trabalha o ano todo no Escritório do Fefol, no Recinto: O Orlando já passou por aqui? Resposta unânime: Jamais. Pois é. Criticar é fácil. Aliás, especular é fácil, companheiro. Mas, eu te entendo: há razões ‘superiores’ para isso. Abraços.

Respondo IV: Não sei se tenho obrigação de ir a qualquer lugar ver qualquer coisa. Principalmente quando determinada coisa tem um assessor contratado exatamente para fazer circular a informação o mais rapidamente e abrangentemente possível. Se há assessoria de imprensa, paga para esse fim, é de se supor que a imprensa será abastecida de informações concretas, detalhadas, com números, valores, datas, impressões de seus organizadores, e não apenas textos festivos, oba-obas vazios de conteúdo pelo menos para nós que sempre buscamos um detalhe diferenciado para noticiar, porque o nobre assessor há de convir, a imprensa local já abordou todos os ângulos possíveis em todos estes anos de festival. Compete ao assessor buscar este ‘plus” que tornaria seus textos interessantes. Aliás, na qualidade de assessor de imprensa do evento, tal pergunta feita aos organizadores soa impertinente e fora de propósito, pois deveria partir de você o convite, a chamada. E, caso aparecesse no recinto para buscar informações, não seria você o responsável por me receber e dar contexto à busca de informação? Assim vou achar que és um assessor ausente. Até porque, chegando lá, iria procurar pelo senhor. Caso contrário, seria tremenda falta de respeito profissional.

* E o leitor José Carlos Machado, também em comentário no blog, disse o seguinte:

“E quanto ao folclore, ja disse no outro blog, que ele começou a ficar ruim 9 anos atras, quando tiraram as barracas do lado de fora do recinto, proibiram as barracas de “bugigangas” no recinto, encareceram as bebidas, proibiram as musicas e os bingos das barracas. A festa pode ser cultural mais se não se modernizar vai acabar porque infelismente 90% das pessoas vai no recinto para paquerar, beber, ouvir musicas, levar os filhos no parque e não para assistir as danças, se continuarem assim é melhor fazer o folclore na casa de cultura que tem uns 400 lugares e sairia mais barato para o municipio.

Observo: “Ficar ruim” não é o termo correto a se usar para o Fefol. Porque o evento também não é oscilante, possibilitando que ora “fique bom”. O aspecto tratado por Machado deve ser dissociado do Fefol totalmente. E, considerando assim, como uma festa dentro da festa, também acho que a busca por uma espécie de assepsia visual na entrada do recinto – e até no seu interior – provocou um certo desalento em quem por muitos anos apreciava aquela balbúrdia dos fins de domingo, aquela imensa feira do tem-de-tudo-a-preços-baixos-que-não-quero-voltar-com-as-mercadorias-para-trás. Me lembro que, à época, fui um crítico feroz do fim da “25 de março’ do Fefol. Outra tradição extra-Fefol mas que por completo paradoxo, é parte integrante do evento, é o ‘paraguai”, onde muita gente gosta de ir em busca “daquele par de óculos, boné, bolsa ou sapato”. O parque, as barracas dos bebericos, os bingos. Num exercício mental exacerbado quanto ao significado da palavra folclore, poderíamos cometer aqui a heresia de dizer que, para nós, isso tudo é folclore, até pelo contexto destas coisas todas. Mas, não é, embora para nós ficará sendo. Porém, na acepção do que é o folclore, sabemos que não é. E não há, também, como “modernizar” o Folclore, no estrito significado dele. Pode se modernizar, então, a festa em torno dele, o que se tentou fazer, não podemos negar, nos últimos anos. Ou não tivemos festivais passados que mais pareciam festa onde se apresentavam grupos folclóricos e parafolclóricos do que propriamente um evento de manifestações culturais onde se festejava? Quanto a confinar o evento na Casa de Cultura, seria o cúmulo da ignorância e desfaçatez com as coisas que são nossas, que são nosso retrato, nosso calendário evolutivo, por onde possamos nos ver como nação e assim, garantir nossa independência. Um povo sem memória é um povo colonizado, escravizado, cativo. Não temos que nos esconder de nós mesmos. Aqui o Brasil mostra a sua cara! Onde mais ele faz isso? O olimpiense precisa aprender a se orgulhar daquilo que tem de tradicional. Somos uma cidade única no país por conta do nosso Fefol. Ao invés disso, talvez por não perceberem a dimensão disso, buscam-se notoriedade por caminhos triviais, lugares-comuns como festa de peão. Só para poder dizer “a minha festa é maior que a sua”. E daí? O que fica de uma festa do peão, além do xixi dos animais, a sujeira, a bebedeira e as drogas nos recintos em que são feitas, e o vazio de propósitos e conhecimentos na alma de quem participa? O inverso total do Fefol, para quem presta atenção nele.
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TAMBÉM A OBRA DE ARTE
Já quanto a outra questão levantada pelo blog, qual seja, o que consideramos falta de respeito à arte e ao artista, no que diz respeito à homenagem aos imigrantes representadas por três figuras enormes que o Governo Municipal chama de “bundões”, o mesmo leitor, José Carlos Machado, postou comentário vazado nos seguintes termos:

“Acho que hoje qualquer porcaria vira obra de arte, aqueles bundões da praça custaram mais de cem mil reais, dinheiro na minha opinião jogado fora. Tem que tirar aquelas estátuas e vender para algum ferro velho para recuperar um pouco do dinheiro”.

Observo II: Cada um tem sua visão própria de arte, uns gostam, outros não, uns odeiam, outros amam, arte é imaterial, embora a matéria à vista, tem valor segundo o que cada um entende que vale, ou, ao contrário, não o tem, segundo também o que cada um leva como impressão. Mas, se vai tirar, ou não vai tirar dali, se é “porcaria” ou não, se custou caro ou barato, não é o que se discute aqui. O que se discute aqui é a necessidade do respeito à arte e ao artista, o que não se está observando nas falas e pontos de vista exarados do poder público, o que me parece mais revanchismo político que outra coisa qualquer. Ninguém é obrigado a gostar desta ou daquela obra de arte, mas penso comigo que todo mundo, até por questões de formação humana, tem por obrigação respeitar a obra e o artista.

Até. E devolvo os abraços a mim enviados, até com muito mais calor.

O FEFOL, AS CONTAS E A OBRA DE ARTE

Amigos do blog, porque será vive-se no momento tremendo silêncio em torno do Festival do Folclore que começa na primeira semana de julho? Pode ser só impressão, mas parece não haver tanto “fogo” quando se trata da mais genuina festa de nossa cultura e raiz, o mais importante evento do gênero no Brasil. E o que se vê? Ou, melhor, o que não se vê ou ouve? Falar-se do Fefol. Não com aquela sofreguidão e necessidade com que se falava, um ano antes, da festa do peão. Não se sabe, por exemplo, qual será o caixa da festa. Havia uma previsão inicial de um gasrto em torno de R$ 1 milhão. Mas, parece que dias atrás teria havido uma mudança de gestão financeira da festa, e agora os prognósticos de gastos estariam sendo “puxados” para baixo. O próprio prefeito já andou declarando para os veículos noticiosos amigos que ainda não tem conhecimento do montante que o município terá que investir na festa. Estranho, porque faltam apenas 20 dias. A festa acontece de 7 a 15 de agosto. Se não há previsão de gasto é porque não há planejamento econômico em torno do Festival. E isso denota falta de interesse. O prefeito diz apenas, no tocante à seara econômica da festa, que está sendo concluído o projeto para que o Fefol seja contemplado com R$ 390 mil do Programa de Ação Cultural-Proac, que funciona através do Incentivo Fiscal pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS, “para conseguir apoio por meio de patrocínios de contribuintes habilitados do ICMS a projetos previamente aprovados pela Secretaria de Estado da Cultura”. Colocação um tanto confusa, mas que deve querer dizer algo como “vai se tentar obter recursos junto a empresas da cidade, que depois teriam descontado o que foi doado no ICMS devido”. Tanto, que mais adiante fala o alcaide: “Já fiz uma ligação para a Açúcar Guarani para segurar o ICMS deste mês para fazer o pagamento do ProAc”. Huuumm…  Depois, uma mea-culpa do prefeito: “No Ministério do Turismo não poderemos contar com nada, porque estamos em período eleitoral”. E não é sóm isso. O município está inadimplente com aquela Pasta – vide festa do peão de 2009. Tanto, que nesta de 2010, ao que se saiba, também não veio dinheiro do MinC. Portanto, cabe ao Executivo Municipal encontrar meios de subsidiar a festa que, todos sabemos, não gera lucros. E querer perseguir isso será sinal de puro estranhamento quanto à força motriz do Festival. O prefeito diz já ter visto balancetes de edições passadas do Fefol onde estava demonstrado que o festival “vendia bem” (?), que “dava até superávit” (?), e que é preciso “descobrir essa fórmula novamente”, embora reconhecendo que “Cultura e festa comercial não combinam muito bem”. Pois é, por essas e por outras fica claro que o nobre alcaide já chegou pelo menos à bifurcação inerente à questão. Resta saber se vai escolher o caminho que o levará à melhor atitude, e ao melhor resultado.
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FALANDO EM FESTA
E falando, mais exatamente, em festa de peão, ainda resta cobrar do Chefe do Excecutivo – ou seria ao ‘Clube dos 25’?, a prestação de contas do evento ainda de 2009. E agora, também, já deste de 2010. Ambos foram feitos com recursos públicos e é preciso que se prestem contas à população quanto aos gastos feitos, os custos totais do evento, se deu lucro, se deu prejuízo. Se deu lucro, onde está, e se deu prejuízo, quem arcou com ele. Este ano a mesma coisa. São informações que trariam um alento ao cidadão pagador de impostos, e mostraria ser este Governo, de fato, transparente, e coisa e tal. Enquanto o prefeito e seu grupo não fizerem isso, não poderão se arvorar de bons gestores da coisa pública. Porque quem esconde números, quando estes números são dinheiro do povo, não pode se dizer digno da confiança deste mesmo povo que o elegeu, que lhe delegou o poder de tomar conta do que é dele (povo) por meio do voto. Assim, ficamos na expectativa. Outro detalhe é quanto aos alimentos arrecadados na primeira noite da festa este ano. Consta serem 23 toneladas, que seriam distribuidas às entidades assistenciais de Olímpia. Sendo cada tonelada mil quilos, são 23 mil quilos de comida – sal, óleo, macarrão, açúcar, farinha, arroz, feijão etc. -, e sendo talvez uma dezena de entidades, então 2,3 mil quilos cada uma, certo? É comida à farta. Mas, para que se saiba se isso de fato aconteceu ou vai acontecer, e se não aconteceu por que não aconteceu, seria muito bom se a Promoção Social ou o Fundo Social de Solidariedade fizesse divulgar lista das entidades baneficiadas, com respectivas quantidades. E se houve sobra, o que vai se fazer com ela. Seria tão simples e tão, digamos, honesto, né, não?
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RESPEITO É BOM
Por falta de oportunidade, deixamos de comentar aqui tempos atrás, uma festiva manchete do blog do Leonardo Concon, dando conta de que “os bundões”, como ele chamou a obra de arte instalada na Praça Rui Barbosa em homenagem aos imigrantes que fizeram desta terra o que ela hoje é, serão retirados da Praça e colocados, parece, no Recinto do Folclore. Eis o título do blog: “Bundões” da gestão Carneiro cairão fora da nova Praça. Talvez, irão para o Recinto”. Tamanho desrespeito com a arte alheia só foi superado pelo juízo de valor que o writer neo-oficial faz a seguir: “A intenção era homenagear a colonização italiana, mas a opinião pública torce o nariz para as esculturas que ganharam o carinhoso apelido de ‘bundões’, ali colocadas na gestão do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro (PMDB)”. Meu Deus! E, logo em seguida, a total falta de noção de respeito à arte e ao artista, se manifesta ainda mais fortemente: “As estátuas de ferro que ocupam o centro da praça central de Olímpia não estão nos planos de reforma total que o prefeito Geninho Zuliani (DEM) vem empreendendo no local”. A opinião pública torce o nariz” ? “Estátuas de ferro”? “Ocupam” o centro da praça? Meu Deus! Aí, é a vez do prefeito falar: “Eles (quem, os ‘bundões’?) não foram bem aceitos naquela praça. Se a coordenadoria do Folclore aceitar, irão para o Recinto do Folclore, mas não mais na futura praça totalmente revitalizada”.

** Está nos parecendo mais uma atitude de revanche política do que qualquer outra coisa. O prefeito está pensando politicamente e sendo revanchista. Só que sua atitude transcende, neste caso, a mera questão política e vai alcançar uma obra de arte, e o artista que a desenvolveu. Também vai alcançar, e de forma desrespeitosa e pouco recomendável, a entidade olimpiense que fez a intermediação para que este artista renomado e reconhecido internacionamente, viesse a Olímpia homenagear uma colônia da qual a própria família do prefeito, ao que parece, descende. Não seria o caso de se buscar uma forma respeitosa para tirar dali estas estátuas, inclusive decidindo conjuntamente com a società italiana local para onde levar? E não passar a responsabilidade desta decisão para quem não a tem, nem é do metier? E pode ser também que a própria società tenha outra destinação para elas. Mas dizer simplesmente que estas estátuas “não estão nos planos da reforma”, ou que “elas não foram bem aceitas” ali, é simplesmente ignorar o trabalho de dias, talvez meses, de quem as fez. Independentemente de gostar ou não do que ali está, o que o prefeito não pode é tripudiar sobre uma peça de arte, tratá-la como lixo, porque assim estará desrespeitando profundamente quem está por trás dela: o artista.

Até.

ELE, O GUARDIÃO

Amigos do blog, não demorou muito para que o blogueiro da casa fosse escalado para contestar aquilo que escrevemos aqui relacionado a comentários feitos na coluna “Metendo o Bedelho”, do semanário Gazeta Regional, da jornalista Andresa Maieiros. “Não posso resistir à tentação de comentar essa pérola escrita pelo senhor Orlando Costa”, começou Leonardo Concon. E foi, ponto a ponto, fazendo suas acusações, de resto já lido, ouvido e visto nos mais diferentes espectros deste Governo que aí está. São “pérolas” do pensamento único do esquadrão zulianista. Por exemplo, para o tópico “Rádio Menina-AM, esta guardiã da moral, da transparência, moralidade e legalidade que a cidade ainda pode contar”, ele sabidamente se opôs nos seguintes termos:

1. “Guardiã da Moral? – Altamente questionável pelas razões abaixo enumeradas:
2. Transparência? – Quem são os seus verdadeiros donos? É verdade que são vinte? Que tem até o ex-prefeito na lista? Uma emissora que não se sabe de quem é, e que só sabe criticar, especular e, acima de tudo, jogar na lama a honra das pessoas, não pode ser transparente.
Pergunto: O que uma coisa tem a ver com outra? O que vai mudar quando se souber eventualmente os “20 nomes” que seriam donos da emissora? Aliás, o nobre blogueiro, tão amigo que é do prefeito, poderia perguntar a ele, porque se vinte haviam na sociedade, hoje são 19, porque ele, prefeito – que aliás foi quem mediou tudo para que a emissora pudesse ser adquirida de seu proprietário original – também foi dono dela. Pergunte como as coisas foram feitas. Quem incentivou a compra, e por quais motivos. E não me venha depois dizer que ele saiu por razões outras, porque sua saída deveu-se a mudanças de planos e de grupo políticos. Portanto, não é necessário tanto esforço intelectual. Ligue no celular do seu patrão e pergunte: Como foi a transação com a Rádio Menina? Se ele julgar conveniente, vai responder. Até porque não há nada de ilegal em tudo que foi feito. Agora, se tem “20 nomes”, dez ou dois, não sei. E ainda se soubesse estaria impedido de dizer, por razões trabalhistas. Fica a pergunta: que honra, e de quem, foi jogada na lama?

3. Moralidade? – Dos trabalhadores, concordo. De sua linha de trabalho, ferindo, inclusive, os objetivos da concessão federal, discordo.
Respondo: O que tem a concessão, meu Deus do céu, a ver com isso? Quais são os objetivos da concessão federal, exatamente, para dizer que estamos ferindo-os? Mas tenho certeza que não há nenhuma cláusula que proiba de se questionar políticos, mandatários, e dar vazão aos reclamos do povo. Ou tem?
4. Legalidade? – Uma emissora que tomou mais de 400 mil reais de multa na última eleição, que foi trancada pela juíza eleitoral no dia da eleição porque desrespeitou frontalmente a lei, é legal?
Respondo: O que tem a ver multa eleitoral com legalidade? Ou o blogueiro está querendo dizer que a emissora é ilegal? Por quê?  Cabe a ele explicar. Quanto ao “trancada” pela juíza, é relativo, porque tratou-se de quem teve maior oportunidade de ação durante o período eleitoral. Cabe aqui, também, a ressalva de que a outra emissora, onde o nobre militou durante o período eleitoral, não deixou de ser um exemplo de emissora-cabo-eleitoral do atual prefeito. E o próprio Concon fez as vezes de voz oficial por um bom tempo. E aquela só não foi fechada também por contingências que só o acaso explica. Na emissora em questão nenhum candidato ou esposa de candidarto ou ex-esposa de candidato foram chamados a falar. Só os locutores falaram, e neste caso, cada um sabe de si. Ou não?
5. A única que restou na cidade? – Meu amigo, confesso que nenhuma delas podemos contar, infelizmente, na minha opinião. Muito menos a Rádio Moci…quer dizer, Menina.
Respondo: Pode sim, contar a hora que quiser. Inclusive seus patrões – porque Salata também é convidado mas nunca vai – podem usar e abusar. Mas, são duas emissoras tão diametralmente opostas que em uma ele vai quando e como quer, na outra sequer passa em frente. Por que será? E, na questão da transparência, da moralidade e da legalidade, o que está mais de acordo com os preceitos legais e doutrinários do cargo eletivo?: prestigiar veículos de comunicação amigos, onde pode falar o que quiser, do jeito que quiser e nunca vai ser verdadeiramente questionado, ou enfrentar um tribunal popular verdadeiro?
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ADIVINHAÇÃO
As cartas jogadas num ponto de búzios qualquer insistem em apontar que a formação da Mesa da Câmara, a partir de janeiro, será a seguinte: Toto Ferezin (PMDB) presidente, José Elias Morais (PMDB) vice, Guto Zanette (PSB) primeiro secretário, e Lelé (DEM) segundo secretário. Dizem ainda as cartas que os personagens envolvidos vão negar até o último suspiro. Vamos aguardar.
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DEMOCRACIA?
O Brasil não tem jeito mesmo. Agora parece ter inventado uma nova espécie de pensamento, ditado por quem tem, de fato, o poder nesta terra de Ariranha. E onde o mote-chave parece ser: resguardados os direitos das oligarquias, o resto é democracia. Pelo menos é isso que se vê por aqui nestes tempos de campanha eleitoral. O que se faz, se fala, publica, tem sempre o viés oligarca. Ao que é do povo, desprezo. Ao que vem de baixo, o desprezo. Se não, como entender este verdadeiro linchamento moral e político a que está sendo submetida a candidata Dilma Rousseff nos meios de comunicação – aliás, comandados por aligarcas? E não se trata somente por ser a candidata do Lula, o presidente mais bem avaliado da história deste país. Então seria porque é mulher? Nossas oligarquias também são misóginas? É triste, muito triste. E pensar que tudo se faz no intuito de levar ao poder um ser agourento, vil, matreiro e inimigo do povo, mas, no entanto, alter-ego da elites enfurecidas.

Até.

AS LIÇÕES A SE TIRAR DO ‘OBSCURO’ PROJETO DE LEI

Amigos do blog, o que se espera nos meios formadores de opinião e de pessoas melhor informadas sobre as coisas da política é que o episódio vivido pelo prefeito Geninho (DEM) no tocante à necessidade de recorrer à Câmara Municipal para ter a anuência sobre um ato falho administrativo sem precedentes, que pelo menos lhe sirva de lição. Que pelo menos o torne mais maleável e menos arrogante com o Legislativo, quando a coisa a tratar não é do seu estrito interesse ou, mais ainda, quando a coisa contraria seus interesses. O encaminhamento do projeto 1.249 à Câmara para aprovação em regime de urgência encerra questões muito mais profundas e graves do que possa imaginar nossa vã filosofia. Dizem que político precisa, também, de sorte, na mesma proporção que a ousadia. Pode-se dizer que o alcaide a tem. Dispõe de uma Câmara que, se não é por inteiro sua aliada, também não o é por inteiro sua detratora. Talvez mais que isso, a Câmara que o prefeito dispõe é da mais alta consciência coletiva, responsabilidade político-social já colocada à prova por enésimas vezes, exatamente por consequência da arrogância e da prepotência políticas que todo mandatário experimenta. Que não venham os acólitos dizerem que foi gesto de grandeza do prefeito ter procurado o presidente da Casa, Hilário Ruiz (PT), para solicitar que convocasse a extraordinária, nem a sua, digamos, “submissão” à Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, à qual pediu aquiescência para a tramitação do projeto, e muito menos sua presença na Casa de Leis para se reunir com a mesma CFO, e ali dar detalhes do que pretendia com tal projeto. Porque não foi. Ficou claro para quem prestou atenção aos detalhes, que o chefe do Executivo estava “refém” de uma situação que, num outro panorama político, lhe teria trazido enormes, talvez incontroláveis dores de cabeça. “O projeto tem irregularidades jurídicas e técnicas”, disparou o vereador Magalhães (PMDB). “A urgência (na votação) pode resolver o problema da administração, mas pode dar problemas lá na frente”, completou. Embora entendendo ser “inaceitável” convalidar (legalizar) o valor de mais de R$ 9,5 milhões na LDO e no PPA ao mesmo tempo, Magalhães disse não querer obstruir que o prefeito “corrija o que está errado”. E assim também agiram outros vereadores, inclusive para não ter que se submeterem depois ao exército de mídia do prefeito que, impiedosamente, iria crucificar aqueles que, por questões várias, não rezam na cartilha de linhas tortas do Governo Municipal. Mas, entendam todo o movimento do alcaide por um anglo apenas: ele agiu movido por interesse próprio, tão somente. Agora pode respirar aliviado.
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MÃO AMIGA
A leitura sintética disso tudo é que a Câmara foi “mãe” para o prefeito – embora de outra maneira bastava apenas acionar seus mecanismos. a Câmara foi “mãe” não só pelo fato de não criar entraves para a tramitação do projeto, como também para não sujar a imagem de realizador que Geninho faz questão de passar à população, embora tática muitas vezes cheia de revezes. Porque o prefeito já experimenta o incômodo desgaste das obras que não andam, que não saem do alicerce ou, até mesmo, que mal ameaçaram sair do papel, foram “travadas” por contingências várias. Ou quem há de negar que o ímpeto obreirista do alcaide acaba de se chocar com a realidade dos números, das letras, dos incisos e parágrafos? Em síntese, com a lei? “Estão todas dentro do cronograma”, justifica o secretário de Obras do município, Gilberto Cunha. Mas, se há um cronograma para estas obras, ele é o mais flexível de que se tem notícia, porque todas elas estouraram prazos. E obras que estouram prazos acabam, não raras vezes, estourando também orçamentos. Esse, um perigo maior ainda.
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JABULANI
O blog do Concon e o “Gazeta Regional, amplificando declarações do prefeito Geninho (DEM) sobre o “Minha Casa, Minha Vida”, programa do Governo Federal para aquisição de casas mediante financiamento da Caixa Econômica Federal-CEF, estamparam fstivamente ontem e hoje que houve “mais de 1.400” aprovações. Não foi nem “mais de 1.400” inscrições. Foram “mais de 1.400” aprovações. Ou seja, mais de 1.400 olimpienses estariam em condições de comprar um imóvel pela CEF, pagando mais de R$ 300 de prestação, já que teriam rendimento partindo de três salários mínimos. Os dois veículos oficiais ainda deram mais: que o prefeito “já pensa em lançar mais 400 unidades este ano”. Bom, como não dá para se fiar muito em jornalismo amigo, fomos à fonte buscar a confirmação. Soubemos, então, que a campanha de inscrições para as 800 unidades do projeto, deflagrada no feriado de 24 de junho, até ontem, quinta-feira, 15, à tarde, havia alcançado 900 cadastros – eu disse 900 cadastros! – de interessados em adquirir uma das moradias do conjunto residencial “Morada Verde”. E que deste total deverão ser tirados 800 contratos, conforme análise da Caixa Econômica Federal. Quem forneceu a informação foi a coordenadora da CEF, Gisele Fukuta. Segundo ela, “ainda não há número de aprovados. Vamos fazer uma reanálise dos cadastros até a semana que vem, para então pedir documentos pendentes aos aprovados, e no final do mês de setembro, a Caixa entrará em contato com eles para assinarem o contrato do imóvel”, explicou. Enquanto isso, o prefeito já fala em começar as obras na primeira quinzena de agosto. Alguma coisa está fora da ordem. Ou o prefeito anda chutando muito, e para fora, ou o pessoal da CEF anda falando por diferentes línguas.
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QUE ÓDIO!
Os escribas do Gabinete andam se superando em lucubrações filosóficas. Parace até que fumam. Agora resolveram pegar para “cristo” a Rádio Menina-AM, esta guardiã da moral, da transparência, moralidade e legalidade que a cidade ainda pode contar, à qual apelidaram, do alto de suas ilações caleidoscópicas, de “Rádio Mocinha”. Primeiro relatam caso que lhes teria sido revelado por ex-funcionário, o que de resto nada interessa ao público. Depois, enraivecidos, voltam suas turvas visões e mentes para dois profissionais do radialismo olimpiense que ainda não se vergaram, sendo um deles este que vos escreve, a quem chamaram de “papagaios”, para rebater revelações de acontecimentos constrangedores na Santa Casa de Misericórdia, agora sob a tutela dos amigos próximos de quem os sustenta. Acontecimentos estes que foram admitidos pelo próprio provedor em conversas reservadas com este escriba, e públicas, via “Rádio Mocinha”, digo, Menina. Não houve ali invencionices, nem tampouco tentativa de desviar qualquer assunto que seja. Aliás, de que “assunto” que não interessa estaríamos nós nos desviando? (Eles insistem num tal de ‘bloco do sanitário’. Imagino que se refiram aos muitos blocos que faltam para que a reforma dos sanitários da Praça Rui Barbosa comece a andar). Depois, tecem loas aos integrantes da diretoria da Santa Casa, os novos, bem entendido. E os chamam de “cidadãos na expressão exata do termo”. Uau! E, na última nota, rasgam a “filosofia” de principiantes na arte de elogiar. Soa tão falso quanto nota de 15. Eu disse nota! “Pobres seres que vagam na escuridão de suas vidas”? Não resisto: Uau! “Alimentar o horror que lhe (sic) consome quando retornarem às trevas de onde certamente foram enxotados”? Desculpem os amigos, mas: Uau! Parece coisa de vampiro! E, neste aspecto, são eles, os escribas do Gabinete os maiorais. Afinal, sugar é com eles mesmos. E estou falando de sangue. O sangue do povo. Sangue e sugam, sangue sugam, sanguessugas que são. vejos-os batendo nos joelhinhos agora, mãozinhas fechadas, e gritando: Que ódio!, que ódio!, que ódio!

Até.

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