Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Categoria: Política (Página 1 de 4)

QUE ‘CARA’ ADMINISTRATIVA TERÁ 2018?

…Então, que venha 2018. Faltando apenas dois dias e um tantinho para acabar 2017, é o que nos resta: esperanças. De esperançar, não de esperar.

E que elas nunca se esvaiam, afinal, vida sem esperanças é nada. Aliás, não é vida. Como disse aquele filósofo de barbas, estas esperanças da qual 2018 será construído deverão ser do verbo Esperançar, não do verbo Esperar. Porque, no primeiro caso, cada um de nós vai buscar o que anseia. No segundo caso, cada um de nós fica a esperar o que anseia.

É uma enorme diferença de atitude. A mesma diferença que se espera faça o Governo de turno no ano que vem. A atual administração deverá, como se dizia às antigas, “apressar o passo” para novamente alcançar aquela cidade pujante, pulsante e em franco desenvolvimento que herdou.

Há planos, há projetos -alguns coerentes, outros razoáveis, outros discutíveis, mas será a ação, sobretudo, que irá falar mais alto. O prefeito falou nesta semana a todos os meios de comunicação da cidade, e falou o que quis.

Falou muito do que pretende fazer. Falou pouco do que fez. Reclamou daquilo que recebeu e das dificuldades encontradas de praxe sempre que alguém toma nas mãos a responsabilidade de algo grande.

Embora não seja lá muito saudável que um alcaide passe o tempo a se queixar, mas vamos lá. O ano acabou, o que tinha que se ajeitar, supõe-se, já se ajeitou, o que tinha que mudar, supõe-se, já se mudou (embora a rádio peão garantindo que não), agora então é botar fé em Deus e meter o pé na tábua.

Para que ao final de seu mandato, a população, e não o prefeito propriamente dito, possa dar nota oito, nota nove, nota mil à gestão. Porque, embora o chefe de turno tenha auto-classificado a própria gestão como “nota 8”, pelo pulsar das ruas a impressão que dá é que falta muito ainda para se chegar a esse patamar.

Cunha podia ter se poupado, uma vez que, caso busque, ao final do seu mandato, uma nota pela gestão junto ao cidadão, e se esta for menor que a que se atribuiu, deverá encarar que seu trabalho piorou? Ou se ficar igual, que não saiu do lugar?

Reza a lenda que, em política, deve-se sempre evitar a autoavaliação de desempenho e, quando o fizer, num extremo, que o político jogue com a simplicidade e a humildade, pois ambas geram o bom senso e alcançam o coração e a mente do cidadão comum.

E, mais ainda, deve fugir, sempre que possível, da tentação egocentrista.

Vamos ver como será a “cara” de 2018!

A LINHA FINA ENTRE A LUCIDEZ E A DESRAZÃO

Não sei se me sinto lisonjeado ou envergonhado. Se for para sentir lisonja, que seja pelo motivo piegas de ter minha “biografia” profissional ser toda destrinchada pelo mais improvável dos colegas de ofício. Se for para sentir vergonha, com certeza ela será alheia.

No primeiro caso tive meus qualificativos profissionais evidenciados para quem quis ouvir, já que na escrita o foco foi outro -áh, os mistérios gozosos da política… Mas, enfim, às vezes o ciúme faz destas coisas. Ao nos ressentirmos de algo em relação a outrem, sempre que fazemos a crítica ela vem precedida de elogios.

Assim, vou considerar como elogios aquilo tudo que o colega daquele semanário que por estes tempos mia, feito gatinho à procura do pires com leite, quando em outros tempos urrava, feito leão em busca da carne para saciar a fome, disse.

Não pretendo gastar muito latim em relação ao ocorrido, porque não me pareceram lúcidas as ponderações do colega porque, quem tem telhado de vidro, não deve atirar pedra em quem não o tem.

A verdade é que encontro dificuldades para elaborar este texto, dada a surrealidade da situação. Alguém se arvorar no direito de vigiar outrem, de fazer às vezes e às vozes daqueles que têm o mando, e ainda tentar disfarçar que não é bem assim. Posar de “isentão”, quando bem sabemos quais e quantas são as ramificações.

Na intenção de atacar, o colega apenas deixou de público o quilate de meu profissionalismo na área e, assim, por vias tortas, avaliza aquilo que tentava criticar. Aquilo que taxou como “imoral”, por ilegal não ser.

Perfeito. É mesmo imoral alguém ser contratado para fazer aquilo que “sempre fez na vida”, conforme o colega atesta. Para fazer aquilo que todos vão ver se está sendo feito ou não, se está sendo bem feito ou não, principalmente os responsáveis pela contratação.

Agora, e aquele que se contrata para realizar serviços obscuros, como em um almoxarifado, por exemplo (consiste no lugar destinado à armazenagem em condições adequadas de produtos para uso interno. O setor de almoxarifado exige o controle do estoque).

Você, nobre leitor, conhece, tem algum amigo, um vizinho, um colega de mesa de bar que diga “sou almoxarife”? Você logo vai perguntar: “E o que você faz”? É certo que exige uma noção de ordem e até um certo conhecimento do setor. Mas, convenhamos que qualquer pessoa interessada pode trabalhar ali.

Mas, quem garante que esta ou aquela pessoa está a desempenhar bem o seu papel? Quem garante que está trabalhando de fato? Quem garante que, numa empresa pública, este cargo ou função não é apenas um favor que se presta a alguém? Ou uma troca que se faz com alguém?

Falar do que é moral ou imoral em situações como as que atravessamos é uma linha fina entre a lucidez e a desrazão.

Nada que se faz à luz do sol é imoral. Aliás, já se disse que ela, a luz do sol, “é o melhor desinfetante”. Não posso esconder o que me chateia -e sei que não deve ser fácil a dependência parental-, para atirar no outro a pedra que está no meu próprio sapato.

E, no mais, a correlação que faz entre ser ou estar a serviço do ex-prefeito Geninho, de ter criticado-o e depois passado a defende-lo, seria fácil explicar caso fosse do interesse dele.

Assim como, também, poderia ele explicar por que nos primeiros tempos da gestão Geninho, chegou a lançar o epíteto de “melhor prefeito de todos os tempos” para aquele político que agora critica de forma doentia.

De minha parte é fácil explicar ou até mesmo nem carece de explicações. Aquele que possui um grão de arroz de massa cinzenta compreende. E dada minha biografia ora enaltecida pelo nobre colega, entenderão melhor ainda.

E ele, pode explicar a súbita mudança que o fez, ao longo dos anos da gestão passada, esquecer o “a,b,c” do jornalismo, a cartilha “caminho suave” do ofício para simplesmente atacar, atacar e atacar, sem jamais dar espaço ao outro lado, que embora, a bem da verdade, pouca questão fazia disso, sabedora de que até a resposta mais embasada na verdade seria distorcida?

Assim, sempre que alguém for invocar tais adjetivos -moral/imoral-, precisa antes fazer um exame de consciência, atentar bem para discernir se não está exercendo, a seu bel prazer, o caráter consciente e refletido de moralidade, ou seja, se não está impregnado na alma de um mal disfarçado comportamento amoral.

 

 

 

 

E LÁ SE VAI O PRIMEIRO ANO DE ‘VAREJINHO’ E ‘MIUDEZAS’ DE CUNHA

Contando a partir de hoje, faltam exatos 19 dias para o governo Cunha fechar as portas de 2017, o primeiro de sua vida político-administrativa. Uma semana antes, porém, o mandatário comemorará o Natal que, ao que perece, terá gosto de peito de peru, ou seja, gosto nenhum.

A conclusão a que se pode chegar, antecipando o porvir, talvez, é que Fernando Cunha deveria primar sua administração pela gestão ou, caso contrário, pode ficar com nada.

Pelo simples motivo de que ano que vem haverá eleições. E todo mundo político sabe o que se esperar de um ano eleitoral, administrativamente falando: nada.

Em 2019, os eleitos em nível estadual e federal, irão tirar o primeiro ano para “tomar pé das coisas”. Haja vista que as mudanças de quadros serão radicais.

Aí chega 2020 e…ano eleitoral de novo. E todo mundo político sabe o que esperar de um ano eleitoral, administrativamente falando: nada. Com a agravante de quê, supõe-se, o alcaide deve buscar sua reeleição.

Há quem defenda nas rodas políticas, pois, que Cunha deve abraçar a candidatura a federal do seu antecessor, Geninho, para ter na Câmara dos Deputados, alguém disposto e com dinamismo suficiente para ajudar Olímpia.

Alguém a quem ele possa cobrar de forma efusiva e efetiva, respostas às demandas populares locais. Alguém que ele possa “encostar na parede” na busca por soluções administrativas. E se esse alguém é quem já demonstrou ter amor incondicional pela cidade que ele governa, tanto melhor.

Até porque, se não for assim, Cunha corre o risco de ver aumentada a sua “solidão” política, como ora vemos, já que 2017 se vai e Olímpia não assinou um convênio sequer com União ou Estado, fato inédito na história do município, hoje Estância Turística.

E Cunha recebeu um município forte, pujante e com inúmeras ramificações políticas por aí afora. Triste ver que, por hora, tenhamos perdido esta pulsação.

O governo Cunha, conforme todos veem, compôs-se, nestes quase 365 dias do ano que finda, apenas de conclusão de obras ou “reforminhas”, ainda assim em nível mínimo, e do chamado “varejinho”.

As obras mais complexas e portanto, que demandam articulação política e prestígio nas “altas rodas”, ficaram estagnadas, quando não simplesmente abandonadas.

O marco desta administração, todos dizem, foi a contratação do Instituto Áquila, por uma fábula financeira para fazer a mesma coisa que funcionários concursados ou pequena empresa, mais em conta, faziam com resultados hoje comprovados até mesmo por este governo.

Resta a Cunha torcer para de fato o IPTU fazer a diferença no bolso do cidadão em 2018. Se não começará o ano já sob forte “bombardeio” da opinião pública, mormente dos contribuintes. E isso não será nada bom, misturado ao que já foi relatado acima.

O mandatário de turno terá que começar 2018 “turbinadão”, para não correr o risco da “ossificação” (vejam que responsabilidade exegética tamanha!) no imaginário coletivo, como mau administrador. Ou de receber o “carimbo” de “prefeito das miudezas”.

A NOVIDADE QUEM VEM DO GOVERNO: SALATA VOLTOU À BASE

Agora quem diz que não quer participar da “pornografia política” do governo Cunha é o vereador Hélio Lisse (PSD). Isso porque ele detectou, na noite de ontem, que há novidade no front legislativo-administrativo. Qual seja, Salata (PP), o autor do epíteto lembrado por Lisse, voltou à base governista.

Quem não gostou nenhum pouco de saber disso, também, foi o colega Niquinha (PTdoB), que tinha guardado um discurso demolidor para o neo-cunhista, que com esse retorno teve o repasse mensal para a entidade Abecao reajustado.

A propósito deste reajuste, versões diferentes circularam na cidade nos últimos dias, dando conta de encontro de Salata com Cunha, em seu Gabinete ou fora dele, ninguém soube precisar.

Numa versão Salata teria “implorado” perdão, noutra versão teria jogado calhamaços sobre a mesa prefeitural e dito coisas e loisas ao alcaide. Enfim, entre rufares de tambores e lendas urbanas, o fato é que Salata estaria novamente nas entranhas governistas.

Na sessão de ontem à noite, uma prova irrefutável disso, foi a resposta dada, ou melhor, a não-resposta dada a Niquinha, que lhe lançou impropérios-mil. Dado seu temperamento, Salata jamais ouviria o que ouviu de Niquinha sem se exasperar, sem responder à altura.

Porém, preferiu agradecer a fala do vereador que lhe garantiu voto para a emenda, caso faltasse um para sua aprovação. “Quero encerrar com o vereador Niquinha, desejando muita paz e saúde a ele, e muito sucesso à frente do Olímpia FC, que é um projeto da cidade que ele está à frente”, disse apenas Salata.

Mas, com relação a Lisse, chegou até a dirigir a ele o adjetivo “mentiroso”, já que ele atacou fortemente a Abecao, dizendo, inclusive, que ela está subjúdice e não deveria receber incremento financeiro do governo municipal, “até que fosse absolvida pela Justiça”.

O embate, portanto, com Lisse, e o apaziguamento em relação a Niquinha, dizem tudo. Lisse não é fortemente da base governista, é o típico “flanador” legislativo, com humor que varia conforme os projetos do governo e seus próprios.

Já Niquinha é a voz mais forte que Cunha pode contar dentro da Casa de Leis, defensor ferrenho dos interesses administrativos dentro daquela Casa de Leis.

Curioso notar que Niquinha, após derramar o verbo sobre Salata, voltou à fala para reparar: “Se vier com o espírito de amizade, você terá um parceiro aqui dentro, se mantiver o espírito de amizade, e não de atacar os amigos aqui dentro, terá um parceiro aqui”.

A atitude dos dois vereadores dispensa maiores explicações sobre se Salata voltou ou não voltou à base governista. Resta saber agora como ficará, doravante, a CEI do Celular, para a qual o vereador foi intimado a depor na noite de ontem.

Neste aspecto, Niquinha garante que não voltará atrás. Nem com pedido expresso de Cunha. Diz que a levará até o fim. E Cunha, por sua vez, não tem se intrometido, segundo Niquinha, talvez até porque o alcaide saiba que a CEI não terá votos para cassar Salata.

Esperar para ver é o mais prudente. Em ambas as situações.

NIQUINHA X CRISTINA REALE: ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA?

O vereador Antonio Delomodarme, o Niquinha (PTdoB), “engrossou” a rusga esta semana com a secretária municipal de Assistência Social, Cristina Reale, que teria espalhado a informação de que não teria entregado o carro doado pela Câmara à prefeitura ao Conselho Tutelar, porque teve que manda-lo à revisão mecânica.

Esta informação também contrariou o presidente da Câmara, Gustavo Pimenta (PSDB), que garantiu ter autorizado uma revisão completa no veículo antes da doação. “Só se eu estiver louco para entregar um carro a alguém sem saber primeiro qual o seu estado mecânico”, criticou Pimenta.

Niquinha, por sua vez, protocolou requerimento na Câmara onde questiona a secretária sobre tais afirmações, principalmente a de que o carro “teria sido repassado pelo Legislativo com vários problemas mecânicos e os serviços realizados teriam sido empenhados na referida Pasta”.

Assim, ele enumera no Requerimento, cinco questões para serem respondidas por Reale, como, por exemplo, se o carro passou mesmo por revisão mecânica a pedido de sua Secretaria antes de ser repassado ao CT, quais os valores gastos na revisão, quais foram os serviços realizados, qual oficina os realizou, e que apresente, dentro do prazo legal, cópia da nota fiscal do serviço realizado.

Na semana passada, da Tribuna da Câmara, Niquinha já tinha atacado fortemente a secretária, desta feita por outros motivos também, como a tentativa de “adotar” programa de atendimento a famílias de conjuntos habitacionais que queiram reformar ou ampliar seus imóveis, para as quais Niquinha conseguiu, por meio da Engenharia, colocar um engenheiro à disposição, gratuitamente. “Quer fazer política, fica na Câmara”, disse ele.

“Isso é uma piada, é um absurdo, nós temos que alertar o (prefeito) Cunha, que tem secretários e secretária, que não estão lá para resolver os problemas da cidade, estão lá para fazer politica. Então, se quer fazer politica, fica aqui na Câmara. Querem ir para a Secretaria para ganharem dobrado, e ficam fazendo politica”, disse na ocasião.

Reale ficou com o carro a ser doado ao Conselho Tutelar por cerca de 25 dias, segundo o vereador. As informações era as de que ela queria tirar uma foto entregando a chave aos conselheiros, e estes não se dispuseram a fazê-lo.

QUANTOS VEREADORES TEREMOS EM 2021: 11, 13 OU 15? CÂMARA JÁ SE MOBILIZA

A Câmara de Vereadores da Estância Turística de Olímpia estudará, a partir de fevereiro, quando do retorno às atividades parlamentares, com quantas cadeiras se fará um Legislativo a partir de 2021.

Assunto espinhoso, mas que terá que ser levado a debate entre os pares, até mesmo por exigência legal. É claro que a decisão sobre quantos legisladores a Casa terá cabe aos próprios decidirem, mas da forma como está, com 10 cadeiras, segundo informações a Câmara olimpiense estaria de certa forma ferindo a Legislação Eleitoral. Por isso a discussão do aumento a ser inserida na pauta logo no início de 2018.

A dúvida está em quantas cadeiras, dentro das três possibilidades: 11, 13 ou 15? Claro que as opiniões entre eles divergem, mas uma maioria segura entende que 15 seria o ideal. O presidente Gustavo Pimenta (PSDB), por exemplo, acha que 13 seriam suficientes. “Porém, a decisão é do colegiado”, diz.

Os argumentos para o aumento de cadeiras são basicamente no tocante à representatividade e à maior oportunidade de outros nomes serem alçados à condição de legislador na cidade, saindo daquele círculo onde estariam praticamente sempre os mesmos nomes -nesta última eleição houve a renovação de cinco nomes. Os demais ou eram suplentes ou já ocuparam cadeiras em gestões passadas.

Como se sabe, hoje os eleitos são, por ordem de número de votos, Gustavo Pimenta (PSDB), José Elias de Morais (PR), Luiz do Ovo (DEM), Fernandinho (PSD), Niquinha (PTdoB), Cristina Reale (PR), Flávio Olmos (DEM), Selim Jamil Murad (PTB), Salata (PP) e Hélio Lisse Júnior (PSD).

Marcão Coca (PPS), hoje ocupando uma cadeira na suplência de Selim Murad, secretário de Turismo, seria o 11º eleito, caso a Casa já contasse com esse número de cadeiras. Porém, se fossem 13 as vagas, estariam por lá também João Luis Stellari (PSDB) e Amaral, também tucano, como o 13° eleito.

Caso a Câmara de Olímpia fosse composta por 15 cadeiras, estariam legislando também Pastor Leonardo (DEM) e Guto Zanette (PSB). João Magalhães (PMDB), hoje suplente de Cristina Reale, secretária de Assistência Social, poderia estar na Câmara, mas nas mesmas condições atuais, já que na classificação geral é o 16º mais votado.

O presidente Pimenta quer este assunto na pauta logo no início dos trabalhos para 2018, quando também se discutirá a nova remuneração dos senhores edis, hoje na casa dos R$ 5 mil brutos. Há vereadores que já queriam iniciar a discussão ainda este ano, mas como só faltam mais duas sessões para encerrar o ano legislativo, Pimenta entendeu ser perda de tempo e um desgaste antecipado e desnecessário.

MAGALHÃES NÃO CONSIDERA A HONRADEZ DOS SERVIDORES APROVADOS NO CONCURSO?

O vereador João Magalhães (PMDB), é líder do prefeito na Câmara, mas parece não falar a mesma língua que o chefe do Executivo. São vários os exemplos, mas o mais recente diz respeito a uma ação de improbidade administrativa tentada pela promotora Valéria Andréa Ferreira de Lima, da 2ª Promotoria de Justiça de Olímpia, com consequente pedido de anulação do edital 02/2014, por meio do qual foi realizado concurso público que empregou dezenas de pessoas, nos mais variados cargos do serviço público municipal.

A divergência está em que, enquanto Magalhães tece loas à promotora por essa medida, o próprio prefeito que ele representa na Casa de Leis faz uso deste mesmo edital para contratar mão de obra técnica. Esta semana, por exemplo, foram publicados nada menos que cinco portarias de nomeação, até quinta-feira. Do começo de sua gestão até agora, seguramente cerca de 12 a 15 concursados por este edital foram convocados por Cunha.

Mas, se esquecendo de que se irregularidade há neste edital, o prefeito também a está convalidando, Magalhães usou da Tribuna, na segunda-feira, 6, para festejar a iniciativa da promotora, que já protocolou a ação que agora está nas mãos da juíza da 1ª Vara, Marina de Almeida Gama Matioli. E mais: sugeriu que os concursados, aprovados ou não, recebam de volta o dinheiro gasto com o concurso.

“Vou me adentrar um pouco mais a respeito da penúltima edição do jornal Folha da Região, que noticiou que a nossa promotora de Justiça, está apurando um concurso público, onde houve direcionamentos de servidores, e há indicativos que a mesma, certamente estará anulando o concurso. Ora, se vai haver anulação do concurso, é necessário que nos preocupemos com algo que parece que está um pouco assim, não muito claro, que é a devolução do dinheiro de quem foi que pagou para fazer o concurso. Se o concurso tem vícios e vai caminhar para uma nulidade, é justo que pelo menos a população ou as pessoas que foram enganadas, tenham seu dinheiro de volta, e não são poucos”, discursou o vereador.

“Vou fazer um trabalho nisso e vou precisar dos meus pares, para que o requerimento que estarei passando por essa Casa de Leis, ganhe também o reforço de vossas excelências”, complementou. Depois, misturando assuntos sem o perceber, Magalhães acrescentou: “Mas, tem um destaque maior ainda naquele concurso, que foi criado um cargo de fofoqueiro, ou um cargo de vigilante da imprensa, e eu gostaria de saber quem é que exerceu esse cargo na prefeitura, que foi um cargo de confiança”, provocou.

No entanto, o cargo citado de forma pejorativa pelo vereador, ainda que existisse, nada teria a ver com este edital, uma vez que se trataria de um cargo de confiança e, portanto, não poderia ser objeto de concurso, mas parece que o vereador não soube distinguir uma coisa da outra.

O presidente da Câmara, Gustavo Pimenta (PSDB), que pouco usa da Tribuna, desta vez sentiu a necessidade de chamar Magalhães à razão e comentou: “Durante a semana que circularam notícias do ex-prefeito (Geninho), na sexta-feira seguinte (o prefeito Cunha) nomeou o genro do dono do jornal (Folha da Região). Então, eu não entendo. Vai ser uma imprensa que vai trabalhar para a prefeitura?”, perguntou.

“Então, temos que atentar a isso, e não jogar contra o patrimônio também, porque se houver novamente essa questão de concurso, de gerar uma insegurança total, quem vai ter que devolver dinheiro vai ser a prefeitura, porque ela ficou responsável. Então, vamos tomar cuidado com esse assunto novamente, problemas de desvio, conduta, improbidade, nós temos o Ministério Público para isso” orientou Pimenta.

Ele fez menção ao projeto de Lei na pauta pedindo autorização para o Executivo contrair empréstimo junto ao Banco do Brasil, no valor de R$ 1,112 milhão para compra de ambulâncias, classificando a decisão como “uma judiação”, porque “nós não demos conta de trazer uma ambulância para Olímpia, e precisamos financiar agora para trazer, porque nós ficamos atrás de caça às bruxas. E o governo federal deu duas mil (aos municípios), e nós com as cabeças no ar, não conseguimos trazer uma sequer. Então, vamos maneirar”, cobrou. (Do Planeta News)

PREFEITO QUER CALAR A IMPRENSA (ALIÁS, ESTAVA DEMORANDO!)

Daqueles que ainda se dão ao trabalho de acompanhar as sessões ordinárias da Câmara de Vereadores, todas as primeira, segunda e quartas segundas-feiras do mês, impossível que pelo menos um não se espante com certas atitudes e posturas de determinados edis, mormente aqueles com ligação mais direta com o prefeito Cunha (PR).

Falamos aqui de um, mais especificamente, que não se sabe orientado por quem, está sempre a dizer coisas desconectadas da realidade do município, desta Estância Turística de Olímpia. E, pior, além de desconectado, João Magalhães (PMDB), líder do prefeito na Casa, dá mostras de que está fora da realidade da cidade, no que ela tem de pujante ainda, apesar do entrave governamental atual.

Ser a favor da anulação de um concurso público que elevou dezenas de cidadãos honestos à condição de funcionário público municipal na gestão passada, prejudicando famílias aos montes, ou ser contra o município receber remédios em doação feita por um empresário do ramo local, não é postura de quem preza pela sua função.

E, pior: a anulação do concurso se daria pela simples gana de perseguição a apenas UM funcionário, desafeto político dele, do prefeito, e mais alguns edis.

EMPRÉSTIMOS?
O prefeito Fernando Cunha irá contratar empréstimos junto à Caixa Federal e ao Banco do Brasil, da ordem de R$ 4,612 milhões, para compra de ambulâncias (R$ 1,112 milhão) e equipamentos de monitoramento, serviços de recape em trechos da cidade e construção de uma ponte na Aurora Forti Neves, altura do Iquegami (R$ 3,5 milhões).

Os projetos de Lei 5.298 e 5.299 fora aprovados em regime de urgência na Câmara na noite de ontem, segunda-feira, 6 de novembro, pela unanimidade dos membros da Casa.

Apesar do silêncio reinante em torno do assunto quando de sua discussão e votação, causa estranheza tal investida do alcaide, que assumiu falando em economizar cada tostão para investimentos nos setores mais carentes da administração e em obras.

Causa estranheza, também, o fato de que o dinheiro será usado em equipamentos que até o governo passado eram recebidos a fundo perdido ou repasses dos governos do Estado e da União, via deputados.

Estranha-se porque Cunha se elegeu usando em sua propaganda, inclusive, fotos onde figurava entre três altas autoridades políticas do país, a saber: senador e hoje ministro de Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira, governador Geraldo Alckmin e presidente Michel Temer.

LÁ VEM CENSURA

O editor daquele semanário que mia devia prestar atenção nisso. Ele, que disse ter tido Geninho em sua gestão um “ouvidor de rádio” com intuito de “censurar a imprensa da cidade”, devia perguntar, já que é próximo do governante de turno, por que Cunha usa de meios jurídicos para intimidar e tentar censurar o semanário Planeta News?

Aguardem os desdobramentos.

OLHA QUEM ESTÁ FALANDO

É tão chato isso tudo, tão óbvio, afinal, acreditamos que ele não faz jornais para meros “homers simpsons”, e seu leitorado já percebeu que apito o senhor editor do semanário que mia está tocando ultimamente.

Mas não se pode deixar passar em branco uma coisa como a que vem estampada na coluna que leva a sua assinatura, nada menos que um preito em favor do atual governo, que ele insiste em dizer que não apoia incondicionalmente, mas não deixa de demonstrar tal apoio a cada linha, a cada texto, a cada edição do semanário.

A ponto, vejam os senhores, de retornar à cátedra jornalística, na verdade ao “A,B,C,D,” do ofício, quando busca o contraditório, o outro lado, junto ao governo de turno, quando o assunto em pauta é de teor negativo. Coisa que nunca teve a preocupação de fazer no governo passado. Neste caso, só valia um lado. O seu lado.

O ponto é o fato de este blog ter feito duas análises pontuais do governo Cunha na semana passada, onde foi dado como encerrado este ano de 2017, com zero realizações e total falta de caminhos administrativos ou um conceito administrativo que o alcaide pudesse chamar de seu.

Considerando nossas postagens verdadeiras diatribes, o senhor editor diz que não é “a favor nem contra ninguém” (não riam), acrescentando depois que “não dá pra nenhum prefeito fazer milagres no primeiro ano de governo”.

Bom, quanto a ser “nem a favor nem contra”, há sérias controvérsias, nem preciso especifica-las aqui. E sobre o “milagre”, primeiro só observando que não foi essa a sua tônica pelo menos com os dois últimos governantes, já que após seis meses de administração ele estava, como se diz, “descendo a lenha” (os pormenores, sonego-os). Mudou a política, ou mudou o senhor editor?

Segundo, ninguém que eu saiba está esperando um milagre de Cunha, afinal ele não foi eleito “santo”, mas, prefeito. Sendo assim, está desobrigado de cometer milagres administrativos, mas está obrigado a realizar, pelo menos.

Leiam, abaixo, uma das pérolas de sua coluna de sábado passado:

MESMO ASSIM, …

… como ainda não existem máculas administrativas para se denunciar, os penas compradas e os rancorosos, por terem deixado de mamar na teta da vaca, ou simplesmente por terem sido preteridos de alguma forma, se apegam em picuinhas para tentar destruir o atual governo que ainda não teve tempo para cometer os seus pecados, nem imprimir direito a sua marca.

Como seria bom saber, então, o que foi feito do “rancor” que ele sempre destilou sobre os políticos que antecederam Cunha. Cujas “máculas” denunciadas nem sempre tinham o peso que ele dava em suas letras garrafais. Depois, se aqueles deixaram de “mamar na teta da vaca”, ele então começou a fazê-lo?

Sobre não ter tido tempo para “imprimir direito a sua marca”, há divergência séria. Ele “imprimiu” sim, uma marca: a da lentidão e falta de norte administrativo.

Outra pérola da tal coluna:

ATÉ PARA …

… puxar o saco ou advogar para terceiros é preciso fazer isso direito, com elegância no linguajar, conhecimento do que se está comentando. E isso se atinge através de pesquisas na história, na filosofia e em outras áreas que o tema se encaixe, para, aí sim, não cair no ridículo de defender o indefensável, de se criar fatos e situações difíceis de se fazer crer.

Pelo que estamos vendo, o nobre editor não está seguindo à risca a própria cartilha, conforme todo mundo já entendeu. A partir do “cair no ridículo..” e adiante, vou usar para rir um pouco.

CUNHA PRECISA DE UM CONCEITO DE GOVERNO PARA CHAMAR DE SEU

Como resquício das reflexões a propósito daquilo que postamos aqui na quarta-feira, Dia de Todos os Santos, véspera de Finados, o que nos remete àqueles que estão mortos e enterrados, e nos remete, por analogia, ao ano “finado” de 2017, nos veio à mente que Cunha não fez a lição de casa em dez meses, e que nada fará nestes dois meses restantes.

Na postagem anterior falamos sobre a celeridade com que o alcaide trocou quatro secretários, por exemplo, (incluindo o superintendente da Daemo Ambiental, cuja função é equivalente à de secretário), e só depois nos veio à mente algo similar a isso: o governo de José Carlos Moreira (1993-1996), onde trocar secretários e assessores do alto escalão era todo dia, praticamente.

Embora por questões bem diversas daquelas anotadas em Cunha, já que Moreira era político conciliador, afável e respeitoso aos seus subordinados. Porém, o seu quadro era uma verdadeira roda-viva. O atual mandatário caminha para isso, também, se não tomar as devidas precauções, os devidos cuidados e serenar os ânimos no trato com aqueles que o rodeiam.

Quando se conversa com esse ou aquele próximo ao prefeito, o que ressalta, sempre, é o comportamento irascível deste, a provocar fissuras desnecessárias. Afinal, toda forma de administração deve obedecer a uma dinâmica colegiada, não a um culto à personalidade.

Por mais que Cunha apregoe ser um gestor na função de prefeito, e não um político a ocupar a cadeira principal da Praça Rui Barbosa, este gestor deve deixar aflorar o necessário pendor político, quando em vez, se quiser chegar a algum lugar, a algum porto seguro.

Bom ressaltar que ele tem mantido a Câmara de Vereadores a rédeas curtas, tem recebido elogios até gratuitos da maioria dos senhores edis, mas também há que se ressaltar, o alcaide nunca precisou colocar a Casa à prova, com projetos polêmicos, e aqueles que geraram algum debate foram aprovados, ou não, mediante decisões equivocadas, se não dos edis, do próprio governo.

Findo 2017, há que se aguardar o que trará 2018 em nível governamental no município, pois há projetos esboçados, embora nenhum que seja do interesse coletivo, para serem executados, então.

Espera-se que também aqueles que foram anunciados com pompas e circunstâncias este ano saiam do papel. E que Cunha resolva a questão da coleta do esgoto, porque está muito feio aquela obra da ETE à beira da rodovia, parada, uma obra gigantesca à soldo do Estado, e cujo governador o prefeito desta urbe reputa como seu grande parceiro político.

Olímpia precisa, e urgente, daquela ETE. Não foi Cunha quem disse durante a campanha que poderia entrar no Gabinete do governador “sem bater à porta”, tal a afinidade entre ambos? Na verdade, Cunha, até hoje, sequer foi ao corredor do Bandeirantes, pelo que se sabe.

Nenhuma autoridade de peso esteve por aqui nestes dez meses. Havia uma que viria, o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, anunciado com alarde pelo semanário que mia, para a entrega do último lote do “pacote habitacional” de Geninho, mas deu o cano. Melhor para Cunha, porque o homem acaba de se meter até o pescoço na Lava-Jato.

Falta ainda conceito ao governo Cunha. Pelo menos não é possível distingui-lo nesta salada indigesta que é a atual administração. Na verdade, não há conceito de governo, porque nem governo há, ainda.

Todos os olimpienses, com  certeza, esperam que a fase da mediocridade administrativa de Fernando Cunha encerre-se com 2017, enterre-se com ele. E que para 2018, o Instituto Áquila já tenha elaborado uma “apostila de governança” detalhando o “A,B,C,D” administrativo, o que é preciso fazer para ser um bom prefeito.

E nem precisa ser melhor que o antecessor, que nesta toada vai ser mesmo impossível, mas que passe ao cidadão a sensação de que há um conceito administrativo estabelecido. Ou simplesmente uma conceituação de governo que ele possa chamar de sua.

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