Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: agosto 2009 (Página 1 de 2)

FOI O PRIMO QUE PEDIU…(?)

Bate-boca com o presidente

Bate-boca com o presidente

Amigos do blog, estive hoje pela manhã na sessão extraordinária da Câmara Municipal de Olímpia. Em pauta, a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, também chamada de LDO. Fala sério!

Entre tantas e tamanhas, uma informação dada pelo vereador Salata, num dos seus pronunciamentos contestatórios, de que nosotros somos jornalista desinformado, e que sua ‘unção’ (isto é por minha conta) a líder do prefeito, foi ‘a pedidos’.

E, de quem? Do próprio Primo Gerolim, que é do Democratas e no início da gestão ocupou esta função. “Ele pediu que fosse feito um revezamento na liderança”, disse o vereador Salata. Se for verdade, trata-se da mais bizarra das novidades legislativas.

Mas, feito o aperitivo, vamos ao prato principal. Lembram-se do que disse aqui tempos atrás sobre a ida do Salata para a Câmara? Até coloquei para os amigos um dilema que era mais ou menos assim: “Beto saiu da Câmara para Salata entrar, ou Salata entrou porque o Beto Saiu?”. Lembram?

Logo em seguida, dados os primeiros passos de Salata na Câmara, ficou evidente que a resposta era sim, o Beto saiu para o Salata entrar. E, agora, com a sequência de seus atos, com as provocações em curso, com o ‘modus operandi’ a todo vapor, não restam mais dúvidas.

As tentativas do vereador líder do prefeito em desgastar a Mesa, desqualificar os atos e decisões do presidente, as acusações de que o presidente não cumpre o Regimento Interno e comete uma série de atos ilegais na Câmara Municipal, carecem de fundamento e razoabilidade.

E o que se viu na sessão extra desta segunda-feira não é digno de parlamentares que se dizem preocupados com as coisas do município e do povo em geral. O vereador procurou transformar a votação em uma digladiação sem sentido e fora de contexto.

Sem procuração para falar em nome de quem quer que seja, ou mesmo fazer a defesa desta ou daquela figura, fazemos, a bem do interesse público, a defesa da instituição Câmara Municipal. Para que não vivamos episódios que no passado encheram a cidade de vergonha.

UM SINAL DE ALERTA, UMA LIÇÃO PARA SE APRENDER

Amigos do blog, felizmente conseguimos ontem no final da tarde uma solução paliativa – e bota paliativa nisso! – para o problema do nosso clube. Uma solução temporária, de 30 dias, para que os poços jorrem nas piscinas a tão decantada água quente.

Mas, não quer dizer esta liminar concedida pela 6ª Vara de Justiça Federal de São Paulo, que está tudo nos ‘conformes’. Pelo contrário, começa agora, talvez, o maior embate jurídico da história do Thermas. Sem contar que esta liminar pode ser derrubada pela Procuradoria Geral da União. E esta é a mais tênue das possibilidades de enfrentamento.

As piscinas quentes ainda não estão funcionando. O poços estão deslacrados desde o início da semana, iam ficar asssim por sete dias, no aguardo do resultado dos exames da água solicitados pelo DNPM.

Mas, para jogar a água nas piscinas é preciso esperar, primeiro, o DNPM se manifestar por escrito, para que sua argumentação possa ser juntada ao processo. Feito isso, começam a contar os 30 dias concedidos ao clube para uso dos poços.

As perguntas são: quando irá se manifestar o senhor Enzo Nico Júnior? Se conformará ele com a decisão da Justiça? Concordando e não recorrendo, ou recorrendo e a liminar sendo mantida, quando vencer os 30 dias, como ficará a situação?

Difícil prever se nos 30 dias haverá tempo suficiente para que o processo de legalização do uso das águas quentes seja concluído. Muito provavelmente, não estará concluído. A menos que as forças políticas, neste momento, falem mais alto.

E como já se disse, não no sentido de tornar legal o que está ilegal, num passe de mágica, mas apenas atuando no sentido de agilizar a máquina burocrática. Correndo mais celeremente com a papelada. E será a papelada, notem bem, o fator decisivo nesta questão.

Ou seja, quanto mais munido de documentos o clube tiver, mais facilidades terá para a agilização do processo no Departamento Nacional de Proteção Mineral. Torce-se, portanto, para que a diretoria do clube, como um todo, tenha sido diligente e cuidadosa neste aspecto. Senão…

Outro ponto importante a ressaltar neste acontecimento traumático para o município e os munícipes de modo geral, é quanto à necessidade urgente de se criar na cidade uma alternativa econômica ao Thermas dos Laranjais. Nossos administradores precisam pensar isso com toda a atenção devida.

Olímpia já viveu o ‘ciclo de ouro” do café – fomos um dos maiores produtores do Estado, quiçá do país. Depois vivemos o ciclo da laranja, de novo em posição de destaque no cenário paulista. Hoje, nosso destaque em nível estadual e nacional é o Thermas. Vivemos, agora, o ciclo das águas.

E aí reside o maior perigo. Centralizar todo o potencial de desenvolvimento econômico da cidade nas costas do clube é temerário e não aconselhável. Tenham em mente que o café e a laranja dependiam muito mais das flutuações de mercado e do melhor cuidado no trato com as plantas, ações geradas pela mão do homem.

E no caso do clube, seu maior produto de uso e consumo  é a água subterrânea e profunda. Portanto, um bem natural. E a natureza, sabemos todos, é caprichosa. E a água, um bem finito. Num belo dia podem negacear conosco, recusando-se a regurgitar o tão precioso – e quente – líquido, aos borbotões, como ocorre hoje.

E aí, como ficaremos? Lamentando, como ainda o fazemos quanto ao café e à laranja? Vendo a cidade mais uma vez se estagnar por falta de opção econômica? Lembrem-se, uma boa idéia, um projeto bem implantado leva pelo menos cerca de 20 anos para maturar. Vide o próprio Thermas.

Por isso é preciso que o prefeito de turno não pense sua administração somente em função do clube, projetando sempre tendo o empreendimento como foco central. Claro que, também, não deve agir negligenciando este gigante do lazer, esta mola propulsora da economia local.

Mas, pensar única e tão somente voltado para o clube e o que o cerca não é um bom papel de governante, eis que ele está lá, ungido ao cargo de adminsitrador da urbe, para encontrar soluções que resolvam problemas. E necessariamente, para pensar o amanhã.

Queremos crer que o que se sucedeu com o Thermas dos Laranjais, agora, possa ser transformado num sinal de alerta a tantos quantos querem um futuro para esta cidade. Da lacração destes dois poços pelo DNPM, espera-se que restem, mais adiante, importantes aprendizados com a lição recebida.

AS CINCO CADEIRAS E A INCÓGNITA DAS BANCADAS

Amigos do blog, parece que agora vai! O projeto da Proposta de Emenda à Constituição, antes PEC-333, agora PEC-336/09, que sugere o aumento do número de vereadores no Brasil foi aprovada na madrugada da quarta,26, para quinta-feira,27, por uma comissão especial da Câmara dos Deputados. Agora, o projeto irá para votação em dois turnos no plenário.

Caso o projeto seja aprovado na votação da Câmara, o número de vereadores no Brasil passará de 51.748 para 59.791. Cerca de 8 mil suplentes assumirão como vereadores assim que a PEC for promulgada. Ou seja, nesta legislatura.

Além do aumento de vereadores, os deputados aprovaram, também durante a madrugada, a PEC 379/09, que determina a diminuição das verbas para as câmaras de vereadores dos municípios (no caso de Olímpia, nada mudará).

Ao contrário da primeira lei, a que criará mais 8 mil vereadores, que entrará em vigor assim que promulgada, a diminuição das verbas para as Câmaras municipais só entrará em vigor no ano seguinte à aprovação do projeto no Congresso.

Em Olímpia, deverão assumir cinco novos vereadores, hoje na suplência de suas coligações. O que não se sabe é como ficará a situação em relação à Coligação Renovação Já, que elegeu o prefeito Zuliani, já que Salata é suplente no exercício do cargo.

Sua situação poderá criar um impasse? Ou irá favorecer ainda mais o situacionismo, com a efetivação do vereador no cargo e a assunção de outro suplente? Como se sabe, Salata ocupa a vaga deixada por Beto Puttini, que virou secretário. Como vai ficar a situação é caso para se resolver depois.

Hoje, nossa Egrégia Câmara tem 10 vereadores, número aumentado em uma cadeira a partir desta gestão, pela própria Câmara, autorizada pela Lei Eleitoral. Agora, como a cidade já supera os 50 mil habitantes, poderá ter 15 vereadores.

(A Lei Eleitoral prevê que cidades com população a partir de 50 mil até 80 mil habitantes, podem ter até 15 vereadores)

Com essa possibilidade, o Legislativo olimpiense poderá ser palco de uma radical mudança na correlação de forças, uma vez que a situação passará a contar, na certeza, com mais dois vereadores, embora a oposição ganharia também mais dois edis.

Portanto, a bancada zulianista contaria com seis vereadores, e a oposicionista, com oito vereadores. Mas, isso tudo na teoria político-partidária. Porque na prática, as coisas podem não se dar exatamente desta maneira.

O prefeito Geninho pode, por exemplo, levar para suas hostes, ainda, um terceiro nome, formando então uma bancada de sete vereadores – seis, oficialmente, e mais um por adesão. À bancada da coalizão caberiam oito novos vereadores, caso não haja defecção.

Porque, a grosso modo – ainda não se sabe como a Justiça Eleitoral vai se comportar diante desta nova situação – estariam ocupando cadeiras na Câmara, pela Renovação, Valtinho Bitencourt (DEM), com 739 votos, e João Vitor Ferraz (PSDB), com 671 votos.

Pela coligação Integração, assumiriam Marco Coca (PPS), com seus 897 votos, Flavito Fioravante (PMDB), que recebeu 823 votos. O outro suplente que assumiria, disputou a vaga pela coligação União Pela Moralidade e Justiça, e recebeu 437 votos: Geraldo Viana.

É possível que a partir desta mudança, o vereador Salata (PP), que com seus 840 votos ficou suplente na Renovação e agora assumiu o cargo, seja então efetivado e um novo suplente ocupe a vaga de Puttini – se não ele mesmo (PS: Isso é especulação de nossa parte, a JE é que vai decidir).

Então, aos nomes: Coalizão: Hilário (PT), Toto Ferezin (PMDB), Zé Elias (PMDB), Guegué (PRB), Flavito (PMDB), Marco Coca (PSB), Magalhães (PMDB) e Guto Zanette (PSB). Renovação Já: Salata (PP), Lelé (DEM), Primo (DEM), Bitencourt (DEM), João Vítor Ferraz (PSDB), Bertoco (PR). E como ‘líbero’, Geraldo Viana (PSB).

(Lembrando que os nomes são prováveis, não garantidos, porque, repetindo, é a JE que vai definir a situação. Pode ser que haja até mesmo um reposicionamento do coeficiente eleitoral. Portanto, tratam-se, as linhas acima e abaixo, de mero exercício do pensamento, com base nos dados das últimas eleições)

Porém, diante do quadro acima, não dá para imaginar o prefeito Geninho tendo maioria oposicionista na Câmara, uma vez que o ‘líbero’ pode se tornar situacionista, e não se sabe exatamente da disposição de Coca em integrar a Coalizão.

E, depois, já se antevê uma certa ‘malemolência’ dos vereadores Toto Ferezin e Zé Elias, em relação às coisas emanadas do Executivo. Ou seja, pode o prefeito Zuliani eventualmente ser ‘esmagado’ pela ‘máquina’ legislativa, ou pode o prefeito, com algumas peças bem mexidas no tabuleiro camaral, tornar-se legislativamente forte, imbatível.

Aí, só por Deus……

MENTIRAS PÚBLICAS X INTERESSES PRIVADOS

Good times is back again?

Good times is back again?

Amigos do blog, pois é, como era de se esperar, mas com a torcida de que assim não fosse, ganhou corpo esta semana, a partir da sessão ordinária da Câmara de ontem à noite, a ‘teoria da conspiração’ do grupo político no poder.

E quem veio para botar fogo no palheiro da discórdia foi o vereador Salata (PP), agora líder oficial do prefeito Geninho na Câmara Municipal, e não mais apenas um ‘ponta-de-lança’. E ele parece que chegou com tudo.

(PS: Não vamos entrar no mérito do desprestígio conferido ao democrata destituído da função, Primo Gerolim).

Na Câmara, ontem à noite, já deitou falação por causa da não-inclusão na pauta de votação, do projeto de Lei de sua autoria, que declara o Thermas dos Laranjais como entidade de utilidade pública. Ele queria votação em regime de urgência.

Como não foi atendido, já que por prerrogativas legais o presidente da Casa tem 45 dias para atender ou não o pedido, começou a dizer um monte de coisas, inclusive acusando Hilário Oliveira (PT) de cercear sua palavra, não permitindo que fizesse uma ‘reclamação’.

Assim, faltou com a inteira verdade. Não havia, naquele momento, oportunidade para tanto, já que o assunto a ser tratado era o projeto que não estava na pauta e, portanto, não estava em discussão. Não satisfeito, foi à Tribuna para criticar o presidente e dizer-se censurado na Casa.

Depois, acusou o presidente e a bancada da coalização de não quererem ajudar a resolver o problema do clube (que está com seus dois poços de águas quentes lacrados já faz 16 dias).

Mas, o “ajudar” para Salata seria a aprovação do projeto em questão, que até agora ninguém explicou qual benefício trará ao clube, aos associados, aos hoteleiros, aos funcionários, enfim, à cidade como um todo.

Ao invés disso, preferiu atacar. Seu suplente na liderança, Primo Gerolim, foi na mesma esteira. Criticou todos que ali não estariam “ao lado do povo” nesta empreitada, e que a lacração dos poços teria sido resultado de ações “obscuras”. Ah, ele disse também que as lacrações foram por causa de “denúncia anônima”.

A propósito, o Curupira tem algumas arestas a aparar com algumas gentes de Olímpia. Com este vereador idem, já que teria sido ele o precursor do ‘lobby’ pelo banimento do protetor das matas dos festivais do Folclore. Quem sabe num assomo de vingança…

(PS: Não vamos entrar no mérito da situação de irregularidade, ou ‘desaviso’ que havia dentro do clube, situação que perdurava há quatro anos).

Depois disso tudo, Salata ainda foi à rádio do Martinelli – que hoje, estranhamente, morre de amores pelo vereador que execrou em passado não muito distante – e jogou no ar outra série de não-inteiras verdades. Numa flagrante intenção de indispor a Mesa, melhor dizendo, pelo menos dois vereadores à Mesa – Oliveira e Guegué – perante a opinião pública.

Para tanto usando o problema do clube, e até mesmo os problemas havidos em uma instituição que congrega estudantes universitários, da qual Oliveira foi presidente….em 2005!

O vereador Salata é político experiente. Uma espécie de Paulo Maluf da província. Aliás, tem irmão advogado na equipe jurídica do velho político. Portanto, tem boa escola. Seu mais novo ‘espelho’ político, Geninho Zuliani, o prefeito, também é experiente.

‘Formado’ na escola Kassab-Garcia (estes também ‘pupilos’ de Maluf), é conhecedor de todas as muitas artimanhas de bastidores. São tão iguais que no passado recente eram inimigos políticos figadais. A ponto de terem um ao outro como políticos não confiáveis – lembram-se do “genião”? Mas, isso é passado. E política não é como nuvem? Então…

Hoje, caminhando de mãos dadas, um articula, o outro desempenha. Juntos, até que um “não” os separe. Mas, para concluir, diria que para prosperar, esta ‘teoria da conspiração’ teria que pelo menos fincar-se em bases sólidas. As bases da verdade, da transparência e do respeito à opinião pública.

(PS: recebo a informação de que a diretoria do grêmio da Açúcar Guarani vem de proibir o grupo de oposição formado na cidade para disputar as eleições no Thermas em abril do ano que vem, de se reunir em suas dependências, como vinha acontecendo. De onde partiu a voz de mando? Da diretoria da empresa, ou o poder de influência foi exercido diretamente sobre a diretoria do grêmio? Seja um, seja outro, a quem se acusa de político ditatorial nesta cidade? Cadê o novo? A democracia, onde está? Salve os coronéis assinalados! Viva nosso grotão!)

SORRIA, OLÍMPIA, VOCÊ ESTÁ NA GLOBO!

Amigos do blog, vejam que banaca! Olímpia e seu folclore autêntico estão retratados no Globo Rural de ontem, domingo, 23. Foram nada menos que 15 minutos e 30 segundos de reportagem, cobrindo o encontro de Congadas acontecido recentemente na cidade e contando a estória do Terno de Congada Chapéus de Fita, de Olímpia, em detalhes.

É claro que outros aspectos da cidade e do nosso Fefol são retratados, com destaque para o Museu de História e Folclore “Maria Olímpia”. É sempre um orgulho muito grande ver nossa Olímpia sendo destacada pela mídia, em rede nacional, como a cidade que trabalha pela preservação das raízes culturais brasileiras. Bate uma baita vaidade!

Vou tentar ‘colar’ aí embaixo o vídeo do G1 da Globo. Se não funcionar, é só acessar o G1 e ir em ‘procurar’, digitar Globo Rural e depois selecionar a matéria. Beleza?

(A propósito deste assunto, recebi comentário hoje no meu orkut, do amigo Zé Bento, lá das Minas Gerais, no seguinte teor: “Orlando, estou ouvindo o programa… Ana Dellapria é paranaense (do norte do estado)
e a matéria toda (no Globo Rural) foi apresentada em mais de 25 minutos, é que por conta da edição para a Internet, foi diminuida alguns minutos. (Eliane Deak , é quem edita)
abraço”). Beleza! Beleza! É isso aí!!!! 

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MANTER+TRADICOES+AFRICANAS,00.htm

EIS A MANIFESTAÇÃO DO CLUBE

Amigos do blog, finalmente uma manifestação da direção do Clube Thermas dos Laranjais. Ela veio por meio do Departamento Jurídico e, numa análise mais acurada, cheia de ‘senões’.

No mínimo, a nota deixa pelo menos antever uma estrutura administrativo-jurídica frágil, a qual não demonstrou conhecimento suficiente para não se enredar em situações na qual hoje o clube se vê enredado.

A nota, se bem entendida, é praticamente uma confissão de culpa de toda equipe ‘técnica’ do clube de lazer. Se dizem imbuídos de boa-fé e ninguém há de duvidar disso. Mas, para bem gerir um empreendimento deste porte, queremos crer, é necessário muito mais que simples boa fé.

Não levando em conta os muitos outros problemas internos que apontam ao clube – e dizem que eles os há em uma escala gigantesca, até -, propugnamos melhores horas e dias para aquela diretoria, para o clube, para a cidade e seus concidadãos.

Porque uma coisa está umbilicalmente ligada à outra. É preciso que uma caminhe bem para que todas as outras também façam suas caminhadas sem tropeços. Porque, como se viu, se um elo desta corrente se parte, o abalo é grande, e todos acabam, de forma direta ou indiretamente, sendo envolvidos.

Para encurtar a conversa, leiam abaixo a íntegra do comunicado distribuído à imprensa ontem à noite:

Olímpia, em 20 de agosto de 2009.

Nota de Esclarecimento do
Departamento Jurídico do Thermas

O Clube Dr. Antonio Augusto Reis Neves – Thermas dos Laranjais esclarece que foi interposta Ação Declaratória com pedido de Tutela Antecipada a ser analisada perante a Justiça Federal visando reabrir os poços profundos lacrados no último dia 10 de agosto por ordem do Departamento Nacional de Proteção Mineral – DNPM.

Esclarece ainda, que todo o transtorno ocorrido se deu em virtude da autorização para perfuração dos poços e uso das águas (obtida via consultoria especializada), ter sido equivocadamente concedida pelo Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo – DAEE também para os poços de água profunda.

Isto porque, no caso, a competência do DAEE (órgão estadual) se restringe aos poços superficiais, enquanto a competência do DNPM (órgão federal) é relativa aos poços profundos (uma vez que a competência referente ao subsolo é exclusiva da União).

Somente após quatro anos e mediante provocação do DNPM (órgão competente para a concessão das licenças de pesquisa e lavra dos poços profundos), o DAEE identificou a sua falta de competência para conceder a supra referida autorização, revogando-a.

A diretoria do Thermas sempre agiu dentro dos princípios da probidade e boa-fé, sendo certo que o equívoco do DAEE quanto a sua competência e a revogação da outorga em 07/08/09, culminaram na situação em questão.

É importante esclarecer que não existe meios legais  para a concessão de qualquer tipo de autorização precária relativa à utilização da água durante o trâmite do processo administrativo perante o DNPM.

Significa dizer que, sem determinação judicial expressa, é impossível ao órgão autorizar, ainda que precariamente, a utilização das águas.

O clube se coloca à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários. Sendo o que nos cumpria informar aos associados e a população para que dúvidas não restem quanto a diligência, lisura e boa fé com a qual sempre agiu a instituição.

Thermas dos Laranjais

EM BUSCA DA RECIPROCIDADE PERDIDA

Amigos do blog, não param de pulular por aí comentários de que a diretoria do Thermas dos Laranjais, escudada pelo prefeito Geninho Zuliani (DEM), está ainda procurando os ‘culpados’ pela triste situação em que se vê mergulhada no momento.

Mas, estes ‘culpados’ estão sendo procurados cá fora do estabelecimento. Cá fora do grupo que o administra. Fora das rodas de ‘amigos’ do presidente Benito Benatti. Em suma, querem encontrá-los por trás das linhas inimigas.

Tentam, talvez, sairem ‘por cima’, como se diz, apesar da flagrante situação de irregularidade havida dentro do clube. Uma situação que aponta falhas e falhas glamorosas, de alguém. Ou de algumas pessoas. Ou de um grupo de pessoas. Ou de todas as pessoas. Mas lá, dentro da empresa. Não aqui fora!

O prefeito teria dito a interlocutores saber exatamente de onde e de quem partiu a ‘denúncia’ – vou colocar entre aspas porque, havendo ou não, não a considerarei fator preponderante. Teria um relatório, um ‘dossiê’, para ficar mais ao gosto do pessoal no poder.

O equívoco, desnecessário dizer, será dos grandes, caso se queira centrar o foco em querelas, caso se queira transformar um acontecimento eminentemente técnico em um fato meramente político.

Até porque isso não isentará o clube da falha grave que provocou o lacre dos dois poços de águas quentes. O que ganhará a diretoria? O que ganhará o prefeito? O que ganhará a cidade, saberem que alguém denunciou?

E o fato concreto, não está na discussão? E qual seria este fato concreto? A situação de não-autorizado que o clube vivia, ao explorar as águas subterrâneas que pertencem à União. Com autorização do Estado somente.

A quem caberia buscar solução para o problema? As notificações encaminhadas ao clube, nas mãos de quem foram entregues? E onde foram parar depois? Não havia informação suficiente entre os assessores de Benito Benatti para dizerem “olha, isso não pode?”.

Portanto, senhores, percebam que não é tão simples assim. Basta achar um ‘culpado’ cá fora, e está tudo bem! Até porque, se culpados há, eles estão lá dentro, como já disse acima. E o momento não é e nem deveria ser o de ‘caça às bruxas’.

É, sim, o momento de todos juntarem forças para, assim, o problema ser resolvido o mais rápído possível. Porque Olímpia depende da força econômica que o clube representa hoje. Em sendo assim, trata-se de um problema de todos nós, olimpienses.

Porque se amanhã o clube vier a faltar em definitivo, a cidade irá se ressentir muito, por falta de uma opção econômica pensada e viabilizada. Opção que parece não vir nem em tempos futuros.

Lembremo-nos que o atual Governo Municipal está apostando todas as suas fichas na potencialidade do Thermas dos Laranjais. E tudo que tem projetado tem o empreendimento como objeto direto.

Daí a necessidade das forças unidas. Porque se o Thermas ‘morrer’, todos ‘morreremos’ juntos.

O FILHO-BEBÊ E O FILHO MAIS VELHO

Amigos do blog, na manhã desta terça-feira, pude fazer uma entrevista com a coordenadora dos Festivais Cidinha Manzoli, no programa que faço na Rádio Menina, ‘Cidade Aberta’. Ela fez um balanço geral do 45º Fefol e teve a oportunidade de esclarecer, ponto a ponto, tudo o que foi feito nesta edição da festa, o que agradou e o que não agradou.

Embora na visão de Manzoli, pouca coisa não agradou. E a todas as questões ela tinha uma resposta pronta, ou semi-pronta. Só não entrou no mérito da ‘Mãe Peregrina’ que, até para minha surpresa, sua chegada e despedida em forma de cerimônia dentro do Festival, dividiram opiniões.

Interessante notar que o ponto de vista colocado por mim no rádio e também neste blog, não tenha gerado a comoção catolicista que imaginei que geraria. No blog até se entende a razão da não-reação, mas no rádio pensava diferente, dada sua capacidade de alcance.

Entendam que é sempre delicado quando se mexe com ícones religiosos, mormente N. S.Aparecida, mãe de toda gente brasileira. Houve mais comentários de concordância com minhas colocações que de críticas. Entenderam os que me ouvem no rádio e os que me leem neste espaço, que uma coisa nada tem a ver com outra.

Haja vista que analisava o fato folclórico em si, nada além disso. E a cerimônia inserida nesta 45ª edição do Fefol não abarcaria nenhum fato folclórico, apenas o fato religioso. E há a questão do laicismo etc e tal, este ponto vocês já conhecem.

Quando disse que Manzoli não entrou no mérito da ‘Mãe Peregrina’ é porque ela mesma não soube responder qual a relação entre um fato e outro. Nos remeteu ao Toninho Macedo, diretor da Ong Abaçay, responsável pela entronização da Santa na festa.

“É a cultura da paz”, disse ela. “O chamado da paz”. Tudo bem que seja, mas este chamado pode ser feito a qualquer tempo, por exemplo, na sexta-feira que antecede a abertura da festa. Houve até quem sugerisse fazer junto uma celebração evangélica, também, assim ecumenizando o momento.

As demais crenças, não-crenças, cultos etc., ficariam para o evento que sempre foi deles, o Festival do Folclore. Com o Curupira tomando conta da festa. E da cidade. Como reza a tradição do Fefol. Não se pode impor a ninguém qualquer dogma.

Quanto ao título acima, o que me remeteu a ele foi a comparação feita pela coordenadora, quando lhe perguntei se para a festa do peão houve mais empenho do prefeito e seus asseclas, que na festa maior de Olímpia.

Usando de analogia, perguntou: “Entre um filho-bebê e um filho mais velho, de qual você vai cuidar com mais carinho?” Isso, depois de dizer que não, o empenho foi o mesmo. “É que a festa do peão é o filho mais novo, e é natural que se dê mais atenção a ele”.

Ela disse até que achou “justo” que se tenha gastado mais com o ‘bebê’ que com o ‘filho’ mais velho. Então, ainda no campo das analogias, eu diria que a festa do peão é o ‘filho’ que o prefeito fez questão de ter. Ninguém o obrigou a tê-lo. Nem pediu que tivesse.

De maneira que ele não poderia, nunca, ter sacrificado o ‘filho’ mais velho, deixando-o quase à míngua, por ter se exaurido nos cuidados com o ‘rebento’. Que ambos, então, fossem cuidados com a mesma intensidade de carinho. Lembrando que o ‘filho’ mais velho vinha de encher de alegria e orgulho o ‘lar’ chamado Olímpia.

Mas, a impressão que fica, para nos manternos ainda no campo das analogias, é a de que o ‘pai’ pretendeu esconder o ‘filho’ que, na sua visão, embora brilhante e culto, não é belo e formoso, para exibir o rebento como sua obra bela e garbosa, embora sem alma.

O que nos resta agora é esperar o balanço final de tudo o que foi feito. Para daí se travar a discussão em torno do que vai ficar, do que não vai, do que deu certo, do que não deu. Está passando da hora de termos um Fefol ‘redondinho’. E para tanto, entre outras coisas, é preciso que o rebento do novo Governo não atrapalhe.

FOGE, CURUPIRA, FOGE!

Eis o esquecido mito

Eis o esquecido mito

Amigos do blog, e lá vamos nós para as últimas horas do nosso mais importante evento, do mais importante evento do gênero no país, o Festival do Folclore – 45ª edição. Pena que poucos até agora atentaram para sua grandeza e principal função.

O que vai ficar desta 45ª edição? E o que deve ser esquecido? Impossível que alguém vá dizer que tudo correu à perfeição, que o objetivo foi alcançado e coisa que o valha, porque não será verdade. Houve uma tentativa – se verdadeira ou não se verá depois – de trazer a festa para mais próximo de suas origens.

Mas, o bordão do ‘resgate’ desgastou-se ao longo dos dias. Com a festa acontecendo, foi-se vendo as dicotomias, as idiossincrasias e as vicissitudes aflorando em cada canto, em cada palavra, em cada gesto. Os idealizadores da nova fase do Fefol acabaram por se trair. Condimentaram suas pretensões com a ardidez da reinvenção, a bem da verdade.

Não houve, até hoje, desde a morte do folclorista José San´tanna, em 1999, quem não arriscasse dar um palpite, fazer uma mudança aqui e acolá, um ajustezinho ou ajustezão, houve até quem chegou a falar em ‘vender’ a festa por meio dos cartazes de divulgação – santa heresia!

Com certeza, esta idéia jamais, em tempo algum, passou pela cabeça de José. Já vimos várias configurações e adaptações, tudo sob o manto do engrandecimento do evento, quando o que queria o folclorista era que tudo permanecesse como estava, aquele tamanho era o tamanho justo, aquela forma de fazer, a forma correta.

Quando o ‘barco’ da vida soçobrou para Sant´anna, surgiram os ‘descobridores’. Alguns se dizendo até ‘inovadores’, quando a mais prescindível na festa de José era exatamente esta abominável figura: a do ‘inovador’. E agora, chegada à 45ª edição, após 45 anos de difusão da cultura popular, exatos dez anos da morte do mestre, ei-los, às pencas, assumindo o leme da festa.

Já de cara, transformando uma brincadeira, na qual o prefeito entrega a chave da cidade ao mito Curupira, patrono, por decreto municipal, dos festivais de Folclore, em uma cerimônia católico-religiosa, quando, por definição de origem, a festa é ‘laica’ na concepção de Sant´anna.

Um laicismo onde cabem todas as correntes, todas as crenças, todas as religiões e por fim também todas as não-crenças, não-religiões. Estes ‘inovadores’ do Fefol foram longe demais. Radicais demais. E pouco afeitos ao diálogo que são, impuseram a toda gente seus métodos, suas vontades. Azar de quem não gostou, parecem dizer!

No jornal ‘Folha da Região’ deste sábado, o título da capa chama a atenção para o que seria uma desfiguração por completo do Fefol, que o jornal compara ao Fifol, aquele festival internacional que tivemos por alguns anos, e que não raro se houve dizer, foi a principal razão da infinita tristeza que manifestava o mestre, até sua morte.

Quanto a mim, não sei se chega a tanto. Mas é bom ficarmos atentos. Porque os ‘inovadores’ estão aí. E porque, também, paradigmas foram impiedosamente quebrados nesta edição da festa. A começar pela ‘desconstrução’ arquitetônica no entorno da arena do Recinto. Interesses inconfessos. Mentirosas justificativas depois.

E como observa o jornal, a estátua do mito, na porta do Recinto, parece se preparar para fugir. Ao invés de estar voltado para o interior da Casa do Folclore, a sua casa, está voltado para o portão de entrada, como a querer sair.

A estátua cresceu, se agigantou, a bem da verdade. Triste será decobrir depois que ela terá ficado maior, muito maior que esta edição do Fefol.

TOTO 2.1.3.5

Amigos do blog, este título acima bem poderia ser: ‘O que move Toto Ferezin?’ Mas, decidi simplificar, pontuando os números referentes ao total de votos que recebeu nas eleições do ano passado, para a Cãmara Municipal.

Toto foi, portanto, o vereador mais votado, entrando para a história das disputas eleitorais na cidade, já que passou a figurar entre os três candidatos à Câmara que mais votos receberam nas últimas décadas. Um feito. Talvez, antes, uma acachapante demonstração pública de confiança.

Mas, o próprio político de primeira viagem, caminha celeremente e com determinação para decepcionar seus 2.135 votantes, adontando a postura legislativa que vem adotando nas últimas sessões. O tal do ‘dize-me com quem andas que te direi quem és’, está aí, pululando aos olhos dos incrédulos eleitores.

Não se sabe, realmente, o que tem movido Toto Ferezin. Mas sua súbita adesão a certos conceitos e decisões administrativas do prefeito Geninho (DEM) começam a incomodar e a virar conversas nas rodas de tricoteiros. Mormente a divulgação de que será ‘cabo eleitoral’ em Olímpia, do candidato ao Senado Orestes Quércia, ex-manda-chuva do seu partido, o PMDB.

Quércia, a persona ‘maldita’ dentro do partido. O mesmo Quércia que provocou uma ruptura tão grande no PMDB, que fez nascer o PSDB. Figuras de proa do partido – do naipe de um Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas – o deixaram para montar o ninho tucano.

O mesmo Quércia que ‘quebrou’ o Banespa para eleger Fleury, seu então desconhecido pupilo – afinal, era preciso manter o tapete no lugar, já que havia muita sujeira sob ele. O mesmo Quércia que comprou equipamentos superfaturados de Israel. O mesmo Quércia que…Tá bom de exemplos, né?

Pois é esta figura política tão bem ‘apanhada’ no cenário nacional que Toto Ferezin quer trazer para Olímpia a tiracolo. E sabem porquê? Porque simplesmente o prefeito Geninho lhe deu esta missão. Para atender um pedido (ordem?) feito ao prefeito por outro colega de cargo, este na Capital, Gilberto Kassab, de resto seu ‘padrinho’ político.

E tome foto no jornal. De um lado, Toto Ferezin; no meio, ele, Quércia; e na outra ponta, Geninho, o prefeito. A foto é bastante emblemática da situação que tentamos narrar aqui. Só não ouso dizer que as companhias não seriam recomendadas por nenhum pai zeloso, porque de repente nem saberia de que lado começar.

Até onde esta ‘parceria’ Toto-Quércia-Geninho é boa para o vereador? Toto foi eleito pela coligação de oposição a Geninho. Coligação cujo PMDB foi majoritário. Sua eleição se deu juntamente com outros quatro vereadores da coligação, sendo mais dois do PMDB.

Eleitos os cinco, formaram uma coalizão para a Câmara, fazendo a Mesa com ele mesmo na vice-presidência, e os cargos de direito. Esta coalizão tem o firme propósito de seguir unida até 2010, quando em dezembro se elege a nova Mesa. A presidência e os demais cargos, em forma de rodízio, continuariam com eles.

Houve até mesmo um acordo tácito no sentido de que não haveria ‘cabrestamento’ de votos. Ou seja, cada um votaria de acordo com sua consciência, vontade e pensamento. Mas, dados os projetos nos quais Toto tem votado, fica a nítida impressão de que ele, na verdade, estaria sendo ‘monitorado’ pelo Executivo.

E aí residiria a decepção crescente de seu eleitorado. Ou mesmo de não-eleitores que viam nele uma promessa política. Já que é jovem, estava entrando agora nesta seara e tinha (será que ainda não os tem?) bons propósitos.

Portanto, é preciso talvez que o próprio Toto Ferezin explique o que lhe move. Pelo menos seus eleitores merecem saber.

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