Amigos do blog, ou o mundo está muito louco ou o mundo está certo mas deu a louca em todo mundo. Ou, mais reservadamente, alguém, a mando de alguém, está querendo fazer o mundo parecer louco. Ou querer fazer parecer louco quem ainda acredita que as coisas ainda podem, um dia, serem sérias neste mundo.

 

Faço estas ilações porque na manhã e início de tarde de ontem, domingo, debrucei-me na leitura e na posterior transformação em texto interpretativo do relatório da Santa Casa que, acredito, a maioria de vocês já tenham tomado conhecimento, pois postei aqui neste espaço.

 

O que coloquei aqui foi o meu entendimento sobre o que pude apreender de tudo o que estava relatado lá. Um calhamaço de exposições, onde ressaltaram as questões burocráticas, os erros formais, técnico-administrativos e questões mais ligadas à burocracia gerencial de uma entidade do porte daquele hospital. Pensei ter jogado luz sobre a escuridão, trazendo os detalhes do que foi relatado pelos especialistas contratados.

 

Não facilmente aceitarei como coincidência o que veio depois. O blogueiro Leonardo Concon, ao ver postado aqui o tal texto, incomodado não sei com o que, correu a buscar também uma cópia do tal relatório que decerto não tinha (e suponho que tenha sido mesmo iniciativa dele e não em atenção a alguma “ligação”), não sei com quem, mas imagino com quem, para refutar o que aqui foi publicado.

 

Só que ele faz esta contestação em termos chulos, agressivos, desrespeitosos e acusatórios. Jogando no ar insinuações que podem macular a imagem e a honra de pessoas, uma em particular, sem que haja qualquer manifestação ainda por parte do Ministério Público, caso ele resolva instaurar inquérito sobre o que foi  apurado pelo relatório. E, vejam bem, instaurar ou não IC vai da consciência do promotor, se entender que ali há indícios de algo que precise ser apurado.

 

Mas Concon já instaurou ele mesmo o IC, julgou e condenou, ao que parece, já que faz algumas acusações que depois pode ficar difícil serem provadas. Se ele tem alguma informação privilegiada do grupo no poder, do qual ele é bem próximo, de que algo será feito em nível de Justiça é outra coisa mas, ainda assim, seria prudente que esperasse as coisas acontecerem, antes de se arvorar em ave de rapina do grupo, que não raro adora usá-lo para coisas deste tipo.

 

Por exemplo, o post do blog do Concon já parte do título enviesando a informação: “Relatório enviado ao MP acusa que doações à Santa Casa não estão contabilizadas”. Já contei ontem aqui o que diz o relatório neste quesito (voltem ao post de ontem para entender). Depois, no texto de introdução, em negrito, diz, à certa altura: “(…) O relatório enviado ao promotor Gilberto Ramos de Oliveira Júnior, dos Direitos 
Constitucionais do Cidadão, apontam quatro possíveis grandes irregularidades cometidas pela gestão ‘presidencialista’ (…) de Helena Pereira”
.

 

Em seguida vem uma afirmação não verdadeira: “Promotor revela: um novo inquérito civil poderá ser aberto”. “Revela” a quem? Quando? Será que ele comentou em “off” com o prefeito ou os interventores do hospital ou mesmo com a assessoria jurídica da prefeitura e alguém “soprou” a informação para o blogueiro? Porque o que sabemos é que este relatório foi anexado ao Inquérito Civil aberto ainda antes da intervenção, e originado nas denúncias feitas pela própria provedora quanto à situação do hospital, que redundaram, depois, no “estado de exceção” implatado ali.

 

Gilberto Ramos de Oliveira Júnior disse que ainda vai fazer uma visita à Santa Casa, conferir “in loco” o que está narrado no relatório para depois decidir o que fazer, que atitude tomar. Se ele disse que vai abrir um novo inquérito, deve tê-lo feito a alguma alta autoridade, mas agora, de público, não confirmou. A informação de Concon, portanto, seria privilegiadíssima. Daquelas que só um sabe, mais um e ninguém mais.

 

Diz mais, o blogueiro: que “O ex-interventor Pimenta queixa-se, no próprio relatório, de que o trabalho da Junta deveria estar alicerçado numa auditoria e não consultoria, devido aos altos custos”. Não entendi muito bem, mas seja lá o que for isso, me parece picuinha revanchista, porque ninguém foi perguntar à ex-diretoria, como encontrou a Santa Casa quando a “herdou” dos grupos políticos. O máximo que a empresa consultora disse, em seu texto, foi: Recomenda-se a análise de profissionais capacitados para fundamentação de eventuais crimes ou mesmo irregularidades cometidas em administrações anteriores, destacando-se alguns casos”. Indo por aí, um redator atento jamais particularizaria suas insinuações e suspeitas jogadas ao público. Ademais, tão zeloso é (pelo menos com a escrita alheia).

 

Aí passa o blogueiro a “gritar”: CADÊ O INVENTÁRIO? E emenda: O primeiro caso irregular citado no relatório diz respeito ao patrimônio do hospital (…)”:  O tal inventário cobrado é aquele mesmo que a ex-diretoria não recebeu de ninguém quando tomou posse, e a anterior também não havia recebido da anterior, que não recebeu da anterior e assim por diante. Concon reforça seu argumentos com uma mentira: “Quando os membros da Junta foram tomar posse encontraram a porta da Provedoria fechada (o que ele queria? Uma porta escancarada?) e, depois, com cópia (imagino que da chave), encontraram o interior totalmente vazio.”

 

O blogueiro mente descaradamente porque ele bem sabe que tudo o que ali havia quando a provedora ocupava a sala ali estava, exceção ao que era de sua propriedade. Sei disso porque entrei – como ele também entrou – junto com o provedor na sala – como de resto toda a “trupe” de assessores de imprensa mandados para lá pelo prefeito, para dar amplitude ao feito.

 

Outro grito do blogueiro-porrete: “CADÊ AS ATAS ASSINADAS POR TODA A DIRETORIA?”  Se não há, são erros formais. Uma situação como essa é passível de arguição legal, então que tal deixarmos para quem de direito fazer os questionamentos? Para o blogueiro, este foi o “segundo caso irregular”. O terceiro grito do blogueiro: “CADÊ A PRESTAÇÃO DE CONTAS DO TELEMARKETING?”  Este, para ele, é “o terceiro ponto, também considerado irregular”, e “talvez ao mais grave deles”. “Cadê as prestações de contas?”, pergunta, indignado.

 

O trecho abaixo é uma “tradução” do blogueiro sobre o que entendeu a respeito:

“Foi feito o telemarketing, mas não foi registrado o dinheiro e nem se sabe onde foi aplicado. Pelo menos, os consultores vasculharam toda a documentação do hospital e nada foi encontrado neste sentido. Muito grave, já que o telemarketing é arrecadado de doações voluntárias de olimpienses interessados em ajudar o hospital local”. Fica implícita, aí, a acusação de que o dinheiro foi desviado. Ou não? O julgamento está feito. Ou não?

 

O blogueiro chapa-branca ainda questiona, de novo aos gritos: “CADÊ A EX-GESTÃO POSITIVA?” Fala do prejuízo, se esquecendo do resultado final, do que foi “herdado” pelo grupo que ele representa. E os relatórios apontam claramente isso. Quando a ex-diretoria assumiu o hospital, “herdou” uma dívida de quase R$ 2 milhões, e ninguém gritou, naquela época, cadê o que quer que seja.

 

Aí, claro, a vez dos “salvadores da pátria”. O “lado positivo de tudo isso” é mostrado no tópico: “OS PROBLEMAS SOLUCIONADOS”. Nele está tudo o que “foi feito” pela interventoria, pelo menos dito por eles no relatório. Qual seja, a continuidade e a ainda não-conclusão de tudo aquilo que a própria ex-diretoria, por meio da provedora Helena Pereira, estava fazendo, quando foi brutalmente interrompida pelo tal “estado de exceção” implantado ali pelo prefeito.

 

Mas, para o blogueiro, foi o máximo esta interventoria! Quem não presta é a ex-diretoria. Parem o mundo que eu quero descer!

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OUTRA DELE
Outra do blogueiro, agora sobre o Fefol. Concon usou texto inserido no jornal “Diário da Região”, de São José do Rio Preto, edição do dia 21 de julho, para dizer que estava certo e nós, críticos das ações deste Governo em relação ao Fefol, totalmente errados. Leiam abaixo seu texto:

 

“Vejam como são as coisas: enquanto os de casa procuram chifre em cabeça de cavalo, ou querem apressar o ritmo da carruagem, os de fora consideram, corretamente, como ‘espetacular’ o nosso Festival de Folclore. É o que escreveu na edição desta quarta, 21, o Diário da Região, de Rio Preto, o terceiro maior do Estado de São Paulo, e eu aproveitei no meu modesto e esforçado Blog informativo: “O Festival de Folclore de Olímpia, que celebra o folclore brasileiro de modo espetacular, começa só no dia 7… Quer dizer… ou a repórter Francine Moreno exagerou, ou nós é quem exageramos na dose, né mesmo? Como escrevi anteriormente, calma… se o ‘outro’ teve oito anos para fazer melhor, e não fez, sequer atrapalhou as pessoas com poeira de obras, exceto de seu próprio carro, porque ‘este’ deveria fazer pior? E isso se aplica a todos os fatos desta urbe tão politizada…”

 

Comento: Só para dizer que o nobre blogueiro precisa apreender melhor o sentido das palavras. O “espetacular” da colega rio-pretense, como se pode compreender pela leitura mais atenta, e pela prática com o lexico, não é um superlativo (um editor jamais aceitaria termos superlativos em títulos ou textos informativos, faltou nesse dia da aula?). Trata-se de um adjetivo, no sentido de “modo de espetáculo” (palco, luzes, cores, danças etc.). Aliás, na verdade trata-se de uma conceituação perigosa e desvirtuante do nosso Fefol. O “espetacular” da colega é usado no sentido explicativo de que, aqui, o folclore é feito como espetáculo (espetacular). Ela não quis dizer que o Fefol aqui “é um espetáculo” na acepção da palavra. Calma pedimos nós ao blogueiro, porque em texto jornalístico elogio rasgado é heresia, antijornalismo. Exceção para certos veículos locais. Portanto, sim, você é que exagera na dose.

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WALTER GONZALIS

Recebo em casa via “p.o.box” carta-aberta dando conta da candidatura do olimpiense Walter Gonzalis a deputado federal pelo Partido Verde, o PV da Marina Silva. Seu número é 4303. Será esta a segunda vez que Gonzalis se candidata. Quem sabe, a cidade unindo forças, coloca ele lá em Brasília? Conte com toda a nossa torcida, Walter!

 

Até.