O Governo de Fernando Augusto Cunha encaminhou à Câmara na manhã de quinta-feira, dia 9 de fevereiro, projeto de Lei criando a 13ª Secretaria Municipal, agora de Relações Institucionais. Na verdade, as secretarias municipais podem ser contadas como 15, porque além destas 13 denominadas secretarias propriamente, há outros dois setores com status de secretarias, quais sejam o Gabinete do prefeito e a Controladoria Geral do Município.

A nova secretaria terá como atribuições assistir direta e imediatamente ao chefe do Poder Executivo, desempenhando diversificadas funções, oito ao todo, em geral fazendo, digamos, o meio de campo entre o Executivo olimpiense e governos estadual e federal, deputados, senadores, autarquias, secretarias estaduais e ministérios, enfim, o chamado “corre” administrativo fora do gabinete.

Essa mudança no Executivo também mexerá com a Câmara de Vereadores, mais uma vez, já que o vereador Tarcísio Cândido de Aguiar, do PMDB, é quem irá assumir a função, abrindo vaga na Câmara para o suplente Lúcio Cláudio Pereira, o Amaral, do mesmo partido.

Será a segunda vez que Amaral assume a cadeira de suplente. Da vez anterior, entrou com a saída também de Tarcísio, que foi para a Secretaria de Agricultura, Comércio e Indústria. Depois saiu com a volta intempestiva de Aguiar. E agora voltará, de novo, com a saída de Tarcísio. Espera-se que desta vez Amaral possa legislar tranquilo até fins de 2024.

Reza a lenda que outra intenção do alcaide seria a de apaziguar a Casa de Leis, sacando de lá, Tarcísio, que está em “pé-de-guerra” com o ex-presidente da Casa, vereador José Roberto Pimenta, o Zé Kokão, do Podemos.

É sabido que desde o episódio da cassação do mandato da ex-vereadora Alessandra Bueno, os dois não se cumprimentam mais nos corredores da Câmara. E Tarcísio não perde a oportunidade de “espetar” o companheiro, como já o fez, ainda que de forma indireta, em sua primeira manifestação na sessão de retorno aos trabalhos, na segunda-feira passada, dia 6.

O projeto, que deverá ser pautado na sessão da próxima segunda-feira, dia 13, deverá ter votação concluída, caso não haja pedido de urgência, no início de março.

A propósito, esta semana correu burburinho na cidade de que o Tribunal de Justiça de São Paulo iria julgar o processo de cassação de Bueno, podendo ela ter resultado positivo para o seu retorno, ou não.

Na verdade, o que foi analisado pelo TJ-SP foi o processo no qual estão envolvidos Tarcísio de Freitas e Hélio Lisse Júnior, do PSD, que buscavam liminar para validação de seus votos contra a cassação de Bueno.

Caso tivessem logrado êxito, a decisão mudaria o placar de votos da sessão de cassação, permitindo o retorno da vereadora à sua cadeira. Mas, por votação unânime, a liminar foi negada.

À boca pequena comenta-se por aí que desta vez o chefe de turno não faria objeção à sua volta ao Legislativo, já que lá tomou assento uma figura política à qual não nutriria a menor simpatia.

E até em função da movimentação em torno da análise do processo no TJ, este blog questionou uma autoridade próxima ao alcaide sobre seu estado de espírito quanto ao possível regresso de Bueno à Câmara, caso o resultado fosse positivo à liminar, e a resposta foi: “Está um mel”.

Ou seja, rancores abrandados, temores aplacados, a figura legislativa em questão que bote as barbas de molho.