“O Transparente analisou à letra da Lei e compilou os valores com as taxas atuais e se não houver mudança no cenário econômico, o município pagará pelos R$ 7 milhões nada menos que R$ 14,8 milhões, ou seja, ao final do contrato de 144 meses (24 de carência + 120 de pagamentos), o contribuinte arcará com 212% do valor inicialmente contratado, pois são 5.7% ao ano + CDI, que atualmente é de 6,4% ao ano, totalizando 12,1% de juros anuais. Em resumo, o município está contratando um empréstimo sem saber ao certo quanto pagará ao final”.

O texto acima é fração de publicação no site que ao longo dos dias vai nos revelando as profundezas deste governo que tem, a cada dia, desorientado mais e mais o cidadão, com suas idas e vindas administrativas. Lendo-o, dá a boa medida da “camisa-de-força” em que o atual prefeito quer meter seu sucessor. Além do que, revela um governo gastão, sem medidas. Veja abaixo:

o Resultado Primário, ou seja, a diferença entre as despesas e receitas, saltaram de quase R$ 13 milhões positivos (2017 — gastos menores que arrecadação) para quase R$ 8 milhões negativos (2018 — gastos maiores que a arrecadação). O Transparente.

A verdade é uma só: Cunha quer dinheiro para impor sua “marca” de governo, com vistas à reeleição. Até agora, o cidadão atento vai perceber, tudo o que fez ou está fazendo, tem a chancela, a marca do seu antecessor, hoje deputado federal Geninho Zuliani (DEM).

De seu, Cunha não tem nada feito. De sua lavra temos um projeto modificado na ETA-seca, que de sistema de captação de água superficiais do Cachoeirinha passou a ser poço profundo do Aquífero Guarani, e o outro poço profundo perfurado na Daemo Ambiental que a princípio estima jorrar metade dos metros cúbicos previstos (mas com o mesmo montante de R$ 3 milhões gastos), mas que até agora, segundo fontes, só jorrou areia.

Os demais projetos cunhistas, mirabolantes no seu todo, e até desnecessários em alguns casos, dependem unicamente de verbas sejam do Estado, sejam da União. Da União o prefeito disse ter poucas esperanças de que venha alguma coisa.

E do Estado, ele teme manobras não só do deputado, como também do próprio João Dória, contra quem despejou impropérios durante a campanha eleitoral, fiando-se na vitória de Márcio França.

Ou seja, para fazer obras para chamar de suas, Cunha depende daqueles a quem achincalhou no final do ano passado, acreditando que estava no barco da vitória, mas foi derrotado fragorosamente. Porém, resiste a dar a mão à palmatória.

Cunha está só. E mal acompanhado. Não tem absolutamente nada para “vender” em sua tentativa de reeleição, a não ser promessas vãs e a crença de que está em perfeita sintonia com os anseios populares. Ou, sabedor de que não, corre, como se diz, “atrás do prejuízo”.

Portanto, não se iludam, nobres cidadãos, estes R$ 7 milhões que Cunha quer tanto, nada mais é que sua verba de campanha, para que possa materializar alguns projetos e impor uma “marca”, porque até agora, dois anos e três meses à frente do governo municipal, tem sido um mero estafeta de seu antecessor, mas daqueles negligenciadores e criadores de casos.

Cunha, só e mal acompanhado, ainda cometeu a estupidez de atacar o funcionalismo público municipal, menosprezando-o, acusando-o de atrapalhar a administração ao invés de ajudar, mandando que peça demissão se não está satisfeito com a remuneração, e jurando com socos na mesa que não lhe dará aumento acima de 3,67%, porque “é jogar dinheiro fora”.

Ou seja, o alcaide está sozinho num castelo mal-assombrado. Ele próprio, um quase-zumbi político.