Amigos do blog, a Mesa também estava em jogo quando da decisão do vereador Guto Zanette (PSB) mudar de bancada na Câmara. Nós já havíamos adiantado aqui posts atrás até mesmo a formação dela, quando ainda não havia sido oficializada de público a mudança na correlação de forças na Casa de Leis. Guto tinha a primeira secretaria garantida. Agora, oficialmente podemos falar aqui. Ele, Zé Elias na vice e Primo Gerolim na segunda secretaria. A escalada de Primo se dá em função da necessidade de abortar possível disputa pela “cabeça” da Mesa.
Quem também estaria se insinuando para a mesma cadeira é Zé Elias. Mas, neste caso, acabará aceitando o que lhe derem – e até o que não lhe derem porque, conforme os últimos movimentos havidos por ali, seu voto acaba não fazendo diferença. Nem para um lado, nem para outro. Com ele, a situação faria a Mesa com sete votos. Sem ele, faria com seis. Ou seja, nem fiel da balança Elias é. Portanto, se quiser se manter em condições de acomodar os seus, terá que, primeiro, se acomodar aos outros.
É certo que o acordo firmado em papel no fim do ano passado, não deverá ser cumprido. Sabe-se, por conversas reservadas que vai haver barulho. Mas há uma sensação da parte dos “trânsfugas” de que será muito barulho por nada. E que os fins acabarão justificando os meios. E vice e versa. O pior de tudo isso é que, pelo andar da carruagem, a coalização acabará ficando sem grupo até mesmo suficiente para formar uma Mesa. Ou, no máximo, para formar uma Mesa, mas sem condições nenhuma de chegar lá.
Num cenário, ficariam onde estão João Magalhães, Hilário Ruiz e Guegué. Noutro, os três mais Zé Elias, caso tenha arroubos de independência ou, pior, caso alguém faça valer o “arsenal” político que diz ter contra ele. Mas, esta situação só serviria se garantisse a presidência do Legislativo à coalizão. No caso de, mesmo com o voto dele, nada resolver, talvez guardem munição para outra ocasião. E em política, sempre há a ocasião certa.
Assim, para 2011/2012, o Legislativo estará nas mãos do vereador Toto Ferezin (PMDB), com a “unção” do prefeito Geninho, tendo como parceiros, pela ordem, Zé Elias, Guto Zanette e Primo Gerolim. Se mudanças houver nesta composição ou nesta ordem, será por necessidade de “ajustes”. E se houver mudança radical nesta composição e nesta ordem, prevalecendo o acordo de janeiro de 2009, então a Casa de Leis e estes vereadores terão dado o maior exemplo de hombridade de que se tem notícia na política olimpiense.
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CRISE?
É com esta questão que o site “chapa-branca” do Concon abre o espaço onde publicou a pedido do prefeito uma inusual pequena nota dando conta de que “além dos aniversariantes de setembro, os de outubro, novembro e dezembro, já receberão metade de seu 13° salário no último dia útil do mês que vem”, creditando a informação ao prefeito Geninho (DEM). Em seguida, reproduz a fala do alcaide: “Já temos o dinheiro reservado para isso em caixa”, que segundo observa, “está aplicado no sistema financeiro”. E mais, reproduz o site: “A outra metade do 13° os servidores da Prefeitura de Olímpia receberão no dia 10 de dezembro, para que possam programar suas compras de final de ano”.
Não restam dúvidas de que o prefeito dá esta informação, que antes do site do Concon ele já havia postado em seu twitter, para com isso dissipar a pesada núvem de dúvidas quanto à sua capacidade de gestão. Não são poucos os cidadãos que nos últimos dias têm questionado sobre a capacidade de solvência dos cofres da prefeitura, diante dos fortíssimos rumores de que o município estaria devendo R$ 22 milhões à praça.
Mas o prefeito, além de tentar clarear as coisas com algo óbvio, algo que de forma alguma traz tranquilidade ao funcionalismo ou ao cidadão, vez que pagar em dia, ou até adiantado, não é nada mais que obrigação – haja vista que se fosse diferente, estaria já de cara “quebrando” a espinha dorsal do Governo passado, que primava por isso -, o prefeito ainda revela um outro dado, acreditamos que, sem querer, caso estejamos certos em nosso raciocínio, que foi a declaração dando conta de que “o montante está aplicado no mercado financeiro”.
A prefeitura pode aplicar dinheiro no mercado financeiro? Dinheiro público pode ser usado em aplicações? Porque pressupõe rendimentos que, para tanto, pessupõe pagamento de taxas e quetais. Fomos pesquisar e descobrimos que a aplicação de recursos públicos no mercado financeiro não é ilegal. A legislação obriga que o dinheiro parado seja investido para não desvalorizar. Embora o poder público não tenha sido constituído para gerar receita financeira.
A aplicação, então, nada mais é do que uma forma de proteger o patrimônio. Porém, no setor público, o que não pode é sobrar dinheiro. E esta aplicação não vai fazer sobrar dinheiro? Considerando que a folha de pagamento é fixa, os rendimentos serão usados em quê, depois? Na próxima folha? Aliás, dando uma rápida corrida em busca de esclarecimentos, apuramos que a prefeitura de São Paulo, do prefeito Kassab, tem milhões aplicados no mercado financeiro (mas, neste caso, era uma denúncia de que o montante, mais de R$ 3 milhões, era dinheiro que o prefeito deixara de usar no sistema SAMU). Eis a escola.
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HORA EXTRA?
Não são poucas as pessoas que têm estranhado a movimentação de assessores de primeiro e segundo escalões da prefeitura, em horário de expediente, para tratar dos interesses da campanha de Rodrigo Garcia. É sabido que o prefeito Geninho (DEM) tem apostado todas a suas fichas no candidato, tem gastado mundos e fundos – espera-se que seus mundos e fundos ou do candidato -, mas daí colocar funcionários pagos com dinheiro público, portanto nosso dinheiro, em horário que deveriam estar prestando serviços ao contribuinte, a serviço de um candidato, é demais. O blog ficará em alerta e pede aos “fiscais” da probidade desta cidade que registrem quando virem e mandem para cá que publicaremos.
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PRIMEIRO BLOCO
E como se não bastasse isso, o prefeito ainda estaria usando próprios municipais para encontros e conversas em torno da candidatura Garcia. Por exemplo, espera-se que o ôba-ôba marcado para dia 9, na Casa de Cultura, quando do lançamento do primeiro bloco de 430 casas do “Minha Casa, Minha Vida”, não seja um desses momentos.
Até.
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