Espera-se que a inflação real seja generosa com os organizadores das escolas de samba que irão desfilar no Carnaval 2019 de Olímpia nos dias 3 e 5 de março, domingo e terça-feira de festa, como é praxe. Porque o governo municipal acredita piamente que ela será.

E que não ultrapassará, na ponta das vendas de produtos carnavalescos, de pouco mais de 3,59%, porque este é o porcentual de reajuste no valor do repasse às agremiações, acima daquele que receberam ano passado. Lembrando que a verba do ano passado foi uma merrequinha menor do que a de 2017.

O Decreto 7.389, de 13 de fevereiro, publicado na edição de hoje do Diário Oficial Eletrônico, que dispõe sobre atualização do repasse às escolas de samba da Estância Turística de Olímpia, informa que o valor do repasse a ser efetuado para o Carnaval de 2019, será de R$ 90.752,72, “já atualizados”.

Presumivelmente, este montante deverá ser distribuído entre quatro escolas, o que dará a cada uma, R$ 22.688,18. Mas, caso não sejam as quatro, mas apenas uma escola, esta receberá 40% do recurso mencionado; no caso de duas escolas de samba, estas receberão 33% do recurso cada uma e, havendo saldo restante, será mantido nos cofres da Prefeitura; e no caso de três ou mais escolas de samba, o total será distribuído equitativamente do valor a ser liberado.

A organização do evento não divulgou até agora quantas e quais escolas irão ou não desfilar este ano. No ano passado e no retrasado foram quatro escolas, que este ano desfilarão em um novo local, o terceiro já definido pelos organizadores, que ainda não encontraram um ponto de partida, de ida e de chegada para o Carnaval de rua olimpiense.

Só a título de informação, em 2017, primeiro carnaval deste governo, cujos desfiles foram feitos na Avenida Menina-Moça, às portas do Recinto do Folclore, as quatro escolas de samba dividiram verba de R$ 87.944,88, ou R$ 21.986.22 cada uma, valor quase nada maior (+ R$ 344,88) do montante liberado ano passado, que foi de R$ 87.600, ou R$ 21.900 para cada escola.

Desta feita elas desfilaram na Avenida Aurora Forti Neves, em um trecho de 200 metros, impossibilitando uma melhor evolução de quem teve preocupação em fazer uma frente de escola bonita, diferente e coreografada.

Ou seja, se houve brilho nos dois primeiros carnavais cunhistas com os valores despendidos, este será repetido este ano. Se não houve, também não deverá haver este ano, porque a way of doing é a mesma, só muda-se, de novo, o local.

A propósito, até agora, também, a organização não divulgou qual será o custo total dos festejos de Momo, e quanto importará dele aos cofres do município, uma vez que, cada vez mais, fica demonstrado que a cobertura da iniciativa privada é, aparentemente, só propaganda para, talvez, dar ganho de peso à festividade, que se pretende seja “um dos melhores carnavais da história da cidade”, como professou o secretário Selim Murad.

Mas, pelo andar da carruagem, será apenas mais um carnaval a ser apagado da história dos carnavais da cidade.