Parece até que é de propósito. Mas vamos dar um voto de confiança ao presidente da Câmara de Vereadores, Toto Ferezin (PMDB). Ele não compareceu à sessão ordinária de ontem, segunda-feira, 25. Também não justificou a ausência. Na pauta, dois projetos de Lei Complementar, que necessitam de dois terços da Casa, ou seja, sete votos para serem aprovados.
Tratam-se do PLC 143/2012, de autoria do Executivo, alterando o perímetro urbano de Olímpia no Plano Diretor (Lei Complementar 106/2011), e o PLC 144/2012, do Executivo, que dá nova redação a dispositivo que especifica (refere-se à nova lei dos comissionados). Estes dois PLCs já haviam tramitado na sessão ordinária do dia 11, votados e aprovados em primeiro turno, em regime de urgência. Voltaram ontem para o segundo turno. Porém, o vereador vice-líder do prefeito, Beto Puttini (PTB), pediu a retirada de ambos, “para melhor estudo”, dizendo que voltaria à pauta “posteriormente”.
Pois bem, este “posteriormente” será na próxima quinta-feira, 28, às 10 horas da manhã. O prefeito Geninho (DEM) convocou extraordinária para tanto. E somente os dois projetos estão na pauta. Nos bastidores, no entanto, os rumores são os de que a retirada se deu em função da ausência de Ferezin, que em casos de PLCs também vota. Sem ele ali, não haveriam, portanto, os sete votos necessários garantidos, já que nove edis estavam em plenário.
É bom lembrar que em primeiro turno, no dia 11, Ferezin também não estava presente à sessão mas, mesmo assim, os PLCs foram a votação, recebendo todos os nove votos dos vereadores presentes. Por isso não se sabe se a retirada deles por Puttini foi por necessidade mesmo, ou precaução, uma vez que os três votos oposicionistas do primeiro turno não poderiam ser garantido receber.
Para “melhor estudo”, de qualquer forma, é duvidoso, uma vez que os documentos voltam do mesmo jeito que estavam, sem modificações há duas sessões. Mistérios…
Até.
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