O blog recomenda que o leitor decore muito bem a letra desta canção que reproduz abaixo, e depois ensaie bem a música, para não fazer feio em cerimônias oficiais:

Foi em Diamantina Onde nasceu JK
Que a Princesa Leopoldina Arresolveu se casá
Mas Chica da Silva Tinha outros pretendentes
E obrigou a princesa
A se casar com Tiradentes

Lá iá lá iá lá ia O bode que deu vou te contar
Lá iá lá iá lá iá O bode que deu vou te contar

Joaquim José Que também é Da Silva Xavier
Queria ser dono do mundo E se elegeu Pedro II
Das estradas de Minas Seguiu pra São Paulo E falou com Anchieta
O vigário dos índios Aliou-se a Dom Pedro E acabou com a falseta

Da união deles dois Ficou resolvida a questão
E foi proclamada a escravidão
E foi proclamada a escravidão

Assim se conta essa história
Que é dos dois a maior glória
Da. Leopoldina virou trem
e D. Pedro é uma estação também
O, ô , ô, ô, ô, ô O trem tá atrasado ou já passou

Trata-se do “Samba do Crioulo Doido”, uma paródia composta pelo escritor e jornalista Sérgio Porto, sob pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, em 1968, para o Teatro de Revista. A expressão do título é usada, no Brasil, para se referir a coisas sem sentido, a textos mirabolantes e sem nexo.

E por que diabos pedi ao amigo leitor para decorar a letra e ouvir a música? Simples: não demora muito e esta música poderá se tornar o hino de Olímpia, substituindo o maravilhoso trabalho musical do saudoso José Sant´anna e do professor Jônatas Manzolli. Porque o prefeito Geninho (DEM) já trocou  as cores do município, violentous os símbolos oficiais e garantidos por lei e agora muda a data do aniversário da cidade e o mês de realização do Festival do Folclore.

Portanto, para mudar também o Hino a Olímpia é um pulinho. E para fazer jus à espécie de administração que vem desempenhando, só mesmo o “Samba do Crioulo Doido” para casar perfeitamente. Esse trem tá atrasado, ou já passou?

Só para lembrar o alcaide, querer mudar um evento oficial de qualquer cidadade que se preze, e na qual o cidadão é respeitado, sempre, não é coisa que se faça da noite para o dia, nem como resultado de uma conversa num canto qualquer, entre duas pessoas somente e que, para dizer o mínimo, entendem muito pouco ou quase nada daquilo sobre o que querem impor suas vontades. Há leis, e elas precisam ser respeitadas.

No caso presente, das duas uma: ou o prefeito desconhecia que a realização do Fefol é protegida por lei, no caso nossa Lei Orgânica, ou simplesmente ignorou este fato, ciente de que, se tiver que mandar projeto para a Câmara neste sentido, não encontrará resistência, já que detém uma maioria dócil e obediente naquela Casa de Leis. Se não, leiam abaixo, o trecho da LOM que resguarda o período de realização da festa:

SEÇÃO II
Da Cultura

Art. 220 – O Município promoverá, no mês de agosto de cada ano, o Festival do
Folclore, que versará sobre expressões artísticas e culturais populares de todo o
território nacional, observadas, ainda, as seguintes disposições:
I – o evento deverá ser amplamente divulgado em todo território nacional;
II – as escolas serão estimuladas a participar do Festival e a desenvolver, durante
o mês, ações e estudos objetivando a divulgação dos costumes e das tradições
locais, estaduais e nacionais.
(Por este segundo ítem, a falácia de que a festa atrapalha os estudos da criançada cai por terra, até por força de lei)
Art. 221 – A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para o Município.

E pelo que sabemos, também a data do aniversário da cidade, 2 de março, é de alta significação para a cidade. Mas, nela também o prefeito mexe agora. Sim, porque a anunciada comemoração do aniversário junto com o Carnaval cria uma situação no mínimo estranha. Se não, vejamos:

O Carnaval, ano que vem, começa oficialmente no dia 5 de março, um sábado, como é de praxe, e acaba na terça-feira, dia 8, também como é de praxe. O prefeito Geninho está anunciando a Festa de Momo para 3 a 8 de março. Ou seja, começando na quinta-feira, e acabando na terça da outra semana. Aí, juntando a data do aniversário, que é dia 2, quarta-feira anterior, feriado municipal – autorizado e protegido por lei! – somam sete dias. Sete dias de cachaça e de folia?  Ou pretende-se “pular” a quarta-feira, dar o feriado na quinta para daí pra frente a festa ser total? Já não se pode duvidar de mais nada nesta urbe louca.

E AGORA?
No dia 30 de novembro passado postamos neste blog informação dando conta de que A Secretaria Municipal da Saúde vinha de ser “condenada” a pagar, para uma “cidadã olimpiense”, despesas com medicamento que podem chegar a R$ 70 mil em um mês e meio. A informação foi extraída do Diário Oficial do Estado de São Paulo-DOE, edição do dia 26 passado – Seção Justiça Estadual do Interior – Olímpia – 2ª Vara. A decisão é da juíza Andréa Galhardo Palma. Trata-se de um mandado de segurança impetrado por Erica Paro Paredero contra a Secretaria Estadual de Saúde, por meio da Divisão Regional de Barretos (DIR-IX) e Secretaria Municipal de Saúde.

Um leitor especificamente, levantou a possibilidade de esta pessoa não ser de Olímpia mas, sim, da vizinha Severínia. Intrigado, o colega Leonardo Concon andou fuçando aqui e ali e hoje trouxe uma informação inquietante: a de que Érica, de fato, seria de Severínia, “sua mãe é diretora da Escola “José Marcelino de Almeida” (Mara), seu pai é professor de Química e dono de um pesque-pague (Quico), e ela, graças a Deus, mora em um sobrado que, segundo informações, é uma das cem melhores casas de Severínia”.

Ainda estamos em fase de investigação, porque pode ser que ela tenha se mudado para Olímpia por alguma razão, conseguindo atestado. Portanto, vamos buscar outros detalhes. Voltaremos ao assunto.

Até.