Amigos, gostaria que lessem o texto do e-mail que reproduzo abaixo- que, com certeza, veio por encomenda-, de alguém que sequer teve a coragem de assinar o comentário – na verdade uma agressão pessoal – para que depois possam ler o que comentarei a seguir:

Email: anonima@hotmail.com.br
Ainda bem que vc não se ‘curvou’ ao Geninho. Teve personalidade. Parabéns. mesmo, porque, se tivesse ‘se curvado’… não tem curso superior… ia ser nomeado para que???? Ouço seu programa, concordo com vc em algumas questões.. mas em outras.. dá pra ver que é pura dor de cotovelo. vc não se conforma do maziteli ter desistido.

Pois é, a “amiga” autora deste comentário, confusa em si mesma, deixou claro de que lado está.

Quero que saiba, “anônima”, que na minha vida profissional e pessoal não existe o verbo “curvar”, seja na forma reflexiva, seja na forma figurativa, no sentido de se rebaixar, se apequenar, se sujeitar a quem quer que seja. Sim, para isso tenho personalidade suficiente.

Depois, sabedora de que não me “curvo” a quem quer que seja, se tivesse trabalhado ao lado do Geninho na campanha eleitoral – e como ele me queria a seu lado! – não teria sido por me “curvar” mas, sim, por ter visto nele todas as qualidades que prezo num político a ponto de apoiá-lo incondicionalmente.

Depois, jamais me “curvaria” a alguém por causa de um cargo, seja de que nível for, ou para onde for, às espensas do dinheiro público. E a “senhora” ou seja lá quem for sabe disso, porque é pessoa próxima do prefeito eleito. Caso contrário, acredite, teria sido um dos primeiros agregados dele. E a “senhora” sabe disso também.

Portanto, não seria por causa de um carguinho qualquer que estaria ao lado do seu prefeito eleito. Seria por causa mais nobre, do tipo acreditar que ele realmente seria e faria a diferença no quadro geral da política olimpiense. O cargo que por ventura me fosse oferecido, deixaria para alguém menos escrupuloso e cuidadoso do dinheiro alheio.

O fato de não ter curso superior não me torna inferior a uma pessoa como você, por exemplo, que não demonstrou um mínimo de capacidade intelectual para manter a discussão em alto nível. É bem típíco das muitas pessoas que rodeiam o prefeito eleito.

E que a julgar pelo escrito, também não deve ter frequentado nenhuma escola superior e, portanto, está fora da lista. E se frequentou, pobre de um prefeito com uma assessora deste nível – e com curso superior! Aí começo a ficar assustado de verdade.

E que bom que você não concorda com tudo que penso e falo. Assim cria-se a tão saudável divergência, aquela que leva à discussão de questões e atitudes. Pena que não saiba usar da tão necessária capacidade de divergir, própria das pessoas bem formadas, como você deveria tentar ser.

E, depois, dor de cotovelo, por que? Por não estar ao lado do seu prefeito eleito? Repito: se não estou é porque não quis estar. Porque me recusei estar ao lado dele. Porque ainda não me convenci da sua trajetória política. Porque quis exatamente fugir do estigma de um “caça-cargos”, tão comum nos “prefeitura-dependentes” que circundam o futuro prefeito.

E, para encerrar, concordo com você, “anônima”, apenas em uma coisa: Sim, não me conformo do Celso Mazitelli ter desistido de ser candidato. Porque sei o que Olímpia perdeu com isso. E temo, profundamente, pelas consequências que poderão advir futuramente, por causa de sua desistência.

PS: Você deve saber, mas não custa repetir abertamente, para que outros também saibam: a candidatura de Celso Mazitelli começou a ser inviabilizada quando ele não aceitou nada do que lhe pediram muitos dos políticos que hoje estão aí prestes a gozar das benesses do poder.

Mas, tudo aquilo que ele não quis fazer, há sempre quem o faça sem a menor cerimônia. A que custo é o que vamos saber no futuro. Passar bem.