Para garantir resultados, o ideal seria o pouco democrático “todos contra Cunha”, razão dos seus pesadelos. Fora isso, há que se pensar com seriedade no que se está organizando para 2020. Ou no que se está desorganizando para 2020

Esta semana ‘explodiu’ na cidade o nome daquele que poderia vir a ser o candidato a prefeito ‘ungido’ pelo deputado federal Geninho Zuliani (DEM).

Imagina-se que a divulgação deste nome, que com certeza teve origem nos chamados cafés da cidade, seja um teste público, um “balão de ensaio” para aferir a aceitação.

Se não se tratar de algo sério, no entanto, poderá advir daí a certeza de que o deputado não estaria muito preocupado em se posicionar frente ao pleito do ano que vem e, mais que isso, não estaria disposto a combater aquele que até prova em contrário, de tudo fez para prejudica-lo.

No entorno do parlamentar olimpiense o clima ainda é de expectativa sobre que caminho, de fato, tomará. Todos sabedores de que somente as intenções de Geninho não bastarão para as “amarrações” de 2020. Podem vir estas já construídas a partir da “cabeça” do grupo a que pertence em nível estadual.

E se assim o for, o caminho natural é que se faça um “bem bolado” que incluiria o atual prefeito, malgradas as maldades de laboratório perpetradas contra ele pelo alcaide e alguns apaniguados. Afinal, a política não é lugar para sentimentalismos.

No final das contas, o que surpreende é que mais uma vez o deputado e seus correligionários dão sinais claros de que não lhes interessa nem um pouco olhar melhor para dentro de seu próprio grupo, onde um nome desponta já há algum tempo, como o preferido da sigla e da maioria dos eleitores consultados.

Aquele mesmo que foi preterido quando das eleições para a Mesa da Câmara, em favor de um outro que hoje provoca reações de arrependimento em quem quer que seja, dados seus, principalmente, gestos de ingratidão com quem o colocou lá. Afinal, em política, a faca que mais fere é a do ingrato.

E agora vemos repetir-se a mesma coisa em relação ao vereador Flávio Olmos. Não restam dúvidas, por tudo e por mais que se possa ver, é ele o nome mais palatável junto ao eleitorado nas hostes do deputado. E ele sabe disso. Assim como Fernando Cunha (Sem partido) também sabe. E se sente incomodado, desconfortável.

Dizem à boca pequena que Geninho não deposita inteira confiança no demista em questão. Pode ser resultado de algo muito grave acontecido nas eleições passadas? Pode. Pode ser pelo voluntarismo de Olmos? Pode também. Ou o deputado tem outras razões que nossas precárias razões desconhecem? Talvez, quem sabe.

No seu grupo haveriam mais dois nomes, sendo o principal o do também vereador Gustavo Pimenta. O tucano que já foi seu vice-prefeito em duas gestões, diz que tenta fazer viabilizar seu nome, embora outras tantas vezes dê mostras de que não é bem isso. O fato é que Geninho não deposita inteira confiança política também em Pimenta. Sabe-se lá porquê.

O voluntarismo de Olmos será o alicerce de sua candidatura que, garantem seus próximos, é irreversível, com ou sem a “bênção” do parlamentar. Tendo isto em vista, com a inclinação forte em se lançar um nome “fora do universo político”, no caso o empresário, fica a impressão de que o deputado quereria facilitar a caminhada do alcaide rumo à reeleição.

O que seria um papel tão ou mais vergonhoso que se o deputado simplesmente lavasse as mãos em relação ao pleito vindouro. Ambos gestos, no entanto, seriam danosos para sua carreira política, pelo menos em nível local, sua base, visto que estaria facilitando a vida do mais rejeitado dos políticos já surgidos na cidade nos últimos 20 anos, pelo menos.

Tem-se a impressão que Olmos já não vislumbra no horizonte o apoio de Geninho. Foram tantos os sinais neste sentido que o teriam levado à exaustão. Se terá forças suficientes para encarar os milhões à farta de Cunha (e este é outro assunto a ser tratado nos detalhes), só o tempo e o nível de engajamento do eleitor dirão.

Para garantir resultados, o ideal seria o pouco democrático “todos contra Cunha”, razão dos seus pesadelos. Fora isso, há que se pensar com seriedade no que se está organizando para 2020. Ou no que se está desorganizando para 2020.