Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: fevereiro 2019 (Página 2 de 2)

ACEITA QUE DÓI MENOS, PRESIDENTE!

O que basicamente o presidente da Câmara de Vereadores de Olímpia, Antonio Delomodarme, o Niquinha (Avante), não gostou, aliás odiou, a ponto de já lançar as bases do que será sua gestão à frente da Mesa Diretora da Casa na noite de ontem, foi o que segue abaixo, publicado recentemente por este blog:

“(…) Inexperiente como mandante legislativo, o que se ouve aqui e ali é que na Casa de Leis, o dia a dia tem sido de desassossego desde 1º de janeiro, quando mudou-se para o Gabinete presidencial.

Niquinha, pelo que se pode ver, é até agora o mais desarticulado político a assumir a Mesa da Câmara. Sequer tem um nome para chamar de seu Chefe de Gabinete. O cargo está vago. Sequer tem uma base política de confiança ali. Segue só.”

(PS: Na noite de segunda-feira apresentou sua chefe de gabinete, que acabara de ser nomeada, uma jovem recém-formada em Direito, porém sem experiência na função. Mas, como experiência se adquire, se ele deixar ela aprende).

“Há temor de que acabe se tornando presa fácil do Poder Executivo, que inclusive formaria uma base de apoio para ele no Legislativo. Com gente da confiança do prefeito Fernando Cunha (PR). Então, ele, que tanto renega ser alguém sob o domínio do grupo genista, seria então alguém sob o domínio do grupo cunhista.”

(PS: E parece estar caminhando para isso, uma vez que aquele seu destemperado discurso de ontem à noite, tem o “DNA” cunhista, possivelmente atende a um roteiro passado a ele)

“VOTOS ‘NA MEDIDA’
Na eleição para a Mesa, Niquinha recebeu seis dos 10 votos possíveis, uma vez que seu colega Hélio Lisse Júnior (PSD) votou em si mesmo e recebeu votos de Fernando Roberto da Silva, o Fernandinho (PSD) e Flávio Augusto Olmos (DEM) para presidente. E José Elias de Morais, o Zé das Pedras (PR), votou também em si mesmo para o cargo principal da Mesa Diretora.

(…) Dá pra perceber ainda que seriam quatro os desafetos declarados de Niquinha, fora aqueles dos quais recebeu os votos mais por composição de grupo que por afinidade política.

Ou seja, para 2019-2020, teremos uma Câmara (…) que contará com um presidente instável emocionalmente e da mesma forma preterido pela maioria. Preparemo-nos, pois, para os dois anos mais turbulentos que a história política recente da cidade viverá em nível legislativo.”

Se me apontarem onde está a inverdade no que está posto acima, dou mão à palmatória. Além do que, fontes confiáveis do Legislativo reforçaram a este escriba: “O presidente está se isolando cada vez mais”.

E eu reforço: continua sem base política nenhuma na Casa de Leis. O resto é fruto do chamado “jus esperneandi”. Porque a realidade está mostrando sua face (horrenda para nosotros!).

CONSIDERAÇÕES SOBRE O SAI (Sistema Avançado de Inutilidades) DE CUNHA

Outro dia me ocorreu que a atual administração desta Estância Turística de Olímpia tem se esmerado em uma coisa: projetos eivados de inutilidades. E, pior, que em cada um deles, há milhares senão milhões de recursos públicos injetados. Felizmente alguns são abortados no nascedouro.

A esta anomalia governamental, me ocorreu dar um nome. Pensei e considerando que Fernando Cunha (PR) se esmera em ser um prefeito “bossa nova” com tantas tecnologias internéticas para tudo, concluí: SAI-Sistema Avançado de Inutilidades.

Se não, vejamos: Começa-se com a contratação de um instituto chamado Áquila, para ministrar cursos de gestão, auxiliar o alcaide nos afazeres administrativos, coisa que era feita de forma “caseira” na gestão passada, monitorada por uma pequena empresa, de custo baixíssimo. A Áquila custa quase R$ 2 milhões.

Mais recentemente, o governo municipal vem de anunciar que agora os pacientes da rede de saúde poderão “ver o resultado” (começa com erro de narrativa, porque não se pode “ver” na verdade os exames), via internet.

Pensa-se que se trata de um aplicativo onde o paciente teria todas as explicações acerca do que está ali expressado. Bom, a ética médica não permite. Por isso não se trata de “ver o resultado”.

Então, sabe-se que o paciente apenas poderá acessar o resultado, imprimi-lo e levar consigo para marcar um retorno de consulta. Esta maravilha de sistema não garante, no entanto, a marcação da consulta de imediato. Ou seja, inutilidade flagrante.

Outra questão, ainda na área da Saúde, é a mudança de endereço da farmácia municipal para um prédio pomposo e caro no centro da cidade. Longe do “Postão” e geralmente com dificuldades de estacionar para quem vai de carro.

Se o infeliz esqueceu algum papel ou documento no “Postão”, terá que caminhar cerca de 500 metros de volta. Se foi ao “Postão” para buscar a papelada, idem em sentido inverso até a farmácia. Sem contar que tanta pompa e circunstância não garantem o atendimento à receita.

Em outra seara, mas com interligação a esta, temos o “cartão cidadão”, um entulho burocrático a que o olimpiense foi submetido, que governo nenhum posterior e este irá manter. Dinheiro – e muito! – jogado fora, em um sistema que tem prazo de validade.

Os semáforos, da forma como foram e onde foram instalados, dispensam comentários, tamanha a agressão ao bom senso e o apego à inutilidade.

Nas obras, calamitosamente, o SAI está presente de forma marcante, e aí milhões estão projetados, embora, felizmente, com alguns percalços. Por exemplo, para que gastar-se mais de R$ 3 milhões em uma cobertura da arena do Recinto do Folclore?

Interferindo na sua estrutura arquitetônica com um “elefante branco suspenso” para ser usado uma vez ao ano? E ficar ali se deteriorando, quando há tantas coisas úteis e necessárias a serem feitas ali?

E o viaduto a partir da ponta da Desembargador José Manoel Arruda pegando parte da vicinal Álvaro Britto, por pouco mais de R$ 8 milhões? Um elevado que vai do nada a lugar nenhum, quando uma simples alça de acesso resolveria?

E a duplicação da Vicinal Wilquem Manoel Neves, por mais de R$ 5 milhões para construir uma pista visando facilitar o acesso de turistas ao clube do qual, consta, seria sócio?

Na seara do abastecimento de água, os poços profundos, caríssimos, que até agora não deram sinal de vida, ou de água, na Daemo e no local onde se projetava uma obra ousadíssima que era a captação de água do Rio Cachoeirinha, mas Cunha preferiu abrir um poço no Aquífero Guarani – mais um! E aqui falamos de uma verba herdada pelo prefeito de turno.

E na Daemo, cuja vazão pode ficar abaixo do que fora projetado e com o qual gastou-se mais de R$ 3 milhões?

No tocante a obras, ainda há aquelas da avenida Aurora Forti Neves, totalmente modificada em seu projeto original e a da Avenida dos Olimpienses, projetada para ser uma espécie de boulevard ao ar livre, somente com proteção solar e local de encontro para o lazer, o bate-papo, o cafezinho, a alimentação e as pequenas compras de artesanatos, etc.

Sabem o que virou? Um local com um banheiro em cada ponta e uma avenida no meio. Avenida esta que acaba de ganhar uma ciclovia, que vai do nada a lugar nenhum, também, já que começa em uma ponta e termina na outra, cruzando a avenida (a merecer um troféu por tamanha inutilidade).

No mais, é conclamar o cidadão-leitor destes emaranhados a ficar atento as ações e decisões deste governo (que deve ter um cinto de inutilidades a ser usado todos os dias, como aquele anti-herói da propaganda) e ir praticando a percepção para novas coisas inúteis às pencas que virão, ou às que nos passaram despercebidas neste momento.

No varejinho de miudezas, até que o prefeito vai bem. As praças estão limpinhas, as beiras de acesso à cidade idem (os turistas agradecem), as multas vêm sendo aplicadas direitinho aos infratores diversos, e a frota de carro -aliás outra inutilidade cara, mais de R$ 1,5 milhão para uma “administradora”), vão passeando bem, etc.

Além de um governo de varejinhos de miudezas, Cunha ganha agora este novo título: o prefeito “bossa nova” das mil e uma inutilidades.

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