Olímpia ‘ganhar’ mais de 3,4 mil moradores em nove anos é bom ou ruim? Pois foi isso que aconteceu a nossa cidade, de acordo com informação que consta do mais recente levantamento divulgado pelo IBGE, na quarta-feira da semana passada, dia 30 de agosto, indicando um crescimento populacional da ordem de 6,78% nesse período.

Mais exatamente, Olímpia passou a contar, nos últimos nove anos, com novos 3.435 moradores, quando comparado aos números do levantamento divulgado em 2009. Percentualmente, este contingente representou 6,78% mais moradores na cidade ou quase 400 pessoas a mais a cada ano. E isso é bom ou ruim?

O estudo do Instituto, na verdade, é referente a 2017, com base em dados de 2016, apontando crescimento populacional, até julho passado, de 335 moradores novos na cidade, ou 0,66% acima do ano passado.

A comparação com os últimos nove anos foi feita por nós mesmos, para termos um parâmetro do que representou o “boom” turístico da cidade também neste aspecto.

Assim, segundo o Instituto, Olímpia passou de 53.702 habitantes do ano passado, para 54.037 agora, com base em 1º de julho. Em 2009 Olímpia tinha população de 50.602 habitantes. Mas a Capital Nacional do Folclore está incluída no rol que abrange mais da metade dos municípios do país, onde as taxas de crescimento populacional foram inferiores a 1% no espaço de um ano.

Mas crescer quase 7% em nove anos pode ser considerado um acontecimento. Principalmente sabendo-se que 25% dos municípios brasileiros tiveram redução na população de 2016 para 2017. O crescimento populacional de Olímpia do ano passado para este, ficou na média do país, que foi de 0,77%. Consta que, no país, a densidade populacional vem decrescendo, e a razão principal seria a queda na taxa de fecundidade.

No caso específico de Olímpia, com a tendência de crescimento, é possível apontar que, diferentemente do país, o aumento populacional se deve mais à migração que propriamente ao aumento na taxa de fertilidade, embora nasçam por aqui número equivalente de novos concidadãos a cada ano. Ou talvez até mais. Porém, aos que morrem, não é?

Portanto, o crescimento econômico da cidade talvez seja o atrativo maior. o “boom” turístico e a consequente visibilidade que a cidade ganhou em nível nacional, e não só isso, também as muitas obras de construções de prédios, casas, novos empreendimentos podem estar sendo o chamariz maior.

Se isso é bom ou ruim, só o tempo vai dizer, e o cotidiano um pouco alterado em sua configuração já há algum tempo, tem tido o efeito de mudar nossas próprias visões de que ainda moramos “naquela Olímpia” de 20 anos atrás. Que mudou, percebe-se no dia-a-dia da cidade. Para o bem e para o mal.

É claro que existem sempre aqueles que pensam que a cidade crescer geográfica e demograficamente é o único caminho, como existem aqueles que entendem que manter uma cidade em tamanho médio é o melhor para todos.

Necessário frisar que, de acordo com estudiosos e especialistas em questões urbanas, os segundos estariam com a razão.

Por um simples motivo: cuidar de uma cidade do porte em que Olímpia ainda se encontra seria muito mais fácil que de uma cidade de porte dobrado ou triplicado, embora isso muito dependa, também, da categoria de administradores que venha a ter.

Mas, o recomendado por estes especialistas é que se dote uma cidade deste porte de toda infraestrutura necessária em saúde, educação, cultura, lazer, segurança, moradias, abastecimento, tratamento de esgoto, equipamentos urbanos outros benefícios de longo prazo e se terá a “shangri-lá” que todos buscam. Embora os seus poréns.

Pelo andar da carruagem, nos próximos nove, dez anos, chegaremos aos 60 mil habitantes cravados. E só lá. A menos que ocorra uma “avalanche” populacional inimaginável. Então, sem precisar correr, mas também sem a lentidão das tartarugas ou carruagens, é possível moldar e construir a cidade que todos almejam e as velhas e novas gerações necessitarão.