Vai-se, finalmente, 2016. Vem aí um 2017 maculado por tantos acontecimentos ruins registrados no ano que termina. Na política, na economia, no comportamento, nas redes sociais, nas artes, na saúde, na educação, enfim, em todos os setores, o ano que se finda foi de noticiais ruins para os brasileiros.

E isso, de uma forma inequívoca, alcança os municípios. Se não tem dinheiro lá em cima, como dizem, cá embaixo menos ainda. Mas, para Olímpia a tal crise ainda não deu acenos mais fortes. Pelo menos até agora.

O prefeito Geninho (DEM) deixa o cargo neste 1º de janeiro sem muitos problemas a serem resolvidos de imediato pelo seu sucessor, Fernando Cunha (PR), exceto por obras inacabadas. Para as quais há dinheiro reservado ou convênios já garantidos pelo Governo do Estado.

Embora se queira fazer crer o contrário, e não pelo alcaide entrante, mas por certo meio de comunicação local, Cunha não encontrará cenário de “terra arrasada”. Pelo menos foi o que ele mesmo disse em entrevista recente, após ter feito as muitas reuniões de transição.

Assim, fica meio forte este semanário dizer com todas as letras que termina “um período negro” com Geninho Zuliani, conforme seus entrevistados “afirmaram”.

Não se quer aqui dizer que não há senões a serem cobrados e apontados. Fosse assim, as contas de Governo não teriam apontamentos vários do Tribunal de Contas, referentes a 2014 (Ainda restam outras duas. A ver como será o comportamento da nova Câmara em relação a elas).

Se Zuliani até que navegou em mares pouco revoltos, ao que parece Cunha terá pela frente certas turbulências. Uma delas, por exemplo, talvez a escassez de emendas parlamentares, com as quais se pode fazer as pequenas obras, tipo uma pracinha aqui, outra acolá, ou aquelas mais polpudas, para obras maiores.

Sorte estarmos no Estado mais rico do país (?), ou pelo menos naquele que até agora não deu mostras de estar na penúria. Assim, com um trabalho dinâmico, Cunha pode arrancar um pouco mais de dinheiro do comandante paulista, ademais, seu amigo de longa data.

Diante da crise que se avizinha, vai ter um peso fundamental a desenvoltura do futuro alcaide diante de autoridades maiores, quiçá aquelas do Palácio do Planalto. Uma vantagem ele tem sobre Geninho, que desenvoltura política demonstrou à farta: não é um politico provinciano, como o quase ex-alcaide, cria de Olímpia com algum trânsito alhures.

Cunha alardeou durante a campanha seu cosmopolitismo político, ostentou propaganda com a tríade do poder tucano-peemedebista -Alckmin, Aloysio Nunes e Temer.

A dobradinha Geninho-Rodrigo Garcia sempre funcionou. Mas não nos parece ser a “praia” de Aloysio Nunes as práticas “varejistas” de Garcia. A ver como se dará com Aloysio, senador mais afeito a questões político-administrativas.

Portanto, 2017 chega com uma certeza e uma incógnita. A certeza é a de que serão tempos de vacas magras. A incógnita é se Cunha terá desenvoltura para não deixar estas vacas morrerem.

Porque, queiram ou não, as administrações Geninho Zuliani tornaram-se um parâmetro. Há quem não goste do político e até da pessoa, mas esse é um direito inerente a cada um. Mas é certo que não dará para digerir, a partir dele, um prefeito “bunda na cadeira”.