A gritaria é quase geral agora, como o fora em 2009. Da mesma forma, o povo vai esquecer agora, como esqueceu em 2009. Lá, foi  a Taxa de Coleta de Lixo, reajustada em quase 130%. O que se viu foi uma população em tempo de guerra, opiniões incendiárias, com todo mundo reclamando contra o Governo Municipal.

Não faltou quem classificasse a decisão do prefeito Geninho (DEM) como “maquiavélica”, por logo de cara “impor o mal” ao cidadão, para que ele, com o tempo, se acostumasse.

(Se bem que o pensador e filósofo florentino tratava da injúria quando lançou tal pensamento, ao longo do tempo desfigurado conforme o interesse dos humanos: “As injúrias devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, saboreando-as menos, ofendam menos: e os benefícios devem ser feitos pouco a pouco, a fim de que sejam mais bem saboreados”, disse Nicolau Maquiavel.)

A partir daí o silêncio foi se impondo sobre a cidade e seus cidadãos que, de tão revoltados com a situação, foram às urnas quatro anos depois e despejaram nada menos que 20,28 mil votos no governante de turno, ou seja, 73,05% do total dos votos disponíveis naquela ocasião, restando à oposição, 7,4 mil do total ou, na soma, 26.95% deles. Houve aqueles que não quiseram saber nem de um, nem de outro: 9.92% dos eleitores votaram em branco ou anularam os votos.

Presume-se, pois, que são estes 10,5 mil olimpienses que agora estão gritando contra o reajuste do IPTU em alguns casos, na ordem de 307%, em outros casos em índices menores, mas ainda assim doendo no bolso. Porque aqueles que lhe agraciaram com a maioria esmagadora de votos, outorgando-lhe o direito de decidir e atuar pela cidade direito algum têm de reclamar.

Tiveram a oportunidade dada lá atrás de ficar de vez livres desta possibilidade – e de otras cositas más! -, e negligenciaram. Agora, é relaxar, podendo, se quiserem, até aceitar a sugestão daquela ministra do Governo Dilma. Assim o sofrimento será menor….

Até.