Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Olímpia, instituir no âmbito do município uma lei anti-assédio moral pode ser até mais importante que a reposição salarial. Para ele, garantir o bem estar do funcionário, preservar sua auto-estima, não tem preço.

“Temos que regulamentar lei para punir a pessoa que pratica o assédio moral. A prática do assédio moral existe tanto do chefe imediato para o subalterno, quanto do subalterno para o chefe, se este não souber se impor como tal”, explica Buzzo.

“Existe o comissionado que assedia o efetivo e vice-e versa. Precisamos ter uma norma de convivência. Temos que respeitar e ser respeitados. Se punir dois ou três (praticantes do assédio moral), inibe-se quase que 90% dos casos”, acredita. “Talvez isso seja até mais importante do que a reposição salarial: garantir o bem estar do funcionário”, complementa.

TUDO SOMADO: R$ 815,07
Com o reajuste de 7% aceito pelo funcionalismo em assembléia na quarta-feira, o piso da categoria, sem os benefícios, passou a ser de R$ 704,06, retroativo a janeiro. Mas, com tudo somado – abono assiduidade e vale alimentação -, o total chega a R$ 815,07. Mas, não são todos que recebem o abono, uma vez que basta uma falta injustificada para o funcionário perder os R$ 46,01.

Calculando o IPCA de 5.83%, o INPC de 6.19%, e o IGPM de 7.81%, o Sindicato obteve uma média de 6.71%, ou seja, o aumento real para a categoria foi de meros 0.39%.

“O importante foram as outras propostas, como um terço das férias. A partir de agora respeita-se o artigo 85 do Estatuto. Quem sai de férias, um terço tem que ser disponibilizado. Não vai precisar mais procurar a entidade para requerer o pagamento. É um ganho a mais”, avalia Buzzo.

Outro tema valorizado por ele é o Plano de Cargos, Carreiras e Salários. “Vamos começar a trabalhar nele. É importante porque, pelo que estamos esboçando, pelo menos 25% de cada setor alcançando a média, vai ter bonificação de 6%, quando for pela progressão horizontal. A vertical é mais difícil, necessita de especialização, mas vai ter aumento maior. Terá que ser um plano técnico para beneficiar pelo mérito, e não politicamente”.

“(O PCCS) Vai tratar da ascensão horizontal e vertical, de escriturário I para II e este para III, por exemplo. Este plano tem que ser aprovado este ano. Ele modifica o anterior (da gestão Carneiro), que não criou critério de avaliação. Acho correto a prova escrita, eliminando o critério político”, cita como exemplo.

“E também há a adequação do Estatuto dos Profissionais do Magistério, permitindo a evolução do professor. Curso de qualificação para o servidor da Educação”, pontua.

Até.