Bom, começa dezembro e o clima de fim de festa se avoluma na seara política olimpiense. A Câmara realizou sua última sessão ordinária na noite de ontem, segunda-feira, 3. Deve fazer uma extraordinária qualquer dia desses e depois, recesso. Até fevereiro, quando os trabalhos voltam, com 60% do quadro de legisladores mudado. Até aí, “morreu neves”, como se diz. Missão cumprida (?).

Antes, porém, da próxima entrada em atividade, tem a posse, na noite do primeiro dia do ano vindouro. E com a posse, a eleição da Mesa. Que não promete nenhuma surpresa, eis que o Executivo já “arranjou” tudo por lá, mexendo as peças conforme seus interesses no jogo. Beto Puttini (PTB) será o presidente. Marcão Coca (PPS) será o vice. Becerra (DEM) será o primeiro secretário. Pastor Leonardo (PR), o segundo secretário.

Portanto, muito longe esta Mesa daqueles embates que até pouco tempo atrás se viam naquela Casa, onde o resultado, muitas vezes, não era o esperado, e o nome vencedor, minimamente apostado como tal. Vide eleição 2011/2012, quando Toto Ferezin (PMDB) acabou abocanhando a cadeira principal, em detrimento de um acordo pelo qual outro colega já estava “eleito”. Nestes mesmos moldes, consta que daqui dois anos, Coca será o presidente da Casa.

Bom, ainda há uma questão a ser sanada em relação ao Legislativo, pelo prefeito Geninho (DEM): “promover” dois suplentes a vereadores, são eles Cristina Reale (PR) e Paulo Poleselli (PR), o segundo suplente. Para “subir” Cristina, já está tudo certo, sai Guto Zanette – ocupará a Secretaria de Esportes, Cultura, Turismo e Lazer -, entra a quarta mulher a ocupar cargo no Legislativo na história de Olímpia, mas como outras três anteriores, não-eleita (até agora somente Priscila Foresti, a Guegué [PRB] conseguiu este feito).

Para subir Poleseli, a menos que aconteça algo muito inesperado, sai Bertoco, indo para a Secretaria de Agricultura – o PSDB ainda não esboçou nenhuma reação quanto a isso, mas é coisa dada como certa. Há um terceiro nome, o de Marcão do Gazeta, na conta dos tucanos que, para “subir” seria necessário outro vereador sair. Mas, quem? Na linha de frente estaria Becerra, cotado para a Educação. Ele nega veementemente que tenha sido sondado para tanto, embora terceiros garantam que isso aconteceu.

Disse ao blog ontem que até fez uma visita de cortesia para a atual secretária, Eliana Monteiro, a fim de tranquilizá-la quanto aos rumores e emprestar-lhe solidariedade no cargo. Negou também o vereador que Geninho tivesse feito reunião com todos os sete eleitos em sua coligação, onde o assunto Secretaria da Educação tenha sido ventilado. “Se houve esta reunião não me convidaram”, descartou.

De acordo com Becerra, o prefeito teria antecipado dias atrás que fará uma lista tríplice para que os professores mesmo escolham o próximo ou a próxima ocupante do cargo, lista da qual ele não fará parte, segundo garantiu. Pelo menos até onde saiba. No mais, há que se avaliar qual seria o interesse do alcaide em “plantar” na Câmara uma voz para seu vice, o tucano Gustavo Pimenta.

No mais, tudo indica que Geninho terá uma Câmara dos sonhos. Sete eleitos sob seu manto, e outros três que, convenhamos, não representarão muitos problemas para a máquina de moer opositores comandada pelo burgomestre. Nem oferecerão muita resistência. Aliás, ontem na Câmara, pelos corredores, já se falava em bancada de 9 a 1, ficando apenas o petista Hilário Ruiz na oposição.

Mas, como todo mundo já conhece, ainda assim numa oposição “light”, o que facilmente redundará, a Casa de Leis – aquela que teria que ser de atenta vigilância dos atos do Executivo, a guardiã dos interesses do povo -, uma bela e serena chanceladora das vontades genistas.

Até.