Primeiro é preciso iniciar esta postagem observando que a “velha” oposição na cidade está aniquilada. Ela, que já vinha desidratando desde o início da gestão do prefeito ora reeleito, Geninho (DEM). Ao longo dos anos suas estratégias políticas cuidaram de, primeiro, neutralizar as ações contrárias aos seus interesses mais imediatos, politicamente falando. Depois, de aniquilá-la a partir das eleições de 2010. E agora, deixando-a em frangalhos com os seus pouco menos de sete mil e quinhentos votos.

Não há que se aventar a possibilidade de qualquer um dos nomes constantes dos grupos que se firmaram na oposição ao atual governo ter chance eleitoral no futuro. Magalhães (PMDB) que poderia se firmar como a opção natural naufragou nos seus 21,35%, inviabilizando-se, já que o ideal para tanto seria ter ficado com valores em torno de 30% a 35%.

Talvez para futuro o nome que ora mais se identifica com algo parecido com oposição é o do petista Hilário Ruiz, assim considerado por seu desatrelamento do grupo no poder. Mas, para tanto, tem um longo caminho a percorrer, e este caminho passa, necessariamente, pela comprovação de capacidade de arregimentação, depois aglutinação e viabilização de um grupo forte e bem estruturado eleitoralmente. Pode ser esta a semente do que se poderia chamar de “nova” oposição? Só o tempo dirá.

Se não, vem aí um aglomerado de políticos que, se não pode ser classificado de “velho”, de “novo” e muito menos “de oposição”, pelo menos dá ares de possuir fôlego suficiente para encarar um embate futuro, dados os nomes que o compõem, a começar do vereador Dirceu Bertoco, com seu PR, que acaba de reelegê-lo e colocar nada menos que dois outros peerrebistas na condição de embarcar na Câmara, quais sejam, Cristina Reale e Paulo Poleselli, caso consiga a façanha de fazer emplacar os dois – Bertoco pode assumir a Secretaria de Agricultura e com a ida de Beto Puttini para a Cultura, Esportes, Turismo e Lazer, isso seria possível.

Assim, Bertoco e seu PR formariam no “coração” do Governo Geninho, um pequeno núcleo de poder. Resta saber até onde isso é interessante para Geninho. Em princípio pode parecer inteiramente desinteressante e até perigoso para o alcaide, mas todos sabemos que na política nem tudo o que se vê é realidade crua, e nem tudo o que se julga óbvio é o que realmente se está vendo. Se é que me entendem.

E, para piorar, o PSDB do vice-prefeito Gustavo Pimenta acaba de ser mortalmente atingido no próprio ninho. E o tiro de misricórdia pode ser representado exatamente pela troca de “força” política, entra Bertoco e seus dois vereadores, mais algumas figuras de boa reputação política na cidade, saem os tucanos de postos-chaves, sejam da administração, sejam do ordenamento politico. Tipo assim: a fila anda, e em política quem não tem tenência, não se estabelece. Se é que me entendem.

Mas, aí vão dizer: ‘Puxa, deixamos um candidato a vereador na terceira suplência da coligação, é só puxá-lo.’ Mas, infelizmente para os tucanos, esta “puxada” depende do próprio prefeito que, para tanto, teria que mexer em uma terceira secretaria – por exemplo trocando a secretária Eliana Monteiro pelo professor Becerra. Mas isso, seguramente, não está nos planos do alcaide. Pelo menos não aparentemente.

É sabido que a secretária tem uma certa rejeição no meio do professorado. Mas goza de alto prestígio junto ao burgomestre. É quase um xodó. E se ele não deu bola para as queixas antes, por que daria agora? Mas, parafraseando Pascal, a política tem razões que a própria razão desconhece. Portanto pode ser isso como pode ser nada disso.

O burgomestre pode perfeitamente decidir acomodar um tucano na Câmara. Para viver em paz. Ficaria bem com seus pares de bico grande e ao mesmo tempo com o professorado descontente. Pelo menos até a próxima ‘reengenharia’ político-eleitoral. No que o homem é expert.

ACERTAMOS EM CHEIO
“(…) Pelos lados do situacionismo, são dados como eleitos Beto Puttini, Bertoco e Guto Zanette, não necessariamente nesta ordem – falam que Zanette seria o mais votado, seguido de Puttini e Bertoco, até contarem os votos da Zona Rural, quando então Bertoco passaria a segundo mais votado. Todos acima da casa dos mil votos (…).

Ainda na lista situacionista viriam depois Marcão Coca, Salata e Becerra, formando uma bancada de seis vereadores, unindo a chamada “chapona” e a “chapinha”. Mas, ainda estaria prestes a fazer mais dois (Mas fez só mais um), a situação, na “sobra” dos eleitos, e neste “bolo” estariam Pastor Leonardo (…).

Nos quatro (na verdade foram três) da oposição entrariam, segundo ainda estas especulações, Janeclei ou Marcelo da Branca, Hilário Ruiz ou Ferezin, no caso de dois oposicionistas, ou ela/Marcelo, Ruiz, Ferezin (Como se sabe, Janeclei ficou fora) (…).

E Zé das Pedras?, hão de perguntar. A situação dele é bastante complicada, uma vez que dependerá, e muito, do grupinho de oito candidatos do PMDB, seu partido, que está sozinho na proporcional. As especulações indicam que ele terá votação expressiva, passando da casa dos mil votos (teve 1.142), mas o desempenho dos oito é que terá que falar mais alto, afinal o coeficiente é de quase três mil votos (Como se sabe, Zé das Pedras ficou fora) (…).” (“E AÍ, QUEM VAI ENTRAR?” – Postado neste blog no dia 3 de outubro)

Até.