Como a própria atividade da administração municipal demonstra aos olhos do cidadão, a gastança do que que o município arrecada não é das menores, não. Basta dizer, salvo melhor juízo, que o Executivo Municipal gastou, em 2011, 7,4% acima do que arrecadou líquido. Segundo o demonstrativo de contas publicado na Imprensa Oficial do Município-IOM de sábado passado, 28 (Demonstrativo Resumido da Executção Orçamentária), foram empenhados R$ 117.406.858,25, efetivamente pagos R$ 116.235.079,30, virando o ano, o Executivo, com R$ 6.267.780,60 a serem empenhados, ou seja, ainda a pagar.
Na rubrica Receita Orçamentária Líquida , os valores apresentados estão 7.4% acima do que foi gasto, o que poderia configurar, se não exageramos, déficit público (o governo gastou mais do que arrecadou), não computando neste porcentual os mais de R$ 6,3 milhões a empenhar neste ano de 2012. Somados, este empenho futuro eleva os gastos municipais a R$ 122.502.859,90, ou seja, algo como 13% acima do que arrecadou líquido, conforme demonstrado na rubrica Receita Corrente Líquida, que é a somatória de tudo deduzidos descontos de lei, como Pessoal, Fundeb, etc. Bruta, a Receita Corrente bateu nos R$ 124.810.555,79, ou seja, 15.3% acima do que arrecadou líquido. A média fica em R$ 10,4 milhões por mês.
Com a Saúde, gastou-se no ano passado, conforme a publicação, R$ 24,203 milhões, restando ainda para pagar este ano, mais de R$ 1,730 milhão, algo em torno de 19,5% do Orçamento municipal. Somados o liquidado com o valor a empenhar este ano, num total de R$ 25.933.322, o município teria investido no setor algo em torno de 24%, contra os 20,49% estimados no Plano Plurianual. Já em Educação, na totalização do pago e do a pagar – R$ 27.080.062, este índice é de 25%, contra os pretendidos 29% do PPA. Só que estimava-se gastar, em Educação, pouco mais de R$ 22,7 milhões e, em Saúde, pouco mais de R$ 16 milhões no ano que passou.
A publicação informa ainda que o Executivo Municipal gastou quase R$ 20 milhões (R$ 19,58 milhões) em urbanismo, incluídas aí infra-estrutura urbana e serviços urbanos. E que em Saneamento, tudo incluído, gastou-se menos de R$ 10 milhões (R$ 9,88 milhões), sendo pouco mais de R$ 7,33 milhões em Saneamento Básico Urbano. A Assistência Social consumiu outros R$ 4,77 milhões e a Defesa Civil (rubrica Segurança Pública), R$ 566,5 mil. Para a Cultura foram R$ 2,42 milhões, e Desporto e Lazer, pouco mais de R$ 1 milhão, sendo a quase totalidade na modalidade Lazer. Agricultura, mesmo com toda sua paralisia, ainda conseguiu gastar mais de R$ 447,5 mil.
Já o Legislativo empenhou R$ 2,075 milhões dos R$ 2,3 milhões de duodécimo. Liquidou R$ 1,933 milhão, e jogou outros R$ 224,25 mil para pagar este ano.
Até.
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