Como o assunto Santa Casa de Misericórdia sempre acaba rendendo repliques, comentários e tentativas de deixar o dito pelo não dito, é sempre salutar que este espaço receba colaborações de pessoas que, de certa forma, integram o minguado e seleto grupo de cidadãos que ainda pensam nesta cidade, sem os embotamentos que a força da grana e do poder provocam.

Por isso, hoje deixarei que “falem” aqui, dois olimpienses que julgo verdadeiramente preocupados com as coisas desta cidade. Leiam e, depois, aquele que julgar pertinente, pode também tecer seu comentário, mas usando sempre argumentos consistentes e que ajudem a jogar luz sobre o tema. Boa leitura:

Helena Pereira
helenamindu@ig.com.br

Poi é… Até agora não entendi o porquê da preocupação e do destempero de alguns, alegando que a notícia “vazou”! Que besteira é essa? O documento AI-4 foi enviado a TODOS OS MÉDICOS do Corpo Clínico, portanto, também ao Dr. Caneiro, Dr. Pituca, enfiam, aos 45 +-, e não consta que houve pedido de sigilo, mesmo porque não há motivo para sigilo. A Santa Casa não é do Geninho (embora ele pense que é), nem do Mário Montini, nem do Vivaldo (que aliás, tem se dedicado bastante, embora não seja ele o provedor) a Sta Casa é nossa, é do povo e nós temos o direito de saber de tudo o que ocorre ali. Engraçado, o rapaz do blog oficial, quando eu estava como provedora, vivia fazendo críticas (mas nunca colaborou com o hospital), esteve presente no momento da minha expulsão, filmando todos os detalhes… fez críticas infundadas a meu respeito, inclusive fez menção de que havia problemas financeiros e prestação de contas, quando na realidade, não deixei dívidas, muito pelo contrário, deixamos tudo certo e era só tocar prá frente, e agora vive defendendo, se doendo todo, ninguém pode fazer nenhuma crítica que o moço vem todo nervoso. Já que ele é tão zeloso para com as coisas da Sta Casa, deveria estar fazendo parte da Diretoria e auxiliando a resolver os problemas, porque eu sei bem que problemas existem aos montes, mas é preciso estar presente para resolvê-los. Por que ele não critica o fato da dívida da Sta Casa ter triplicado em menos de dois anos??? Na nossa época a subvenção da prefeitura era de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) mensais, e hoje, segundo o próprio prefeito Geninho, a subvenção de de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), portanto, não se justifica uma dívida tão alta. Deixo bem claro que não estou duvidando da administração desses que ali estão hoje, pois são pessoas idôneas, mas a verdade é que tem que ter uma explicação. Parem com esse negócio de achar que a população e a imprensa não tem que saber o que acontece lá, pois democracia é dar o direito do cidadão participar dos atos que lhe dizem respeito. Se continuar fazendo reuniãozinha todo dia, não vai funcionar… Se continuar se julgando o dono do mundo, não vai funcionar… Se continuar pensando que a população é boba, pois quer que ela contribua mas a exclui do poder de opinar, de decidir, não vai funcionar… Coloquem os pés no chão e parem de ficar jogando a culpa dos fracassos pra cima de quem não contribuiu em nada para que eles acontecessem! Só para completar, quero avisar o rapaz do blog oficial, que temos amizade com quase todos os médicos e seus familiares.

Willian Zanolli
willianzanolli@uol.com.br

Li, reli e treli o ato institucional número quatro, li a matéria do que está sempre de quatro.
A impressão que esta gente truculenta que está próxima, ou no poder, tenta passar, é que eles detêm o monopólio da informação.
Nós outros, o resto dos mortais, me vejo tentado a crer que acreditem que somos restos.
Devem considerar que não sabemos ler, e quando tentamos nos aventurar pelos ingremes caminhos da leitura necessitamos de um tradutor para explicitar o que não tivemos a capacidade de entender.
O provedor, em que pese o respeito, além de advogado é poeta, o ato é claro, deveria ser de facil entendimento, e me pareceu que é, até na dificuldade que demonstra na relação com o mando.
Está evidente no comunicado que há uma divergencia entre a diretoria do hospital e o corpo clinico, não há nada demais nisto, e se houvesse não deveria estar presente no comunicado.
O hospital recebe verbas do SUS, da Prefeitura, portanto, verbas públicas, é um hospital público, se não for, que o interprete de plantão explicite o que é aquela instituição, por favor.
Se é pública a instituição Santa Casa, público deveria ser seus atos, teriam, repito, teriam que ser públicos seus atos.
Se a informação, “vazou”, (termo ridiculo para algo público) ou não, para este ou aquele órgão de comunicação.
Se o jornalista fez esta ou aquela ilação que não agradou este ou aquele cidadão ligado diretamente ao poder, problema dele.
O jonalista ao comentar a situação que passa a Santa casa não fez mais do que é sua obrigação permitida pelo estado republicano e democrático instalado no país.
As criticas a matéria nada mais são que desejos de censores, de filhotes da ditadura, de viúvas dos ditadores, daqueles que não se conformam com o livre expressar do pensamento.
Da próxima vez que tiver que emitir um comunicado em um órgão público, o provedor, que não tem culpa do excesso cometido pelo desejoso da inutilidade da bajulação, ponderará sobre a forma da linguagem.
O tempo, a vida, as experiências, servem para isto, acrescentar ensinamentos.
No caso presente, se houve, na minha opinião algum equivoco, este está evidente na forma autoritária expressada no documento que trata de questão grave que pode prejudicar o coletivo, que é do interesse de todos.
A Santa Casa embora esteja sendo tratada como se fosse o fundo do quintal de quem está no poder, é ao que parece da população e nada que ocorre lá pode acontecer como se lá fosse o porão da ditadura.
Só se lembram da necessidade da participação do povo na hora de ajudar.
Se esquecem que coisa “pública” deve ser ajudada quando seus atos são claros, transparentes, pois ajuda, lembra dinheiro, capital, e quem cuida de capital que não é seu está sujeito a fiscalização e criticas. Mesmo que não gostem os autoritários, esta a regra da democracia.
Orlando, este teu leitor, gostou da matéria e da avaliação.

Willian Zanolli
willianzanolli@uol.com.br

Em tempo, na diretoria passada, em que o jornalista Orlando Costa participou, o critico da critica prestou, na minha opinião, um deserviço a sociedade olimpiense fazendo severas criticas a diretoria que tinha deixado aquela instituição sem dividas.
As razões da atitude hostil do blogueiro a Santa Casa que funcionava sem dividas e com qualidade de serviço notadamente melhor que agora, passava pelo desejo de Eugenio intervir lá.
O chocante é observar que a ex provedora, uma mulher, com coragem ia com frequencia a midia e explicava tudo que acontecia por lá.
Não tinha estes ocultamentos, estes ranços ditatoriais, a midia local e regional tinha a porta da Santa Casa aberta para todo e qualquer questionamento.
Agora que está sob o comando e responsabilidade do grupo do Geninho é este nivel desagradável de discussão.
Além de estar em uma situação horrivel, endividada, sem diretor clinico, serviços questionáveis, ainda temos que suportar mandonismos desnecessários.
Façam como a ex-provedora e sua diretoria, expulsos pelo grupo do Geninho, saibam utilizar o exercicio da autoridade sem autoritarismo.
Antes lá tinha autoridade e organização, agora com o grupo do Geninho, a impressão que passa é que só tem autoritarismo e anarquia.

Até.