A exemplo da figura mais controversa, má, criminosa e que ao mesmo tempo provoca sentimentos dualistas nas pessoas, o prefeito Geninho (DEM) parece estar procurando uma “solução final” para seus desafetos, críticos e fiscalizadores. Aquela que lhe garantirá todas as benesses e bênçãos pelo que julga ser a mais perfeita ordem administrativa que a cidade já teve em toda sua história.

Com a máxima “toda propaganda tem que ser popular e acomodar-se à compreensão dos menos inteligentes dentre aqueles que pretende atingir”, Hitler comandou insanamente uma nação poderosa e rica, juntou, ou forçou a juntar-se a ele outros governantes igualmente insanos ou não, e sua saga acabou por gerar o maior genocídio de que o mundo tem notícias. E se envergonha.

O que vem provar que ninguém é soberano a tal ponto que pode governar sem vigilância, sem as amarras da sociedade, sem os limites da ética, da probidade, transparência e honestidade. Sem estes parâmetros norteadores de todo governo que se propõe sacrossanto e acima de qualquer suspeita. A clareza de princípios, o não escamoteamento de ações e decisões, o não aparelhamento dos órgãos públicos por amigos, apadrinhados e “ungidos” por razões as mais diversas – e creiam, nenhuma delas por virtudes de público reconhecidas, infelizmente – é o que deveria constar nas primeiras páginas de toda “cartilha” de cabeceira de quem ocupa cargo eletivo. Mas, infelizmente, não é isso que temos visto, seja aqui, seja alhures.

Sem contar que para manter o “status quo” a que se propõe frente à opinião pública, é preciso criar todo um cenário onde verdades ilusórias, malabarismos verbais e aglutinamento da força de propaganda – mantida a peso de ouro, no mais das vezes – acabam sendo a tônica dessa espécie de “tour de force”. Portanto, novamente é preciso recorrer ao grande “mestre” idealizador do Holocausto: “Torne a mentira grande, simplifique-a, continue afirmando-a, e eventualmente todos acreditarão nela”. Idéia difundida ao longo do reinado insano do nazista mais notório do mundo, e que acabou sendo a pedra de toque de tudo em redor do seu projeto de poder.

Aqui mesmo em Olímpia é possível ver o quão eficaz se tornou este conceito de relação com o público. Muitos são levados pelo barulho ensurdecedor que atrapalha o pensamento, o raciocínio, engana, obstrui a razão, tripudia. A rapidez com que tudo é trazido à tona, ou na mesma proporção é abafado quando não interessa ao burgomestre e sua trupe, tem exatamente esta finalidade: não dar tempo ao cidadão comum, a média, de respirar e analisar com seus próprios meios intelectuais, se o que aí está é bom, mal, ruim, péssimo ou tanto faz. Quer se tornar todos, indistintamente, nos “menos inteligentes” tão ao gosto de Hitler naqueles tempos negros.

E percebemos que faz efeito. Só não mais devastador porque a centelha da razão ainda insiste em cintilar aqui e ali, para desespero dos poderosos de turno, que de muito bom grado admitiriam um cenário de “pensamento único”, à moda dos tucanos na era FHC. O melhor dos mundos: mídia, formadores de opinião, opinião pública e quejandos, numa só sintonia, todos “menos inteligentes” para gáudio do Grande Realizador, que assim poderia jogar suas mazelas nem para baixo do tapete, que ninguém está mesmo prestando atenção a elas, mas nos lixões espalhados por aí, a céu aberto mesmo.

Melhor ainda seria se fossem os olimpienses todos zumbis a habitar esta terra que um dia foi de Curupira, mas que hoje “pertence” a outros seres, pena que não imaginários, e por isso mesmo tão mais assustadores, sinistros e misteriosos como aqueles que vez ou outra povoam nossos piores pesadelos.

Até.