O que impressiona em certos políticos é a desfaçatez. É a mentira dita como forma de encobrir a mentira descoberta. É o caso já relatado aqui, da invasão dos estúdios da Rádio Menina pelo vereador Salata, a mando do prefeito Geninho (DEM), sob a justificativa de que estava ali para “pessoalmente rebater as últimas críticas feitas pelos apresentadores em relação à sua atuação legislativa e, também, às ações do governo municipal”. Ele classificava de “críticas infundadas e sem consistência”, aquilo tudo que havia sido dito por este blogueiro enquanto radialista, e meu colega Márcio Matheus.

Vamos no ater aqui, apenas à mentira maior, porque invisível, aquela que trata do ar-condicionado doado à Santa Casa de Misericórdia de Olímpia pela benemérita Eunice Diniz, que custou R$ 30 mil e até hoje não foi instalado no Hospital do Olho e Referência-HOR, construído anexo ao hospital, também com doação da mesma alma bondosa. “Nos últimos dias, temos ouvido muitas informações mentirosas”, começou o edil a sua falação.  Ao falar sobre o HOR, entre outras coisas disse que era mentirosa a informação de que o ar não havia sido instalado e que, ao contrário, estava sim, instalado e funcionando.

“Os fatos falam mais alto do que informações jogadas sem qualquer responsabilidade com a verdade”, disse o edil, ao falar deste assunto. No mesmo programa daquele dia 4 de maio, não só nós rebatemos o vereador quanto ao ar condicionado e as outras questões, mas também vários ouvintes. Mas, ele saiu de lá apenas com o eco de “suas” verdades.

Depois reiteramos no dia seguinte que a verdade era o que havíamos afirmado. A “verdade” de Salata nos foi repetida depois, pelo responsável pelo Hospital do Olho, no sentido de que o aparelho estava, sim, instalado. De Salata não se ouviu mais nenhuma palavra, afirmando, ou negando.

Porém, como resgatar a verdade é sempre importante para quem a diz e é chamado de mentiroso, segue abaixo a foto do equipamento caríssimo, coberto com lona preta e jogado ao relento próximo à cozinha do hospital. A foto é de ontem, dia 16, conforme podem ver na reprodução:

A propósito, a doadora-benemérita acaba de encaminhar carta ao provedor do hospital, Marcelo Galette, pedindo que o equipamento doado há quase dois anos e não instalado no Centro Cirúrgico da Santa Casa – condição imposta pelo prefeito Geninho (DEM) e pela secretária municipal de Saúde, Silvia Storti, para que o HOR funcionasse, ainda no tempo da Helena Pereira – seja doado ao Hospital do Câncer de Barretos, que está construindo uma nova unidade na cidade de Jales, “onde, com certeza, terá a destinação correta”.

A carta serviu, também, para que a doadora demonstrasse sua “indignação e repúdio” pelo fato do Hospital do Olho “não estar cumprindo na sua totalidade a função social para a qual foi criado e pelo abandono em que se encontra o aparelho de ar condicionado”.

Desnecessário dizer mais alguma coisa sobre o assunto.

PAGUEI
O vereador Guto Zanette garantiu a este blogueiro que foi com seu dinheiro e seu carro a São Paulo, sexta-feira passada, 13, a fim de receber homenagem de uma instituição paulistana. Menos mal, afinal não estava a serviço da Câmara e, sim, em caráter pessoal.

ADEQUAÇÕES
A presidente do Instituto de Previdência dos Municipais disse hoje de manhã que os gastos de quase R$ 150 mil – só ficou abaixo deste valor para fugir da licitação – são para adequações no prédio visando dar melhor acesso a idosos e deficientes, bem como adequações nos sanitários e também em uma sala de reunião. “São adequações que temos que fazer por exigência da legislação”, disse. Por exatos R$ 148.999,60. O valor para licitação é a partir de R$ 150 mil.

Até.