Por que tanta demora em definir o percentual de reajuste a ser concedido à categoria dos funcionários públicos municipais? Qual estaria sendo a dificuldade em encontrar um índice que seja compatível – ou não – com as expectativas do funcionalismo? A data-base é janeiro e, embora o Estatuto do Funcionalismo não obrigue, o bom senso deveria falar mais alto nestas ocasiões e o prefeito de turno respeitar este prazo legal. Mas, prefere impor um estado de ansiedade aos servidores, sob a jutificativa de que o reajuste será retroativo. Ainda que seja, mas haveria menor desgaste a ambos se as coisas fossem feitas como manda o figurino.

Os funcionários públicos municipais de Olímpia podem não ter os 15% de reajuste reivindicado -11,32% de aumento, mais 3,78% de ganho real. Deverão receber percentual que pode chegar a 10%, o que pode significar um aumento real de apenas 4.09%, já que 5.91% seria a inflação do período.

Não se sabe o jogo que o prefeito está jogando. Diz seu secretário de Finanças, Ckeber Cizoto, que ele está à espera da definição dos índices de prefeituras da região, “porque ele quer dar mais”. Estranho comportamento esse. Afinal, o que a categoria dos municipais, em Olímpia, tem a ver com cidades da região? E, se é assim, então por que não dá logo os 15% pedidos? Assim, com certeza, nenhuma prefeitura na região irá ultrapassá-lo.

E se não for isso? Se for falta de embasamento técnico para definir um percentual que seja maior que a inflação do período, sem acarretar abalos irrecuperáveis na folha de pagamento? Porque não há motivo, razão ou circunstância que justifique tanta demora. O próprio presidente do Sindicato, Jesus Buzzo, manifesta seu descontentamento e sua perplexidade diante da situação. Diz que vai para a assembléia extraordinária do dia 8, “com ou sem proposta” do prefeito.

E, se ao invés de tudo isso especulado acima, o prefeito apenas estiver fazendo jogo de cena? Esperando uma oportunidade-chave para fazer este anúncio? Um momento em que tenha sobre si todos os holofotes e atenções? Que momento seria esse? Não se sabe. Porém, se for assim, menos mal, porque aí o servidor terá certeza de que o índice será bom, que virá aí a “surpresa boa” prometida pelo alcaide no final do ano passado. Mas, não seria esta uma atitude séria. Uma atitude de quem respeita aqueles que fazem a máquina administrativa andar.

Até.