O prefeito Geninho (DEM), segundo noticia sua assessoria, participou de reunião na quarta-feira, 9, à tarde, com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para renegociar dívida pendente do município com a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo-CEAGESP, hoje calculada em R$ 2,5 milhões. O prefeito quer evitar que Olímpia perca, também, a Italcabos, que gera hoje cerca de 80 empregos na cidade. O prédio foi desapropriado na segunda gestão do ex-prefeito José Rizzatti (1997/2000), para abrigar a metalúrgica.

Geninho quer pagar a dívida em 100 meses, e poderá oferecer como garantia para quitar a antiga dívida, já na primeira parcela, um prédio municipal (ele não disse qual, nem sua assessoria perguntou). O imóvel em questão é o que está às margens da Vicinal Wilquem Manoel Neves, lado esquerdo de quem sai da cidade sentido trevo da Cutrale. Ali está instalada a Italcabos. O prefeito usou com o ministro Rossi o argumento de que a negociação é necessária para que a empresa “possa desenvolver os seus projetos e investimentos visando o crescimento dentro do município”.

Mas, há suspeitas de que a situação estaria bem mais crítica do que se imagina. Há quem diga que o empresário Franco Cozzo teria manifestado disposição de mudar-se de Olímpia, caso a questão não seja resolvida. Assim, Olímpia perderia sua segunda empresa em dois anos, na gestão atual. O Minerva passou por problema semelhante, que Geninho prometeu resolver e não o fez. A empresa foi embora levando quase 300 vagas de emprego. Desta feita, pelo menos outras 80 vagas diretas iriam embora com a metalúrgica.

A compra do prédio e a cessão para a Italcabos aconteceram em 2007, quando ainda era deputado estadual Fernando Cunha, que intermediou a conversa, na ocasião com o Estado. Esta transação, inclusive, é objeto de ação na Justiça.

Até.