Apressado o povo de Olímpia. Nem bem terminou o segundo ano de mandato do prefeito Geninho (DEM) e o que mais se houve nas ruas é: “Quem vão ser os candidatos da cidade?” Parece haver uma urgência em se definir logo a situação, como se isso viesse trazer algum tipo de alívio ao cidadão. É certo que a partir do ano que vem – mas costumava ser no segundo semestre -, as conversações vão ter início. As articulações, também. Acredita-se, de maneira precoce.

Não há nomes firmados ou confirmados, cada um lembra de um e daqueles que estão fora: casos de Zé Rizzatti, Carneiro, Celso Mazitelli, Nilton Martinez, Dr. Pituca, etc.; e de outros que poderiam se firmar no “vácuo” político que se formou após a eleição do atual prefeito, mas que se perderam nas curvas do caminho, exemplos de Hilário Ruiz (PT) e João Magalhães (PMDB). Outros ainda arriscam a lembrar os “outsiders”,  como Walter Gonzalis (PV), Dirceu Bertoco (PR) e há até quem traga à conversa o nome do empresário Bira da Ki-Box, que, dizem, já estaria “circulando” por aí em bate-papos político-eleitorais.

Mas, um nome é comum em todas as rodas que se formam para comentar e especular 2012: o vice-prefeito Gustavo Pimenta (PSDB). Por incrível que pareça, não é Pimenta o tipo de político barulhento, ao contrário, caminha neste meio como se pisasse em ovos. Não procura atrair atenção sobre sí. Isso só acontece quando se dispõe a segurar as “buchas” do alcaide. Como agora, de volta à Secretaria de Assistência Social. Mas, mesmo neste silêncio de rabino, o vice tem chamado atenção. Nas rodas, o que conta, dizem, é que Pimenta tem um senso crítico bastante apurado em relação ao Governo que representa, e diante do qual estaria sempre com um pé atrás.

Não é segredo para muita gente que certas atitudes governamentais o tem deixado bastante irritado, e ele não tem se furtado, inclusive, de fazer reparos – até públicos – sobre esta ou aquela decisão do Chefe do Executivo. A mais recente, a chamada “creche do idoso”, que disse que não queria, mas depois voltou atrás, “convencido’ pelo prefeito, da importância dela. Mas, no particular, segundo alguns comentários, Pimenta continua achando tal investimento um desperdício.

O problema, para ele, será a manutenção desta “creche”, muito cara, provavelmente com médicos, enfermeiras, e outros profissionais da área da saúde, além de um corpo de funcionários para o atendimento. Ou seja, entenderia o vice que não basta construir, é preciso gerir, no que ele está coberto de razão. Até porque, se não andar direito a coisa, a responsabilidade recairá sobre suas costas. Há outro episódio que também lhe trouxe dissabor recentemente – entre alguns outros lá de trás-, segundo as conversas, e diz respeito a uma área no Distrito Industrial, que contarei em outro post quando tiver melhores detalhes. Mas não parece ser coisa pouca.

Por esta postura crítica que mantém em relação ao Governo Geninho é que Pimenta tem subido no conceito dos observadores políticos, que levam até os chamados formadores de opinião, que “entregam” para o povo de modo geral. E mais: Pìmenta contaria com uma aprovação quase unânime entre os funcionários municipais, exatamente ao contrário do prefeito, que é quase uma unanimidade ao contrário. Há um quase consenso de que Pimenta representaria uma espécie de “reserva moral” deste Governo.

E, assim, visto como uma opção bastante viável para 2012. Mas, o que teria que acontecer para que isso se concretizasse? Nada além do que um rompimento, puro e simples? De temperamento e atitudes fluídicos, politicamente falando, dificil imaginar Pimenta “chutando o balde”. Mas, sua candidatura pode se sustentar em outros parâmetros, também, caso queira. Mas, para tanto, o seu PSDB teria que querer também. Tudo num conjunto, numa perfeita sintonia de vontades e esforços. E, principalmente, confiança.

Observem que, hoje, quem dá sustentação política ao Governo Geninho são os tucanos. Eles estão por toda parte, foram a base dele na campanha e têm um certo balaio de votos. Caso haja uma decisão no sentido em que se propugna nas rodas, saindo o tucanato do Governo, quem segurará a “onda” genista? O DEM, que se resume em Olímpia ao próprio prefeito? O PTB do secretário Beto Puttini – aliás, cotado para ser o vice na eventual tentativa de reeleição -, que também é centrado na pessoa do próprio e alguns gatos pingados sem expressão eleitoral? E como não há nem que se cogitar um PMDB no “barco” genista….

Candidatura é base, é sustentação política. Haja vista a própria campanha de Geninho, que só decolou depois que o PSDB decidiu embarcar nela. Até então ela vinha sendo tocada aos trancos e barrancos com o PTB de Puttini e outros partidos menores e sem história política na cidade. Portanto, para concluir a conversa, nas rodas o entendimento é esse: Pimenta e seu PSDB têm a faca e o queijo nas mãos. Mas, os mais sábios aconselham: nada de protagonismos, vaidades exacerbadas e, acima de tudo, humildade de certas “lideranças” e nem tanto é necessária, para acatarem as regras do jogo que terá que ser jogado.

Na síntese, falam que a alternativa é a frente ampla. Que não poderá prescindir do tucanato local. E poderia, até, contar com próceres do PMDB, num amplo antendimento, jamais visto nesta terra de Curupira e Saci-Pererê, a Capital Nacional do Folclore. E, lembrado por um conversador, Puttini nem poderia ficar tão tranquilo assim quanto a “emprestar” seu PTB para Geninho. Bira da Ki-Box é do mesmo partido. Num amplo entendimento, pode resolver “bater chapa”.

Até.