Ao que parece, o prefeito Geninho (DEM), só tem olhos, quando o assunto é redução de despesas, para o bolso dos funcionários públicos municipais ou mesmo para outros setores vitais na administração pública. Porque, em outras questões, ao que parece, ele tem feito pouco. Por exemplo, gastar dinheiro em um setor onde, na comparação com a gestão passada, é pífio e pouco eficiente: a Assistência Social.

Porque, se na gestão passada só uma pessoa e sua equipe faziam todo o trabalho, com o auxilio de um técnico terceirizado, hoje a metodologia usada vem sendo a terceirização. E agora, na renovação, por um valor 65.7% maior do que o gasto no ano passado, ou até aqui, que o contrato novo é de 6 de outubro.

Este blog já antecipou meses atrás que isso iria acontecer. Mas, naquela ocasião, a própria secretária Carmem Bordalho havia dito que o valor a ser pago à empresa, seria o mesmo deste ano, ou seja,  R$ 576 mil, ou cerca de R$ 48 mil por mês, o que já era muito alto. Mas, acontece que a coisa não é bem assim. Publicação de ontem, 9, do Diário Oficial do Estado-DOE, conta que a prefeitura de Olímpia contratou a Fapec Artigos Escolares Ltda, como prestadora de serviços na área de Assistência Social, para atendimento ao Programa Pro Jovem; ao Programa de Atendimento Integral a Família/Programa de Proteção Social Básica ­ PAIF; ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social ­ CREAS; ao Bolsa-Família ­ IGD; ao Programa de Execução de Medidas Sócio-Educativas; ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil ­ PETI; ao Programa Renda Cidadã ­ PRC; ao Programa Idosos em Meio Aberto ­ Terceira Idade; ao Centro de Referência de Assistência Social ­ CRAS; e ao Programa Ação Jovem ­ PAJ, por meio do Pregão Presencial 69/2010, pela bagatela de R$ 952.182,48.

Este valor corresponde a um pagamento mensal de R$ 79.348.54, 65.3% maior do que aquele anunciado pela secretária em final de agosto passado. Segundo ela, a prefeitura de Olímpia iria gastar, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, R$ 576 mil, para que uma empresa – “provavelmente a Sollus, atual contratada”, imaginou -, gerencie todos os programas sociais oriundos do Estado e da União. Mas, não foi só a empresa que mudou. O preço também.

A alegação para aquela que já estava sendo considerada tamanha despesa, foi que o município não poderia fazer novo concurso porque depois, se findar algum convênio, ficaria com um quadro ocioso. A secretária Carmem Bordalho informou à época, que este modelo era usado também na gestão passada. Mas, o blog apurou que o valor, no entanto, ficava em torno de 8.4% do atual. Bordalho explicou que no ano passado, a Sollus já prestou este serviço ao município, a um custo em torno de R$ 48 mil por mês. E agora, o prefeito Geninho buscou revalidar o contrato vencido em fins de agosto.

É bom que se diga que o que a secretária Bordalho classificou como terceirização na gestão passada, era apenas a prestação de consultoria feita pelo especialista Geraldo Lima, que não tinha equipe de técnicos e funcionários, e recebia, por ano, algo em torno de R$ 80 mil, segundo informações de fontes ligadas à administração passada, o que dava em média R$ 6,6 mil por mês ou pouca coisa mais que isso. E agora, pelo que deu a entender Bordalho, a empresa que vai assumir a gestão social deverá trazer o “kit” funcionários- assistentes sociais, psicólogos, técnicos.

Ou seja, quase um milhão de reais gastos em serviços que, na gestão passada, apenas duas pessoas e uma equipe de funcionários concursados faziam. E nós ainda criticávamos a falta de projetos locais. Agora, nem projetos locais, nem profissionais locais. Nem secretária cumprindo sua função a contento. Para terceirizar um setor tão crucial como este em uma administração pública, presume-se que não se precisa de secretária. Qualquer funcionário graduado, de carreira, de prefência, pode gerenciar, e bem. Ou não?