É chegada a hora. Bastará, após a de hoje, apenas mais uma sessão ordinária. E a Câmara elegerá sua Mesa diretora para o biênio 2011/2012. Será na noite de 22 de novembro, última sessão ordinária, já que dia 5 de dezembro, quando inicia o recesso legislativo, cai num domingo, e não tem sessão. As escolhas do presidente, vice, primeiro e segundo secretários, portanto, acontecem na penúltima segunda-feira de novembro. E como já é sabido, se o acordo firmado por escrito entre seis vereadores em dezembro de 2008 valer, Magalhães será o presidente da Casa.
Houve uma reação muito forte este final de semana contra informação publicada no semanário Planeta News, que apenas replicou os fortes rumores de que o acordo poderia ser rompido, por pressão do prefeito Geninho (DEM). E que, para isso, ele, prefeito, estaria contando com o também peemedebista Toto Ferezin. Não dá para entender a razão de tanto alarde, se nem pessoas muitos próximas do vereador esconderam isso. Não é ilegítimo, aliás, que Toto busque se viabilizar. Bastando, para tanto, que esqueça o que assinou.
Não há razão aparente para que seja quem for se sentir melindrado com o que foi trazido a público, porque não era segredo, repito. Talvez aí esteja a chance, inclusive, do grupo provar o contrário, votando em bloco conforme o combinado. Assim, calaria as vozes dissonantes, e daria mostras de que a coalizão realmente está e sempre esteve coesa, apesar das idas e vindas. Uma figura proeminente ainda da política local foi quem nos “abriu o jogo”: Toto Ferezin estava “correndo” atrás de votos, no intuito de se viabilizar eleitoralmente na Casa. E, caso não conseguisse, então valeria o que fora acordado há quase dois anos atrás.
Também não é segredo para ninguém que o “comprometido” Guto Zanette (PSB) andou estudando a possibilidade de seguir com Toto, abandonando a coalizão. Nos últimos tempos ele não tem falado mais nada sobre isso, mas já chegou a comentar tal fato para este blog. Ou não raro para este blogueiro nas rodas de conversas. Era uma possibilidade. Todo mundo do meio político sabe disso. Agora, a informação que chega é a de que está tudo bem, tudo certo, e o resto não passam de fococas e intrigas. Menos mal. Assim não teremos que presenciar aquele triste espetáculo de quatro anos atrás.
Lembremos que, também naquela ocasião, o vereador “desertor” se apegou a um “factóide” qualquer para “tomar sua decisão” de mudar de lado, e romper o acordo firmado, também por escrito. Mas, como isso anda tão batido, não haveremos de crer que a história vai se repetir. Até porque, a história só se repete enquanto farsa.
Para lembrar, o acordo firmado pela coalizão formada por seis vereadores eleitos e reeleitos à Câmara Municipal foi cumprido à risca na noite de 1º de janeiro de 2009, e o petista Hilário Ruiz foi eleito presidente. E, com seis votos, foram eleitos para a Mesa, para o biênio 2009/2010, Ruiz presidente, Toto Ferezin vice-presidente, José Elias Morais 1º secretário, e Guegué, 1ª secretária.
Agora, fazendo valer o acordo, Magalhães será o presidente, Zé Elias o vice, Guto Zanette primeiro secretário e Toto Ferezin, segundo secretário, com Guegué “descendo” para o plenário. Mas, antes disso, falam ainda em outros nomes de pretendentes ao cargo majoritário na Casa de Leis, como por exemplo o de Primo Gerolim (DEM), que gostaria de fechar seu “ciclo” de vida política com “chave de ouro”. Assim, para tanto tendo que se viabilizar eleitoralmente.
Não cremos nesta possibilidade. Cremos piamente, no entanto, que o prefeito não vai descansar, até o derradeiro instante. E que se algo então mudar, não terá sido, minimamente, por culpa da publicação daquele semanário.
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ARANTÃO ‘VIAJANDÃO’
O jornalista José AQntônio Arantes, autor da coluna que leva seu nome, parece que “pirou na batatinha” de vez. É risível sua “análise” sobre uma possível mudança de panorama político na cidade, quando todos, indistintamente, passariam a estar do mesmo lado, quando deveriam, cada um, estar do lado de lá. Na sua coluna de sábado ele começou as elucubrações com a seguinte nota:
“OUTRO…ponto que também não pode ser confirmado e cujos componentes não podem ser nomeados, mas que parece ter ocorrido, foi a tentativa de se alcançar a unanimidade, mesmo esta estando comprovadamente consolidada como burra. Ou você já não ouviu dizer que a unanimidade é burra?
Ponto para ele, que já parte do princípio de que não há base racional naquilo que recebeu como “informação”. Mas, ele prossegue:
“ALGUÉM …teria realizado uma reunião na tentativa de fazer mudar de lado parte da quase oposição que ainda resta nesta cidade.”
Mais um ponto pra ele, que agora vê sentido em alguém, no poder, querer aliciar “parte da quase-oposição” local que, se é “quase”, não é inteira. E se não é inteira, presume-se, não deveria estar incomodando o alcaide e sua trupe. Mas, ele vai mais adiante:
“NO COMEÇO …do atual governo, além é claro, do grupo do general Pituca e do Marechal Carneiro, que continua com uma emissora de rádio atrelada e com seus empregados deitando o pau, sem eira nem beira, em El Gênio, comporiam a oposição, pelo menos os que foram eleitos de outros lados, os vereadores João Magalhães, Hilário Ruiz, Priscila Forrest, Guto Zanete, Bertocão, Toto Ferezin e José das Pedras.”
Pois é, hoje sabe-se que quem mantém a “trincheira” oposicionista na acepção do termo são só três vereadores, dos citados acima: Hilário Ruiz (PT), João Magalhães (PMDB) e Priscila Foresti, a Guegué (PRB). Convenhamos que são três forças políticas que muito melhor farão se continuarem combativos como veem sendo até então. Porque isso os cacifa eleitoralmente. E, mais importante que isso, politicamente. Com isso, também, honram os votos recebidos para serem, exatamente, oposição. Porque se o cidadão quisesse uma Câmara toda nas mãos do prefeito e sua trupe, só teria elegido vereadores de sua coligação. Ou não?
Mas, assim fecha sua “análise” o colega Arantes:
“COMENTA-SE …sim, que a investida do momento teria sido no sentido de trazer para a situação é todo o grupo do General e do Marechal, com a consequente domesticação da “missora” e seus empregados e, de quebra, a rainha Priscila. Embora ninguém acredite, quem viver e sobreviver, verá.”
Que há do lado de lá quem incomode o alcaide e sua têmpera isso há. E domesticação é coisa para cachorro. O que nos parece é que o próprio autor destas notas é quem está preocupado com a situação. E quanto às criticas, que ele classifica de “sem eira nem beira”, todas até agora foram pertinentes e replicando momentos de vivência daquele que reclama, o povo. Não nos consta que a emissora em questão, a Rádio Menina, tenha feito críticas que não tivessem embasamento na realidade. Tanto, que as coisas estão como estão, hoje. E sobre tudo isso a emissora e “seus empregados” alertavam o cidadão.
Domesticado me perece o próprio, com seu jornal que, ao contrário do que deveria ser, ainda não se apegou ao jornalismo padrão, aquele do “ouvir os dois lados”. Na gestão passada, era do contra, criticava, aí sim, “sem eira nem beira”, e agora, nesta gestão, não publica uma matéria crítica sem que a cara e as aspas do prefeito estejam lá, justificando. Não vem ao caso as razões e os métodos utilizados para esta domesticação. Mas, na gestão passada, sabíamos muito bem as razões da fúria canina do jornalismo praticado por ele em seu semanário.
Até.
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