O site de notícias ‘neo-oficial’ do colega Leonardo Concon, já chamado, ele também, de “assessor sem pasta’ pelo seu adversário da vez, o jornalista José Antonio Arantes, não tem jeito, mesmo. Para ele, tudo que emana do “comandante-em-chefe” da prefeitura municipal, prefeito Geninho (DEM), é o máximo, dá a entender. Haja vista as matérias que tem publicado com o fito de “mostrar a verdade” para ele não contida nas matérias de outros órgãos, cujas “verdades” são só aquelas que não ferem a suscetibilidade do seu prefeito preferido.

E não há por que reclamar do que aqui está postado, porque é visível seu adesismo ao Governo Municipal e a tudo que o cerca. Não produz material jornalístico imparcial, crítico, como é função de todo veículo publicar, nem tem um comportamento, digamos, republicano no tratamento do material publicado. Atua na base do “ao poder tudo – de positivo -, aos opositores nada”, quando não a sua própria crítica, seja em textos longos e pretensamente esclarecedores, seja com contrarrespostas na sua caixa de comentários, quando estes são contra o Governo.

Semana passada e esta, por exemplo, foram pródigas em “posts-respostas” a outras publicações locais, às quais ele chama de “porcas”, como se autoridade ética e moral, jornalisticamente falando, tivesse para tanto. Digo tudo isso porque mais uma vez o “assessor sem pasta” usa de sua ferramenta eletrônica para louvar algo que deveria, isto sim, servir de alerta a um governo que se pretende sério, ético e responsável. A nota publicada no site quase-oficial tem a ver com o 1º Rodeo Festival de Olímpia. Diz o seguinte:

“O Portal da Transparência, do Governo Federal, órgão da Controladoria Geral da União (CGU), da Presidência da República, atesta que a transferência de recursos do Ministério do Turismo para a realização do 1° Olímpia Rodeo Festival, em 2009, está adimplente, ou seja, absolutamente correta (Nota: este “absolutamente correta” é por conta dele próprio)*. É que, vez ou outra, surgem boatos de que a verba do Ministério do Turismo para o evento em Olímpia estaria irregular, então o Blog do Concon foi atrás e trouxe a verdade, mais uma vez, contrariando, felizmente para a população, que nem tudo o que se lê na PIO (Porca Imprensa Olimpiense), ainda mais nos pequenos jornais que cobram ‘por fora’, mas se fingem de independentes, pode ser confiável. A prova está aí”.

Seria risível seu entusiasmo, não fosse grave a acusação feita a “jornais que cobram por fora”. Seria o caso de apontar quais são. Porque uma grave imposição de ato lesivo à credibilidade do jornalismo olimpiense precisa ter nome, valores, endereço. Caso contrário, ou é denúncia vazia, ou irresponsabilidade extremada. Além do que, destratar outros veículos de informação da cidade, como é hábito deste “assessor”, é muito grave, remete a tempos em que a patrulha ideológica arrancava profissionais das redações e os punha na rua, apenas por estarem cumprindo seu papel de prestador de serviço público. Sim, porque jornalismo é serviço (ao) público.

E num momento em que muito se discute a liberdade de expressão, de idéias e pensamentos – mais ainda, a liberdade de imprensa, tão cantada em verso e prosa pelo candidato a presidente do grupo para o qual ele batuca suas linhas, que a todo momento tenta imputar à sua adversário esta intenção de “fechar” os canais da liberdade. Agindo como age o “assessor sem pasta”, cristaliza para o cidadão olimpiense que a prática e a intenção neste sentido têm origem, isto sim, nos bastidores onde pousam aves multicoloridas e de grande bico, bem como dormitam os “filhotes” do protofascismo, berço onde, parece, Leonardo Concon foi se deitar, também. E tal berço, acreditem, pode não ser tão esplêndido assim.

* E quem disse que isso basta? E quem disse que as contas estão regulares? Prestar contas dos R$ 500 mil recebidos em verba do Governo Federal é o mínimo que o governante tinha que fazer. Só não se sabe – e o “assessor” não diz – é por que o prefeito demorou tanto para prestá-las- quase um ano e meio. O que seria um indicativo de que deve ter dado um grande “suadouro” como se diz, juntar toda papelada necessária. E, deve também apurar o escrivinhador oficial, que quanto à tal festa, não é só esta questão que estava pegando. E o que foi publicado até agora em relação a ela, não são, nem nunca foram, “boatos”. São fatos. E a Justiça vai dizer se estes fatos são ou não irregulares. Só depois disso é que teremos “a verdade”.