Os números relativos ao Censo do IBGE em Olímpia, podem, sim, alcançar a casa dos 50 mil habitantes, e até ultrapassá-la, ficando muito próxima, no entanto, da estimativa feita em 2007. Números publicados na data de hoje no sitio do IBGE, portanto relativos a coletas feitas ontem, 11, mostram que foram recenseadas todas as residências do município, aliás em quantidade que ultrapassa a estimada em 2007.

Há três anos atrás, estimou-se 15.334 residências para o município, e foram recenseadas agora, 15.454, ou seja, 120 casas a mais, em três anos. O órgão conta 101%. Não há mais casas para serem visitadas. Mas, nestas casas foram encontrados 48.209 moradores, para uma estimativa de 50.602. Ou seja, Olímpia tem média de moradores por domicílio de 3.12. No tocante à população, propriamente dita, o órgão informa que 95% foi recenseada, restando, portanto, 5% de pessoas a serem consultadas. Mas não detalha sobre o paradeiro delas.

Considerando, então, este “resíduo”, é lícito supor que a população olimpiense irá passar dos 50 mil habitantes, porque 5% de 48.209 supera os 2,4 mil habitantes. Assim, Olímpia teria, a partir deste Censo, população em torno de 50.620 habitantes. Ou seja, 18 cidadãos a mais do que apurou a estimativa em 2007, caso nossos cálculos não falhem. Mas, como os dados no sitio do IBGE não são explicativos, apenas informativos, trata-se, este resultado narrado aqui, por enquanto de mera suposição, embora com base numérica. Só com o final oficial dos trabalhos é que dará para saber ao certo.

As esperanças estão depositadas nestes percentuais, o que só irá beneficiar a cidade, no aspecto econômico, via Fundo de Participação dos Municípios-FPM, que não teria seu coeficiente rebaixado. Mas, por outro lado, haveria um fator que o blog considera negativo: o aumento do número de cadeiras na Câmara Municipal, que passaria dos atuais 10 para 15 vereadores. No próximo pleito, portanto, outras cinco vagas estariam em disputa.

Como se sabe, a Emenda Constitucional 58, conhecida como “PEC dos Vereadores”, alterou o número de vagas nas câmaras municipais do Brasil. Em Olímpia seriam empossados mais cinco vereadores ainda em 2009, mas o STF acabou com a alegria dos suplentes (que chegaram até a se mobilizar neste sentido). Em toda a região próxima, seriam preenchidas 74 vagas de vereadores.

Assumiriam, caso tivesse valido aquela decisão, os suplentes Salata (PP [que hoje, no entanto, já está na Casa, substituindo Beto Puttini, nomeado secretário]); Valter Bittencourt (DEM), Marco Carvalho (PSB), Flávio Fioravanti (PMDB), Geraldo Viana (PSB) e João Vitor Ferraz (PSDB). Assim, a cidade teria 16 edis. Acabou ficando com 10, e deve ir para 15 em 2012.

Mas, no caso de Olímpia ficar com menos de 50 mil habitantes, além da redução do FPM,  e conforme a Emenda 58 à Constituição Federal determina, esse número cairá para 13 cadeiras, ficando a Câmara, ainda, com três cadeiras a mais que as atuais. Ninguém duvida que a torcida “política” está sendo muito grande. O  que se espera é que esta torcida só não seja maior que aquela que seria mais justa e verdadeira: pela não redução do FPM. Mas, Olímpia tem lá suas peculiaridades…..

Até.