Às vezes determinadas atitudes de quem deveria ser grande, torna-o tão pequeno que parece estar de joelhos. É o caso do prefeito Geninho (DEM), a quem reputei, dois posts atrás, gigantesca performance eleitoral, que fez despejar nas urnas da cidade mais de 11 mil votos para seu candidato a Federal, Rodrigo Garcia, além de emprestar seu apoio direto ou indireto para outros dez candidatos a estaduais, e todos eles estarem eleitos agora, após receberem, também, boa votação na cidade. Deixei-o grande. Mas, durou pouco sua altivez. Porque ele acaba de se apequenar.

Insatisfeito com as críticas que vem recebendo – e pertinentes, diga-se de passagem – sobre as obras em atraso e totalmente fora do cronograma, ele convocou a página de notícias da “casa” para extrapolar em sua verborragia contra quem apenas cumpre com seu papel de cobrar ações e soluções de um Governo atabalhoado e eminentemente eleitoreiro. Começa por que esta pestação de contas feita ao “site amigo” deveria ser feita em coletiva, para toda imprensa local, a fim de que perguntas pudessem ser feitas sem serem “encomendadas”. Porque há muitas outras questões a serem respondidas pelo “cacique” (e já me arrependo de tê-lo feito tal, perdoe, Marreta, pela comparação).

Acontece que, não satisfeito em dar satisfações ao “site amigo”, falando que as obras que estão paradas ou são por obra do “mau pagador” que é o Governo Federal, ou é questão de “ajustes finais” quando se trata de obra do Estado, que igualmente também estão paradas. Dois pesos e duas medidas. Detalhe: se ele sabia que o Governo Federal era “caloteiro” não devia ter iniciado obras sem antes ter a garantia do repasse dos recursos na totalidade.

Mas, o que quis Geninho foi encenar uma “onda” de desenvolvimentismo para marcar-se como prefeito empreendedor. Mas talvez tenha se esquecido que para isso é preciso projetos, orçamentos, estudos de viabilidades, estruturação de cronogramas de início, meio e fim e, acima de tudo, a certeza de que dinheiro haverá para tanto. Como nada disso foi feito, deu no que deu. E, é claro, o prefeito tem que encontrar um culpado. E vai culpar o Governo Federal, porque está distante. Porque estamos em plena campanha eleitoral, e porque ele alimenta a esperança de que seu candidato, Serra, vença as eleições presidenciais, para tudo ficar “em casa”. Também, desta forma revela sua ingratidão para quem ajudou a rechear o bolo de suas pirotecnias com quase R$ 6 milhões, não importando de que partido fosse.

O PREFEITO QUE MENTE
Até quando tenta ser republicano, o prefeito não consegue se desvencilhar do cacoete da mentira. Por exemplo, quando diz que as pessoas que o criticam “não têm a humildade de ligar para o celular do secretário de obras” para saber a razão de determinadas coisas. E mente de novo, ao dizer que “eu não fui até hoje convidado nenhum dia para ir na Rádio Menina. Nenhum dia”. Perdoe, prefeito, mas é mentira. Mentira. Não foi uma, nem duas, nem somente dez vezes. Desde o ano passado, início de seu Governo, o senhor é, sim, convidado para ir à Rádio Menina. Seja por convite público, seja por meio de sua assessoria. Não vai porque não quer. Ou não pode. Ou tem medo.

Mente outra vez ainda, quando diz que “é só a versão de um lado. Unilateral. Poderia ouvir o outro lado”. Sempre ouvimos. Claro, aqueles de sua assessoria que se dignam, que não têm medo de enfrentar os microfones da emissora, sempre vão lá. E o senhor sabe disso. Às vezes até manda que assessores nos procurem para ELES falarem, porque o senhor não te coragem de ir até lá. E mente pela terceira (ou quarta?) vez, quando diz: “Até sabemos que os locutores de lá tem até vontade de me chamar, mas o patrão deles, que é o ex-prefeito (Luiz Fernando Carneiro) não permite que isso aconteça”. Jamais isso aconteceu e o senhor sabe que mente.

AÍ, MAIS PEQUENEZ
O que deslustra uma pessoa que até parecia grande é a mesquinhez de seu raciocínio. Porque quando não tem argumentos suficientes, apela. Joga tudo no ralo da superficialidade momentânea. Não tem conhecimento que o faça profundo. Então ataca. E transforma a coisa em mera bobagem pós-eleitoral. Ufana-se de ter tido candidatos vitoriosos, e tripudia sobre quem optou por outros nomes, já que nem todos podem estar sob seus tacões (ou seriam tacapes?).

Aí, sai-se com pérolas como esta, para talvez justificar seu vazio de argumentos: “Mais uma vez, teve pé frio na eleição, o chamado Mick Jagger (o roqueiro que, em todos os jogos da Copa em que foi pessoalmente, os times para os quais ele torceu, perdeu [esquecendo-se que o exemplo citado é de uma pessoa ultravitoriosa que amealhou bilhões e bilhões de dólares ao longo de sua vida, TRABALHANDO com seu talento somente]), os que sempre erram, sempre batem teclas erradas (…) a cidade os conhece bem, e sabe o que este governo está fazendo.”

Com certeza, prefeito. A cidade sabe o que o seu Governo está fazendo.