Amigos do blog, o título acima, contendo três tópicos aparentemente dissociados, na verdade está restrito à mesma seara, qual seja, o poder constituído e seus áulicos bufões. A começar pelo guardião do poder, nosso nobre Leonardo Concon, daquele site de noticias oficiais, que não consegue se desvencilhar da sanha persecutória contra o deputado Uebe Rezeck. Não se sabe se é coisa dele, ou se é coisa “encomendada” pelo “padrino”. O fato é que agora ele se traveste de especialista em lei eleitoral e joga para o público que o lê que Rezeck cometeu crime eleitoral por ter concedido entrevista à Rádio Menina-AM, ontem no começo da tarde. Uma conversa de dez minutos, talvez, onde o deputado comunicava o registro de sua candidatura, depois da possibilidade do cancelamento – polêmica provocada e até comemorada por ele, Concon, em seu site de noticias oficiais.

Não escrevo estas linhas para defender Rezeck, que sabe muito bem fazer isso por si mesmo. Escrevo para defender o nobre ofício do jornalismo, que não deve estar a reboque de quem quer que seja. A interpretação rasa da lei elitoral feita por Concon deve ser indicativo de que alguém o escalou para fazer o acompanhamento da tal entrevista, como de resto já sabíamos que isso ia acontecer, mas não com esta riqueza de detalhes. Salta aos olhos como ele se empenha quando se trata de defender seu “patrão” e os que o rodeiam.

É patético tal comportamento. É jornalismo de caserna. Patrulha política. O deputado tinha sim que levar a público que sua candidatura estava garantida, sob pena de ter sua campanha prejudicada principalmente pelo estardalhaço feito pelo nobre dito cidadão e sua ‘entourage’. Com certeza, Rodrigo Garcia e Fernando Lucas, os candidatos do prefeito Geninho, quando saírem da enrascada em que se meteram, também fará uso dos meios que dispõem para mandarem os seus ‘alôs’ para os cidadãos. Não duvidem, até por meio do site neo-oficial.

* No que diz respeito ao epitáfio (inscrição num túmulo, breve elogio a um morto), está sendo, por enquanto, uma expectativa. Mas, em se concretizando, será escrito pelo prefeito Geninho (DEM), em relação ao Festival do Folclore. Tudo o que se vê, se ouve e se depreende, é que a caminhada para o túmulo é célere. Precisou-se de 46 anos para que a festa mergulhasse num estado de agonia profunda como agora. A ponto de, se nada for feito em seu favor, deixar o prefeito jovem da cidade com este legado negativo a assombrar-lhe os sonhos, a provocar-lhe pesadelos a cada agosto. Enquanto tiver o poder, poderá ainda se consolar com os muitos ombros “amigos” que sempre estarão à sua disposição. Mas, quando dele apear – sem trocadilho – verá que sonho que se sonha só é fantasia. E pesadelo que não se consola enlouquece.

* E finalmente os escribas do Gabinete. Estes já estão na galeria dos inclassificáveis. Além de fiéis bobos da corte, agora deram para, também, se arvorarem em “interpretadores” de textos jornalísticos. Como são também da galeria dos áulicos, entendem como verdadeiras e inquestionáveis toda versão oficial de fatos. Por exemplo, tacharam de contraditórios dois textos inseridos na edição passada do Planeta News – leitores assíduos que são, não perdem uma leitura do ‘falseta’, como chamam.

Um texto, na coluna “Cá Entre Nós da Redação” (é esse o nome semioticamente falando, viu, escribas), cobrava do Executivo mais agilidade nas obras que foram iniciadas e estão, hoje, ou paradas ou devagar-quase-parando. E nas páginas de notícias, publicava matérias onde o secretário de Obras, Gilberto Cunha, simplesmente CONCORDAVA com o que a própria coluna dizia, ou seja, que as obras estavam sim, devagar, e estabelecia prazos para suas conclusões – e até pedindo paciência à população. Mas os escribas apressadinhos, ou ruim de compreensão do que é jornalismo, viram a coisa de trás para frente. Ou seja, interpretaram que as declarações de Cunha eram uma “estocada” no colunista, quando na verdade eram um assentimento do braço-direito do prefeito a tudo aquilo que estava sendo apontado pelo autor das críticas. Santa ignorância.

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ESTRANHAS COISAS
A Imprensa Oficial do Município-IOM trouxe publicado na edição de hoje decreto (4.783) exonerando a partir de segunda-feira, 16, do cargo de tesoureira da prefeitura, a funcionária Guiomar Midori Sato, que havia retornado à função a partir da gestão Geninho (DEM), uma vez que nos oito anos do ex-prefeito Carneiro (PMDB) ela permaneceu em afastamento sem remuneração. O decreto diz que foi “a pedido”. Para o seu lugar foi nomeado Márcio Francisco de Deus, que aparentemente caiu mesmo do céu porque àqueles que consultamos, ninguém o conhece destas plagas.

Ainda esta mesma edição da IOM traz publicados outros decretos de exonerações. O 33.591 tira do cargo de assessor de secretaria Carlos Henrique Mialich; o 33.592 exonera do cargo de diretor de serviços Patrícia Fernanda Mofardini Silveira, e o 33.593 tira do cargo de assessor administrativo João Batista Guerreiro. E para registrar: o decreto 33.594 nomeia o bancário aposentado do BB Silas Rosa, como assessor administrativo. Dos decretos de exoneração, o único que não consta o “a pedido” é o de Guerreiro.

Não se sabe, ainda, se tudo foi feito por questões técnicas, necessidade de mudanças em determinados setores, ou se há mais nuvens neste horizonte do que possa enxergar a nossa míope dupla de olhos.

Até.